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aprendendo a viver na cidade

Como os espaços urbanos podem favorecer a aprendizagem e a formação de cidadãos atuantes?

Cidades devem propiciar a convivência, a troca de experiências e a diversidade, que possibilitam oportunidades educativas e o enriquecimento da nossa visão de mundo O espaço urbano como um local potente para a aprendizagem e a participação social, a partir dos encontros, vivências e trocas de experiências que ele proporciona. Esse foi o tema do webinário “Urbanismo e educação: a formação de cidadãos engajados na construção de cidades educadoras”, realizado em 7 de outubro. Ele é o sexto de uma série de encontros virtuais que a BEI Educação está realizando em parceria com o Itaú BBA. Participaram da conferência o consultor internacional Jorge Melguizo, que foi secretário de desenvolvimento social de Medellín, na Colômbia, e Cláudia Vidigal, representante da Fundação Bernard van Leer, no Brasil, que lidera a iniciativa Urban95 no país. A mediação foi de Tomas Alvim, editor e sócio da BEI Editora e coordenador do laboratório Arq.Futuro Cidades dos Insper. Veja, a seguir, algumas das principais ideias debatidas no encontro. Cidades como espaços inclusivos e diversos As cidades moldam as relações entre as pessoas e as oportunidades de aprendizagem que nela podem acontecer. Essas oportunidades educativas ocorrem a partir de encontros potentes e transformadores não só entre pessoas, mas entre elas e cenas, lugares, fatos e conteúdos, entre outros, que enriquecem a nossa compreensão do mundo. “Cidades educadoras são cidades que promovem a convivência, as interações e as trocas de experiências. A cidade é uma grande oportunidade de escapar dos algoritmos, enfrentar o novo e conhecer o diverso”, afirma Vidigal. Articulação entre educação, cultura e urbanismo A cidade de Medelín, nos anos 1990, tinha uma das maiores taxas de violência e de mortes por 100 mil habitantes do mundo e hoje é uma referência de cidade inovadora. Isso foi possível ao priorizar investimentos públicos e melhorar a qualidade dos serviços nos territórios com maior vulnerabilidade e também ao integrar educação, cultura e urbanismo. “Se buscamos a transformação da sociedade, os projetos educativos e culturais devem estar alinhados a essa mudança. É preciso fazer da educação o principal desafio cultural e da cultura o principal desafio educativo”, diz Melguizo. Cidadão como agente transformador Além da atuação do poder público e dos diferentes setores sociais, cada cidadão também pode contribuir para a formação de uma cidade educadora ao encontrar o seu espaço de participação. Isso vai depender dos caminhos pessoais e possibilidades de cada um. Esse processo pode envolver, por exemplo, a atuação na escola dos filhos, em um centro cultural comunitário, grupo de mães ou de moradores de um bairro. Ensino integrado às questões da cidade No contexto de uma cidade educadora cabe a reflexão sobre o tipo de ensino que se tem e aquele que se quer, pois ele deve contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico e científico e das habilidades relacionadas à empatia, à criatividade e ao respeito. Essa educação deve falar de sustentabilidade e equidade e criar espaços participativos. Conhecer a cidade, sua geografia, natureza, problemas e desafios também são condições fundamentais para essa educação cidadã que vai formar pessoas engajadas, conscientes e atuantes para construir uma sociedade mais inclusiva, diversa e com oportunidades iguais para todos.

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Como enfrentar os desafios da educação básica no Brasil e replicar boas práticas?

