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Cidadania no Dia a Dia é a nova coleção da BEĨ Educação

Material voltado para o Ensino Médio visa potencializar o aprendizado e a percepção dos jovens sobre a importância do tema para a vida. Conheça!  A BEĨ Educação lança um novo programa escolar voltado aos estudantes do Ensino Médio: o Cidadania no Dia a Dia. Ele estimula a reflexão sobre temas atuais e relevantes para a sociedade. O objetivo é desenvolver a consciência a respeito de assuntos relacionados diretamente com a formação de um cidadão ativo em sua realidade.  A coleção é composta por dois módulos: Convivência e Sociedade. Cada um deles possibilita o desenvolvimento de um conjunto de habilidades e competências das diferentes áreas do conhecimento, com ênfase em:  Linguagens e suas Tecnologias    Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.    O material é alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com metodologia estruturada por projetos. Seu texto se conecta com a realidade dos estudantes. Ao longo dos capítulos, há atividades que promovem a reflexão e práticas autorais e coletivas. Com isso, o programa busca fomentar a participação dos jovens na sociedade como cidadãos conscientes de suas ações.  A coleção convida o estudante a tomar consciência das diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, respeitando os direitos humanos. Além disso, o jovem deve compreender as práticas sociais de linguagem e respeitar as diversidades para atuar com base na democracia,  na igualdade e nos direitos humanos, exercitando a empatia, o diálogo e a cooperação e reconhecendo preconceitos.  Conheça mais sobre cada um dos dois módulos a seguir.  Leia também: Método tradicional de ensino e metodologias ativas: conheça as principais diferenças  Módulo Convivência  O módulo Convivência da coleção Cidadania no Dia a Dia é composto de um Livro do Estudante, com o texto e atividades para os jovens, e  de um Caderno do Educador, com reflexões sobre e orientações sobre como conduzir as temáticas.  Esse módulo  é dividido em quatro partes, subdivididas em capítulos temáticos. O texto de cada capítulo ilustra como uma turma de jovens lida com situações relacionadas a cada tema. As reflexões das personagens abrem espaço para discussões teóricas.  Parte 1: Direitos Humanos   A coleção é aberta com capítulos que abordam Direitos Humanos, Racismo e Intolerância Religiosa.  Parte 2: Diversidade    Na segunda parte do material, os capítulos abordam Pessoas com Deficiência, Diversidade Sexual e de Gênero e Povos Originários.  Parte 3: Cyberbullying   Um tema tão atual e presente na vida dos jovens é o que compõe a terceira parte deste módulo. Ela se subdivide em dois capítulos: Cyberbullying e Internet e LGPD.   Parte 4: Liberdade de expressão   Aqui, os capítulos discutem Fake News e Liberdade de Expressão.  Módulo Sociedade  O Módulo Sociedade traz assuntos relevantes para o grupo social como um todo. Ele é dividido em três partes, também subdivididas em capítulos temáticos.  Parte 1: Política e desigualdade   Na primeira parte de Sociedade, o material aborda os temas Cidadania e Participação Política, Ditadura e Direito ao Voto e Desigualdade. Os dois primeiros tratam da participação da população na vida civil de um país. Já o terceiro aborda vários aspectos da desigualdade de uma nação.  Parte 2: Direitos e deveres   A Parte 2 traz a dimensão de que o exercício da cidadania implica direitos e deveres. No primeiro capítulo, o tema é Habitação. A seguir, vem o capítulo sobre Trabalho. Nele, há discussões sobre saúde e educação associadas ao trabalho, legislação trabalhista no Brasil e outros aspectos do tema. Por fim, o capítulo Impostos aborda o pagamento e a destinação de tributos.  Parte 3: Cultura e educação   A última parte do módulo discute os temas Apropriação Cultural, Meio Ambiente e Educação.  Você se interessou em oferecer esse material aos estudantes de sua instituição? Entre em contato conosco! Basta escrever para contato@beieducacao.com.br.

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Ilustração mostra diversas pessoas juntas representando cidadania

Como exercer a cidadania em nosso dia a dia

Entender o que é cidadania e o que é ser cidadão pode melhorar nossa vida em sociedade  O que é cidadania? A própria palavra remete a “cidade”. E ela costuma vir acompanhada de outras, como direito, dever e exercer. Falamos cada vez mais desses conceitos, mas será que os compreendemos de verdade?  Mais que isso: como colocá-los em prática? Será possível aprender a exercer a cidadania no dia a dia? Esses são alguns tópicos que vamos abordar neste artigo.  O que é cidadania?  A palavra cidadania tem origem no termo latino civitas, que significa “cidade”. Eram chamados “cidadãos” somente os moradores das cidades, que tinham direitos e deveres por viver em tais locais. No entanto, esse conceito hoje ultrapassa tais limites.  “O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõe como um corpo de direitos concretos individualizados”, define o geógrafo Milton Santos em seu livro “O espaço do cidadão”.  Dessa forma, a cidadania pode ser compreendida como o conjunto de direitos e deveres exercidos por quem vive em sociedade. Isso se traduziria no acesso que o indivíduo tem ou não tem do espaço em que vive e no seu poder de intervenção sobre ele.  Cidadania e direitos humanos  Em seu artigo “Cidadania e Direitos Humanos”, a socióloga Maria Victoria Benevides distingue os dois termos. “Os direitos humanos são universais e naturais”, afirma ela. “Aquilo que é considerado um direito humano no Brasil também deverá sê-lo com o mesmo nível de exigência, de respeitabilidade e de garantia em qualquer país do mundo.”   A cidadania, por sua vez, é definida como uma “ideia eminentemente política”. “Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados num determinado ordenamento jurídico”, afirma a socióloga.  Por isso, a cidadania diz respeito, segundo Maria Victoria, a uma determinada ordem jurídico-política de um país. “Uma Constituição define e garante quem é cidadão, que direitos e deveres ele terá em função de uma série de variáveis.” Aqui, ela cita idade, estado civil, condição de sanidade física e mental, entre outras.  Cidadania em construção  Por se referir a direitos e deveres das pessoas, a cidadania não é algo estático. Ao contrário: ela está em permanente construção. E há inclusive situações que a colocam em risco.  Como exemplo, podemos citar regimes de exceção, que tiram direitos da população. Ou que estimulam, até por meios legais, tratamentos diferentes a determinados grupos. Isso se demonstra, por exemplo, em legislações que proíbem mulheres de estudar ou trabalhar.  No Brasil, o período da ditadura militar tirou dos cidadãos brasileiros o direito ao voto direto para presidente. Após mais de 20 anos, a sociedade civil se organizou para recuperar esse direito.  No entanto, nem mesmo leis garantem que todos os cidadãos de um país exerçam sua cidadania. No Brasil, por exemplo, a escravidão foi abolida pela famosa Lei Áurea, em 1888. Mas há frequentes notícias de pessoas encontradas em trabalho análogo à escravidão no país. Pessoas que, portanto, estão impedidas de exercer sua cidadania.  Leia também: A importância da ética na vida em sociedade  A vivência na escola  A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) também aborda o tema. A competência 6, uma das que deve ser desenvolvida ao longo da educação básica, fala dele. Seu texto afirma que “a construção da cidadania é um exercício contínuo, dinâmico e que demanda a participação de todos para assegurar seus direitos e fazer cumprir deveres pactuados por princípios constitucionais e de respeito aos direitos humanos”.    Dessa forma, a BNCC prevê que o estudante, ao final da educação básica, esteja apto a “participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.    Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  Cidadania no dia a dia  Como dissemos, a cidadania está em permanente construção. E precisa ser exercida no dia a dia.   Esse exercício cotidiano implica direitos e deveres, respeito ao outro e à diversidade, ética nas relações, empatia e diálogo.   Algumas formas de exercer a cidadania são:  Dirigir de maneira defensiva, de modo a proteger os elos mais frágeis do trânsito, como pedestres, ciclistas e motociclistas, conforme o meio de transporte que estiver usando;  Não jogar lixo nas ruas;  Votar com consciência, cobrar as promessas feitas em época de eleição e acompanhar o trabalho das pessoas eleitas para cargos públicos;  Participar de atividades de melhoria do espaço em que se vive, como fazer a zeladoria de uma praça ou recolher lixo de uma margem de rio da cidade;   Não depredar o patrimônio público.    As ações acima trazem, em comum, uma ideia implícita: respeito ao outro e à coletividade. Podemos entender a palavra respeito como chave da construção da cidadania no dia a dia. É por meio de ações cotidianas, levando em conta o respeito, a ética, a empatia e o diálogo, que contribuiremos para construir uma sociedade mais justa e harmoniosa, que promova a convivência entre todos.  Seguindo nesse tema, leia neste texto o que é cidadania digital.

