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Festas de final de ano e férias podem ser incentivo para aprender educação financeira

Entramos na época em que as pessoas já começam a fazer suas compras de Natal e das festas de fim de ano. Para especialistas em finanças, este é um período oportuno para refletir sobre como anda a educação financeira dentro de casa.    O tema pode ser tratado desde a primeira infância, de forma lúdica e criativa, porém assertiva. Afinal, trata-se de assunto sério, com impacto na vida das crianças, dos jovens, da família e da sociedade.   Para ter ideia da importância do tema, uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional do Comércio mostra que, em outubro de 2023, 76,9% das famílias brasileiras estavam endividadas. Outro dado do levantamento aponta que 13% delas não teriam condições de quitar todas as suas contas no mês.   Divulgado pelo Banco Central e pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro aponta que cerca de metade da população está com baixa saúde financeira, sendo que para 58,4% esta é a principal causa do estresse em sua rotina.   Outro indicador vem do Mapa da Inadimplência da Serasa. O levantamento de setembro de 2023 mostra que 71,82 milhões de brasileiros estavam em situação de inadimplência naquele mês. Isso significa que praticamente um a cada três brasileiros está com dívidas atrasadas.   Diante desses dados, percebemos a importância de promover a educação financeira. E ela é de especial valia em momentos como o fim de ano, em que os gastos são maiores por causa das celebrações e férias.   Leia também: Promover consciência e educação financeira é importante para evitar inadimplência   Como se preparar para as festas de fim de ano sem descuidar do orçamento   O planejamento para as festas de final de ano – ceias, presentes, viagens etc. – deve ser feito com calma e atenção. Táticas para evitar o consumismo podem ser adotadas para evitar compras por impulso ou por “tentação”. Veja a seguir algumas dicas.   Faça uma lista de todas as pessoas que você quer presentear   Controle de orçamento não significa ignorar a época e ficar sem dar presentes a quem se gosta, mas sim fazer isso de maneira planejada.    Se você listar as pessoas que quer presentear, fica mais fácil controlar as compras e não esquecer ninguém. Isso também evita a compra de itens a mais, que depois ficam sem uso.    Vá além e coloque uma sugestão de presente ao lado de cada nome. Dessa forma, você consegue comparar preços e adquirir o produto mais vantajoso.   Estipule ainda um valor médio, para que as compras fiquem dentro do orçamento e você não gaste mais do que tem disponível para a ocasião. Atenção: se você participa de amigo secreto com amigos, colegas de trabalho ou família, não esqueça de incluir esses presentes na lista!  2. Organize o cardápio das celebrações    Nessa época, as famílias costumam se reunir e celebrar juntas. Para que não haja desperdício ou não falte comida, é importante organizar o cardápio com antecedência.    Se você tem dúvida sobre a quantidade de ingredientes necessários, há diversos sites que ajudam nessa conta.   Se mais de um grupo de pessoas se reunir em uma mesma casa, é possível dividir os pratos da comemoração. Com cada um fazendo um pouco, os gastos pesam menos no orçamento de todos.   Tendo o cardápio planejado, o próximo passo é fazer a lista de compras. É possível tanto cozinhar em casa como encomendar a refeição. O importante é pesquisar preços para contabilizar os gastos.   3. Faça as contas de quanto vai poder gastar   Depois de listar as compras a serem feitas, é hora dos cálculos. Estabeleça quanto você tem disponível para presentes e refeições. Depois, confira qual a previsão de gastos com esses itens. Se a quantia disponível for menor do que a despesa orçada, analise a lista e veja como adequá-la.   A importância de fazer essa pequena organização é celebrar com tranquilidade, gastando apenas o que se tem, e sem começar o ano com dívidas. Assim, a virada tende a ser melhor!     Leia também: Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente   Como os pais podem aproveitar o fim de ano para ensinar educação financeira em casa    1. Estimule o consumo consciente Faça uma lista e envolva crianças e adolescentes nas decisões para as festas de final de ano e férias. Pensem juntos: o que é vontade, o que é necessidade, o que é prioridade? Com isso, dá para riscar da lista tudo o que será pouco usado, esquecido, descartado e não fará falta.    Que tal uma caça ao tesouro em casa antes de sair às compras? Certamente há coisas “adormecidas” que podem ganhar uma nova utilidade.    Além de ótima opção para reunir a família, é um aprendizado conjunto para combater desperdícios, eliminar despesas e soltar a criatividade.    2. Ensine a valorizar e a planejar   Quanto custa isso? E aquilo? Como está o seu cofrinho? Vamos ver se a mesada foi poupada ou consumida? Sobrou algo para as férias?   Lidar com essa realidade e possíveis frustrações faz parte e é importante na formação da criança ou do adolescente.    Jogos de tabuleiro, como Banco Imobiliário, Jogo da Vida ou Monopoly, ajudam a simular e compreender situações de perdas e ganhos. Há também games e apps para aprender, com diversão, a planejar, poupar, gastar e doar.    3. Sirva de referência Ao ensinar os filhos sobre o dinheiro – de onde vem e a relevância de economizar e ter uma reserva de emergência –, os pais precisam dar o exemplo. Ao ver a família controlar as finanças, com objetivos, planejamento, destinação correta dos recursos e poupança, crianças e adolescentes vão aprendendo o valor e o significado das coisas, preparando-se para a vida adulta com mais consciência sobre suas escolhas.  

