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Livro didático torna eletiva mais efetiva

Implementar uma eletiva ou projeto complementar na grade de uma escola é uma estratégia interessante. Mas, ao fazê-lo, a escola deve sempre ter em vista a adoção de um livro didático. Afinal, livros que trazem estruturados os conteúdos de um projeto complementar são considerados didáticos. Entenda mais neste texto.  Quando um livro é considerado didático?  De acordo com Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, um livro é considerado didático quando tem como objetivo principal auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. O livro didático deve oferecer informações, conceitos e atividades que promovam a compreensão e a assimilação do conteúdo por parte dos estudantes.   “Ele deve ser estruturado de maneira intuitiva e sequencial”, afirma Natália. Dessa forma, os temas devem ser apresentados “de forma organizada, facilitando a compreensão progressiva dos assuntos abordados”, segundo a gestora.   A especialista ainda menciona que esse tipo de obra deve apresentar recursos didáticos. Exercícios, exemplos práticos, ilustrações e atividades que contribuam para a fixação do conhecimento são alguns deles. “Um ponto importante é conectar-se com as temáticas previstas no currículo de cada ano escolar”, diz Natália.  Para a escolha do livro didático, alguns pontos devem ser levados em conta. Winder Almeida, presidente do SinepeMG, falou ao blog da BEĨ Educação sobre esse tema. Para ele, a escolha do material didático de cada instituição de ensino vai depender “da proposta pedagógica que ela quer oferecer aos seus alunos e do investimento que tanto a escola quanto as famílias estão dispostas a fazer”.    Na visão de Almeida, o material deve ajudar a desenvolver o “pensamento crítico do estudante quando aparecerem situações e pautas que envolvem a sociedade”.     Livro didático para eletivas e projetos complementares  Livros para eletivas curriculares também podem ser didáticos. Natália Alonso, da BEĨ Educação, elenca critérios para isso. “Ele deve ser projetado para facilitar o aprendizado dos alunos, mesmo que se concentre em um tema específico ou em uma eletiva”, afirma.   A gestora explica que “o caráter didático está relacionado à capacidade do livro de promover o entendimento e a aplicação dos conceitos abordados”. Desta forma, ele pode proporcionar uma “experiência de aprendizagem eficiente e conectada às temáticas da sala de aula”.  Uma vantagem das eletivas é poder trabalhar projetos interdisciplinares. Livros preparados para essa abordagem permitem fazer conexão entre diversos componentes curriculares. Assim, o estudante pode ver mais relevância nos conteúdos ao perceber que estão inseridos em um contexto maior, e não isolados.    Leia também: Como projetos interdisciplinares podem impactar positivamente a aprendizagem?  Importância de livro didático em eletivas  Ao adotar um livro didático para uma eletiva ou projeto complementar, a escola consegue abordar os conteúdos de maneira mais organizada e estruturada.  “O livro dá oportunidade de aprofundar conhecimentos em áreas específicas, proporcionando uma abordagem mais significativa aos estudantes”, diz Natália Alonso. Com um material elaborado, a eletiva conecta os conteúdos temáticos da sala com a realidade vivida pelos estudantes.   Rodrigo Schiemer, professor de matemática do Cemaco, colégio do Rio de Janeiro que adota a coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, da BEĨ Educação, comenta essa vantagem. “Em vez de usar ideias soltas, com comentários em sala de aula,  temos um material próprio em que trabalhamos uma disciplina toda voltada para educação financeira.” Para ele, há “uma diferença muito grande entre você comentar e você trabalhar o conteúdo periodicamente dentro de um livro escolar”.  A gestora da BEĨ Educação complementa o raciocínio. “Esses livros podem contribuir para a ampliação do repertório educacional, oferecendo uma visão mais aprofundada e contextualizada sobre determinados temas”, afirma ela. Com isso, o material contribui para estimular o interesse dos estudantes e enriquecendo sua formação.  Leia também: Entenda a importância do livro didático para um ensino democratizado  Como avaliar um livro didático?  A avaliação da qualidade de um livro didático envolve diversos aspectos. “É importante analisar a correção e atualização das informações apresentadas, verificando se o conteúdo reflete os conhecimentos mais recentes da área”, diz Natália. Ela enfatiza que materiais obsoletos podem prejudicar o aprendizado.   Outros critérios citados por Natália são:  a clareza na exposição dos temas  a linguagem adequada ao público-alvo   a presença de recursos visuais que facilitem a compreensão por parte dos estudantes.   É preciso, ainda, levar em conta a diversidade de atividades propostas, a adequação aos objetivos educacionais e a possibilidade de adaptação às diferentes realidades escolares.  No caso dos livros didáticos para eletivas ou projetos complementares, Natália acrescenta outros aspectos a serem considerados. “A relevância do conteúdo em relação aos objetivos educacionais específicos da eletiva ou projeto complementar é crucial para determinar sua aplicabilidade no contexto escolar”, finaliza ela.  Coleções da BEĨ Educação  Na BEĨ Educação, os livros para eletivas e projetos complementares são elaborados com esse objetivo. Os materiais são alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e contêm os conteúdos nela indicados para cada período escolar. Além disso, eles adotam metodologias ativas, em que a aprendizagem acontece por meio de experiências reais. Com isso, o processo de aprendizagem se torna mais relevante, imersivo e criativo.  Seguindo nesse raciocínio, confira neste texto a importância do livro didático na era digital. 

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Veja por que e como fazer diagnóstico dos estudantes