Os caminhos passam por uma gestão atenta e eficiente, que saiba identificar essas ações e compartilhá-las; também importam a continuidade de políticas públicas e o foco na melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos No quinto webinário, realizado em 30/9, de uma série de encontros que a BEI Educação vem promovendo em parceria com o Itaú BBA, o tema foi “Como escalar inovações e transformar sistemas educacionais inteiros”. Haroldo Corrêa Rocha, secretário executivo de educação do estado de São Paulo e ex-secretário de educação do Espírito Santo, conversou com Rafael Parente, CEO da BEI Educação, sobre sua experiência nas duas pastas e os desafios de criar um ambiente de troca entre as escolas e replicar boas práticas e estratégias em toda a rede ou num grande número de instituições. Segundo ele, os caminhos passam, necessariamente, por boa gestão, continuidade nas políticas públicas, garantia que o foco dos gestores esteja na melhoria da aprendizagem dos estudantes e que a educação de qualidade seja prioridade para todos. Confira mais detalhes sobre essas propostas. Compartilhar práticas e conhecimentos Inovações, soluções e boas práticas devem ser compartilhadas e chegar a outras escolas de uma rede ou grupo por meio de uma gestão eficiente e atenta, que seja capaz de observar e identificar essas ações, acolhê-las, transformá-las em conhecimento e compartilhá-las. É importante observar as experiências que acontecem mundo afora, mas também olhar para os bons exemplos de estados brasileiros, como Espírito Santo, São Paulo, Ceará, Pernambuco e Goiás. Focar a gestão na melhoria da aprendizagem Para que a gestão seja eficaz, é preciso preparar e escolher bem os gestores, não haver interferência política para cargos de direção e liderança e dar continuidade a políticas públicas, independentemente da troca e sucessão de governos. Garantir que os gestores se centrem nas questões que mais importam para a escola — aspectos pedagógicos, a melhoria da aprendizagem, a garantia da permanência do estudante na escola e a relação com os alunos, professores e famílias — é outra medida importante. Ter metas e objetivos claros Uma boa gestão também precisa reconhecer os seus desafios e problemas e ter objetivos claros, metas e planos de ação alinhados à sua realidade para ser capaz de solucioná-los e conduzir a escola num programa continuado de melhoria da aprendizagem. Para isso, sistemas de avaliação e indicadores são fundamentais. Igualmente importante é monitorar as ações, acompanhar os resultados e fazer as mudanças e os ajustes necessários. Esse processo requer, ainda, um trabalho de cooperação que envolve toda a comunidade escolar. Considerar os novos desafios A gestão tem, ainda, que trabalhar essas questões no contexto de, pelo menos, um grande desafio: ter a Base Nacional Comum Curricular de fato implementada na prática, o que requer mudanças na rotina pedagógica, na organização da escola, no preparo dos professores, no material didático, no uso da tecnologia e no modo de avaliar. “O grande desafio do Brasil está na educação básica, em ter uma escola pública que consiga fazer com que todos aprendam e desenvolvam as competências necessárias para o século XXI. A educação tem esse papel de ser o grande fomentador do crescimento pessoal e também do desenvolvimento econômico e social do país”, finalizou Rocha.

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Como conduzir a educação pós-pandemia?