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Itinerários formativos: pronto para trilhar essa aprendizagem?

Despertar engajamento na etapa final da Educação Básica e oferecer experiências para uma formação consistente, com impacto positivo na vida acadêmica, pessoal, social e profissional de jovens. Embora desafiador, o novo Ensino Médio no Brasil é potencializador de oportunidades e, quanto a isso, especialistas em Educação dizem concordar. No novo Ensino Médio, além da formação geral básica, os estudantes poderão escolher itinerários formativos com foco em grandes áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional, visando expandir sua aprendizagem e ampliar a conexão com seus interesses, aptidões, anseios e projeto de vida. “Sabemos, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, que 22% dos alunos que concluem o Ensino Médio seguem para o Ensino Superior, enquanto os demais vão para o mercado de trabalho. Com a flexibilidade curricular, o estudante poderá ter um duplo certificado – de Ensino Médio e de Ensino Técnico Profissionalizante, por meio de itinerários integrados, desde que sejam ofertados pela própria escola ou parceiros credenciados”, apontou a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro, em seminário sobre o novo Ensino Médio realizado pela BEĨ Educação. Segundo ela, será possível gerar ações muito interessantes no dia a dia com os itinerários. “Fornecer, por exemplo, um itinerário integrado STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), que englobe os ensinos pedagógico e técnico. Ou então, apostar em um itinerário temático, ligado à sustentabilidade ou à saúde, com um eixo ao empreendedorismo. E, até mesmo, cursar dois ou mais itinerários, de forma paralela, sem que estejam integrados.” O secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo, que também participou do seminário da BEĨ Educação, adiantou que está em curso uma articulação em rede do Programa do Ministério da Educação (MEC) com universidades, instituições, setor produtivo e Secretarias de Educação Básica do país para avançar em parcerias de itinerários integrados. Eixos estruturantes Mais do que tudo, cabe às escolas públicas e privadas entenderem o novo contexto, a fim de priorizarem itinerários formativos de qualidade em seus planejamentos, pautados nos eixos estruturantes previstos nas novas diretrizes – Investigação Científica, Processos Criativos, Mediação e Intervenção Sociocultural e Empreendedorismo – para articular saberes e contribuir no desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões. Para o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Bruno Eizerik, e o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Getúlio Marques, ´os itinerários formativos, integrados ou não, precisam se manter alinhados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao Novo Ensino Médio e, principalmente, às particularidades de cada região do Brasil, para que não frustrem, mas correspondam às expectativas dos estudantes´. Confira o Seminário ´Compreendendo o Novo Ensino Médio’, promovido pela BEĨ Educação na íntegra: acesse aqui  

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Saiba o que muda no papel dos educadores com o novo Ensino Médio