Você sabe a importância de realizar um diagnóstico dos estudantes em sala de aula? Essa é uma prática que, quando adotada pelo docente ao assumir uma turma nova, pode facilitar seu trabalho. Afinal, os alunos têm diferentes tipos de conhecimento e interesses. Entender essas diferenças pode melhorar o processo de aprendizado ao longo do ano.   “Todo estudante tem uma série de conhecimentos prévios, relacionados ou não à escola”, diz Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação. Ele destaca que tais conhecimentos devem ser “respeitados, valorizados e potencializados no processo de aprendizagem”.   Para Áquila, sem um diagnóstico da turma, fica mais difícil “conhecer e reconhecer” essa base. Isso torna o processo, em sua visão, muito mais engessado e difícil.   “Se o educador pressupõe que a turma domina determinados assuntos simplesmente por estar naquele ano, ele pode ter surpresas com estudantes que não sabem o que é esperado”, afirma. Essa situação, nada incomum, pode levar os alunos com mais dificuldades a ter problemas sérios para avançar nas aprendizagens. “E isso pode atrapalhar o educador ao longo do ano”, diz Áquila.   O que coletar em um diagnóstico prévio dos estudantes  Os estudantes, como todos, têm saberes advindos da escola, da família e do ambiente em que vivem. O educador deve ter isso em mente ao realizar o diagnóstico prévio da turma.  “Esses saberes podem diferentes e mais extenso que os do professor”, ressalta o gerente da BEĨ Educação. Dessa forma, o processo do diagnóstico pode conduzir a uma situação de troca.  Além de entender os conhecimentos prévios do componente curricular específico, Áquila recomenda aproveitar a experiência para conhecer melhor os alunos. “Seus sonhos, desejos, vontades, medos, interesses, relações interpessoais, atividades extraescolares, enfim, toda uma gama de vivências.”. Para ele, essa experiência pode enriquecer a relação entre estudantes e educadores e potencializar novas aprendizagens.  Leia também: A autonomia do estudante: uma competência a ser desenvolvida   Momento para aproximação com a turma e entre os alunos  Os educadores que se propõem a fazer o diagnóstico prévio percebem uma melhor aproximação com a turma. O gerente pedagógico lembra o relato de uma professora de matemática que realizou a experiência pela primeira vez. “Ela comentou que nunca, em anos de profissão, conheceu tanto os estudantes”, recorda ele. Isso porque, de acordo com a educadora, nunca tinha dedicado tempo a ouvi-los assim. “Ela apenas falava sobre os conhecimentos matemáticos”.  Praticar a escuta ativa é importante nesse momento. Respeito e atenção ao aluno que estiver falando são fundamentais para o processo de troca. Além disso, a situação permite conhecer dificuldades e expectativas nem sempre abordadas em sala de aula.  Mas não é apenas o professor que se aproxima da turma com a prática. Os próprios estudantes, ao ouvir os colegas e conhecer mais sobre cada um, podem valorizar melhor o convívio.  No entanto, Áquila reconhece que o momento pode trazer desafios. Ele explica, por exemplo, que nem sempre os alunos vão respeitar as experiências dos colegas. Pode haver, ainda, situações em que alguns falam muito mais que os outros. Às vezes, há alunos que nem conseguem espaço para falar.   Aí entra o papel do educador em ser mediador da conversa, para que todos tenham seu momento respeitado. Dessa forma, vão perceber o valor de escutar e serem escutados.  Leia também: Oferecer formação continuada a professores pode ser diferencial para escola    Dinâmicas para fazer diagnóstico dos alunos  Para ajudar os educadores a realizarem o diagnóstico da turma, Áquila Nogueira sugere algumas dinâmicas.     1 – Roda de conversa  Colocar todos os estudantes em roda e abrir um espaço para que cada um fale o que conhece do conteúdo, quais suas expectativas para o curso e dificuldades no componente curricular. O professor pode levar perguntas previamente preparadas para dar início à conversa. A roda é importante para que todos possam ver aquele que está falando. Controlar o tempo de fala também é necessário para todos terem oportunidade de se manifestar.   2 – Questionários ou fichas  O educador pode fazer um questionário para que os estudantes respondam em casa ou em sala e, com os dados, orientar a conversa. Outra estratégia pode ser pedir que os alunos escrevam em post-its ou em alguma ficha similar, física ou digital, palavras ou frases que considerem significativas para a conversa.  Essa tática tem algumas vantagens na comparação com a roda de conversa:  –  favorece o anonimato de quem escreve, especialmente dos mais tímidos;  –  estimula que todos de fato participem.  O educador pode optar por manter o anonimato ou estimular que os autores se identifiquem, valorizando a responsabilidade individual de se colocar e defender suas ideias.   3 – “Prova” sem nota  Outra forma de apurar conhecimentos prévios, em especial do conteúdo curricular, é fazer uma prova sem nota. Ela permite entender as dificuldades e o nível de aprendizado de cada um. Além disso, realizar depois uma correção conjunta ajuda a perceber eventuais dificuldades.   Para maior efetividade, é importante deixar claro que os alunos não serão cobrados pelo resultado da avaliação. Assim, se sentirão mais tranquilos para responder e  colocar duas dúvidas.  Como alternativa, pode-se recorrer a atividades alternativas, como jogos tipo “”uis\”, físicos ou online. A partir das respostas, educador e estudantes identificam lacunas que devem ser trabalhadas.    4 – “Expectativa x Realidade”  Nesta ferramenta, os estudantes anotam em uma coluna sua realidade acerca de um tema, deixam uma segunda coluna vazia e, na terceira coluna, anotam seus sonhos. Para preencher a coluna do meio, eles são desafiados a pensar em atitudes que podem tomar para transformar a realidade da primeira coluna no sonho da terceira.    Estímulo ao diagnóstico prévio dos estudantes  Cientes da importância do diagnóstico prévio, os Livros do Educador da BEĨ Educação sempre estimulam a realização dessa etapa. Os livros propõem que o educador levante a idade dos estudantes e descubra seus interesses, aquilo que consideram importante, as pessoas que admiram (e por quê), entre outros dados.  Nas formações dadas aos educadores que utilizarão os materiais, a equipe pedagógica da BEĨ Educação ressalta os benefícios de adotar tais

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Entenda por que falar do tema direitos humanos na escola