 Considerar as desigualdades sociais, envolver a comunidade na reflexão e tomada de decisões sobre a escola, priorizar o conteúdo e propiciar ambiente de cuidado e acolhimento dos alunos são algumas das possíveis ações “Recuperação educacional pós grandes crises” foi o tema do quarto webinário de uma série de eventos online que a BEI Educação está realizando em parceria com o Itaú BBA. Para discutir o tema, foram convidadas Linda Peck, consultora educacional e inspetora oficial de escolas na Inglaterra; Lidiane Malanquini, pesquisadora e coordenadora das áreas de direito à segurança pública e acesso à justiça da Redes da Maré; e Márcia Roberto, diretora de escola e especialista em informática educativa. Confira algumas das ideias debatidas no encontro, que podem ajudar a guiar a retomada. Considerar as diferenças Uma pandemia exacerbou as desigualdades da educação brasileira. Embora se pretenda universal, o direito à educação chega de diferentes maneiras às diversas populações, a depender da área – mais central ou periférica -, da cor da pele e da renda. Para uma relação de ensino e aprendizagem de qualidade e mais efetiva, políticas públicas e currículos devem contemplar como diferentes vozes e realidades dos alunos, principalmente os mais vulneráveis. Estimular a participação da comunidade A educação precisa dialogar com a sociedade e o território onde está inserida e ter escuta ativa de todos os envolvidos no processo – alunos, famílias, professores. Isso pode acontecer, por exemplo, por meio de gestões participativas e conselhos formados por estudantes, educadores e comunidade, que pensam conjuntamente a escola, pautam ações e participam de decisões e planejamentos. Essa conexão é fundamental para um acesso mais qualificado e uma aprendizagem mais clara e alinhada com o perfil de cidadão que deseja formar. Criar ambientes propícios para a aprendizagem A escola precisa ser fortalecida como um ambiente de escuta, cuidado e acolhimento, sobretudo no retorno pós pandemia, em que os estudantes podem ter vivenciado experiências como violência doméstica ou questões relacionadas à saúde mental. A articulação com outros setores e secretarias, como arte e cultura, segurança pública, saúde e assistência social, também é importante no apoio a essas ações. Pensar em estruturas mais flexíveis Além dessa rede de proteção, será necessário encontrar novos meios tecnológicos para viabilizar o acesso ao ensino híbrido, seja por meio de mídias digitais, como Facebook e Whatsapp, ou mesmo canais públicos de televisão. Priorizar o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e dependentes do currículo, como os conceitos-chave e aqueles que vão favorecer a aprendizagem contínua ao longo da vida, são outros caminhos para a educação pós-pandemia.

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Ilustração mostra três pessoas: uma tocando violão à esquerda, outra falando ao microfone ao centro e a terceira lendo jornal à direita. Ao centro, um brasão com chapéu de formatura preto e fundo verde

Método tradicional de ensino e metodologias ativas: conheça as principais diferenças

Enquanto no modelo convencional o estudante é receptor dos conhecimentos, nas metodologias ativas ele é o protagonista na construção do saber  No processo pedagógico, a metodologia utilizada é um elemento crucial. Isso porque ela direciona o planejamento, as estratégias e as atividades educativas. Ao método tradicional de ensino se opõem as metodologias ativas. Mas quais suas principais diferenças?   É importante ressaltar que a metodologia orienta a atuação do educador em sala de aula e estabelece o que se espera do estudante na dinâmica educacional.   O rápido avanço da tecnologia, o maior acesso à informação e as novas demandas do século XXI levaram o modelo tradicional de educação a ser mais questionado e fomentaram a busca por novas formas de ensinar e aprender. Neste texto, vamos falar das principais características de cada modelo.   O método tradicional de ensino   No método tradicional de ensino, o educador é considerado figura central e único detentor do conhecimento. Este, por sua vez, é repassado aos estudantes em aulas expositivas.    Nesse modelo, o estudante é reduzido a espectador em sala de aula. A ele, cabe apenas memorizar e reproduzir os saberes.    Esse método é mais conteudista, focado em fornecimento de informações. E, muitas vezes, não são mostradas aplicações práticas daquilo que está sendo ensinado.   Em geral, essa metodologia adota testes e provas padronizadas. Além disso, as diferenças individuais não são levadas em conta.    Essa concepção tradicional de ensino é chamada de “educação bancária” por Paulo Freire e de “paradigma instrucionista” por Pedro Demo. Alguns estudos também se referem a esse método como uma educação colonizadora.   Metodologias ativas de aprendizagem   As metodologias ativas consideram o estudante como o centro do processo de aprendizagem. Ele assume o papel de protagonista na construção do conhecimento. Já o educador passa a ser um mediador, e não o fornecedor de informações.    A lógica é formar o estudante não mais para realizar atividades repetitivas e seguir padrões, mas para ter uma postura investigativa e solucionar desafios e problemas da vida real.    Como sujeito de sua aprendizagem, o estudante deve pensar, criar, estabelecer relações, construir e argumentar. Para isso, além do conhecimento cognitivo, são desenvolvidas outras habilidades e  competências socioemocionais. Entre elas, podemos mencionar a empatia, a colaboração, a criatividade, a comunicação e o pensamento crítico.       Leia também: A importância do livro didático na era digital  Metodologias ativas podem ser adotadas em conjunto com as tradicionais?   Sim: é possível mesclar metodologias tradicionais e ativas no processo de aprendizagem.     O trabalho com as metodologias ativas pode incluir atividades tradicionais, como lições de casa. Em conjunto, são usados recursos diversos, como debates, produção de textos, simulações de situações da vida real, dramatizações, estudos de caso e projetos em grupo.   Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, destaca que as escolas, em sua maioria, não aderiram em sua totalidade às metodologias ativas. Dessa forma, prossegue, elas ainda aplicam os principais temas em uma perspectiva conteudista.   “O ensino tradicional tem uma sequência didática diferente de um estudo de caso, por exemplo”, afirma Natália.     A gestora alerta que a disrupção deve ser trabalhada com cuidado. “As pessoas que estão habituadas com o ‘passo a passo’ do ensino tradicional podem não conseguir fazer a imersão completa em um aprendizado autônomo do qual são protagonistas”, declara.    Exemplos de metodologias ativas   Entre as principais metodologias ativas estão:   aprendizagem baseada em problemas   aprendizagem baseada em projetos   estudo de caso   design thinking   sala de aula invertida    instrução entre pares    Em comum, elas propõem a aprendizagem significativa e a conexão da escola com a vida.   Para se aprofundar mais no tema, entenda em detalhes como funciona a aprendizagem baseada em projetos.  

