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Transformação digital: qual a importância das escolas acompanharem essa tendência?

O uso de recursos tecnológicos na educação favorece o protagonismo do aluno e a personalização do ensino, contribuindo para melhorias na aprendizagem A transformação digital nas escolas, que foi acelerada pela pandemia, diz respeito à utilização de recursos tecnológicos, como celulares, computadores e plataformas educacionais no processo de ensino e aprendizagem. Essas tecnologias que, em geral, já faziam parte da vida dos estudantes, se bem usadas no contexto escolar, podem contribuir para melhorar o engajamento, dar protagonismo aos alunos e trazer avanços para a educação. Mesmo no mundo pós-pandemia, a tendência é que coexistam os modelos presencial, remoto e híbrido — que integra as duas formas –, permitindo aos professores explorar as potencialidades de cada meio. No presencial, por exemplo, pode-se privilegiar a convivência, a socialização e a interação entre alunos e entre eles e os professores, sobretudo em atividades práticas ou que demandam esse contato mais próximo, como discussões, conversas e busca de soluções para questões da vida real de forma colaborativa. O ambiente online, por sua vez, não exige que todos os estudantes estejam no mesmo ritmo do professor, como geralmente acontece na sala de aula presencial. Nesse ponto, ele favorece a personalização do ensino e a autonomia do aluno — que pode rever uma aula disponível em vídeo para resolver uma dúvida ou se aprofundar em um determinado assunto, em seu ritmo e tempo. A inserção da tecnologia na educação também possibilita o uso de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, que podem combinar atividades presenciais e a distância; a sala de aula invertida, em que os estudantes acessam os conteúdos em casa e vêm para a sala de aula para debatê-los; e a rotação por estações, em que os alunos são divididos em grupos, cada um com uma tarefa diferente, e rotacionam pelas atividades. Outra vantagem é a possibilidade das plataformas gerarem dados a partir do registro de realização de atividades, desempenho dos alunos etc, o que permite intervenções pedagógicas mais específicas. Mas, para que a cultura digital se estabeleça no ambiente escolar, é necessário que estudantes, professores e gestores se adaptem de fato a esse novo cenário. Isso exige desde o investimento em infraestrutura e manutenção de equipamentos e conexão de rede, a comunicação assertiva com as famílias, para que entendam os benefícios desses recursos, até a formação contínua de professores. É importante que os docentes tenham capacitações e atualizações em relação a novos recursos e práticas para que possam ampliar as possibilidades pedagógicas e proporcionar avanços na aprendizagem dos alunos.

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Competências socioemocionais ajudam docentes a melhorar a prática pedagógica

Empatia, capacidade de adaptação, resiliência e abertura ao novo, entre outras habilidades, são fundamentais para os professores estabelecerem relações saudáveis com os alunos e lidarem com as transformações no ambiente escolar de forma assertiva A aprendizagem socioemocional refere-se ao processo de reconhecer e saber lidar com as emoções, favorecendo relações saudáveis, interações com respeito e empatia, a colaboração e a tomada de decisões responsáveis, entre outros aspectos. O trabalho com as competências socioemocionais no contexto escolar é um dos pilares para promover a educação integral — o desenvolvimento global do estudante em suas múltiplas dimensões — física, afetiva, cognitiva, socioemocional e ética. Mas a importância das competências socioemocionais não se limita aos alunos. Elas são fundamentais para os professores lidarem com os estudantes com amabilidade e entusiasmo, aumentando o engajamento dos alunos nas aulas e atividades, e para trabalharem como foco e persistência, principalmente em um momento desafiador, como o da pandemia. Essas competências também os auxiliam a ter resiliência emocional, protagonismo na autogestão da carreira e abertura ao novo para se adaptar a diferentes cenários e melhorar a prática docente. Como o processo de ensino e aprendizagem depende em grande parte da relação estabelecida entre professor e aluno, a empatia é uma habilidade-chave para o docente. Ela diz respeito a considerar a perspectiva da outra pessoa, levando em consideração suas necessidades e sentimentos para oferecer o apoio de que necessitam. Em épocas de ensino remoto e de tantas mudanças causadas pela Covid-19, a capacidade de adaptação, de concentração nas tarefas que precisam ser cumpridas e de superação de obstáculos são outros grandes desafios enfrentados pelos docentes. O foco e a persistência ajudam a manter a atenção nos objetivos a serem alcançados e a seguir em frente. Nesse contexto, destaca-se também a capacidade de tolerância ao estresse, fundamental para preservar a saúde física e mental, reorganizar rotinas e lidar com o excesso de atividades e tarefas que o ensino remoto nos trouxe. A resiliência emocional contribui ainda para regular a ansiedade e manter o equilíbrio e a autoconfiança diante das adversidades. No cenário atual de transformações profundas na educação, com o avanço dos recursos tecnológicos e do ensino híbrido, que deve ser uma tendência nas escolas no pós-pandemia, os professores precisam estar preparados para esses novos desafios e para o acolhimento dos alunos na volta às aulas presenciais. As competências socioemocionais podem ser aliadas importantes também nesses momentos, possibilitando que os docentes atuem no ambiente escolar de forma mais assertiva e empática.