De conteudista a mediador, formação continuada para educadores pede atenção das escolas para o sucesso do modelo de ensino que entra em vigor a partir de 2022. A quarta revolução industrial está em curso e impactou o sistema educacional brasileiro. Para atender as demandas do século XXI, com um perfil de estudante protagonista e uma aprendizagem ativa, educadores terão de assumir um outro jeito de atuar. Com a chegada do novo Ensino Médio no próximo ano letivo, a formação continuada de educadores das redes pública e privada tornou-se uma agenda prioritária e desafiadora. “O educador não é mais o transmissor de conteúdos e o centro da sala de aula. Na nova proposta, ele passa a ser um mediador e facilitador dentro da trilha de aprendizagem, ampliando as perspectivas do conhecimento. É necessário compreender a complexidade deste papel e contemplá-la, em profundidade, na formação de educadores do ensino público e privado”, afirma o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Bruno Eizerik, em seminário realizado pela BEĨ Educação sobre o novo Ensino Médio. Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Programa LABCRIE (Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica) – espaço voltado à formação continuada de educadores e gestores da rede pública de ensino, com metodologias alinhadas ao conceito de aprendizagem ativa – e diz aguardar a adesão dos Estados. O secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo, também presente no seminário da BEĨ Educação, comentou que na plataforma AVAMEC estão disponíveis cursos de formação para todos os professores do Novo Ensino Médio, em cinco áreas de conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e Mundo do Trabalho. Formação continuada “O importante neste momento disruptivo é manter o foco na formação continuada dos educadores que terão uma grande mudança na maneira de trabalhar os componentes curriculares. Vale lembrar que é um currículo por competências e habilidades, inovador, mais alinhado com o desenho do PISA, o que requer um outro olhar”, ressalta a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro. “É um período de experimentação, implementação e de muitas definições”, conclui o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Getúlio Marques. Confira o Seminário ´Compreendendo o Novo Ensino Médio’, promovido pela BEĨ Educação na íntegra: acesse aqui      

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O Novo Ensino Médio chegou! E agora?

Especialistas das esferas pública e privada abordam os desafios e benefícios na implementação do Novo Ensino Médio , a partir de 2022, em seminário promovido pela BEĨ Educação Segundo dados recentes do Ministério da Educação, 28.933 escolas, 7.550.753 estudantes e 550.782 docentes da Educação Básica romperão com o modelo curricular tradicional e iniciarão, no próximo ano letivo, o percurso do Novo Ensino Médio no Brasil. “É uma virada de chave. O objetivo será aproximar a escola da realidade do estudante, ao considerar novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida na sociedade contemporânea ”, afirma o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), Mauro Luiz Rabelo. Para o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro, o grande desafio será monitorar o processo de implementação da nova arquitetura do Ensino Médio , que deve acontecer de maneira gradual em boa parte das escolas. “Acreditamos que o primeiro ano ainda estará focado na formação geral básica, com ênfase no Projeto de Vida e iniciando os itinerários formativos. No segundo ano, o que se espera é uma presença maior dos itinerários e um tempo menor para a formação geral básica. Já no terceiro ano, a perspectiva é de ampliação dos itinerários com aprofundamento das áreas de conhecimento. ” “Este é um momento de transição e quebra de paradigmas. É necessário trabalhar com cautela as bases, o Projeto de Vida e os itinerários. O Ensino Médio não pode ser visto somente como preparação para o Enem ou o vestibular visando o ingresso na faculdade e, sim, uma etapa com significado para a aprendizagem, a carreira e a vida do aluno”, ressalta Bruno Eizerik, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP). Capilaridade no país da diversidade e desigualdade No Brasil, os desafios na implementação do novo Ensino Médio são potencializados diante de distintas realidades. Para o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Getúlio Marques, acompanhamento e apoio serão decisivos nesta mudança. “A nova proposta aponta um cenário positivo, com alunos mais engajados, melhoria da aprendizagem e redução da evasão, porém é natural que surjam dúvidas nas escolas e o ritmo seja diferente na efetivação deste processo, no universo heterogêneo de instituições públicas e privadas de ensino nas instituições várias regiões do país. ” Capacitação dos professores e métodos de avaliação Há uma forte preocupação do ecossistema educacional com a formação de professores para o novo Ensino Médio que “deve ser inovada e reforçada, levando em conta as áreas de conhecimento e as possibilidades de articulação, bem como uma conexão entre os diversos componentes curriculares”, aponta a presidente do CNE. “O professor precisa se preparar para assumir um outro papel, o de mediador”, acrescenta o vice-presidente do Consed. Os sistemas de avaliação também estão na agenda de prioridades. “Ainda não temos uma matriz definida para o Enem e o Saeb. Esta é uma questão urgente ”, sinaliza o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP). O secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC) diz que é preciso um modelo que, não está alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e ao novo Ensino Médio , mas dê feedback sobre competências e habilidades mais complexas. Confira o Seminário ´Compreendendo o Novo Ensino Médio \’na íntegra: acesse aqui    