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Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?

Para uma formação integral e que diálogo com os desafios do país, é preciso que a aprendizagem seja diminuir e considerar o desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, empatia e responsabilidade social Para que a educação consiga reduzir as desigualdades históricas do país, formar para a cidadania, fortalecer a democracia e dialogar com os desafios do mundo contemporâneo, um novo acordo é necessário e deve ser construído, em sinergia, por todos os agentes cumpridos no processo: gestores, educadores, alunos e famílias. Foi isso que abordou o terceiro webinário, realizado em 16/9, de uma série de sete encontros que a BEI Educação está promovendo em parceria com o Itaú BBA. Gina Vieira, professora e autora do projeto Mulheres Inspiradoras; Mozart Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação; e Marcelo Costa, secretário municipal de educação de Goiás, respondeu a questão “Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?”. Confira algumas das propostas. Proporcionar aprendizagens informativas O que garante a aprendizagem do estudante é ser sujeito ativo no processo de aprendizagem. A construção de saberes mais acontece quando o educador opta por metodologias horizontais e participativas, que propiciam vivências e experiências. Nesse contexto e para responder à geração atual, a escola precisa ser desafiadora, despertar a curiosidade e a postura investigativa das crianças e adolescentes e levar os alunos a aplicar os conhecimentos na prática. Também cabe à escola desenvolver plenamente o potencial dos estudantes e aprender, em conjunto com a família, a definir o seu projeto de vida, entendendo que cada pessoa é única e singular. Despertar o senso de cidadania e a consciência social O domínio dos conteúdos é fundamental, assim como construir uma nação que ensina bem e consegue apresentar resultados satisfatórios. Mas a escola também deve garantir as ferramentas para o desenvolvimento da cidadania. “Educação é muito mais do que ter acesso aos conteúdos, é a capacidade de aplicá-los no dia a dia e em favor da sociedade”, diz Marcelo Costa. “Educação é um instrumento para que a gente possa viver e conviver melhor e desenvolver habilidades como o respeito e a empatia”. Questionar os modelos tradicionais Uma educação preocupada com o fortalecimento da democracia e com a formação para a cidadania precisa trazer algumas questões cruciais para o debate e colocar determinadas estruturas em cheque. Gina Vieira diz que a escola, originalmente, foi pensada para produzir obediência, confinamento e padronização cultural, valendo-se de um currículo eurocêntrico e branco, que valoriza os saberes dos povos do norte e ignora os do sul. “Temos que ter coragem de nos admitir como escola colonial, autoritária e instrucionista que, durante muito tempo e ainda em grande medida, esteve a serviço de endossar as desigualdades sociais.” Ela reforça a necessidade de uma educação que reconheça a riqueza da diversidade, que fale de sustentabilidade e que questione o modelo de sociedade baseado na exploração indiscriminada dos recursos e das pessoas. Cuidar da formação dos professores Para que essas transformações sejam possíveis, é preciso mudar a prática educacional. “A universidade – que faz a formação inicial e boa parte da educação continuada dos docentes – precisa entender que é necessário formar outro professor, mais inspirador, inovador e criativo, para dar conta dessa nova escola e poder avançar. Isso significa que uma universidade vai precisar se integrar à educação básica e fazer convênios com redes de ensino para ajudar na formação dos professores futuros ”, pontua Mozart Ramos. Nesse sentido, Gina Vieira afirma que a educação é o nosso bem mais precioso, e os professores e como professoras são as lideranças mais importantes de um país. “São eles os responsáveis ​​pelo desenvolvimento integral e pleno das crianças e adolescentes por formar cidadãos mais conscientes.”

