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Projetos pedagógicos que valorizam a cultura nacional contribuem para a formação de cidadãos mais conscientes

Conhecer as produções culturais dos povos que constituíram o Brasil amplia o sentimento de pertencimento social e a compreensão dos legados e das contradições que moldaram a nossa história A escola é um espaço de socialização e onde os valores culturais são assimilados. Nessa perspectiva, trabalhar a riqueza e a diversidade da cultura brasileira e trazer esses temas para projetos pedagógicos é fundamental para os alunos ampliarem os conhecimentos sobre a história do país, contribuindo para a construção da cidadania. A cultura brasileira em todos os seus aspectos — produções artísticas, manifestações religiosas, festas, culinárias, costumes etc —  é uma das mais ricas do mundo, devido sobretudo aos diferentes povos que formaram o país, como indígenas, africanos, europeus e asiáticos, e a sua miscigenação. Conhecer as contribuições de cada um e como elas se articularam na constituição da nação permite compreender melhor a nossa história e valorizar e respeitar as diferenças. Ao mesmo tempo, fortalece a identidade nacional e o sentimento de pertencimento, essenciais para atuar na transformação de uma sociedade mais igualitária e justa. Ao trabalhar os elementos da cultura brasileira na sala de aula também é fundamental que os professores ajudem os alunos a desenvolverem um olhar crítico para as questões relacionadas às diferenças étnico-raciais e étnico-culturias — tanto as do passado, como a experiência colonial e a escravidão, como as que persistem até hoje, a exemplo do racismo estrutural e dos preconceitos e desigualdades que atingem a população negra e indígena. Outro ponto importante do trabalho didático com essa temática é estimular o contato com a pluralidade cultural brasileira por meio de experiências concretas, que podem envolver trabalhos interdisciplinares e pesquisas nos arredores da escola ou mesmo entrevistas com familiares e pessoas conhecidas dos estudantes. Desta forma, o conhecimento sai da teoria e ganha relevância com as vivências práticas, além de evidenciar que a cultura é algo vivo, que não ficou apenas no passado, e que se transforma continuamente. Explorar os múltiplos registros da cultura nacional, valorizá-la e questionar as suas contradições são formas de apresentar a questão para os alunos em toda a sua complexidade e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes.

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Como as escolas podem incentivar a formação continuada dos professores?

Estimular a participação em cursos de capacitação, workshops, grupos de estudo e colaborações em rede ajuda os docentes a problematizar suas práticas e a construir novos conhecimentos A profissão de professor é uma das mais complexas que existem. Além do domínio de conteúdos e metodologias de ensino, ela envolve uma relação intensa e cotidiana com os alunos, além da disposição em sempre aprender e refletir sobre a prática pedagógica. Para que os professores possam aprimorar seus saberes e habilidades, atualizar-se em relação a conhecimentos, estratégias didáticas e uso de recursos tecnológicos, e realizar uma aprendizagem mais significativa para os alunos, as escolas devem incentivar a formação continuada. Um primeiro passo para isso pode ser um levantamento das principais demandas dos docentes e a identificação de pontos frágeis para estabelecer as prioridades. Desenvolvimento de competências pessoais e socioemocionais, tecnologia na educação, uso de metodologias ativas, inclusão e diversidade e as inovações da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estão entre os principais temas buscados pelos docentes. A partir de cada realidade, diferentes medidas podem ser adotadas. A formação continuada pode incluir cursos livres, de extensão, palestras, workshops e até programas de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado). Estimular a participação em grupos de estudo, seminários e congressos e o compartilhamento de experiências entre os docentes são outras formas de contribuir para a circulação de informações e o aprendizado do corpo docente. Com o avanço no uso de recursos digitais, o que foi amplamente impulsionado pela pandemia, muitas dessas iniciativas podem acontecer no formato remoto, por meio de reuniões e palestras online, cursos de educação a distância e espaços virtuais de troca de informações. Essa possibilidade favorece a inclusão e a equidade ao permitir que um maior número de professores tenha acesso a essas capacitações, que são fundamentais para a prática docente.