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Educação humanizada forma aluno mais consciente de seu papel na sociedade

Por estar em um ambiente mais acolhedor, o jovem consegue explorar suas particularidades e perde o medo de errar A escola é o local onde crianças e jovens entram em contato com os conhecimentos necessários para uma formação acadêmica mais consistente. Mas as instituições de ensino também têm a função social de formar cidadãos autônomos, resilientes, conscientes dos seus direitos e deveres, empáticos e aptos para ajudar na construção de uma sociedade justa e tolerante. E uma das formas de fazer tudo isso é investindo na educação humanizada. Esse tipo de metodologia traz impactos que vão muito além do ambiente escolar, ajudando o aluno a exercer a sua cidadania a partir da valorização das relações humanas. As particularidades de cada aluno são respeitadas, o que permite que ele se sinta mais acolhido e confortável nas aulas, impactando a sua confiança e o seu desempenho. Além disso, por estar em um ambiente onde as pessoas se respeitam e se ajudam, ele se sente mais motivado, pois a pressão também é menor. Ir mal em uma apresentação ou ter dificuldade em algum tema não são sinônimos de fracasso ou motivo para sentir vergonha, mas oportunidades para aprender com os erros, entender o que pode ser melhorado e crescer. E esse universo de confiança e colaboração também é composto pelo posicionamento dos professores e de toda a comunidade escolar, que fazem a intermediação do processo e criam as condições ideais para a educação humanizada se concretizar em bases sólidas. O perfil do aluno que tem uma educação humanizada costuma ser mais altruísta, por entender a importância de ajudar outras pessoas; colaborativo, pelo incentivo constante ao trabalho em equipe; autoconfiante, porque ele consegue correr riscos e expressar suas ideias sem medo de ser julgado; autônomo, por assumir o protagonismo na busca de conhecimentos; e persistente, ao descobrir que falhar é natural e o importante é não desistir. Assim, mais consciente de seu papel na sociedade e com habilidades socioemocionais mais desenvolvidas, o aluno também sai mais preparado para a vida adulta e os desafios que irá enfrentar no mercado de trabalho.        

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Cultura digital e sua influência no modo de ensinar e aprender

O aproveitamento de tecnologias em sala de aula muda a forma como os alunos encaram os estudos Para atender as demandas da geração que já nasceu com computadores, smartphones e tablets ao seu redor, os chamados “nativos digitais”, é preciso incorporar os avanços tecnológicos ao processo de aprendizagem, tornando-o ainda mais significativo. É nesse contexto que surge a importância da cultura digital na educação. Cultura digital consiste em integrar a realidade com o mundo virtual. E quando tratamos especificamente de educação, o objetivo é explorar as tecnologias em práticas pedagógicas. Muito além de slides e vídeos em aula, a ideia é que as escolas incorporem as novas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Mas também é importante não deixar de lado o olhar crítico sobre os recursos tecnológicos, gerando reflexões sobre o uso indiscriminado e a forma como impactam a sociedade. Dessa maneira, o ambiente escolar, onde o aluno passa boa parte de seu tempo, não se torna tão dissonante do que ele vive no resto do dia. Como esses jovens já nasceram imersos nas tecnologias digitais, eles sentem uma atração natural por esses recursos, além de se sentirem familiarizados e terem facilidade para manuseá-los. E, por esse mesmo motivo, estão acostumados a acessar uma quantidade muito grande de informações em questão de segundos. Enquanto jogam online, conversam com os amigos, respondem uma mensagem dos pais, ficam sabendo do que está acontecendo no mundo e deixam a televisão ligada em uma série. Então, qual é a melhor forma de conseguir prender a atenção deles durante as aulas? Explorar justamente esse anseio por novas descobertas e estímulos. As ferramentas tecnológicas podem otimizar desde a apreensão dos conteúdos até a forma como os trabalhos e avaliações são realizados. A rotina dos professores também se torna mais produtiva, pois eles podem planejar suas aulas de uma forma mais rápida e explorar uma série de recursos que estão à disposição para, por exemplo, facilitar o ensino de temas mais complexos. E por dominarem melhor as plataformas, os estudantes conseguem ter uma postura mais ativa e ousar nas inúmeras possibilidades que as ferramentas tecnológicas oferecem. Assim, seja em uma apresentação, nos estudos do dia a dia ou em uma atividade escolar, os jovens podem ser mais criativos e explorar maneiras mais divertidas e interessantes de aprender tirando proveito de algo que já está no DNA dessa geração: a tecnologia e os recurso digitais.      