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A questão indígena pelo olhar da interdisciplinaridade

Língua e costumes atuais carregam herança dos povos tradicionais brasileiros. Entenda por que é importante abrir espaço a essas discussões em suas aulas e confira dicas de filmes e documentários As efemérides são importantes para chamar a atenção dos estudantes sobre temas da sociedade, até mesmo para temas que sempre estiveram presentes na escola, como a questão indígena. O problema é que muitas vezes o contato do estudante com o assunto se dá de maneira isolada e idealizada na literatura ou muito distante nos capítulos de colonialismo dos livros de história. Desde que bem contextualizada, a relação com povos tradicionais pode render discussões que despertam o interesse do aluno. Estudar o passado de dominação e violência que construiu a história do Brasil é um passo importante para refletir criticamente sobre o assunto. As influências indígenas, no entanto, não se limitam ao período colonial, diz Cristine Takuá, especialista em cultura indígena da BEI Educação. Ela lembra ainda que muitos dos costumes e crenças que temos atualmente são herança direta dos povos tupi guarani, como o hábito de andar descalço e a alimentação baseada em mandioca e farinha. Veja a matéria completa no link (https://porvir.org/a-questao-indigena-pelo-olhar-da-interdisciplinaridade/)

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Diversificação curricular ajuda a conectar a escola à vida dos estudantes

Ao trazer temas contemporâneos para a sala de aula e conteúdos que dialogam com a realidade regional e local do aluno, a aprendizagem se torna mais significativa O currículo escolar compreende as atividades pedagógicas e os conteúdos que devem ser propostos aos estudantes para que desenvolvam as habilidades e os conhecimentos exigidos em cada série da educação básica. Desde 2017, quando foi promulgada a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a construção dos currículos de todas as escolas, redes e sistemas de ensino do país tem como referência esse documento. A BNCC destaca a importância de abordar de forma transversal e contextualizada temas contemporâneos que afetam a vida humana, em seis grandes áreas: meio ambiente, economia, saúde, ciência e tecnologia, multiculturalismo e cidadania. Cada uma delas desdobra-se em temas mais específicos, como educação financeira (economia), educação para a valorização das matrizes históricas e culturais brasileiras (multiculturalismo) e educação em direitos humanos (cidadania). Além disso, as escolas também devem trazer conteúdos diferenciados a seus currículos, de acordo com o que faz sentido para cada realidade regional ou local. Essa parte diversificada deve dialogar com as características e necessidades da rede ou sistema de ensino e pode chegar ao nível de cada instituição, ao incluir, por exemplo, temas de interesse da comunidade. Algumas das maneiras de trabalhar com essas temáticas na sala de aula são por meio da oferta de disciplinas eletivas, projetos e itinerários, que despertam o protagonismo dos alunos. Ao escolher o que vai estudar dentro das alternativas oferecidas pela escola, o estudante exercita sua autonomia e o autoconhecimento. Os projetos, por sua vez, permitem trabalhar em grupo, de forma colaborativa, e mobilizar os conhecimentos adquiridos na escola para a busca de soluções para os problemas da vida real. Ao ampliar o leque de temas tratados, articulá-los com questões da sociedade, trabalhar os componentes curriculares de forma integrada e diversificar os conteúdos, a escola se torna mais atraente e significativa para os estudantes e mostra a importância desses conhecimentos para o seu desenvolvimento e atuação como cidadão.