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6 passos para criar uma rotina de estudo mais eficiente

Reservar um período do dia, organizar um cronograma, experimentar diferentes formas de retomar os conteúdos e ter metas claras na preparação do estudante Tanto no formato de aulas presenciais como no modelo online, os alunos podem sentir dificuldades para organizar os estudos. É importante que cada um identifique uma maneira como aprende melhor e desenvolva estratégia para garantir uma assimilação mais eficaz e estabelecer uma rotina que de fato funcione. Confira algumas dicas. Determinar um horário Veja como está sua rotina para saber quanto tempo dispõe para se dedicar aos estudos. Se você assiste aulas pela manhã, esse período pode corresponder a uma parte da tarde. Se dispor de 2 horas diárias, por exemplo, o ideal é estudar por uns 50 minutos, fazer uma pausa de 10 minutos e retomar as atividades. É importante manter uma mesma rotina todos os dias. Organize um calendário Uma vez que você já tem o período de estudo estabelecido, o próximo passo é encaixar como disciplinas que precisam ser estudadas nessa grade. Distribua cada matéria num horário e dia da semana. Os períodos que sobrarem podem ser usados ​​para reforçar as disciplinas nas quais que você tem mais dificuldades. Reserve também um tempo, uma vez na semana, para treinar a redação. Diversifique as formas de estudo Há muitas maneiras de estudar. É importante que você experimente diferentes modos para ver quais deles são mais eficientes para o seu perfil. No caso de disciplinas mais teóricas, alguns estudantes se concentram bastante apenas lendo os conteúdos e respondendo questões oralmente. Outros preferem escrever ou falar em voz alta o que assimilaram. Você também pode estudar assistindo documentários, filmes e vídeos. Atente para as especificidades de cada disciplina Cada matéria pode requerer um procedimento diferente. Em história, por exemplo, uma linha do tempo pode ajudar a entender melhor os acontecimentos, localizá-los e relacioná-los a outros fatos históricos. Em geografia, mapas são essenciais para compreender aspectos físicos, econômicos e demográficos. Matérias da área de exatas, como matemática, física e química, exigem boa carga de resolução de exercícios. Elabore resumos, fichas e mapas conceituais Uma boa estratégia é retomar os conteúdos aprendidos por meio da elaboração de sínteses e seleção de palavras-chaves, que ajudam na consolidação da aprendizagem. No resumo tradicional, as principais ideias são recuperadas por meio de um texto linear ou tópicos. Nas fichas, cada assunto deve ganhar um espaço, no qual o conteúdo pode ser detalhado em subtemas. Já nos mapas conceituais, as principais ideias são destacadas, e seus complementos formam ramificações ampliando a sequência de raciocínio. Vale usar frases, palavras, ícones e ilustrações. Tenha metas e objetivos definidos Durante os estudos, uma maneira de se manter estimulado é determinando algumas metas a serem atingidas. Por exemplo, em um determinado espaço de tempo, ter dado conta de um certo conteúdo, revisar as principais dúvidas de química ou escrever uma redação em duas horas. A realização de exercícios pode ser um bom marcador para avaliar a sua evolução e ajustar o que pode ser melhorado.