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Foto de carros parados em congestionamento com chuva

Por que trabalhar temática de cidades na escola é importante

. Estudo do espaço urbano deve ser feito de forma integrada, para que estudante compreenda o meio em que vive e saiba como lidar com ele  Cerca de 85% da população brasileira vive em cidades. No entanto, os estudantes não aprendem de forma integrada o espaço urbano, no qual moram. Para que eles compreendam o meio em que habitam e como se relacionar com ele, é importante que as escolas promovam o estudo das cidades.  Estudar cidades é compreender sua história, sua geografia, sua economia, sua cultura, enfim, toda a dinâmica envolvida nelas. Esse estudo também leva a pessoa a entender como pode influir nessa dinâmica. E isso é importante, tendo em vista que ela é uma habitante deste meio.  A importância do estudo das cidades na vida dos estudantes  De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 84,72% dos brasileiros moram em áreas urbanas. Isso mostra que a maior parte dos estudantes mora em cidades – aqui entendida como espaço urbano.   “Entender a dinâmica de desenvolvimento e funcionamento das cidades possibilita lidar melhor com os problemas e desafios pelos quais passamos diariamente”, diz Áquila Nogueira, gestor de projetos educacionais da BEĨ Educação. Essa declaração mostra a importância de estudar as cidades de forma sistematizada. “Se pouco conhecemos, como podemos intervir e modificar os problemas que vivemos?”, questiona ele.  Para Nogueira, o estudo das cidades ainda abre caminho para “pensar, imaginar e sonhar soluções e novas possibilidades de viver e interagir” com elas.  Planejamento urbano e dia a dia dos jovens  A realidade dos alunos é permeada pelas consequências da falta de planejamento urbano. Alguns exemplos são o excesso de engarrafamentos de trânsito e a falta de áreas verdes. Também podemos citar enchentes e deslizamentos, como o que ocorreu em São Sebastião em fevereiro de 2023, deixando dezenas de mortos.  “Qualquer um que teve algumas aulas de Geografia e Ciências que abordam o tema sabe que o desmatamento leva à erosão do solo e isso pode gerar desastres”, diz o gestor da BEĨ Educação. No entanto, ressalta ele, é um conhecimento que chega em geral sem relação com o dia a dia do estudante. “Esse saber descontextualizado não ajuda a explicar como esses desastres seguem acontecendo com regularidade”, prossegue. Ainda nesse exemplo, ele complementa: “É importante entender a especulação imobiliária, os interesses envolvidos e a construção de políticas públicas para saber não só o que pode ser feito, mas o que de fato acontece e as razões por trás das escolhas, até para poder participar no processo decisório e cobrar as instâncias adequadas”.  O exemplo do ocorrido em São Sebastião abarca, além de planejamento urbano, outras questões, como saneamento, moradia e desenvolvimento sustentável. “É importante, ainda, discutir questões como a mobilidade, a economia e a cultura”, afirma o gestor.  Quais componentes curriculares estão associados ao estudo das cidades?  Quando pensamos no estudo das cidades, logo nos vêm à cabeça temas associados às Ciências Humanas.  “A Geografia fala das relações espaciais, bastante presentes no estudo de cidades”, pondera o gestor da BEĨ Educação. “A História discute o desenvolvimento das cidades e da relação entre as pessoas”, prossegue ele. “A Sociologia se debruça sobre essas relações interpessoais”, complementa.   Mas esse estudo envolve outras áreas de conhecimento, diz Nogueira. “As Linguagens são centrais na compreensão dos discursos e mesmo da documentação que pauta essas relações”, afirma. Outra área citada por ele é a das Ciências da Natureza. Isso porque ganham cada vez mais relevância na compreensão das relações humanas com o meio em que vivemos. “Afinal, a percepção de que os recursos naturais são cada vez mais finitos pauta as decisões que tomamos”, afirma.   Na análise de Áquila Nogueira, essa pluralidade de temas e áreas reforça a importância de conectar saberes para poder compreender sua posição e possibilidades no espaço público. Desta forma, diz ele, será possível “ter consciência e responsabilidade, com um papel ativo na construção de uma sociedade mais democrática e participativa”.   Leia também: Estudo das cidades coloca em prática conceitos de geografia, história, biologia e outros componentes curriculares  Aprendizado dentro e fora da sala de aula  Promover debates, assistir a filmes e realizar outros tipos de atividade dentro das escolas são algumas formas de estudar sobre a dinâmica das cidades. No entanto, elas não podem ser as únicas. “É difícil conhecer a cidade sentado em uma sala de aula”, reflete Áquila Nogueira.  “Uma mera volta no quarteirão da escola pode levar a descobertas capazes de mudar a relação dos alunos com o lugar onde vivem e, a partir daí, a caminhos que podem impactar todo o curso de suas vidas”, explica.  Áquila destaca que o educador não consegue oferecer todas essas possibilidades sem o apoio da gestão escolar. Por isso, é importante que ela entenda a ideia e facilite o processo. “É importante que a escola invista em atividades externas, como visitas técnicas e invista em ferramentas tecnológicas ou mesmo em materiais mais físicos, como maquetes”, finaliza.  Aprendendo a viver na cidade  Mas esse estudo da cidade pode cair mais ao gosto dos jovens se apresentar uma abordagem inovadora. Pensando nisso, a BEĨ Educação desenvolveu o material Aprendendo a viver na cidade, que integra diferentes saberes sobre o tema.   Alinhado à BNCC, o material adota a metodologia de ensino orientada para projetos. Ele pode funcionar como uma eletiva ou um itinerário formativo. O material é pensado para educadores de diversas áreas e busca estimular a curiosidade e a autonomia dos estudantes. “Além da exposição de temas como meio ambiente, saneamento, economia e habitação, o material sugere atividades que façam com que a turma pense em como lidar com um problema que seja relevante para ela”, finaliza Áquila Nogueira.