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Tecnologia pode ser aliada no estímulo à leitura

E-books e textos veiculados em sites, blogs e aplicativos ajudam a despertar o interesse das crianças pelos livros, ampliam o alcance do conhecimento e facilitam o acesso a obras e informações A prática da leitura é um dos pilares da educação e da formação integral dos estudantes. Além de possibilitar a aquisição e a ampliação de conhecimentos, ler desenvolve a imaginação, a empatia e o senso crítico, além de aprimorar a escrita e a capacidade de analisar e de relacionar informações. Com tantos benefícios, a leitura deve ser incentivada desde a infância pelas escolas e famílias. Quanto mais as crianças e os adolescentes lerem, mais estarão aptos a interpretar o mundo, buscar seus significados e ter condições de agir de forma autônoma. Nesse processo, além dos suportes impressos, como os livros, os recursos tecnológicos podem ser importantes aliados. Uma dessas ferramentas são os leitores (e-reader) de livros digitais (e-books). Entre as vantagens do formato digital estão a capacidade de armazenar vários títulos dentro de um mesmo dispositivo, o valor em geral mais baixo do que um livro tradicional e a facilidade e a rapidez na aquisição da obra, necessitando apenas baixar o arquivo digitalmente. A possibilidade de personalizar — trocar a cor das páginas, ajustar o tamanho das letras, marcar trechos e realizar buscas — também são aspectos favoráveis, assim como os recursos de acessibilidade, como interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição. Textos em outras plataformas, como sites, blogs e aplicativos, além de poderem contar com recursos de som e imagem, também costumam ser atrativos para as crianças e os jovens. Eles permitem, ainda, o trabalho com temas contemporâneos e ligados às novas tecnologias de comunicação, como interação e compartilhamento de informações em tempo real. Outra contribuição da tecnologia é a capacidade de divulgação de textos e livros para um número maior de pessoas, ampliando o alcance e o acesso à leitura. Por outro lado, vale lembrar que a leitura mediada pela tecnologia pode acontecer de forma mais rápida e fragmentada, enquanto a leitura de um texto físico tende a ser mais lenta e conservar a totalidade e o contexto da obra, facilitando e estimulando mais a reflexão. Ao valorizar as diferentes formas de leitura, as escolas e as famílias mostram às crianças e aos adolescentes que elas não são excludentes e podem ser complementares, e reforçam a importância dessa prática.

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Trabalhar a responsabilidade social e a cidadania em sala de aula favorece a formação de jovens mais críticos e conscientes

Competências integram a BNCC e visam dar ao estudante um papel mais ativo, de modo que ele use seus conhecimentos para buscar soluções para os desafios do mundo real Entre as 10 competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que norteia o aprendizado dos estudantes ao longo da educação básica, estão a responsabilidade social e a cidadania. Esses dois conceitos dizem respeito à formação de indivíduos mais críticos, conscientes da sua realidade e dispostos a empreender as mudanças necessárias para transformar o seu entorno. Ao trabalhar esses aspectos na educação das crianças e dos jovens, a escola contribui para a formação de cidadãos que podem atuar na construção de uma sociedade mais democrática, justa, solidária e sustentável. Há uma série de projetos e atividades que podem ser desenvolvidos em diferentes áreas, que articulam conteúdos específicos e demandam reflexão crítica e a busca de soluções colaborativas para lidar com os desafios do mundo real. Em Linguagens, o trabalho com a produção textual ou audiovisual pode ser articulado, por exemplo, com Ciências Humanas e incluir a realização de trabalhos em grupo e a discussão de temas como desigualdades sociais — por exemplo, as desigualdades na educação que se tornaram mais visíveis durante a pandemia — e o direito das crianças ou minorias. É importante problematizar as questões, considerando sempre a postura ética, o respeito aos diferentes pontos de vista e a tomada de decisões responsáveis que visam ao bem-comum. Posteriormente, uma atividade de intervenção no ambiente escolar, no entorno do colégio ou no bairro pode ser feita. Em Ciências da Natureza, uma possibilidade nesse sentido seria uma campanha de coleta seletiva de lixo, em que os alunos pudessem trabalhar a importância da sustentabilidade e do uso adequado dos recursos naturais, a reflexão sobre o impacto das ações humanas no meio ambiente e a responsabilidade das pessoas na conservação das formas de vida e do planeta. A formação para a cidadania na sala de aula requer que o conhecimento seja sempre construído em diálogo com a realidade dos estudantes e com as demandas e os desafios do mundo contemporâneo. Dessa forma, permite que o estudante veja a sociedade onde vive com um olhar mais crítico e consiga mobilizar seus saberes para uma participação mais ativa e autônoma na construção de um mundo melhor e mais solidário. Nesse contexto, o “Aprendendo a viver na cidade”, projeto didático formulado pela BEĨ Educação, tem o objetivo de contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes e participativos na vivência em seu entorno. O material possui uma abordagem interdisciplinar e parte da premissa de que os jovens brasileiros devem ser incentivados a assumir o protagonismo e intervir socialmente na cidade onde vivem, de modo a se mobilizarem na busca por solução de problemas sociais urbanos.