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Por que a educação deve prevalecer na agenda das nações?

Em um mundo em constante transformação e no cenário pós-pandemia, novas habilidades e competições serão exigidas dos jovens, ao mesmo tempo em que darão condições para que eles transformem a realidade “Educação e avanços civilizatórios: como deve ser o novo normal” foi o tema do segundo webinário, de uma série de 14 encontros, que a BEI Educação está realizando em parceria com o Itaú BBA. Nas características desta quarta (9/9), Rafael Parente, diretor da BEI Educação, junto Cristiano Guimarães, diretor executivo do Itaú BBA, e os recursos internacionais David Albury, diretor da Unidade de Inovação , que atua na implementação de voltadas para a área de educação e serviços públicos; e Vikas Pota, integrante do grupo de líderes para educação do Fórum Econômico Mundial. Eles falaram da importância da educação no contexto da pós-pandemia e porque ela deve ser prioridade na agenda dos países. Confira três das principais ideias presentes nesse debate. A educação a serviço de um novo futuro Para enfrentar os desafios do século XXI, principalmente em um cenário pós-pandemia, a educação é a melhor e mais potente ferramenta com a qual os jovens contar. É por meio da educação que eles podem adquirir as competências e necessidades para viver em um mundo incerto e em transformação constante e, mais do que isso, ter um papel ativo para reconstruir a economia e a sociedade e moldá-las com menos desigualdades. “Os jovens precisam ser formados não apenas para serem bons empregadores, empreendedores ou funcionários, mas também para grandes cidadãos”, afirma David Albury. O papel transformador dos professores Na reconstrução de uma sociedade mais justa e sustentável, o papel do professor é central. Para fortalecê-lo, de acordo com Vikas Pota, alguns fatores são fundamentais, como a construção de parcerias com a comunidade local para articular e favorecer a  aprendizagem dos alunos; o investimento em formação continuada dos docentes, sobretudo de novas metodologias de ensino e possibilidades tecnológicas para acompanhar as inovações; e o cuidado com a saúde mental. Os educadores são cruciais para engajar os estudantes no processo de ensino e aprendizagem, para despertar nos alunos o gosto pelo saber e para direcioná-los no processo de construção de conhecimento. Novos conteúdos e formas de aprender Nesse contexto de desafios, somente o conteúdo dos currículos não darão conta da formação integral dos futuros cidadãos, pois será preciso desenvolver também habilidades e competências relacionadas aos domínios sociais e emocionais. Elas devem permitir filtrar informações, ter um olhar crítico, buscar soluções, trabalhar em grupo de forma colaborativa, saber se comunicar e aprender com diferentes experiências e ao longo da vida.