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O que é cidadania digital e por que ela deve ser tratada na escola

Uso crítico e responsável da tecnologia inclui reflexão e discussão de temas como privacidade de dados, fake news e ciberativismo Com o avanço da tecnologia, principalmente durante a pandemia, as pessoas passaram a utilizar o ambiente digital cada vez com mais intensidade e de forma mais ampla no dia a dia. Esse uso foi ampliado na escola, no trabalho e no lazer, entre tantas outras áreas. Mas, assim como acontece no mundo físico, para que a atuação no mundo virtual possa acontecer de maneira ética, consciente e segura, é preciso ter alguns cuidados e seguir algumas normas. É aí que entra a cidadania digital.  Você sabe o que é cidadania digital? Neste texto, vamos falar sobre o conceito e a importância de discutir esse assunto em sala de aula.   O que é cidadania digital  A cidadania digital é “o desenvolvimento contínuo de normas de uso apropriado, responsável e capacitado da tecnologia”, na definição do educador Mike Ribble. Ele é autor do livro “Digital Citizenship in Schools” (Cidadania Digital nas Escolas, em português), no qual busca auxiliar educadores a abordarem o tema com os estudantes.   Dessa forma, a cidadania digital diz respeito ao uso responsável das ferramentas e recursos tecnológicos no ambiente virtual. É necessário compreender que ações e atitudes tomadas, como a exposição de dados e de informações, podem ter impactos e consequências para si e para os outros.  O fato é que, como em todos os aspectos da vida, também na área digital há direitos e deveres.  Entre os direitos, está o de nos expressarmos, interagir com as pessoas, produzir conteúdos, ter segurança nos acessos e controlar a privacidade do que postamos. Já do lado dos deveres, podemos citar o agir de forma educada com os outros internautas, não expô-los a situações constrangedoras e não criar ou compartilhar notícias falsas, as já famosas fake news.   Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa  Em um portal voltado à educação de crianças e jovens, o Plenarinho, a Câmara dos Deputados detalhou temas relativos à cidadania digital. Veja abaixo alguns deles.  Segurança digital  O texto lembra da necessidade de saber proteger os dados pessoais, de aprender a criar senhas fortes e guardá-las de forma segura. Ainda menciona a importância de saber reconhecer “e-mails mal-intencionados, sites falsos e outras formas de golpe na internet”.   Privacidade  No texto publicado pelo Plenarinho, a Câmara ressalta a importância de não tornar público aquilo que só diz respeito à própria pessoa. Isso inclui “endereço, e-mail, telefone, dados de familiares, fotos com roupas íntimas” e as rotinas. O portal destaca que a divulgação de tais dados pode expor os cidadãos a pessoas ou grupos mal-intencionados, que podem usar as informações até para praticar crimes.   Direitos autorais  Eles são os direitos de reprodução de um trabalho e/ou a geração de licença da sua própria criação e ou trabalho, respeitando a propriedade de quem criou. Eles estão previstos na Constituição, no artigo 5º, inciso XXVII. Ele diz: “Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”.   Ciberativismo  O ativismo digital, ou ciberativismo, consiste em se posicionar em relação a causas e ideias que a pessoa avalie como importantes. Entre as maneiras de promovê-lo, estão escrever e/ou assinar petições, promover manifestos e mobilizações, publicar vídeos, fazer doações. Mas o portal da Câmara destaca duas atitudes importantes:   – estar bem-informado sobre as causas que pretende defender;  – fazê-lo com responsabilidade, ética e respeito.  A cidadania digital e a BNCC  Ao ser parte integrante do cotidiano, o uso da tecnologia também está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pelo menos três das dez competências gerais da Base fazem referência ao tema. São elas:  Competência 1: Conhecimento. Ela aborda os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade. Ela prevê que o objetivo é “colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.   Competência 2: Pensamento científico, crítico e criativo. Na BNCC, essa competência aparece com o objetivo de criar soluções, inclusive tecnológicas, para a resolução de problemas.  Competência 5: Cultura digital. Essa é a competência mais relacionada ao tema da cidadania digital. Ela destaca a necessidade de “compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos (…) e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.”  Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  Por que falar de cidadania digital nas escolas  Segundo a BNCC, a expansão da cultura digital impõe à escola novos desafios relacionados à cultura digital, como estimular a reflexão dos estudantes em relação aos conteúdos consumidos e produzidos e à multiplicidade de recursos tecnológicos disponíveis.   O ambiente escolar também deve prepará-los para o uso crítico e democrático das ferramentas tecnológicas e para uma participação mais consciente na cultura digital. Nesse contexto, devem ser abordadas as novas questões trazidas por esse universo e relacionadas ao comportamento na internet, como segurança digital, privacidade de dados, inclusão digital, direitos autorais, identificação de notícias falsas, cyberbullying e ciberativismo.  Ao estar alinhada com a cultura digital e as questões que a envolvem e afetam diretamente o cotidiano dos alunos, a escola se torna mais significativa e contribui para uma relação mais ética e saudável com o espaço digital.  No site que complementa seu livro, Mark Ribble escreve que, com frequência, “vemos estudantes e adultos usando e abusando da tecnologia, mas não temos certeza sobre o que fazer” para orientá-los.    Segundo o educador, essa questão é “mais sobre o que os usuários não sabem, mas o que é considerado uso apropriado da tecnologia”. Por isso, defende a necessidade de preparar estudantes e usuários de tecnologia para uma sociedade repleta de… tecnologia.   Seguindo nessa linha, descubra neste texto como fazer bom uso dos recursos digitais para aumentar o