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Estimular debates em sala de aula torna a formação do aluno mais completa

Prática também promove o desenvolvimento de habilidades, como oratória, argumentação e reflexão É comum encontrarmos debates polarizados nas redes sociais, argumentos sem embasamento, muita agressividade e as famosas fake news. Entrar em uma discussão pela internet e esperar um resultado positivo, um aprendizado ou a reflexão aprofundada de novas ideias se tornou extremamente raro. E é nesse universo que os jovens passam grande parte do seu tempo. São horas a fio descendo pelo feed e encontrando poucos conteúdos efetivamente enriquecedores. Nesse contexto, a escola exerce um papel fundamental de prepará-los para mudar essa realidade – ou, pelo menos, conviver de forma mais saudável com ela. Quando os professores estimulam debates em sala de aula permitem que os alunos possam desenvolver uma série de habilidades, que ajudam a impactar esse cenário, mas também são úteis para a vida cotidiana. As discussões em si aumentam, inclusive, o engajamento dos estudantes pelos mais diversos conteúdos. As disciplinas tradicionais são fundamentais para a formação, mas quando reflexões mais aprofundadas são adicionadas à aula, aquele conteúdo se torna mais próximo da realidade do estudante e, automaticamente, prende mais a sua atenção. Além disso, quando os jovens são expostos a discussões, acabam colocando em prática certas competências que poderiam ficar inibidas no modelo tradicional de ensino. Confira algumas habilidades que são estimuladas durante um debate: Oratória Como já explicamos em outro post, o desenvolvimento da oratória vai muito além de “aprender a falar bem”. A prática inclui desde o repertório que será utilizado até a linguagem corporal durante a comunicação. Ao treinar essa habilidade desde cedo, no ambiente escolar, ficará muito mais fácil se expressar de uma forma clara, segura e precisa. Argumentação Ser contrariado, ter sua opinião contestada e lidar com posições conflitantes é extremamente enriquecedor para a formação. Além de ajudar a enxergar o outro lado, desenvolvendo a empatia com o próximo, essas atividades ajudam o jovem a se desafiar e tentar encontrar argumentos para validar seu ponto de vista. E no ambiente escolar, com o auxílio dos professores, o estudante vai desenvolver resiliência e aprender a reconhecer quando estava errado ou a conviver com quem pensa diferente – sempre por meio de argumentos que não desrespeitem os direitos do próximo. Reflexão e pensamento crítico Receber um conteúdo “pronto” sobre determinado assunto é importante para o estudante aprender certos temas mais técnicos durante a sua formação. Mas conseguir desenvolver um olhar crítico sobre o que é apresentado, conhecer realidades diferentes da sua, conviver com opiniões, culturas e ideias diversas é fundamental para o desenvolvimento de um pensamento mais aguçado e rico acerca do mundo ao seu redor. Dessa forma, os estudantes saem mais preparados e completos para os desafios que irão encarar na vida adulta – e conseguirão aumentar a qualidade dos debates na internet.

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Interpretação de texto: um mergulho na profundidade da mensagem

Interpretar é mergulhar nas entrelinhas da mensagem e permitir-se compreendê-la em sua profundidade, a fim de acessar conhecimento e agregar novos saberes. Vivemos na era da informação e a rapidez para ler e absorver o volume expressivo de tudo o que nos chega, por diversos meios, pode comprometer muito a habilidade de interpretação textual, ou seja, a capacidade de compreender o conteúdo e refletir sobre ele. A interpretação de texto começa a ser aprendida desde a infância e segue por toda a vida, em situações cotidianas verbais e não-verbais. É imprescindível para os estudos, a carreira profissional e o melhor convívio social. Diferentemente de uma leitura rápida e literal, a interpretação textual requer calma e atenção. No processo pedagógico, não se restringe às aulas de português. Ao contrário, abre as portas para o entendimento multidisciplinar, ao favorecer a assimilação de conteúdos e ideias. Se o aluno sabe interpretar o enunciado, pode resolver com mais facilidade uma fórmula matemática, compreender um gráfico de evolução geográfica, analisar uma questão ligada ao aquecimento global, entre tantos universos de temas. Aptidão para ser praticada Fazer da leitura um hábito, reler quantas vezes for necessário, sublinhar as principais ideias contidas na mensagem, consultar o dicionário, trabalhar conexões, identificar detalhes para perceber duplos sentidos, metáforas, analogias, trocadilhos ou outras figuras de linguagem, é um exercício que deve ser constantemente estimulado e praticado para melhorar a capacidade de interpretação de texto. A interpretação não apenas amplia o conhecimento e abastece os alunos de argumentos, como forma cidadãos mais críticos, que enxergam o mundo além da superfície, capazes de traduzir realidades e entender suas múltiplas faces para fazer escolhas mais conscientes. Oferecer livros apropriados para a idade de crianças e jovens, apresentar vários gêneros literários, criar uma rotina de leitura, visitar bibliotecas e livrarias, relacionar histórias com fatos cotidianos, e tornar o momento de ler especial e agradável, contribuirá para aumentar o vocabulário, enriquecer o repertório e resultará em aprendizado aprofundado.