O tema direitos humanos faz parte do currículo da sua escola? Essa temática é um dos conteúdos que ajudam na formação cidadã do estudante.   Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), os direitos humanos regem o modo como as pessoas vivem em sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que este tem em relação a elas.  O tema pode ser abordado de forma transversal ou direta. Há escolas que não o inserem de forma regular, mas o abordam quando há oportunidade. Qual é o caso da sua instituição?  Por que abordar a temática de direitos humanos na escola  Pensando no âmbito educacional, assuntos voltados aos direitos humanos são relevantes em diversas etapas. Eles, inclusive, marcam presença no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e nos vestibulares. “Esse tema costuma fazer parte de questões de Ciências Humanas e Linguagens”, afirma Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação. “Mas ele marca presença, sobretudo, nas redações”, diz ele.  Em 2021, o tema da redação do Enem foi “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. Três anos antes, os estudantes precisaram produzir um texto sobre os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.   “Os direitos humanos são centrais em pelo menos duas das competências avaliadas na redação do Enem”, afirma Áquila. A primeira é a elaboração de proposta de intervenção para o tema. “ As propostas de redação citam expressamente a necessidade de respeito aos direitos humanos”, observa o gerente da BEĨ Educação. A segunda competência é a compreensão da proposta de redação, pois os temas das dissertações costumam estar diretamente ligados a essa questão. “Assim, um estudante que ignore o tema dificilmente conseguirá produzir um texto satisfatório para essa avaliação”, ressalta ele.   Leia também: A importância da ética na vida em sociedade  Importância de levar a temática às escolas  O gerente da BEĨ Educação elenca mais motivos para que a escola fale de direitos humanos. “Em épocas de grande polarização, é central entender que todas as pessoas têm direitos, não apenas as que concordam ou que se parecem comigo”, explica. Ele enfatiza que, se queremos uma sociedade que respeite essa premissa, precisamos ensinar e discutir esse tema nas escolas. “Isso vai colaborar para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos eticamente com a sociedade”, acrescenta.   Para Áquila, a temática pode começar a ser apresentada logo na Educação Infantil. “Focar na igualdade de direitos e oportunidades é fundamental para as crianças, desde pequenas”, diz. À medida que os estudantes crescem, prossegue ele, começam a ter um panorama um pouco mais claro do funcionamento da sociedade. “Ao longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, podemos guiá-las em discussões mais específicas sobre a importância dos direitos humanos no dia a dia”, orienta.  Como fazer O gerente da BEĨ Educação considera relevante criar espaços de debate tanto para os profissionais da escola quanto para os alunos. Mecanismos de participação também são bem-vindos nesse aspecto. Eventos como debates, congressos, mostras culturais, festivais e feiras também podem estimular a discussão e o engajamento.   Além disso, ele orienta que as escolas tenham atenção à qualidade dos materiais que apoiam a atividade pedagógica. “Materiais didáticos e paradidáticos pautam muito do que será ensinado e discutido em sala de aula”, afirma.  A coleção Cidadania no Dia a Dia, da BEĨ Educação, é um exemplo de material que aborda o tema. Ao longo de seus capítulos, assuntos relacionados aos direitos humanos são tratados de maneira contextualizada. Diversidade, cyberbullying, liberdade de expressão, cultura e educação são alguns deles.   E, já que falamos da importância de selecionar materiais didáticos de qualidade, veja neste texto a importância do livro didático na era digital.  

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O que é cultura? Entenda o significado amplo da palavra!

Você sabe o que é cultura? O que vem à sua cabeça quando ouve essa palavra? Livros, filmes, músicas, teatro, dança? Podemos considerá-los como expressões culturais. Mas, do ponto de vista sociológico, o conceito de cultura vai muito além dessas formas de expressão.  O que é cultura  Como dissemos, cultura é um conceito amplo. Ela se refere ao conjunto de tradições – religião, arte, culinária, costumes – e conhecimentos de um povo, de uma região ou de uma nação. Usamos essa palavra para descrever o conhecimento humano adquirido por meio da razão e do senso estético. Assim, dizemos que alguém é “culto” quando queremos dizer que a pessoa é educada, domina vários assuntos, tem muito conhecimento.  Mas o conceito não se esgota aí. O modo como nos relacionamos com nossa comunidade e com nosso meio nos define como indivíduos. Por meio dessas relações criamos vínculos com outros indivíduos e com a sociedade, compartilhando tradições, costumes, crenças e conhecimentos. A esse fenômeno damos o nome de cultura.       O antropólogo britânico Edward Tylor (1832-1917) definiu cultura desta maneira: \”A cultura é todo aquele  complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.  Tipos de cultura   Quando falamos em cultura, normalmente nos referimos a três tipos básicos cujos limites nem sempre são completamente nítidos, e que muitas vezes se sobrepõem. São eles:  Cultura erudita  Cultura erudita é o conjunto de produtos culturais criados a partir de parâmetros como rigor técnico, excelência formal e conhecimento acadêmico. As manifestações artísticas e intelectuais ligadas à cultura erudita associam-se às tradições estéticas europeias. Assim, ao longo do tempo, a cultura erudita foi vista como uma cultura da elite,  cultivada em salas de concerto, teatros e museus e supostamente “superior“ às demais. Essa é, entretanto,  uma visão parcial e preconceituosa. Isso porque ela reduz o valor da cultura popular ao mesmo tempo  que afasta as pessoas da própria cultura erudita.  Talvez você ligue a palavra “erudito” a expressões artísticas como música de orquestra e de câmara ou os museus de arte clássica. Isso acontece muito devido ao fato de que tais elementos culturais foram criados pelas elites, notadamente as europeias, que tinham grande rigor técnico. Mas, como vimos pela definição, ela vai além dessas produções.  Leia também: Hábito de leitura: como e por que incentivar desde cedo?  Cultura popular  A cultura popular é a expressão cultural geral de um povo, muitas vezes daqueles que não fazem parte das elites econômicas ou intelectuais. É uma linguagem intuitiva e espontânea, que se desenvolve independentemente da educação formal de seus criadores. No entanto, ela pode atingir grande sofisticação e apuro estético. No Brasil, temos culturas nordestinas, nortistas, sertanejas e indígenas ricas e diversificadas, além das manifestações culturais das periferias e comunidades urbanas. Essas manifestações nascem da experiência direta e do repertório dos grupos que a produzem.   Alguns exemplos de cultura popular são as culturas indígenas; os folhetos de cordel nordestino; a música sertaneja tradicional; o samba; o rap brasileiro e o funk carioca, que hoje enfrentam preconceitos semelhantes àqueles sofridos pelo samba e outros ritmos de origem negra no início do século XX.  Cultura de massa   Se a cultura popular surge da expressão criativa de um povo e a cultura erudita é associada à elite intelectual, a cultura de massa é produzida pela indústria com o intuito de atender às demandas do mercado, transformando a arte e a cultura em produtos comerciais. Ela pode se inspirar tanto na cultura popular quanto na erudita, combinando elementos de diferentes manifestações. Os Estados Unidos desempenham um papel significativo como centro produtor e difusor da cultura de massa atual. Suas produções culturais – seja em música, cinema, moda e outras áreas – são exportadas para diversos países. Isso acontece devido à forte influência da cultura norte-americana no mercado global.  Também se relaciona com o poder econômico daquele país no contexto mundial. As várias culturas coexistem e comunicam-se mutuamente. É importante compreender sua diversidade e valorizar as formas de expressão de cada grupo ou comunidade, lembrando que o acesso a elas é um direito de todo cidadão.   Agora que falamos com mais detalhe sobre o que é cultura, leia este texto em que exploramos por que enriquecer o repertório cultural impacta a formação do estudante como cidadão. 