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Mais do que ensinar conteúdos, escola deve visar à formação cidadã

Valorizar o protagonismo do aluno, a autonomia e o pensamento crítico e trabalhar com projetos que dialogam com a realidade são maneiras de promover a educação integral Primeiro espaço de socialização das crianças, a escola tem a missão de oferecer uma formação integral para os alunos, que vai além do processo de ensino e aprendizagem de conteúdos curriculares. Essa educação inclui a preparação dos estudantes para enfrentarem os desafios acadêmicos e profissionais que terão ao longo de sua trajetória, construírem o seu projeto de vida e atuarem como cidadãos plenos e conscientes de seu papel transformador na sociedade. Para isso, é importante que a aprendizagem seja significativa, valorize o protagonismo dos estudantes e esteja relacionada à resolução de problemas da vida real. Nesse sentido, ela pode envolver o uso de metodologias ativas e a realização de projetos. Essas atividades, além de articularem o conhecimento formal com questões do mundo real, favorecem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como a comunicação, a colaboração, a empatia, a autonomia e o pensamento crítico. Projetos sociais e ambientais, por exemplo, demandam o trabalho em grupo e a capacidade de interagir com diferentes pontos de vista e mostram a importância da responsabilidade social, da cooperação, da solidariedade e da convivência com a diversidade. Em seu texto introdutório, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece que a educação deve afirmar valores e estimular ações que contribuam para a transformação da sociedade, tornando-a mais humana e socialmente justa, e para a preservação da natureza. Ao estabelecer as competências que os estudantes devem desenvolver ao longo da educação básica, a base também considera os conhecimentos e as habilidades necessárias para solucionar as demandas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho. Entre as dez competências gerais da BNCC estão, por exemplo, “Trabalho e projeto de vida”, que entende que o estudante deve fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, independência, consciência crítica e discernimento, e “Responsabilidade e cidadania”, que inclui tomar decisões com base em princípios éticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Ao proporcionar um ambiente rico e diverso, com espaço para os alunos identificarem seus interesses e potencialidades e onde possam desenvolver a autonomia de pensamento, a escola ajuda os estudantes a trilharem suas jornadas pessoais e profissionais e a reconhecerem a importância de sua atuação para uma sociedade justa e democrática.