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Ilustração mostra mulher avaliando se deve comprar uma TV para aproveitar a oferta, pois ela já tem uma

Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente

Escola pode orientar estudantes sobre hábitos para evitar o consumismo, que traz más consequências financeiras e para o planeta   As compras desnecessárias, por impulso, pelo “gosto” de consumir, são uma prática comum. Mas esse costume, chamado de consumismo, traz consequências danosas para o planeta. Além disso, o consumismo pode levar as pessoas a gastar mais do que têm.  Do outro lado, o consumo consciente é uma prática que leva em conta as necessidades da pessoa, suas finanças e o impacto no meio ambiente.   Mas afinal, quais as consequências do consumismo para a Terra? E como ensinar crianças e jovens a evitar um comportamento consumista?    A educação financeira é uma das chaves para evitar o consumismo e promover o consumo consciente. Explicamos mais a seguir.  Qual a diferença entre consumo e consumismo?   Consumo é o ato de adquirir produtos. E é uma ação necessária para a sobrevivência. Afinal, temos necessidade de comida, bebida, remédios, entre outros itens.   Mas o consumismo vai além disso. De acordo com a definição adotada em um dos volumes da coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, da BEĨ Educação, “consumismo é o ato de adquirir produtos em excesso e sem necessidade”.   E é na necessidade ou não da compra que reside a principal diferença entre os dois. Se se trata de uma necessidade, sua compra é um consumo. Se compramos um item que queremos, mas de que não necessariamente precisamos e, além disso, o item representa um excesso, a aquisição sai da esfera do consumo simples.    Publicidade incentiva consumismo   Em fevereiro de 2023, o Mapa da Inadimplência elaborado pela Serasa indicava que 70,5 milhões estavam com contas em atraso no país.   Mesmo diante deste cenário em que milhares de famílias precisam quitar compromissos já vencidos, o consumismo é incentivado em diversos espaços. Isso acontece inclusive no ambiente virtual. Uma pesquisa realizada em 2022, que investigou que tipo de conteúdo mais influi sobre compras feitas pela internet, revelou que, das 1.024 pessoas entrevistadas, 60% se declararam influenciadas por publicidade paga de empresas e produtos.    Leia também: O poder dos juros: o que são e como usá-los a seu favor   Consequências do consumismo   Consumir sem necessidade e em excesso traz diversas consequências. Talvez a mais fácil de constatar seja a financeira.    Uma compra sem necessidade tira recursos que poderiam ser usados para produtos ou serviços mais importantes. Além disso, esse comportamento pode levar o consumidor a gastar mais do que pode, contraindo dívidas. E, se for repetido várias vezes, pode desestabilizar as finanças pessoais.   Outra consequência do consumismo é para o planeta. Recursos naturais cada vez mais escassos são consumidos para a produção dos itens comprados. Dessa forma, ao adquirir produtos que não são essencialmente necessários, sobrecarregamos ainda mais a Terra.   A lição sobre consumismo da coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, da BEĨ Educação, traz uma figura que resume esse ciclo. Confira:   Educação financeira e consumo consciente  A educação financeira é uma das ferramentas-chave para a prática do consumo consciente entre adolescentes. A escola tem um papel fundamental nesta instrução. “É preciso tornar o consumo consciente um hábito”, afirma Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação. “Aí está a importância de construirmos essa consciência ao longo da vida escolar do estudante”, diz a especialista.   Da Educação Infantil ao Ensino Médio, orientações sobre hábitos de consumo consciente precisam estar no radar dos educadores. Isso se torna ainda mais importante diante das consequências que um consumo desenfreado tem sobre o meio ambiente.    “É preciso conscientizar as crianças e os jovens dos novos hábitos de consumo, como a economia circular, capaz de orientar sobre o não descarte de produtos em boas condições”, explica Hack. “Os estudantes precisam aprender desde cedo que, quanto mais consumimos, mais lixo produzimos e mais danos ao meio ambiente geramos”, afirma a gerente da BEĨ Educação.    Como aplicar educação financeira em diferentes idades   Na Educação Infantil, as crianças ainda não têm conhecimento das operações matemáticas. Por isso, Hack sugere que esse tema seja trabalhado por meio de dinâmicas de trocas de objetos ou conversas que façam os alunos refletirem sobre como a compra de brinquedos novos pode ser desnecessária.    Já no Ensino Fundamental, é possível inserir discussões sobre juros, parcelamento e pesquisa de preço. “Nessa fase, alguns alunos começam a ganhar mesada e a calcular seus próprios gastos, então é o momento de a escola trazer essas questões mais técnicas, sempre junto à conscientização”, explica Hack.    No final do Ensino Fundamental e durante o Ensino Médio, a discussão pode ser aprofundada, vinculando a questão da economia circular à sustentabilidade. “Para alunos dessa faixa etária, é possível proporcionar um nível de profundidade muito maior sobre como o consumismo é prejudicial”, afirma Hack.    “É uma ótima oportunidade para trabalhar nos estudantes um olhar sistêmico que relacione a crise climática e a poluição à necessidade de mudar nossos hábitos de consumo”, acrescenta.   Débora Hack reforça a importância de que temas como consumismo e direitos do consumidor sejam trabalhados de forma transversal. “Esse assunto precisa estar presente em diversos componentes curriculares, como nas aulas de Matemática, quando se trata de cálculo de juros no momento de uma compra”, sugere.    “Também pode ser trabalhado em interpretação textual, quando se fala sobre o entendimento do texto de documentos como o Código de Defesa do Consumidor”, explica Hack.     Outra forma de apresentar o tema é por meio de projetos, a partir dos quais o estudante poderá fazer pesquisas mais aprofundadas sobre seus direitos enquanto consumidor.     Para saber mais, confira neste texto por que promover consciência e educação financeira é importante para evitar inadimplência.