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Com algumas estratégias, professores podem deixar as aulas remotas mais dinâmicas

Dividir conteúdos, fazer funções mais curtas, interagir com os alunos, variar ambiente das gravações e explorar recursos digitais dar ritmo e engajar mais os estudantes Durante uma suspensão das atividades presenciais nas escolas, devido à pandemia da Covid-19, os professores tiveram que se adaptar rapidamente ao mundo digital e se reinventar para dar continuidade ao processo de ensino e aprendizagem em modela remota. Elaborar estratégias para deixar as aulas virtuais mais dinâmicas e atrativas e, assim, despertar o interesse dos alunos e estimular a sua participação, têm sido um desafio para os docentes. Confira, a seguir, algumas dicas que podem ajudar nas aulas virtuais. Assim como existe uma preparação para a aula presencial, a aula online também deve ser planejada. Mas é preciso considerar que ela vai exigir outra dinâmica, pois o modo de interação com os estudantes é diferente, assim como a sua capacidade de concentração e atenção. Por isso, se possível, o conteúdo deve ser dividido em para que sejam considerados mais breves. Diferentes formatos – exposição teórica, tempo para a resolução de exercício e espaço para dúvidas e comentários dos alunos, por exemplo – também a manter o foco. Apesar dos alunos não estarem presentes fisicamente, é importante que o professor mantenha o diálogo constante com eles, perguntando se estão compreendendo o conteúdo e solicitar feedback. Por não estar vendo os estudantes e falando com uma câmera – no caso das aulas gravadas, por exemplo– a linguagem também precisa ser cuidada. A recomendação é evitar o mesmo tom e falar da forma mais natural e dialógica possível. Variar o ambiente das gravações ou mesmo o posicionamento da câmera são outros recursos que contribuem para dar um dinamismo maior às aulas. Também vale cuidar da iluminação, da qualidade do som e da postura para se ter uma qualidade estética melhor. Um ponto importante é explorar e aproveitar os recursos que o próprio ambiente digital compatível. Inserir um vídeo, ler notícias, acessar mapas e aplicativos e mesmo fazer uma visita virtual a alguma localidades deixam a aula mais dinâmica e conseguir engajar mais os estudantes. Para estimular a participação dos alunos, outra possibilidade é usar a sala de aula invertida, em que o professor pede para que prepararem um conteúdo para compartilhar com a classe. Outra forma ainda de manter uma interação é por meio dos trabalhos em grupo, que podem ser realizados em reuniões virtuais. Por fim, vale considerar que esse também é um momento de grandes descobertas e aprendizados para os professores, que pode adquirir conhecimentos importantes para a sua formação e aproveitamento esse legado posteriormente, para enriquecer suas aulas presenciais.

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5 prioridades da educação brasileira

Investir na formação de professores, melhorar a gestão e buscar qualidade e equidade são alguns dos grandes desafios do ensino no país No first de uma série de sete webinários sobre educação que a BEI Educação está realizando em parceria com o Itaú BBA, o tema discutido foi “Educação no Brasil ontem e hoje”. Os participantes – Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco; Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV CEIPE); e Ademir Xavier, diretor do Itaú BBA e responsável pela área de educação – traçaram um panorama histórico dos principais problemas da área e os impactos que eles causam até hoje ao país. Os especialistas também falaram dos avanços conseguidos nas últimas décadas e os desafios que temos pela frente. Para enfrentá-los, alguns pontos são prioritários. Confira alguns deles: Formação de professores Um dos fatores que mais incide sobre a aprendizagem dos estudantes é a qualidade do professor. A profissão é uma das mais complexas e importantes para uma sociedade, e o docente precisa ser preparado para os seus desafios profissionais. Além de valorizar e melhorar a atratividade da carreira docente, é preciso oferecer uma formação de excelência, que vá além da teoria, incorporar uma prática e continuar ao longo da carreira. Condições para a aprendizagem As escolas devem contar com estrutura física mínima e recursos pedagógicos adequados em termos de currículos, materiais didáticos e sistemas de avaliação de modo a garantir que todos aprendam. Para preparar os alunos para o mundo do trabalho e para darem conta dos desafios do século XXI também são importantes propostas que consideram a aprendizagem por projetos, a solução de problemas, as metodologias ativas, o desenvolvimento de competências e competências diversas e o uso das novas tecnologias . Gestão É fundamental que as secretarias estaduais e municipais estejam dedicadas a mobilizar seus recursos, inclusive os orçamentários e financeiros, a serviço de uma educação de qualidade. No Brasil, há casos de estados e municípios, ainda que em cenários de dificuldades, que mostram que a boa gestão traz ótimos resultados. Mas é preciso ampliar essas experiências e ganhar velocidade. Investimentos públicos Uma boa gestão não significa, no entanto, a possibilidade de abrir mão de recursos, pois as duas coisas são necessárias. Na história brasileira, a porcentagem dedicada do PIB à educação sempre foi muito baixa — de 1930 a 1970, era cerca de 1% a 3%, enquanto nos Estados Unidos já estava na faixa dos 4% a 4,5%. É preciso superar essa dívida histórica. Qualidade e equidade Aumentar a qualidade da gestão para que as crianças que estão na escola permaneçam, como que estão para retornem e todas aprendam os conteúdos dos currículos e as dimensões socioemocionais relacionadas à sociedade do conhecimento XXI é urgente. “O que precisamos hoje é gestão de alta qualidade e investimentos associados para dar conta de produzir uma agenda de excelência com equidade – altas expectativas para todos os estudantes. Para que isso aconteça é preciso que a educação se torne prioridade para todos ”, sintetiza Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco.