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Projetos de empreendedorismo social conectam estudantes a desafios atuais

Por meio do conhecimento das potencialidades e demandas de seu entorno, escolas podem incentivar os alunos a se reconhecerem como agentes de transformação e buscarem soluções para os problemas da sociedade Na perspectiva de uma educação integral, que se volta cada vez mais para articular os conhecimentos a soluções de problemas da vida real, o empreendedorismo social ganha relevância no processo de ensino e aprendizagem. Ele diz respeito à capacidade dos estudantes de mobilizar conteúdos de diferentes áreas para empreender projetos de impacto social, que possam proporcionar o bem-estar coletivo e responder aos desafios complexos da nossa sociedade, como as desigualdades sociais e os problemas ambientais. Ao incentivar iniciativas nesse sentido, a escola também permite que os alunos desenvolvam competências que serão fundamentais ao longo de toda a vida — como capacidade de trabalhar em equipe, cooperação, criatividade e empatia. E, ainda, que eles reconheçam o seu potencial de transformação e o seu papel de cidadão. A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Novo Ensino Médio propõem o trabalho com essa temática e abordagem. Nos Itinerários Formativos do Ensino Médio, por exemplo, empreendedorismo é um dos quatro eixos estruturantes, ao lado de investigação científica, processos criativos e mediação e intervenção sociocultural. E ele se liga diretamente aos outros três pilares, uma vez que empreender pressupõe uma série de habilidades e atitudes necessárias para realizar uma pesquisa, criar um produto ou um serviço ou desenvolver um projeto de intervenção sociocultural. Na prática, os projetos de empreendedorismo social podem ser trabalhados não só dentro de um itinerário formativo, mas também em uma disciplina eletiva ou mesmo na formação geral básica. Em ciências da natureza, por exemplo, os alunos podem desenvolver um projeto de reciclagem na escola ou no bairro. Um aspecto fundamental para a implementação desses projetos é criar espaços de escuta e participação e ter o envolvimento e o engajamento de toda a comunidade escolar — estudantes, professores, funcionários e famílias. Também é importante o diálogo com moradores e organizações de bairro, que vão ajudar no reconhecimento das demandas e problemas locais. Em relação à dinâmica das aulas, como esses projetos envolvem o desenvolvimento de competências socioemocionais e uma postura de maior protagonismo dos alunos, as metodologias ativas — como a própria aprendizagem baseada em projetos — costumam ser muito utilizadas. Além disso, é importante lembrar que esse tipo de projeto também requer uma avaliação diferenciada, que considere não apenas o produto final, mas a trajetória percorrida pelos estudantes. Ao trabalhar com projetos de empreendedorismo social, a escola coloca o jovem como agente de transformação, alguém capaz de dialogar com a sua realidade e apresentar soluções para os impasses, contribuindo para uma educação mais significativa.

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Hábito de leitura: como e por que incentivar desde cedo?