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Os benefícios do entretenimento como ferramenta pedagógica no cotidiano escolar, por Natália Alonso

Uso do entretenimento em sala de aula, ou eduentretenimento, permite que estudantes façam conexões entre os conceitos e suas vidas   O uso do entretenimento como ferramenta pedagógica, ou eduentretenimento, está fundamentado na ideia de que o engajamento e a motivação dos estudantes são essenciais para o processo de aprendizagem. Incorporar às aulas elementos lúdicos, emocionais e interativos estimula o interesse das crianças e dos jovens, promovendo a curiosidade intelectual e facilitando a aquisição de conhecimento e habilidades sociais.    Por meio dessa abordagem pedagógica, os estudantes conseguem fazer conexões entre os conceitos aprendidos e a vida real. Vídeos, filmes, histórias e visitas a museus os ajudam a entender como os conteúdos estudados se aplicam no mundo concreto, tornando o aprendizado mais relevante e significativo. Essa contextualização estimula a curiosidade e a compreensão aprofundada dos tópicos estudados.   Para que esses benefícios do eduentretenimento se estabeleçam, é fundamental que os estudantes sejam vistos como seres sociais e emocionais que exercem um papel ativo em sua própria aprendizagem. O professor, portanto, deixa o papel de detentor de conhecimento e passa a ser mediador, aquele que acompanha e intervém, mas também aquele que instiga reflexões importantes a partir da criação de um ambiente autônomo.. Assim, aprender não se limita apenas à transmissão unidirecional de informações, mas ao desenvolvimento do protagonismo de quem aprende.    Tendo em vista todos esses pontos positivos do eduentretenimento, podemos pensar em exemplos de como essa abordagem pode ser aplicada no cotidiano escolar. Ao utilizar jogos educativos, os estudantes são desafiados a resolver problemas, o que promove o pensamento crítico, a tomada de decisões informadas e o desenvolvimento de habilidades cognitivas. Ademais, os jogos podem ser adaptados para atender às necessidades individuais dos estudantes, permitindo um aprendizado personalizado e diferenciado.   Vídeos e filmes aplicados a contextos temáticos também são ótimas ferramentas, na medida em que oferecem uma abordagem multimídia por meio da qual os estudantes podem visualizar conceitos de forma mais concreta. Um exemplo é a possibilidade de crianças e jovens conhecerem personagens com os quais se identifiquem, em um processo que pode proporcionar representatividade e empatia. Vale ressaltar que, para além da ficção, os vídeos podem conter os mais diversos tipos de conteúdo, como experimentos científicos, demonstrações práticas, histórias relevantes e reflexões que os estimulem a pensar e a desenvolver o senso crítico.   Outras opções de entretenimento que podem ser utilizadas para envolver os estudantes de forma emocional, promovendo a expressão criativa e a conexão com os conteúdos estudados são a música e a dança. Através de composições musicais personalizadas ou coreografias relacionadas aos temas curriculares, os estudantes podem desenvolver habilidades artísticas e se envolver em diferentes processos, inclusive de autoconhecimento e consciência corporal.   Também podemos citar como eduentretenimento visitas culturais, como a museus, exposições e pontos-chave da cidade que podem gerar uma experiência enriquecedora e tangível. Mais que passeios, essas experiências fora da sala de aula permitem que os estudantes vejam artefatos, obras de arte e exposições interativas relacionadas aos tópicos estudados, favorecendo uma aprendizagem mais ampla e contextualizada.   Por fim, a tecnologia interativa é uma ótima forma de unir entretenimento e aprendizado, seja por meio do uso de aplicativos, seja por plataformas digitais ou realidade virtual, pois oferece uma abordagem moderna e imersiva para o ensino. Essas ferramentas podem fornecer simulações interativas, experiências virtuais e atividades personalizadas, permitindo que os estudantes explorem conceitos de forma prática e palpável.   Cada uma à sua maneira, as várias ferramentas pedagógicas alinhadas ao entretenimento são capazes de ativar diversas áreas do cérebro, estimulando a curiosidade, a criatividade e a imaginação dos estudantes. Assim, promove-se uma aprendizagem personalizada que proporciona diferentes meios de aprender um mesmo assunto. Valorizando a experiência lúdica, o ensino se torna mais significativo.  Natália Alonso é gestora de Projetos da BEĨ Educação. 

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Imagem é composta por três fotos: à esquerda, restos de comida em lata de lixo; no meio, roupas desperdiçadas no lixo; à direita, imagem mostra bico vazando água na rua