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Estabelecer metas ajuda o jovem a se preparar para o futuro profissional

Planejamento, foco e flexibilidade são algumas ferramentas que ele pode usar para se sentir mais preparado ao longo do tempo Ainda nos anos iniciais da escola, algumas crianças já sabem qual profissão querem exercer. Sonham em se tornar médicos, professores, atletas, artistas… e fazem uma série de planos para “quando crescerem”. Mas também existe outra parcela que chega no Ensino Médio sem ter decidido a carreira que irá seguir. Sentem que a decisão é muito complexa, não se imaginam exercendo nenhuma profissão ou gostam de muitas opções e não sabem como fazer a “escolha certa”. A questão é que, mesmo sem ter certos pontos definidos, é importante que o jovem comece a criar algumas metas. Saber aonde se quer chegar ajuda a se preparar para os desafios da vida adulta. E a partir do momento em que o estudante começa a traçar pequenos planos, os maiores se tornam mais fáceis. Por exemplo, se ele não sabe exatamente qual carreira deseja seguir, pode eliminar profissões que não combinam com o seu perfil; pesquisar quais cursos têm disciplinas que acha interessantes; conversar com profissionais que já estão no mercado de trabalho; procurar ajuda de um orientador profissional; visitar universidades; ver vídeos sobre as profissões… enfim, são inúmeros pequenos passos que ele pode dar para estar mais preparado quando tiver que tomar uma decisão. Por mais simples que essas metas pareçam, elas darão as ferramentas necessárias para que o aluno possa exercitar sua autonomia, sua confiança e seu autoconhecimento e se sentir mais seguro para fazer uma escolha. Mas é importante lembrar que as decisões, principalmente quando falamos de carreira, não são definitivas. É possível ajustar a rota, mudar de opinião, achar que determinado plano não faz mais sentido ou simplesmente querer algo diferente. Logicamente, a decisão deve ser analisada com calma e maturidade, mas a flexibilidade deve fazer parte de objetivos a longo prazo. Nesse contexto, a escola tem um papel fundamental e pode ajudar os jovens na criação das metas flexíveis. Oferecer orientação profissional, um serviço interno de psicólogos e até atividades que estimulem o pensamento crítico sobre a escolha da carreira são estratégias que fazem toda a diferença. Dessa forma, um processo que era visto como complexo, longo e árduo, torna-se mais natural, direcionado e até divertido.

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O que é cidadania digital e por que ela deve ser tratada na escola