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Imagem de fundo azul mostra cinco blocos de madeira com ícones associados a educação e reciclagem

Novo Ensino Médio: como professores podem se manter atualizados?

Confira neste texto dicas de capacitação para aliviar os impactos sobre os educadores   O Novo Ensino Médio traz mudanças tanto para estudantes quanto para educadores. Embora esteja em discussão, é certo que ele vai alterar essa etapa da educação básica. E como os professores podem se preparar para o Novo Ensino Médio?   Entre os pilares fundamentais da nova resolução, podemos destacar dois. O primeiro é a preparação para o tempo integral. O segundo é a definição de uma nova organização disciplinar, mais flexível.    No modelo novo, os docentes são motivados a exercer suas práticas educacionais conforme todas as propostas exigidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelos itinerários formativos. Para isso, eles precisarão replanejar as aulas. Isso será necessário para atender o novo currículo integrado e as alterações que incluem as diferentes áreas do conhecimento.   Entenda mais sobre o novo modelo e como os educadores podem se preparar para ele.   Leia também: Novo Ensino Médio: os 5 principais desafios para a implementação em 2023   O que é o Novo Ensino Médio    É o novo modelo que deve vigorar para essa etapa da Educação Básica. Ele está previsto pela lei nº 13.415/2017. De acordo  com o Ministério da Educação, “essa mudança tem como objetivo garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros”. Atualmente, o modelo passa por discussão em todo o país.   O MEC diz ainda que essa nova estrutura deve “aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade”.    Leia também: O que é Projeto Político Pedagógico da escola, o PPP? Entenda   Como professores podem se preparar para o Novo Ensino Médio   Para estarem prontos para o Novo Ensino Médio, os educadores precisarão mudar sua visão do ensino. Essa é a avaliação de Natália Alonso, gestora de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação.   “Os professores devem buscar uma visão ampla e disruptiva do ensino, mirando um trabalho integrado entre os componentes curriculares”, diz. Além disso, ela afirma que será necessário aproximar os projetos cada vez mais da realidade do estudante. Para Natália, essa atitude fará com que o ensino “se torne mais real, significativo e, acima de tudo, aplicável no dia a dia do estudante”.    Desta forma, avalia a gestora, “as competências de cada um passarão a ser desenvolvidas para além dos muros da escola”.   Para essa mudança, será necessário que as escolas providenciem formação e capacitação dos materiais e itinerários aplicados aos educadores.   Por sua vez, Natália levanta cinco dicas de capacitação para os educadores se alinharem às mudanças do Novo Ensino Médio. Confira a seguir!   Maior autonomia aos estudantes   O educador deixou de ser o detentor único do saber e passou a ser o mediador de sua turma. Com os itinerários e projetos, o estudante solidifica seu papel de protagonista. Por isso, o educador precisará trabalhar essa competência – o protagonismo – constantemente com seus alunos . Ela, inclusive, faz parte das competências gerais da BNCC, com equilíbrio e entendendo que autonomia envolve também maior responsabilidade. O professor deverá, portanto, introduzir esta prática mais independente de maneira gradativa, de forma a exercitar sua escuta ativa e respeitar a diversidade.   Colocar o conhecimento em prática   A atualização do educador não deve ser apenas teórica: os conceitos devem ser postos em prática. Nesse sentido, metodologias ativas podem e devem ser cada vez mais utilizadas. Elas proporcionam protagonismo, integração entre áreas de conhecimento e maneiras diversas de aprender.   Leitura constante   A leitura de autores consagrados e de novos autores são fatores essenciais para as novas práticas. Temas importantes a serem buscados nas obras são pilares de inovação, introdução do ensino híbrido e trabalho por projetos. É imprescindível que os educadores se atualizem sem deixar para trás o que já foi aprendido. Afinal, é frutífero alinhar diversas ferramentas para desenvolver o trabalho em sala de aula.   Trocas e mais trocas   As formações de educadores realizadas de maneira síncrona são muito importantes para trocas, insights e discussões. E elas podem acontecer tanto on-line quanto presencialmente. Quando colocam a “mão na massa” e exercitam os conceitos já aprendidos, eles podem vivenciar práticas para serem aplicadas também com os estudantes. E isso dá maior sentido à imersão.      Inovação digital   O uso de tecnologias, as chamadas TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), é um grande diferencial nesse processo. Isso deve ser feito na medida do possível, considerando também os recursos disponíveis na escola. As TDICs integram diversas esferas da realidade dos estudantes. Além disso, enriquecerem conteúdos e componentes, permitindo projetos que consolidem diversos conhecimentos.    Nesse sentido, as TDICs podem funcionar como formas diferentes de introduzir um mesmo conteúdo, abarcando as diferentes formas de aprender e proporcionando um aprendizado personalizado.   Para se aprofundar ainda mais, entenda, neste texto, o que é o ensino personalizado e quais são seus benefícios.