Evitar o desperdício: lição de educação financeira e de vida

Entenda como o desperdício pode estar em sua vida e descubra como evitá-lo, poupando recursos seus e do planeta   Provavelmente você já desperdiçou alguma coisa: isso é quase inevitável em nossa vida. Mais importante é aprender com os erros e procurar evitar o desperdício, seja de comida, seja de roupa, de água, de energia ou mesmo de dinheiro. Estar atento para isso é uma atitude boa tanto para o bolso quanto para nossa vida e para o planeta.   O que é desperdício?   No Dicio, dicionário online, encontramos que desperdício é a “ação ou efeito de desperdiçar, de não aproveitar da maneira como deveria”. Outra definição trazida pelo dicionário é: despesa exagerada; gasto excessivo; esbanjamento. E, por fim, há também um terceiro conjunto de significados: tudo aquilo que não se consegue aproveitar; sobras.   Em resumo, desperdício é o gasto de maneira excessiva ou desnecessária. Essa ação pode ocorrer em diferentes situações. E as consequências podem trazer prejuízos de diversos tipos, inclusive financeiros e ambientais.   Por isso, é necessário aprender a identificar desperdícios em nosso dia a dia para saber como evitá-los.   O desperdício de comida   Muitas pessoas, ao falar de desperdício, lembram em primeiro lugar do desperdício de comida.    Dados do PNUA (Programa das Nações Unidas para o Ambiente) mostram que 17% de todos os alimentos disponíveis para consumo humano foram desperdiçados. O número consta do Relatório do Índice de Desperdício Alimentar 2021. Em números absolutos, foram 931 milhões de toneladas de comida jogadas fora – pelas famílias, pelos serviços de alimentação ou no processo de logística.   O mesmo relatório revela que, no Brasil, cada família desperdiça cerca de 60 quilos de alimentos ao ano. São 12,5 milhões de toneladas de comida que vão para a lata do lixo das casas brasileiras anualmente.   Além da perda financeira em si, o descarte de alimentos tem impactos ambientais. Afinal, eles viram lixo orgânico, que depois se torna gás metano, um poderoso gás de efeito estufa.   Algumas atitudes podem reduzir ou até zerar esse desperdício nas residências. Entre elas estão:   fazer um cardápio semanal e comprar os alimentos necessários para elaborá-lo;   ir ao supermercado, hortifruti ou feiras com listas e depois de verificar a despensa;   buscar receitas para aproveitar as “sobras”, quando houver;   conservar os alimentos perecíveis de modo a não estragarem;   arrumar a geladeira com frequência, para não esquecer os alimentos guardados;  ter um biodigestor para processar cascas, talos e outros itens não consumidos, transformando-os em adubo.   Leia também: Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente    Desperdício de energia elétrica e água   Quem nunca escovou os dentes com a torneira aberta ou saiu de um cômodo deixando a luz acesa? Essas são algumas das atitudes que constituem desperdício de energia e água.   Uso e economia de água   A água é um recurso natural finito. Embora a maior parte da superfície terrestre seja composta por água, menos de 3% desse volume é potável.    Estudo do Instituto Trata Brasil mostra que mais de 40% da água potável produzida em nosso país é desperdiçada.   Importante lembrar que esse é um recurso indispensável para a vida. Então, não o desperdiçar é colaborar para que a vida possa prosseguir. Além disso, a água custa dinheiro. Desta forma, usá-la de forma racional poupa recursos naturais e financeiros.   Veja algumas dicas do Instituto Akatu para usar bem a água:   reduzir o tempo de banho;   fechar a torneira ao escovar os dentes ou fazer a barba;   consertar vazamentos em casa;   lavar a louça com a torneira fechada enquanto usa a esponja;   não descongelar alimentos congelados em água corrente;   sempre que possível, reaproveitar a água em tarefas domésticas.   Uso e economia de energia   A energia elétrica está presente em praticamente todos os momentos da nossa vida. Sua produção tem várias fontes e muitas delas são poluidoras. No Brasil, a maior parte da eletricidade vem de hidrelétricas. Ou seja, ela tem origem renovável, mas depende de água para ser produzida.   A energia elétrica tem um custo alto. Além de produzida, ela precisa ser transmitida e distribuída. Todos esses custos são apresentados ao consumidor final na popular conta de luz.    Há algumas atitudes que podemos tomar em nosso dia a dia para usar esse recurso de maneira racional. Veja dicas do Instituto Akatu para poupar energia.   aproveitar ao máximo a luz natural do dia;   lembrar-se de desligar as lâmpadas ao sair de um ambiente;  substituir as lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, mais econômicas e de vida útil maior;   reduzir o tempo sob o chuveiro elétrico;   desligar da tomada os aparelhos que não estão em uso. O modo stand-by consome energia sem percebermos.   evitar abrir a porta da geladeira desnecessariamente.   Desperdício de roupa   Existe desperdício de roupa? Sim, e ele não se limita a “jogar fora” uma roupa em bom estado de conservação.   Um dado importante: a indústria têxtil é apontada como a segunda maior consumidora de água do planeta. A estimativa é que 15% da água industrial do mundo seja consumida por esse ramo. Reportagem do G1 revela que a produção de uma calça jeans envolve 7 mil litros de água. O texto informa ainda que a ONU estima que 20% de todo o desperdício de água do planeta seja causado pela indústria têxtil.   Então, ao consumir uma roupa por impulso, estamos colaborando para elevar esses gastos. E, muitas vezes, esse consumo nem é necessário, e o item acaba descartado.   Por isso, nesse caso, é importante colocar em prática os chamados cinco Rs do consumo responsável:   Reduzir   Reusar  Reciclar   Repensar   Recusar.   Desperdício de dinheiro   Todos os recursos que mencionamos neste texto custam dinheiro. Alimentos, água, energia, roupas… Então, desperdiçá-los é também gastar dinheiro de maneira inútil.    Além disso, outras atitudes podem levar a desperdício de dinheiro. Não fazer um orçamento é uma delas; efetuar pagamentos em atraso, pagando juros e multas, é outra.   Anotar tudo o que se gasta e fazer um orçamento pode evitar esse desperdício. Dessa maneira, é possível detectar gastos desnecessários ou excessivos e fazer um controle melhor do dinheiro.   Leia também: Lidar com o dinheiro de forma

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Ilustração mostra dois meninos celebrando, o símbolo de reciclagem em verde com a inscrição economia circular e duas meninas, da esquerda para a direira