Uso crítico e responsável da tecnologia inclui reflexão e discussão de temas como privacidade de dados, fake news e ciberativismo Com o avanço da tecnologia, principalmente durante a pandemia, as pessoas passaram a utilizar o ambiente digital cada vez com mais intensidade e de forma mais ampla no dia a dia. Esse uso foi ampliado na escola, no trabalho e no lazer, entre tantas outras áreas. Mas, assim como acontece no mundo físico, para que a atuação no mundo virtual possa acontecer de maneira ética, consciente e segura, é preciso ter alguns cuidados e seguir algumas normas. É aí que entra a cidadania digital.  Você sabe o que é cidadania digital? Neste texto, vamos falar sobre o conceito e a importância de discutir esse assunto em sala de aula.   O que é cidadania digital  A cidadania digital é “o desenvolvimento contínuo de normas de uso apropriado, responsável e capacitado da tecnologia”, na definição do educador Mike Ribble. Ele é autor do livro “Digital Citizenship in Schools” (Cidadania Digital nas Escolas, em português), no qual busca auxiliar educadores a abordarem o tema com os estudantes.   Dessa forma, a cidadania digital diz respeito ao uso responsável das ferramentas e recursos tecnológicos no ambiente virtual. É necessário compreender que ações e atitudes tomadas, como a exposição de dados e de informações, podem ter impactos e consequências para si e para os outros.  O fato é que, como em todos os aspectos da vida, também na área digital há direitos e deveres.  Entre os direitos, está o de nos expressarmos, interagir com as pessoas, produzir conteúdos, ter segurança nos acessos e controlar a privacidade do que postamos. Já do lado dos deveres, podemos citar o agir de forma educada com os outros internautas, não expô-los a situações constrangedoras e não criar ou compartilhar notícias falsas, as já famosas fake news.   Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa  Em um portal voltado à educação de crianças e jovens, o Plenarinho, a Câmara dos Deputados detalhou temas relativos à cidadania digital. Veja abaixo alguns deles.  Segurança digital  O texto lembra da necessidade de saber proteger os dados pessoais, de aprender a criar senhas fortes e guardá-las de forma segura. Ainda menciona a importância de saber reconhecer “e-mails mal-intencionados, sites falsos e outras formas de golpe na internet”.   Privacidade  No texto publicado pelo Plenarinho, a Câmara ressalta a importância de não tornar público aquilo que só diz respeito à própria pessoa. Isso inclui “endereço, e-mail, telefone, dados de familiares, fotos com roupas íntimas” e as rotinas. O portal destaca que a divulgação de tais dados pode expor os cidadãos a pessoas ou grupos mal-intencionados, que podem usar as informações até para praticar crimes.   Direitos autorais  Eles são os direitos de reprodução de um trabalho e/ou a geração de licença da sua própria criação e ou trabalho, respeitando a propriedade de quem criou. Eles estão previstos na Constituição, no artigo 5º, inciso XXVII. Ele diz: “Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”.   Ciberativismo  O ativismo digital, ou ciberativismo, consiste em se posicionar em relação a causas e ideias que a pessoa avalie como importantes. Entre as maneiras de promovê-lo, estão escrever e/ou assinar petições, promover manifestos e mobilizações, publicar vídeos, fazer doações. Mas o portal da Câmara destaca duas atitudes importantes:   – estar bem-informado sobre as causas que pretende defender;  – fazê-lo com responsabilidade, ética e respeito.  A cidadania digital e a BNCC  Ao ser parte integrante do cotidiano, o uso da tecnologia também está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pelo menos três das dez competências gerais da Base fazem referência ao tema. São elas:  Competência 1: Conhecimento. Ela aborda os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade. Ela prevê que o objetivo é “colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.   Competência 2: Pensamento científico, crítico e criativo. Na BNCC, essa competência aparece com o objetivo de criar soluções, inclusive tecnológicas, para a resolução de problemas.  Competência 5: Cultura digital. Essa é a competência mais relacionada ao tema da cidadania digital. Ela destaca a necessidade de “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos (…) e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”  Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  Por que falar de cidadania digital nas escolas  Segundo a BNCC, a expansão da cultura digital impõe à escola novos desafios relacionados à cultura digital, como estimular a reflexão dos estudantes em relação aos conteúdos consumidos e produzidos e à multiplicidade de recursos tecnológicos disponíveis.   O ambiente escolar também deve prepará-los para o uso crítico e democrático das ferramentas tecnológicas e para uma participação mais consciente na cultura digital. Nesse contexto, devem ser abordadas as novas questões trazidas por esse universo e relacionadas ao comportamento na internet, como segurança digital, privacidade de dados, inclusão digital, direitos autorais, identificação de notícias falsas, cyberbullying e ciberativismo.  Ao estar alinhada com a cultura digital e as questões que a envolvem e afetam diretamente o cotidiano dos alunos, a escola se torna mais significativa e contribui para uma relação mais ética e saudável com o espaço digital.  No site que complementa seu livro, Mark Ribble escreve que, com frequência, “vemos estudantes e adultos usando e abusando da tecnologia, mas não temos certeza sobre o que fazer” para orientá-los.    Segundo o educador, essa questão é “mais sobre o que os usuários não sabem, mas o que é considerado uso apropriado da tecnologia”. Por isso, defende a necessidade de preparar estudantes e usuários de tecnologia para uma sociedade repleta de… tecnologia.   Seguindo nessa linha, descubra neste texto como fazer bom uso dos recursos digitais para aumentar o

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