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Obras audiovisuais podem ser bom recurso para compreender melhor um período ou fato histórico

Ao retratar uma época e seu contexto socioeconômico, político e cultural e permitir diferentes olhares, filmes e documentários ajudam a entender as nuances da História O uso de recursos audiovisuais, como filmes e documentários, pode ajudar os alunos a entender melhor um período ou fato histórico. Além de ampliar o repertório dos alunos e trazer diferentes pontos de vista sobre o tema, o formato dessas narrativas têm o potencial de envolvê-los e despertar maior interesse sobre um determinado assunto. Em geral espectadores de filmes e séries, os jovens possuem familiaridade com a linguagem audiovisual, o que os torna mais receptivos para esse tipo de recurso. A articulação de som e imagem e o envolvimento com a narrativa também facilitam a apreensão do conteúdo e a aprendizagem, enriquecendo a aula e os aspectos vistos em livros ou apostilas. Outra vantagem das obras audiovisuais é contextualizar os acontecimentos, permitindo uma perspectiva mais ampla sobre o tema. As narrativas muitas vezes retratam a sociedade da época, de seus usos e costumes à arquitetura, das relações sociais à situação política. Por esse caráter multifocal, os filmes e documentários também possibilitam um olhar mais multidisciplinar dos professores e o trabalho com mais de uma disciplina — história, linguagem e sociologia, por exemplo. Atualmente, a disponibilidade e a grande diversidade de filmes e documentários propiciam que o professor explore diferentes pontos de vista e use trechos de mais de uma obra para ilustrar os pontos a serem destacados. A visão sobre a II Guerra Mundial mostrada por uma produção alemã pode ser muito diferente de uma norte-americana. Além da origem, a época em que o filme ou documentário foi realizado também é um fator a ser analisado. Um aspecto importante é o docente dialogar ativamente com a obra, apontando discussões e lançando questões que levem os alunos a, mais do que ampliar os conhecimentos, refletirem sobre o assunto e estabelecerem relações com outros fatos e temas.

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Mais do que competências técnicas, mercado de trabalho exige habilidades socioemocionais

Características como autonomia, criatividade e capacidade de aprender ao longo da vida são essenciais para transitar em um mundo que se transforma muito rapidamente No mercado de trabalho, a remuneração dos profissionais aumenta conforme avança a escolaridade. De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda mensal de uma pessoa que tem apenas o ensino fundamental é de R$ 1.200, valor que chega a R$ 1.800 se ela concluiu o ensino médio e quase triplica (R$ 5.100) para quem possui diploma de ensino superior. Esse incremento na renda é mais forte ainda para aqueles que cursaram pós-graduação, sobretudo em nível de mestrado ou doutorado, chegando a R$ 9.700 e R$ 13.800, respectivamente. Ou seja, na comparação entre a base e o topo da escolaridade, o crescimento salarial é de mais de dez vezes. No entanto, para disputar uma vaga no concorrido mercado de trabalho, sobretudo em um mundo que atravessa uma revolução digital, apenas os conteúdos e competências técnicas não são mais suficientes. No relatório “Emprego dos sonhos — Aspirações de carreira de adolescentes e o futuro do trabalho”, de 2020, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destaca que os jovens que estão chegando hoje ao mercado têm mais qualificação e anos de escolaridade do que todas as gerações anteriores, o que é uma ótima conquista, mas isso por si só não é garantia de melhores empregos e condições de vida A velocidade com que os avanços tecnológicos acontecem trazem mudanças a todos os setores da sociedade e exigem profissionais que saibam lidar com essas transformações e estejam sempre prontos a aprender. Para isso, tão importante quanto um diploma universitário são as habilidades socioemocionais que permitem às pessoas terem autonomia para buscar conhecimentos, comunicarem-se com assertividade, serem proativas e inovadoras e desenvolverem a liderança, a criatividade e o pensamento crítico.  \”A nova geração de cidadãos requer não apenas fortes habilidades acadêmicas, mas também curiosidade, imaginação, empatia, empreendedorismo e resiliência\”, diz o relatório. Segundo o Fórum Econômico Mundial, grande parte das crianças de hoje vai trabalhar em profissões que ainda nem existem. Nesse cenário, a capacidade de adaptação a diferentes situações e de atuar de forma colaborativa para encontrar soluções para os problemas de um mundo cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo serão cada vez mais valorizadas.