Confira 5 dicas para incentivar a economia circular

Reflexão sobre economia circular pode englobar estudos de temas contemporâneos como educação financeira, educação para o consumo e educação ambiental  Abordar economia circular é uma maneira de inserir na sala de aula conteúdos de diversos componentes e temas. Ela está relacionada à educação financeira, à educação para o consumo e à educação ambiental.    Esses três assuntos estão entre os Temas Contemporâneos Transversais, tornados obrigatórios pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular). São 15 temáticas que se relacionam com o cotidiano dos estudantes e devem ser trabalhadas de maneira transversal.    Neste texto, vamos mostrar 5 dicas para abordar economia circular nas salas e trabalhar esses temas conjuntamente.   O que é economia circular?   A economia circular é um modelo econômico que busca minimizar o desperdício de recursos e reduzir o impacto ambiental. Nesse sistema, produtos são projetados para serem duráveis, reparáveis e atualizáveis, de modo que o tempo em que podem ser usados se prolongue ao máximo.    Outra característica da economia circular é o reaproveitamento de materiais. Quando um produto chega ao fim de sua vida útil, os materiais que o compõem são recuperados e reintroduzidos na cadeia produtiva. Isso é feito por meio da reciclagem, da remanufatura (recondicionamento) ou da compostagem. Dessa forma, os recursos são mantidos em circulação por mais tempo.  Isso traz dois benefícios principais:   evita a extração excessiva de matérias-primas virgens;    reduz a quantidade de resíduos enviados para aterros sanitários ou descartados de forma inadequada.    “Os benefícios da economia circular são diversos, e incluem a redução da emissão de gases de efeito estufa, a preservação dos ecossistemas naturais, a criação de empregos na área de reciclagem e reutilização, a diminuição da dependência de recursos escassos e a promoção de uma economia mais resiliente e sustentável”, explica Natalia Alonso, gestora de projetos da BEĨ Educação.      Economia circular e os Temas Contemporâneos Transversais   Como vimos, a BNCC tornou obrigatórias temáticas como “educação financeira”, “educação para o consumo” e “educação ambiental”. Elas devem ser contempladas em habilidades dos diferentes componentes curriculares.    Nesse sentido, o estudo da economia circular pode ser um importante aliado dos educadores. Repensar o consumo é uma lição que compete ao âmbito da educação financeira. E entender os impactos ambientais que ele pode provocar implica conhecimentos de educação ambiental.  Tratada de forma contextualizada, transversal e interdisciplinar, relacionando-a a práticas concretas e ao cotidiano dos estudantes, a economia circular integra e trabalha as três temáticas indicadas pela BNCC.  “Quando aplicada à economia circular, a educação financeira pode desempenhar um papel importante ao conscientizar sobre o ciclo de vida dos objetos e a importância da durabilidade e da qualidade dos produtos adquiridos, bem como alertar sobre a necessidade de considerar impactos financeiros e ambientais ao fazer escolhas de consumo”, explica Natalia.     A reflexão sobre a economia circular estimula o pensamento crítico dos estudantes, ajudando-os a compreender os desafios ambientais e financeiros enfrentados pela sociedade atual. “É necessário que os estudantes questionem o consumo excessivo e aprendam desde cedo a importância de reduzir, reutilizar, reciclar e reparar produtos, evitando o desperdício”, afirma a gestora. “Ao refletir sobre o assunto, os estudantes aprendem sobre planejamento financeiro, consumo e consumismo, o que pode incentivá-los a adotar comportamentos financeiros mais sustentáveis”, diz ela.    Leia também: Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente  5 dicas para promover a economia circular   Para auxiliar os educadores a abordar a economia circular nas salas, Natalia preparou  5 dicas. Elas podem ser usadas pelos professores como forma de incentivar a prática e discutir o assunto. Também podem fazer parte de um projeto da turma, o que possibilita uma aprendizagem com mais significado.  1. Reduzir o consumo!    A primeira forma, e talvez a mais importante, de promover a economia circular é reduzir o consumo de produtos descartáveis. Além disso, é importante a conscientização acerca de consumo versus consumismo. Antes de adquirir um novo item, a pessoa deve se perguntar se realmente precisa dele. E refletir se pode optar por uma alternativa mais durável e sustentável.  2. Reutilizar e consertar   Itens antigos ou quebrados podem ser de grande valia! Os estudantes devem ser estimulados a explorar maneiras de reutilizá-los ou consertá-los. Roupas podem ser customizadas e objetos podem ser transformados em artesanato.     3. Reciclar de forma correta os materiais   Em primeiro lugar, é preciso entender quais materiais são recicláveis e quais não são. Isso pode variar de região para região, de acordo com a coleta seletiva. Os estudantes podem ser estimulados a fazer a separação dos resíduos, estabelecendo um sistema de coleta seletiva dentro de casa e da escola. E ainda podem incentivar a família e os amigos a fazerem a mesma coisa! Caso a escola ainda não faça tal separação, uma dica de projeto é estudar como implantar esse sistema.   4. Compartilhar e/ou trocar   Uma ideia a ser proposta aos alunos é explorarem opções de compartilhamento e trocas, em vez de fazerem novas compras. Atividades podem ser organizadas na escola, como eventos de troca de livros, brinquedos ou roupas. Atividades desse tipo ajudam a prolongar a vida útil dos itens e reduzir o desperdício.   5. Cultivar uma horta em casa   Ter uma horta ou participar de projetos de jardinagem comunitária é uma forma prática de economia circular. Além de cultivar alimentos frescos, a pessoa pode aproveitar os restos de alimentos para compostagem, transformando-os em adubo natural para a horta. E é outra proposta de atividade que os estudantes podem levar a cabo.   Uma lição de economia circular e educação financeira   Repensar o consumo é um dos aprendizados propostos pela coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, material de educação financeira da BEĨ Educação.    Na coleção, o conceito de economia circular é trabalhado com uma proposta de atividade. O material orienta a organizar um bazar com roupas usadas, para que essas peças possam ser reaproveitadas.    Além disso, a lição mostra ainda as várias possibilidades de combinação de peças. Isso é feito para mostrar que não é necessário ter muitas roupas para se vestir de maneiras variadas. A mensagem é: é possível reduzir o consumo.     Além de estudos sobre como

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Foto mostra porquinho rosa de plástico com óculos em cima de mesa ao lado de caneca branca com muitos lápis coloridos e um chapéu de formatura por cima

O que é educação financeira e por que aprender na escola

Começar a conhecer a educação financeira desde o ensino básico pode contribuir para uma vida mais estável e organizada. Entenda por quê! O que vem à sua cabeça quando se fala em educação financeira? O conceito, cada vez mais difundido, pode suscitar imagens como teoria, palestras, aulas. Mas é um conceito prático, que se aplica no dia a dia.  Aprender como lidar com o dinheiro, saber quanto se ganha e quanto se gasta, como fazer escolhas melhores, como e quanto poupar, até para fazer um planejamento e alcançar sonhos e metas. Isso tudo é educação financeira e pode melhorar a vida das pessoas. E aprender desde a escola contribui para que as escolhas sejam mais conscientes desde cedo e que tenhamos uma relação melhor e mais saudável com o dinheiro. Confira!   O que é educação financeira  A educação financeira é o aprendizado de como lidar com as finanças. Por meio dela, entendemos melhor como lidar com o dinheiro que ganhamos. Desenvolvemos habilidades para escolher a melhor forma de gastá-lo e aprendemos a planejar ações no presente e no futuro. A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) traz uma definição mais elaborada do conceito. Segundo a entidade, educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem-informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro”.  De uma maneira simplificada, o processo da educação financeira implica saber de quanto dinheiro dispomos, quais nossas necessidades, nossos desejos e nossos sonhos. Também faz parte desse aprendizado conhecer instrumentos de crédito, investimento e proteção. Assim, podemos entender qual a melhor forma de destinar os recursos disponíveis.   Para que serve a educação financeira   A educação financeira serve para ajudar a tomar melhores decisões acerca do dinheiro que temos disponível para nossas necessidades. Essas decisões podem envolver apenas os recursos que ganhamos com nossas atividades ou também a contratação de um crédito. Afinal, dívida nem sempre é ruim, como explicamos nesse texto.  A educação financeira traz  muitos benefícios.  Uma pessoa informada financeiramente consegue:  ter mais conhecimento sobre seu dinheiro  ter mais segurança e conhecimento para tomar decisões  reduzir conflitos causados pelo dinheiro   diminuir episódios de ansiedade e  estresse relacionados às suas finanças    planejar a realização de sonhos e objetivos  melhorar a qualidade de vida.  A educação financeira traz tantos benefícios sociais que a OCDE estimula a adoção de políticas nacionais sobre o tema. Ela é vista como importante para sustentar a estabilidade econômico-financeira e o desenvolvimento social inclusivo. Isso foi reconhecido inclusive por fóruns globais e regionais, tais como o G20 e a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).  O Brasil tem uma Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) desde 2010. Ela contempla estratégias para chegar a públicos de diversas idades. Há inclusive ações para levar a educação financeira para as escolas.  Leia também: Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente  Educação financeira na escola  A introdução da educação financeira nas escolas foi reforçada com a criação da ENEF. O site da plataforma indica que “a escola é o ambiente em que crianças e jovens adquirem não apenas conhecimentos, como também a capacidade de viver em sociedade, fazendo escolhas que influenciarão na realização dos seus sonhos e suas atitudes influenciam na sociedade”.  “O objetivo de ensinar educação financeira na escola é formar cidadãos mais conscientes, evitando um cenário de maior endividamento nas gerações futuras”, diz Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação. Para ela, é importante que esse aprendizado comece cedo. “Assim o estudante começa logo a ter consciência financeira. Acho que faltou isso nas escolas anteriormente, e hoje a gente tem um cenário de quase 80% dos brasileiros endividados”, afirmou.   Esse número consta na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento mostrou que, em abril de 2023, 78,3% dos núcleos familiares do país tinham dívidas. Outro dado da pesquisa dá conta de que 29,8% das famílias estavam com contas em atraso – ou inadimplentes.   Educação financeira na BNCC  Em 2020, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) tornou a educação financeira um assunto obrigatório na Educação Básica. Mas ela não aparece como um componente curricular específico. O documento a apresenta como um dos “temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global” a serem abordados.  E complementa: “preferencialmente de forma transversal e integradora”.  Na área de Matemática para o Ensino Fundamental, a Base orienta o estudo de assuntos como:  Taxas de juros;  Inflação;   Aplicações financeiras;  Impostos.   O documento recomenda “um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro”. O texto dá um exemplo: desenvolver “um projeto com a História, visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da relação entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diversas, do consumo em diferentes momentos históricos, incluindo estratégias atuais de marketing”.  Para o Ensino Médio, a BNCC fala da mudança da sociedade em relação ao empreendedorismo, desde microempreendedores até grandes empresários. Nesta etapa, a Base diz que “cresce a importância da educação financeira e da compreensão do sistema monetário contemporâneo nacional e mundial, imprescindíveis para uma inserção crítica e consciente no mundo atual”.  Leia também: Lidar com o dinheiro de forma responsável é um aprendizado constante e multidisciplinar  Aprendendo a lidar com dinheiro  A BEĨ Educação desenvolveu um programa de educação financeira. Trata-se da coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, disponível para Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio.   O material possibilita ao educador abordar, na aula de Matemática, conceitos fundamentais desse componente, com situações do dia a dia. Na visão de