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Ilustração mostra mulher de vestido rosa sendo puxada do lado esquerdo por um cifrão azul com auréola e do lado esquerdo por um cifrão laranja

O poder dos juros: o que são e como usá-los a seu favor

Entender o que são juros e como eles afetam o dia a dia do consumidor é uma importante lição de educação financeira O que são os juros? Por que eles existem? Existe alguma forma de o consumidor usar as taxas de juros a favor de suas finanças?   Entender o que são as taxas de juros faz parte da educação financeira. Um consumidor com esse conhecimento saberá como avaliar as taxas tanto em empréstimos e crédito quanto em aplicações. E, assim, conseguirá obter benefícios com o “poder” dos juros.   O que são juros    Podemos dizer que os juros são o preço do aluguel do dinheiro. Sim, o dinheiro tem um preço. Quando você empresta dinheiro a alguém, espera receber o valor e mais um acréscimo de volta. Isso porque você deixou de poder usar o dinheiro que tinha agora. E, por isso, deve receber uma remuneração em troca. De uma certa forma, “alugou” seu dinheiro para quem o tomou emprestado.   Da mesma forma, quem pediu esse recurso emprestado precisa pagar o preço por essa operação. E esse preço é expresso pela taxa de juros.   Mas por que taxa de juros? O que são taxas?   Na coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, da BEĨ Educação, encontramos a seguinte definição: taxa é uma porcentagem que é adicionada ou subtraída de um número. Quando a taxa é adicionada, pensamos nela como um acréscimo. Por outro lado, quando ela é subtraída, pensamos nela como um desconto.   Em geral, as taxas de juros são expressas em função de um tempo. Por exemplo: 10% ao ano, 1% ao mês etc.   Leia também: Educação financeira ajuda estudantes a planejar gastos e fazer escolhas conscientes Juros simples e juros compostos   Voltando aos juros, é importante conhecer a diferença entre juros simples e juros compostos. No site Por Quê – Economês em Bom Português, encontramos as definições e explicações.   Os  juros compostos são assim chamados quando os juros cobrados – ou pagos – incidem sobre o valor principal e sobre os juros de cada período. O mercado financeiro está organizado em torno dos juros compostos. Investimentos pagam juros sobre juros; em dívidas, juros também incidem sobre juros. Isso significa que um investimento cresce de maneira exponencial: quanto mais tempo você deixa o dinheiro lá, mais juros são gerados, e mais juros incidem sobre juros.  No caso dos  juros simples, os juros incidem apenas sobre o valor inicial, de maneira fixa. Os juros de cada período não entram no cálculo do próximo.   Essa é a grande  diferença entre juros simples e juros compostos:   nos juros simples, os juros são cobrados – ou pagos – apenas sobre o valor inicial;   nos juros compostos, os juros são cobrados – ou pagos – sobre o valor inicial e sobre os juros do período anterior.   Com um exemplo, fica mais fácil de entender.   Suponha que você tenha R$ 500 para investir e pode manter esse dinheiro aplicado por dois anos. E que você escolha um investimento que lhe promete uma taxa de juros de 10% ao ano.   Em um sistema de juros simples, a taxa incide apenas sobre o valor investido. Então, tanto no primeiro como no segundo anos, você receberá R$ 50 a título de juros. No período inteiro, você terá ganhado R$ 100 de juros.   Já no sistema de juros compostos, juros incidem não apenas sobre o principal, mas também sobre os juros ganhos no primeiro ano.   No caso, você receberá os R$ 100, que são os juros sobre o principal, mais um adicional sobre R$ 50 × 10% = R$ 5, que são os juros sobre os juros ganhos no primeiro ano. Então, no fim de dois anos, os juros totais ganhos são iguais R$ 105.   Um exemplo numérico mais longo   Em dois anos e nesse exemplo, a diferença parece pouca. Mas o poder dos juros compostos cresce com o tempo. Os economistas do Por Quê? elaboraram um gráfico que mostra como ela é grande.    Partindo dos mesmos R$ 500 do exemplo acima, foram consideradas duas taxas de juros ao ano: 10% e 12%. Elas parecem muito próximas, certo? Mas vejamos o que acontece ao longo do tempo. Depois de 10 anos, o valor do investimento com a taxa mais alta será cerca de 20% maior que o outro; depois de 20 anos, a diferença chega a 43%.     Fatores que influenciam os juros pagos   Em entrevista ao blog da BEĨ Educação, o consultor financeiro Manoel Garcia Canabal explica os três fatores que influem nessa dinâmica dos juros compostos. O primeiro é a metodologia de cálculo, ou seja, o fato de os juros de cada período também virarem uma nova base de cálculo.    O segundo fator, segundo ele, é a taxa contratada. “Antes de fechar uma negociação, é muito importante verificar as oportunidades de empréstimos que oferecem taxas mais vantajosas”, recomenda ele.    O terceiro fator é o prazo do empréstimo. O consultor explica que os prazos longos com parcelas pequenas absorvem maior montante de juros. Por isso, ele recomenda que, sempre que houver condições, deve-se optar por um prazo menor com parcelas de maior valor.    Dívida é sempre ruim?   Em geral, quando ouvimos a palavra “dívida”, costumamos associá-la a algo prejudicial, negativo. Mas será que dívida é sempre ruim?   Na visão do consultor financeiro, a resposta é não: a dívida não é sempre ruim. No entanto, ele observa a necessidade de ter clareza sobre o objetivo a ser alcançado com o valor obtido. “Se os recursos não forem utilizados, gerarão uma perda de patrimônio pelos juros cobrados, por menores que sejam”, afirma. Manoel Canabal lembra que o endividamento pode ser usado para dois fins principais. O primeiro é a cobertura de contas a pagar para as quais não temos recursos suficientes. Nesse caso, em geral se usam empréstimos.    Usar esses valores para quitar contas de maneira mais imediata serve a vários propósitos positivos. Um deles é não ficar sem o fornecimento de água, luz e telefone, quando forem contas de consumo. Outro é não ficar sujeito a processos judiciais nos casos em

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Foto mostra livros didáticos abertos em cima de uma mesa com uma lousa verde ao fundo