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Lição de casa é oportunidade de reforçar aprendizado e ganhar autonomia no estudo

Tarefas escolares ajudam os alunos a consolidar conceitos, ampliar os conhecimentos e desenvolver responsabilidades, mas elas devem ser significativas, diversificadas e desafiadoras Componente importante do processo de ensino e aprendizagem, a lição de casa tem funções essenciais para os alunos e professores. Para o estudante, é uma oportunidade de aplicar o que aprendeu em sala de aula, identificar dúvidas e lacunas e desenvolver diferentes raciocínios e habilidades. Para o educador, representa uma forma de verificar a aprendizagem da turma e, assim, ter um importante retorno para o planejamento de acordo com o conteúdo ou das atividades seguintes. Além de reforçar conceitos e permitir a apropriação de conteúdos de procedimentos de estudo, as tarefas também podem ser usadas para a ampliação de conhecimentos, por meio de pesquisas. A busca por informações na internet, em livros e mesmo por meio de pequenos experimentos, ajuda as crianças e os adolescentes a desenvolverem uma curiosidade e o interesse pelo estudo. Como lições realizadas em casa trazem, ainda, outros ganhos para os alunos, como o autoconhecimento e o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade. Realizar as atividades sozinhos, sem a presença do professor, demanda capacidade de mobilizar os saberes e de se organizar para atender prazos e solicitações. Ao mesmo tempo, propicia uma descoberta ao estudante em relação às maneiras ou método eficaz de aprendizagem e estudo para ele. Mas, para que tudo isso de fato aconteça, é necessário que as tarefas sejam fornecidas, diversificadas, motivem os alunos e os desafiem. Elas precisam ser bem planejadas e orientadas, ter relação com o conteúdo visto em sala de aula e oferecidas na quantidade adequada. Especialistas apontam que essas atividades devem sempre privilegiar a reflexão e não a repetição. Quanto ao envolvimento dos pais, a orientação é que eles sejam participativos, mas sem tirar a autonomia do estudante. O tipo de acompanhamento vai ser diferente de acordo com a faixa etária da criança ou do adolescente. Para os menores, uma família pode contribuir para estabelecer uma rotina, ajudando a determinar um horário ea organizar os materiais base e um adequado local para realizar as lições. Os pais também podem dar orientações, mas nunca realizar uma tarefa pela criança. Às vezes, na intenção de ajudar, acabam causando confusão, porque não aprenderam da mesma forma como a criança está sendo conduzida no processo de aprendizagem. No caso dos estudantes do Ensino Médio, o papel dos pais pode ser o de demonstrar interesse sobre o que o filho está aprendendo e dialogar sobre o conteúdo de tarefas e trabalhos e sobre as dificuldades encontradas.

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