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Política Nacional de Educação Digital: entenda os principais pontos

Objetivo da nova legislação é garantir o acesso da população brasileira a recursos, ferramentas e práticas digitais, promovendo dessa forma sua inclusão digital Você conhece a Política Nacional de Educação Digital (PNED)? Ela foi instituída por uma lei bem recente, sancionada em janeiro de 2023. O texto traz medidas para promover uma inclusão digital de toda a população.   A política é composta de quatro eixos estruturantes, cada um com objetivos específicos, mas interligados. Um deles é voltado especialmente para o tema nas escolas. Conheça!   O que é a Política Nacional de Educação Digital (PNED)   A PNED é uma política que tem como objetivo garantir o acesso, sobretudo das populações mais vulneráveis, a recursos, ferramentas e práticas digitais. Em resumo, ela visa promover uma inclusão digital da população.   A política foi instituída pela lei 14.533/23, sancionada em janeiro de 2023. Seu texto prevê que ela seja um instrumento para articular programas, projetos e ações de municípios, estados, Distrito Federal e União, de diferentes áreas e setores governamentais. Com essa articulação, a ideia é potencializar e melhorar  os resultados dessas políticas públicas.   Leia também: Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?   Quais os eixos estruturantes da Política Nacional de Educação Digital    A PNED se apoia em quatro eixos. São eles:  a inclusão digital da sociedade; educação digital nas escolas; ações de capacitação do mercado de trabalho; incentivo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento.    A seguir, vamos detalhar o objetivo de cada um.   Inclusão Digital   Esse é o eixo mais geral, que prevê estratégias para promover entre a população a educação digital. Entre as ações listadas na legislação, podemos destacar:   promoção de competências digitais e sensibilização dos brasileiros sobre sua importância;   promoção de ferramentas que permitam um autodiagnóstico de tais competências;   treinamento nessas competências digitais – e aqui a lei menciona especificamente a inclusão dos “grupos de cidadãos mais vulneráveis”;   promoção de processos de certificação em competências digitais.   Esse eixo prevê ainda que haja implantação de infraestrutura de conectividade para fins educacionais. Essa ação compreende a universalização da conectividade da escola à internet de alta velocidade. Também prevê que estudantes e educadores tenham acesso a equipamentos e dados para acessar a internet nas escolas.     Educação digital escolar   A implantação de infraestrutura física e de dados nos ambientes escolares é crucial para esse eixo, que visa inserir educação digital nas escolas.    O eixo deve seguir pelas seguintes áreas.   Pensamento computacional: definido como “a capacidade de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções de forma metódica e sistemática”. Então, não é “pensar como um computador”. É, na verdade, aplicar fundamentos da computação para aprimorar a aprendizagem e o pensamento criativo e crítico.  Mundo digital: Esse quesito envolve a aprendizagem sobre  hardware, como computadores, celulares e  tablets. Além dos gadgets, o aprendizado deve ser também sobre o ambiente digital baseado na internet, como sua arquitetura e aplicações.   Cultura digital: O termo já é previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como uma das competências a serem desenvolvidas pelos estudantes na Educação Básica. Na PNED, ele aparece como “aprendizagem destinada à participação consciente e democrática por meio das tecnologias digitais”.   Direitos digitais: A lei prevê que os estudantes sejam conscientizados sobre o uso e o tratamento de dados pessoais, nos termos da  Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.   Tecnologia assistiva: Aqui, o foco é prover assistência a estudantes com deficiência, para que sejam atendidos em suas necessidades para o aprendizado digital.     Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa   Capacitação e especialização digital   Nesse eixo, o foco é promover a capacitação digital das pessoas com idade economicamente ativa. A ideia é aumentar as expertises dos trabalhadores para torná-los aptos a diferentes vagas de emprego.   A PNED ainda fala de implementar cursos relacionados a competências digitais. Essas formações devem cobrir tanto o âmbito da educação profissional quanto o Ensino Superior. Também menciona a implantação de redes que ofereçam cursos de atualização e formação continuada, a ser realizada ao longo da vida profissional.   O serviço público não ficou de fora. A PNED prevê que servidores e funcionários públicos recebam qualificação digital. Ela deve fazer parte de uma “política de gestão de recursos humanos que vise a combater o déficit de competências digitais na administração pública”.   Pesquisa e desenvolvimento em Tecnologias da Informação e Comunicação   O último eixo da Política de Educação Digital tem como objetivo “desenvolver e promover TICs acessíveis e inclusivas”.   Para isso, a PNED prevê que haja um programa de incentivo a pesquisas para desenvolver “TICs acessíveis e inclusivas, com soluções de baixo custo”.   Também há a intenção de promover parcerias entre o Brasil e centros internacionais de ciência e tecnologia em programas direcionados ao surgimento de novas tecnologias e aplicações voltadas para a inclusão digital.   Por fim, a criação de uma estratégia para formação e requalificação de docentes em TICs também faz parte da PNED.   Leia também: O que é cidadania digital e por que ela deve ser tratada na escola   As estratégias prioritárias do eixo Educação Digital Escolar     A PNED prevê que as ações do eixo de educação digital escolar devam seguir das diretrizes da BNCC.   Dito isso, a política elenca algumas estratégias prioritárias para promover a educação digital nos ambientes escolares.    Uma delas prevê o desenvolvimento de competências dos alunos da Educação Básica para a “atuação responsável na sociedade conectada e nos ambientes digitais”. A lei cita que as práticas pedagógicas devem levar ao desenvolvimento da ética aplicada ao ambiente digital, do letramento midiático e da cidadania na era digital.   O domínio da lógica, dos algoritmos e da programação também são foco.   Para que essas metas sejam alcançadas, é necessário que os educadores estejam aptos nesse conhecimento. Por isso, a política tem um ponto específico sobre a formação dos docentes.    Outro ponto central é as escolas terem acesso à internet. Sobre isso, a lei prevê diagnóstico e monitoramento de tal acesso nas redes federais, estaduais e municipais.   Com as