A importância do livro didático na era digital

Brasil tem o maior programa de distribuição de livros didáticos do mundo, o que contribui para a democratização do ensino    O livro didático é uma das principais, senão a principal, ferramentas pedagógicas usadas nas escolas de todo o país. Mas qual a importância do livro didático? Ele segue com a mesma relevância no mundo digital?   A resposta é sim, pelo menos no Brasil. Aqui, muitas vezes ele é o único instrumento pedagógico disponível. O país tem o maior programa público de aquisição e distribuição de didáticos. E dedicamos o dia 27 de fevereiro para celebrá-lo.      A história do livro didático no Brasil   No século XIX, boa parte dos livros escolares usados no Brasil era traduzida do francês. Havia poucas obras escritas por autores brasileiros, geralmente professores do Imperial Colégio de Pedro II, no Rio de Janeiro.   De acordo com a linha do tempo elaborada pela Abelivros, em 1938 um decreto-lei estabeleceu a criação da Comissão Nacional do Livro Didático. O objetivo era fiscalizar todas as obras a serem usadas nas escolas brasileiras.    Dez anos depois, foi lançado o livro escolar mais famoso do país: a cartilha “Caminho suave”, de Branca Alves de Lima. A obra foi muito popular até os anos 1980 e, em 2011, chegou à sua 131ª edição.   A partir da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1961, houve uma expansão significativa da rede pública de ensino. Esse movimento foi acompanhado de investimentos do Ministério da Educação para aquisição e distribuição de obras escolares. No entanto, os recursos eram inconstantes e nem sempre atendiam os estudantes a tempo.   Foi em 1985 que o decreto 91.542 instituiu o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O programa passou a ser uma política de Estado, atendendo a milhões de estudantes.   Nos anos 1990, foi elaborado o Guia de Livros Didáticos, contendo critérios para avaliação e elaboração das obras.   Leia também: Entenda a importância do livro didático para um ensino democratizado     O Programa Nacional do Livro Didático   O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) compreende um conjunto de ações voltadas para a distribuição de obras didáticas, pedagógicas e literárias, entre outros materiais de apoio à prática educativa, destinadas aos alunos e professores das escolas públicas de educação básica do país.   A compra das obras e a gestão do programa são centralizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. A escolha dos títulos, por outro lado, é descentralizada. Dentro de um “cardápio” disponibilizado a cada ano, diretores e educadores podem escolher os livros que fazem mais sentido para sua realidade escolar.   Assim, o programa confere autonomia a cada gestor escolar para estabelecer os livros que serão adotados. Além disso, ao centralizar as compras, pode-se obter maior eficiência de gastos.   Frequentemente, o programa brasileiro é apontado como o maior do gênero no mundo. E, de fato, os números são grandiosos.   O anuário da Abelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais) aponta que, em 2021, foram adquiridos um total de 136,8 milhões de livros por meio do programa. Esse volume beneficiou 28,8 milhões de estudantes de todo o país.   O programa foi recentemente ampliado para outros tipos de obras literárias. E, em 2023, a previsão é que ele se estenda para livros digitais também.   Leia também: Como fazer bom uso dos recursos digitais para aumentar o engajamento dos jovens?    A importância do livro didático    Mas, num mundo digital, o livro didático continua tendo importância?  Em entrevista à Nova Escola, Circe Bittencourt, que pesquisa o assunto há mais de 20 anos, diz que sim. Segundo ela, muitas vezes o livro é o próprio currículo escolar.    Além disso, Circe destaca que muitos educadores se baseiam nele para preparar suas aulas. “Ao mesmo tempo, o livro didático tem a função de formar os professores”, afirma.   Na entrevista, a especialista diz que sites e programas de TV podem ser usados como materiais didáticos. No entanto, é o livro que guarda a função de sistematizar o conhecimento escolar.   Circe, que é docente da Faculdade de Educação da USP, enumera o que os educadores precisam levar em conta para escolher uma obra a ser usada em classe. “O educador precisa conhecer bem para quem vai lecionar”, afirma. “Com base nisso, pode ser que o docente julgue necessário que a obra tenha uma linguagem mais simples ou muitas atividades, por exemplo”, disse ela na entrevista.   Já Winder Almeida, presidente do SinepeMG, falou ao blog da BEĨ Educação   sobre as características que as escolas devem observar na hora de escolher os materiais didáticos.   Ele afirmou que a escolha do material didático de cada instituição de ensino vai depender “da proposta pedagógica que ela quer oferecer aos seus alunos e do investimento que tanto a escola quanto as famílias estão dispostas a oferecer”.   Para Almeida, “a instituição deve priorizar algumas habilidades, que despertem nos alunos criatividade, praticidade na hora da execução, colaboração e empatia com a comunidade escolar em um todo”.   O presidente do SinepeMG elencou mais alguns pontos a serem observados. O material, em sua visão, deve ajudar a desenvolver o “pensamento crítico do estudante na hora em que lhe aparecerem situações e pautas que envolvem a sociedade”.   E finaliza destacando que, desta forma, o material vai colaborar com “o desenvolvimento desse jovem como um adulto responsável e com atitudes conscientes”.   Os meios digitais são muito importantes e fazem cada vez mais parte de nossas vidas. Mas ainda há obstáculos para sua adoção em salas de aula. Confira neste texto a pesquisa que mostra quais as dificuldades para adotar tecnologias digitais nas escolas brasileiras.  

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Cinco estudantes do Ensino Médio de costas caminham para a porta da escola. Dois estão abraçados e dois estão batendo as mãos no alto