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Gerações X, Y, Z e Alfa: como cada uma se comporta e aprende

Acontecimentos culturais, políticos e socioeconômicos moldam a visão de mundo e a forma de pensar, agir e se relacionar de pessoas que nascem e vivem em diferentes épocas Cada época é marcada por acontecimentos culturais, políticos, sociais e econômicos que impactam o contexto de vida, a visão de mundo e a forma de se relacionar das pessoas que nascem e vivem em determinado período. Essa é a ideia que embasa a divisão por gerações. Você já deve ter ouvido falar de geração X, Y ou Millennials, Z, Baby Boomers e Alfa. Mas sabe quem está incluído em cada uma?  Cada geração tem algumas características específicas e maneiras de pensar, agir, aprender e se comportar em diferentes ambientes. Conhecer esses traços pode ajudar a lidar melhor e de forma mais assertiva com as pessoas dos diferentes grupos geracionais.  O que são as gerações Baby Boomers, X, Y ou Millennials, Z e Alfa  A divisão das gerações em “safras” começou quando as crianças nascidas nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964, ganharam a denominação de baby boomers, em alusão ao aumento do número de nascimentos depois do conflito. As demais denominações vieram na sequência.   Não há consenso, mas a maioria das referências sobre o tema apresenta a seguinte classificação: Baby Boomers: nascidos entre 1946 e 1964.   Geração X: nascidos entre 1965 e 1980.  Geração Y ou Millennials: nascidos entre 1981 e 1996.  Geração Z: nascidos entre 1997 e 2010.  Geração Alfa: nascidos a partir de 2010.   Leia também: Cultura digital e sua influência no modo de ensinar e aprender  Quais as principais características de cada geração  Baby Boomers  São indivíduos que viveram as grandes transformações do pós-guerra. Em geral, criados com muita rigidez e disciplina, cresceram focados e obstinados e valorizam muito o trabalho, a família, a realização pessoal, a estabilidade financeira e a busca por melhores condições de vida.  Geração X  Sucedeu os Baby Boomers. Essas pessoas vivenciaram a fase da Guerra Fria e sentiram as transformações provocadas por movimentos de grande impacto no cenário social e cultural, como Maio de 68, a onda hippie e a luta por direitos políticos e sociais.  No Brasil, as crianças nascidas nessa fase testemunharam a ditadura militar e seu declínio, o desenvolvimento industrial e o crescimento econômico. Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, as pessoas dessa geração dão valor ao diploma formal e à capacitação e estabilidade profissional.  Geração Y ou Millennials  Essa faixa presenciou a chegada do novo milênio ainda criança ou bem jovem. Considerada criativa e alinhada às causas sociais, não tem como prioridades o trabalho intenso, a formação de uma família e a busca por estabilidade na carreira, ao contrário das gerações anteriores.  Acostumados com a tecnologia, são multitarefas, impulsivos, competitivos, questionadores e desejam rápido crescimento profissional e financeiro.  Um estudo do Itaú BBA mostra que a maior fatia da população do Brasil é de Millennials, que compõem 50% da força de trabalho do  país.   Geração Z  Os jovens que nasceram a partir de 1997, estão entrando ou estão prestes a entrar no mercado de trabalho. Eles são nativos digitais, ou seja, convivem com o universo da internet, mídias sociais e recursos tecnológicos desde o nascimento. Além disso, são multifocais e aprendem de várias maneiras, usando múltiplas fontes e objetos de aprendizagem.   Costumam acompanhar os acontecimentos em tempo real, comunicam-se intensamente por meios digitais e estão sempre online. Em termos de comportamento, tendem a se engajar em questões ambientais, sociais e identitárias. Geração Alfa  A exposição à tecnologia e a telas é ainda mais forte nessa geração. Com muitos estímulos e acostumados a usar meios digitais para se entreter e buscar informações, requerem uma educação mais dinâmica, ativa, multiplataforma e personalizada.   Essas crianças e jovens têm como características a flexibilidade, a autonomia e um potencial maior para inovar e buscar soluções para problemas de forma colaborativa. Gostam de ser protagonistas, colocar a mão na massa e aprender com situações concretas.   Leia também: O que é cidadania digital e por que ela deve ser tratada na escola  Como cada geração aprende  A Fatec-SP publicou em seu site um estudo que traz conclusões sobre como cada geração aprende. Confira os resultados.  Baby Boomers  Os integrantes dessa geração possuem raciocínio linear – ou seja, focam na aprendizagem com início, meio e fim, como se fosse a leitura de um livro.  Por essa razão, preferem ler e seguir programas de ensino tradicionais. Outra característica apurada é que, como eles tiveram contato tardio com a internet, geralmente estabelecem uma relação de descoberta com as novas tecnologias. Por fim, dão grande importância ao treinamento, principalmente relacionado a tecnologias.  Geração X  Essas são pessoas que se adaptam rapidamente às tecnologias. Os integrantes da Geração X usam recursos tecnológicos, mas prezam o consumo de informação de forma híbrida – tanto online quanto offline. Ainda valorizam a flexibilidade e a aprendizagem colaborativa, com a partilha de conteúdos e o envolvimento de outras pessoas por meio de comentários.  Geração Y ou Millennials  Os Millennials estão acostumados com o grande fluxo de informações. Além disso, segundo o estudo da Fatec-SP, eles consomem informações com facilidade e rapidez. São pessoas que gostam de aprender informalmente e possuem raciocínio linear. Eles valorizam treinamentos e gostam de programas de capacitação.  Como muitas pessoas dessa geração já cresceram jogando videogames, a utilização de games e estratégias gamificadas são formas de aprendizagem que dão certo com elas.   Geração Z  A Geração Z consome informação principalmente via smartphones. De acordo com a pesquisa da Fatec-SP, essas pessoas têm preferência por conteúdos em vídeo (curtos), fotos e jogos.  Elas aprendem de diferentes e variadas maneiras, pois são multifocais e convergem em diferentes plataformas. Uma diferença dessa geração para as anteriores é que ela apresenta raciocínio não-linear. Quando querem uma informação, buscam o conteúdo por si mesmos na internet – e dão preferência a vídeos.  O estudo da Fatec-SP indica como estratégias de educação para as pessoas dessa geração o Social Learning, por ser um método de aprendizado bastante informal, que