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Ilustração em tons de azul mostra 4 estudantes: uma mulher segurando livro, um homem com mochila no ombro direito, uma mulher com bolsa no ombro esquerdo e um homem segurando um caderno com a mão esquerda

A autonomia do estudante: uma competência a ser desenvolvida

O desenvolvimento da autonomia do estudante está previsto na BNCC e permeia a Educação Básica. Veja como!  O desenvolvimento da autonomia do estudante é um objetivo da educação. Afinal, para se tornar um cidadão atuante, ele precisa aprender como fazê-lo a partir de suas experiências e saberes. E, a partir daí, entender como suas decisões e ações afetam a si e aos outros.  A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclui o termo ou conceito na definição de parte de suas competências gerais. E seu desenvolvimento é previsto, em diferentes graus, em toda a Educação Básica.  Autonomia do estudante  A autonomia do estudante se dá em diferentes níveis, de acordo com a etapa em que ele está. Na Educação Infantil, ela se expressa de forma mais física, com o estímulo do desenvolvimento psicomotor. Com isso, a criança passa a conseguir executar algumas tarefas sozinha ao longo do período.  Quando ela passa para o Ensino Fundamental, esse desenvolvimento se expressa de variadas formas. Arrumar o material, saber e realizar os deveres de casa, escrever textos sozinho… Até atingir níveis mais altos no Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio. Nessas etapas, a autonomia passa por fazer análises, relações e conseguir mobilizar os conhecimentos para respaldá-las.   Um ponto importante a se destacar é: se autonomia significa independência, ela também traz responsabilidade. E essa noção de responsabilidade precisa igualmente ser desenvolvida pelos estudantes.  Como aparece na BNCC  Algumas das competências gerais da BNCC destacam a autonomia como uma expertise a ser desenvolvida pelos estudantes. Na BNCC, competência é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.    Encontramos o termo diretamente nas competências 6 e 10, essa última específica para o tema.  A competência 6 prevê que o estudante desenvolva autogestão ao longo da Educação Básica. No texto da BNCC, ela é definida da seguinte forma:  “Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.   Já a competência 10 é específica sobre o desenvolvimento de autonomia do estudante.   “Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.    Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  O desenvolvimento da autonomia na Educação Básica  Para cada etapa da Educação Básica, há um grau de autonomia que se espera que o estudante desenvolva. Começa na Educação Infantil, quando ela é mais relacionada a ações que ele consegue praticar sozinho. E segue sucessivamente para Anos Iniciais e Finais do Fundamental e Ensino Médio.  Mas é importante entender que esse desenvolvimento é transversal às áreas de estudo. Não há um componente curricular denominado “autonomia”. Ela é uma competência cujo desenvolvimento é esperado ao final de cada fase da educação.  Na Educação Infantil  Os primeiros anos da Educação Básica são voltados para o desenvolvimento psicomotor, para que a criança consiga praticar atividades sozinha. Além disso, há a intenção de que ela entenda a si e aos demais colegas como sujeitos do mundo.   Nesse sentido, encontramos nos aprendizados esperados para essa etapa muitos voltados para atividades da vida diária como escovar os dentes, pentear os cabelos, vestir-se, tomar banho, calçar sapatos, alimentar-se etc. Outro ponto destacado na BNCC é que, ao final dessa etapa, o estudante seja capaz de coordenar suas habilidades manuais.  Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental   Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as noções de autogestão passam a ser desenvolvidas em outros aspectos além do psicomotor. Nessa etapa, o estudante passa a ser orientado para, por exemplo, arrumar seu material ou fazer as lições de casa.    A área de Linguagens traz muitos aprendizados esperados que preveem o desenvolvimento de autonomia. Compreender textos cotidianos, como de bilhetes, avisos, convites, receitas, instruções de montagem, faturas, carnês, entre outros, será de grande valia para a vida desse estudante. Além disso, é esperado também que ele possa produzir bilhetes, cartas, avisos e até registros de observação diária. Por isso, aparecem entre as habilidades a serem apreendidas nessa fase, em diferentes graus de complexidade.   Também está presente nesse conjunto de conhecimentos a serem conquistados a compreensão de textos literários, narrativas de ficção e até de piadas e anedotas. Interpretação de texto é um foco bastante presente nesta etapa.  Leia também: Interpretação de texto: um mergulho na profundidade da mensagem   Nos Anos Finais do Ensino Fundamental  Nesta fase da Educação Básica, os desafios passam a ter maior complexidade. Os estudantes precisam se apropriar das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas.   Para isso, é necessário que haja foco na ampliação de seu repertório. E, por isso, a BNCC destaca como importante fortalecer a autonomia desses adolescentes. Isso se dá ao oferecer a esses jovens “condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação”.  No conjunto de aprendizados esperados ao longo desses anos, encontram-se muito as expressões “explicar”, “estabelecer relações”, “analisar”. Não raro, aparece no texto o termo “analisar criticamente”.   Essas expressões demonstram a maior complexidade desta etapa. Não basta compreender os textos e conceitos. É necessário, a partir dos saberes já conquistados, analisar as situações e estabelecer relações entre elas, formando seu próprio ponto de vista.  No Ensino Médio  Na última fase da Educação Básica, há um foco especial em acolher o jovem com sua individualidade e garantir que ele seja protagonista de seu aprendizado.  Para isso, o desenvolvimento de sua autonomia é essencial. Se ele vai construir seu próprio caminho, é necessário que tenha senso crítico, saiba interpretar textos e mobilizar conhecimentos para chegar ao aprendizado efetivo.    “Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que lhes garantam as aprendizagens necessárias

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