Novo Ensino Médio: os 5 principais desafios para a implementação em 2023

Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, avalia quais serão as maiores dificuldades a superar     A partir de 2023, todas as instituições públicas e privadas do país devem entrar em conformidade com as regras do Novo Ensino Médio. As normas e a estrutura do modelo constam da lei 13.415/2017. Isso traz para as escolas alguns desafios para implementarem o Novo Ensino Médio.   A proposta visa propiciar uma série de inovações para todos os envolvidos na gestão escolar. Isso inclui desde estudantes a docentes e gestores.  Neste texto, vamos explicar as principais características do modelo. Além disso, abordaremos os  cinco principais desafios para sua implementação.   Leia também: Saiba o que muda no papel dos educadores com o novo Ensino Médio  O que é o Novo Ensino Médio  É o novo modelo que deve vigorar para essa etapa da Educação Básica. Ele está previsto na lei nº 13.415/2017. De acordo com o Ministério da Educação, “essa mudança tem como objetivo garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros”. O MEC diz ainda que essa nova estrutura deve “aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade”.   Há dois pilares fundamentais para a implementação deste modelo. O primeiro é a preparação para o ensino em tempo integral. O segundo é a definição de uma nova organização curricular, mais flexível. Os estudantes estarão em contato com componentes curriculares típicos, que já conhecem. Mas, junto deles, deverão escolher áreas de aprofundamento: os itinerários formativos.   Segundo Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, “os itinerários formativos são uma maneira de os jovens escolherem o que gostariam de estudar, com base no que os instiga”. A especialista explica essa novidade. “São percursos propícios a desenvolver as expectativas de aprendizagem de cada área do conhecimento e, dentro desse recorte, aptos a colocar em prática tudo o que foi ensinado.”  Complementação do processo Para complementar esse processo, há a adoção do trabalho por projetos. Ele busca fazer com que os estudantes entendam suas próprias atuações em um cenário real. Os alunos passam pelas etapas de pesquisa, compreensão de contexto e criação de protótipos. Assim, o ensino tradicional, mais comum no modelo anterior, vai dando espaço à interação com o conhecimento de maior profundidade.  Abre-se, assim, a possibilidade de trabalhar com o Projeto de Vida dos estudantes, por exemplo. Ele propõe um processo de autoconhecimento, em que os alunos aprendem a fazer suas próprias escolhas e planejar seus objetivos pessoais.  Leia também: Construir um projeto de vida auxilia o jovem a gerir sua própria trajetória  Cinco desafios para a implementação do Novo Ensino Médio   Sabendo da importância da elaboração de currículos estudantis de referência, Hack levanta cinco desafios para a implementação do Novo Ensino Médio que as escolas virão a enfrentar. Confira abaixo quais são eles.  1)      Aumento da carga horária  O Ensino Médio deixará de ter 2.400 horas de carga horária mínimas. Elas serão substituídas por 1.800 de formação geral básica e 1.200 de itinerários formativos, totalizando 3.000. As escolas já deveriam ter começado a implantar esta grade visando as mudanças para o ENEM de 2024.   Contemplar este número sem aumentar as mensalidades ou a carga horária dos educadores, deixando possíveis lacunas no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes, tende a ser um grande quebra-cabeça.  2)      Trabalho por áreas de conhecimento  Antes, os conteúdos eram trabalhados de forma isolada, cada um em seu próprio componente curricular. A partir do Novo Ensino Médio, a ideia é que os estudos sejam direcionados por áreas de conhecimento. São elas:   Matemática e suas Tecnologias   Linguagens e suas Tecnologias   Ciências da Natureza e suas Tecnologias   Ciências Humanas e Sociais Aplicadas   O desafio é sincronizar essas esferas junto aos educadores.  Alguns exames já começaram a colocar essa proposta em prática, como a primeira fase da Fuvest 2023.    3)      Foco em metodologias ativas    Aula invertida, autonomia de estudos, trabalho por projetos… Essas são algumas das estratégias que devem passar a ser utilizadas nas salas de aula. Elas colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem.   Para isso, as escolas precisam criar novos processos formativos, libertando os professores das “amarras conteudistas”. Interação e diálogo com o conhecimento são o grande foco.    4)      Operacionalização do novo modelo  Como operacionalizar a instituição de ensino dentro dessas novas exigências? O colégio, antes de executar, terá de pensar e planejar, compreendendo que as áreas precisam se conectar e, ao mesmo tempo, atribuir maior autonomia aos estudantes.   Esse processo é lento; logo, criar uma organização efetiva será uma estruturação a longo prazo. Além da hora-aula obrigatória, incorporar os itinerários à grade também será necessário.    5)      Escolha dos próprios itinerários  As escolas devem oferecer, pelo menos, um itinerário formativo de cada uma das quatro áreas de conhecimento. Essa medida torna o estudante protagonista do processo escolar. Anteriormente, todos os componentes curriculares eram padronizados e levados ao aluno, sem o apoio necessário para que ele fizesse as melhores escolhas para sua trajetória.   Essa é a ideia por trás do Projeto de Vida, por exemplo, por meio do qual os educadores investem na potencialidade dos jovens. O educando, assim, passa a ter mais voz.    Essa nova estrutura pode trazer dúvidas aos estudantes quanto a como escolher os itinerários formativos que vão cursar. Neste texto, damos algumas dicas. 

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Nuvem de palavras relacionadas a ética

A importância da ética na vida em sociedade

Ao longo dos tempos e em diferentes culturas, o conceito de atitudes e comportamentos éticos varia     Ética é um conceito de que todo mundo fala, mas que suscita estudos sobre seu sentido e definição até hoje entre filósofos. Definir o que é ser ético, que atitude é ética, pode variar de acordo com a cultura, os costumes, a época.   Neste texto, vamos mostrar um pouco dessas discussões e a importância da ética para a vida em sociedade.    O que é ética   A palavra ética deriva do termo ethos, do grego antigo. Por sua vez, esse vocábulo tem duas variantes: êthos (caráter) e éthos (costume). Se muitas vezes ética e moral se confundem e se aproximam, não é à toa. A palavra moral deriva de moris, a tradução latina para ethos.   Uma possível definição para ética é dizer que ela é o conjunto de princípios que norteiam a conduta das pessoas na vida em sociedade.   Em um artigo, o professor Mario Alencastro elaborou a seguinte definição: “a ética seria uma espécie de teoria sobre a prática moral, uma reflexão teórica que analisa e critica fundamentos e princípios que regem um determinado sistema moral”.   Levando para o campo da ciência, a ética é uma área da filosofia que estuda a conduta humana. Nesses estudos, são investigados os princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano.   No livro “O que é ética”, Álvaro Valls começa o texto já mostrando a dificuldade de definir o conceito. “A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar quando alguém pergunta”, escreve o autor.   O que é um comportamento ético   Muito do que se fala sobre ser ético está relacionado ao conceito de comportamento considerado certo ou errado. Daí, dá para ver que é difícil ter uma definição universal e única, que perpasse o tempo.   Os costumes mudam. E são diferentes em cada cultura, influenciados por diversos fatores. Algo que no século XIX era considerado errado hoje pode ser encarado como normal e vice-versa. Um comportamento avaliado como errado em uma cultura pode ser correto em outra.   Então, o que é um comportamento ético? Em seu livro, Valls traz a seguinte definição. “Um comportamento adequado aos costumes vigentes, e enquanto vigentes, isto é, enquanto esses costumes tivessem força para coagir moralmente ou socialmente.”   Há situações em que essa definição é menos vaga e mais assertiva. É o caso dos códigos de ética, adotados por muitas instituições, empresas, órgãos de governo e entidades representativas de profissões. Esses textos em geral trazem princípios que regem os comportamentos aceitos enquanto a pessoa está no exercício de atividades ligadas àquela empresa, instituição ou profissão. Alguns dos exemplos mais famosos nesse último caso são os códigos de ética médica e de advogados.   Leia também: Por que é importante falar sobre diversidade nas escolas?    Qual a importância da ética para a vida em sociedade   No artigo que já citamos, Alencastro afirma que “a ética está relacionada ao desejo de realizar a vida mantendo com os outros relações justas e aceitáveis”.   Essa reflexão traz uma direção sobre a importância da ética para a vida em sociedade. Algumas atitudes que podem ser consideradas nessa perspectiva seriam:   ações e comportamentos que prezam pelo bem-estar em sociedade;   respeito aos outros;   respeito a regras, leis e normas sociais.   Como exemplo de comportamento ético na cidade, podemos citar: respeitar pedestres, não jogar lixo nas ruas ou fora de recipientes adequados, limpar dejetos de cães ao levá-los para passear ou respeitar regras de silêncio para não incomodar a vizinhança.   Tais atitudes estão em linha com, como definiu Alencastro, ideias de bem e virtude, “enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz”.   Neste texto, entenda como uma educação humanizada forma o estudante mais consciente de seu papel na sociedade. 