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Aprendizagem significativa da matemática contribui para a formação de cidadãos mais conscientes financeiramente

Ensino voltado à aplicação dos conceitos no dia a dia ajuda a envolver os estudantes; BEĨ Educação tem material que trabalha a educação financeira de forma dinâmica e contextualizada A matemática é considerada, por muitos estudantes, como uma das disciplinas mais difíceis da trajetória escolar. Sobretudo no ensino fundamental II, é comum os alunos perderem o interesse pela matéria ou apresentarem uma certa resistência a ela. Isso acontece, em geral, porque eles não veem sentido nos conteúdos, uma vez que não conseguem entender a aplicabilidade dos conceitos e dos cálculos no dia a dia. Para esse desinteresse também conta o tipo de aula. Um ensino mais mecanicista, baseado em listas de exercícios e na resolução de problemas descontextualizados da vida real, pode ser desestimulante para o aluno. A falta de conhecimentos da matemática e a dificuldade em empregá-la no cotidiano acaba por prejudicar não apenas o desempenho escolar, mas o desenvolvimento de outros aspectos da vida pessoal do estudante, como as questões relacionadas a lidar de maneira responsável com os seus recursos e gastos. Para deixar a aprendizagem da matemática mais significativa e atrativa para os estudantes, a BEĨ Educação oferece um material para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio com foco em educação financeira, tema que se tornou obrigatório na educação básica, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A coleção “Aprendendo a lidar com dinheiro” possibilita ao educador trabalhar conceitos como porcentagem e juros, no contexto da organização do orçamento pessoal e familiar e da tomada de decisões financeiras de forma consciente e racional. Com exemplos do cotidiano, os conteúdos reforçam como a matemática é uma ferramenta importante para lidar com o dinheiro hoje e planejar o futuro. A abordagem também foi pensada para proporcionar uma aula mais dinâmica e interativa. Os conteúdos não são apenas apresentados, abrindo espaço também para a participação ativa do estudante. Os alunos são desafiados, por exemplo, a aplicar o conhecimento adquirido em projetos interdisciplinares, alinhando teoria e prática de maneira lúdica e trabalhando também competências socioemocionais, como a autonomia e o protagonismo. Além da conscientização financeira, todo o programa também visa preparar o jovem para refletir sobre os problemas econômicos do país e do mundo e exercer seu papel de cidadão. A ideia é que a experiência seja significativa e não se limite à sala de aula, estendendo-se a um conhecimento que será útil ao longo de toda a jornada pessoal e profissional do estudante.

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