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PROJETO POLITICO PEDAGOGICO

O que é Projeto Político Pedagógico da escola, o PPP? Entenda

Documento é obrigatório e deve apontar os caminhos que a instituição quer percorrer e seus objetivos    Para onde vai a escola? Quais são seus objetivos e que sonhos ela almeja realizar? Como ela vai viabilizar a realização desses objetivos? As respostas a essas perguntas são diferentes em cada instituição, mas devem constar em um documento. Ele é o Projeto Político Pedagógico, ou PPP, da escola.    Instituído pela LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), ele é obrigatório e deve ser entregue às secretarias de educação. Mas sua importância é muito maior do que um simples “cumprimento de regra”.   Muitos especialistas apontam o Projeto Político Pedagógico como a identidade ou até a alma da escola. Isso porque ele deve apontar os rumos que a instituição deve tomar e os meios para alcançar seus objetivos.    O que é o Projeto Político Pedagógico   O Projeto Político Pedagógico traz o rumo, a direção, o objetivo da escola como instituição de ensino. Além disso, ele retrata quais as estratégias que ela vai usar para conseguir cumprir esses objetivos.   Em um artigo, Geraldo Antonio Betini, doutor na área de Ensino, Avaliação e Formação de Professores, escreveu que o PPP “mostra a visão macro do que a escola pretende ou idealiza fazer, seus objetivos, metas e estratégias permanentes”. E isso, na visão do especialista, se refere tanto às atividades pedagógicas como às funções administrativas da instituição.   Para sermos mais diretos, podemos dizer que as palavras que compõem o nome do documento traduzem o que ele significa para as instituições.   Projeto: o PPP deve reunir as propostas de ação que serão executadas em determinado período.    Político: o fato de esse termo estar presente, segundo Betini, “reflete as opções e escolhas de caminhos e prioridades na formação do cidadão, como membro ativo e transformador da sociedade em que vive”.    Pedagógico: o PPP deve mostrar quais os projetos educativos necessários para que o processo de aprendizagem aconteça de maneira efetiva.   O Projeto Político Pedagógico é obrigatório?   A Lei de Diretrizes e Bases da Educação prevê que todas as escolas elaborem seu próprio Projeto Político Pedagógico.   O artigo 12 dessa legislação diz que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.    O documento, desta forma, é obrigatório e deve ser apresentado às secretarias de educação. E isso vale tanto para escolas públicas quanto para escolas privadas.   Leia também: Como projetos interdisciplinares podem impactar positivamente a aprendizagem?   O que um Projeto Político Pedagógico deve conter   Para elaborar um PPP para uma escola, é necessário primeiramente entender a instituição. Fazer um diagnóstico, uma espécie de raio-X, para saber de que ponto a escola parte e então entender para onde ela pode ir e como vai chegar.    Para começar, é necessário colocar a identificação legal da escola: nome, endereço, CNPJ, responsável etc. Os recursos de que ela dispõe também devem constar do plano, até para traçar planos de ação. Dentre eles, a estrutura do prédio – salas de aula, laboratórios, pátios, espaços de convivência etc. –, quem compõe a equipe pedagógica e administrativa e seu perfil, equipamentos, entre outros.   Informações sobre a aprendizagem proporcionada pela escola às turmas que nela estudaram são importantes. Elas podem ser identificadas pelas taxas de aprovação da instituição. Para melhorar o diagnóstico, se possível incluir taxas de escolas da mesma cidade, estado ou região, para poder comparar os trabalhos.   Um dado importante a incluir são os socioeconômicos, tanto da comunidade em que a escola está inserida quanto das famílias dos estudantes. No primeiro caso, ele pode ser obtido em órgãos públicos. Já sobre as famílias, as informações das fichas de matrícula podem ajudar nessa identificação.    Ao traçar o retrato atual da escola, a definição de metas e objetivos e dos planos de ação para alcançá-los fica mais real, particular e efetiva. Os projetos são elaborados tendo em vista as possibilidades da escola e seus recursos disponíveis. Além disso, é possível identificar eventuais carências, de recursos humanos, físicos ou financeiros, e planejar como supri-los.   Os passos depois do diagnóstico No contexto do termo “político”, o PPP deve conter a identidade cultural da escola, sua missão, princípios e valores. Essa identidade vai nortear as ações e planejamentos da instituição.   Por fim, no aspecto pedagógico, o projeto vai delinear quais as abordagens e metodologias a serem usadas para que os estudantes alcancem uma aprendizagem efetiva.   Dessa forma, podemos resumir com os seguintes tópicos o que o PPP precisa contemplar:   Missão;   Usuários;   Dados sobre a aprendizagem;   Relação com as famílias;   Recursos;   Diretrizes pedagógicas;   Plano de ação.    Uma reportagem da revista Nova Escola definiu que o PPP deve ser:   – completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre a rota que a escola deve seguir;   – flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos.    A atualização do PPP é necessária?    A escola, assim como a sociedade, não é estática. Há mudanças que acontecem ao longo de sua existência. Além disso, novos estudos podem trazer inovações em métodos pedagógicos. Desta forma, o Projeto Político Pedagógico também não deve ser estanque. Ele pode e deve ser atualizado ou até refeito, se for o caso.   Foi o que aconteceu no Colégio Opção, de Uberaba, em Minas Gerais. Ele foi aberto nos anos iniciais da década de 1990, tendo 30 anos de existência.    Seu diretor, Junior Afonso, conta que, em 2016, houve a recriação do Projeto Político Pedagógico da escola. Ele partiu, segundo o diretor, da “concepção de um estudante complexo que vai além do intelecto e um trabalho capaz de auxiliar cada indivíduo na construção de sua própria identidade, no desenvolvimento de sua autonomia e competência”.   Ao explicar a base do novo PPP da escola, o diretor cita o livro \”A árvore do conhecimento\”, de Humberto Maturana e Francisco Varela. Nessa obra, os autores trazem o conceito de autopoiese.   “A autopoiese é a capacidade que a vida tem de se cocriar, de se autocriar”, explica o diretor. “A principal concepção epistemiológica que transita

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