Em meio às novas tecnologias e formas de entretenimento, os pequenos leem cada vez menos. No entanto, desenvolver esse hábito deveria ser prioridade Em todas as fases da vida, ter o hábito da leitura traz diversos benefícios. Na infância, o impacto dessa atividade é ainda maior.   Criatividade, facilidade de expressão e comunicação, habilidades linguísticas e memória são algumas das características exercitadas pelo contato com os livros. Por meio deles, as crianças se tornam também mais curiosas e dispostas a conhecer o mundo que as cerca.   O hábito da leitura traz esses e outros efeitos positivos. Por isso, é importante desenvolvê-lo desde cedo. Confira algumas dicas!  Quais os benefícios da leitura?  O ato de ler estimula o cérebro, mantendo-o ativo. Desta forma, a leitura contribui para o desenvolvimento de outras habilidades. Entre elas, podemos citar a organização das ideias, a melhoria da concentração e o exercício da memória.  Outro benefício da leitura é o fato de ela estimular a criatividade e o raciocínio crítico. Além disso, ela contribui para ampliar o vocabulário – e isso em qualquer fase da vida.   No longo prazo, muitos pequenos leitores demonstram maior desempenho no aprendizado e apropriação de atividades artísticas e cognitivas. Têm mais chances de se tornarem jovens com senso crítico e conhecimento sobre outras realidades. Por isso, a importância dos livros vai muito além do processo escolar, se estendendo ao longo de toda a vida.  Por outro lado, a criança que não exercita a leitura pode apresentar grande dificuldade em interpretar textos. Essa dificuldade pode se estender para a interpretação do mundo ao seu redor. Não é apenas uma questão de entendimento das palavras. O domínio da linguagem permite ao jovem compreender e organizar ideias complexas e associar conceitos e informações, além de ampliar sua visão sobre diversas situações do cotidiano.  Tecnologia e leitura: adversárias ou aliadas?  Nosso mundo tem cada vez menos leitores. Os calhamaços de papel juntam pó nas prateleiras enquanto muitos preferem se entreter apenas com meios tecnológicos. Esse é o principal obstáculo que os livros têm encontrado junto às novas gerações, acostumadas a receber informação em outros formatos e em ritmo mais veloz.  Os dispositivos tecnológicos estão, assim, dominando esse momento essencial, o da formação do hábito de ler. No entanto, as tecnologias podem ser aliadas no estímulo à leitura. Um exemplo é o uso dos leitores (e-reader) de livros digitais (e-books). O formato digital permite armazenar vários títulos dentro de um mesmo dispositivo. Além disso, o valor de um e-book é em geral mais baixo do que um livro tradicional. E ele ainda guarda facilidade e rapidez em sua aquisição: basta baixar o arquivo digitalmente.  Outra contribuição digital são os textos em plataformas como sites, blogs e aplicativos. Além de poderem contar com recursos de som e imagem, também costumam ser atrativos para as crianças e os jovens.  O digital pode democratizar e facilitar o acesso a livros e a plataformas de leitura, ao mesmo tempo. Além disso, outros tipos de conteúdo, que também têm seu valor, são disponibilizados constantemente em rede. A chave está em ensinar o jovem a equilibrar esses interesses e diversificar seus passatempos. Desta forma, é possível estimular a leitura de forma ampla, agregando conhecimento de diversas fontes e formatos. Dicas para incentivar o hábito da leitura nas crianças  Conte histórias  É importante, especialmente para os menores, gerar o interesse por histórias. Contar histórias e torná-las uma experiência completa, com espaço para brincadeiras e dramatizações, tem grande impacto.  Dê liberdade para a criança escolher o que quer ler   Após as primeiras experiências com livros, a criança deve se sentir livre para escolher o que quer ler. Deixe-a experimentar diferentes gêneros, temáticas e estilos. Outros formatos, como quadrinhos, por exemplo, também são bem-vindos.  Aproxime a leitura da escrita  A partir do momento que o jovem começar a produzir seus próprios textos, em qualquer formato, ele se sentirá mais próximo de tudo o que ler. Incentive a escrita livre e outros campos artísticos paralelos à leitura.  Relacione livros a outras mídias  Aqueles que demonstram menos interesse por leitura, mas gostam de filmes e séries, vão aproveitar uma leitura com aspectos multimidiáticos. Livros que inspiraram filmes e séries, ou vice-versa, podem ser a porta de entrada à leitura.  Leve a importância do livro para além das páginas  O ato de ler vai muito além de acompanhar a história que o livro contém. Ele dá ao leitor arcabouço para entender e apropriar-se de outros temas e questões de impacto social. É importante mostrar isso ao jovem, propondo conversas e debates sobre temas que tangenciem os livros que ele lê.   Essas são dicas para os pequenos serem incentivados à leitura. Neste texto, descubra como aprendem as gerações X, Y, Z e Alfa.

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6 lições que o Brasil precisa aprender sobre a educação do amanhã

Estímulo a habilidades socioemocionais, inovação e redução da desigualdade educacional. O que nos falta para ter um ensino de excelência? O mundo está se tornando um lugar cada vez mais complexo e cheio de incertezas. A experiência global com a pandemia da Covid-19 é um exemplo bastante concreto disso. A globalização, incluindo aspectos migratórios, os avanços tecnológicos e científicos, o aparecimento de novos vírus, dentre outros fatores, estão gerando oportunidades para o desenvolvimento humano, e, por outro lado, desafios sem precedentes. O progresso educacional está sendo mais valorizado porque há maior compreensão que só as escolas, especialmente as públicas, podem preparar, em escala, as crianças e os jovens para um futuro completamente imprevisível. Neste contexto, quais são as seis principais lições que o Brasil precisa aprender sobre a educação do amanhã? Veja a matéria completa no link (https://www.metropoles.com/conteudo-especial/6-licoes-que-o-brasil-precisa-aprender-sobre-a-educacao-do-amanha)

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Construir um projeto de vida auxilia o jovem a gerir sua própria trajetória

Escola e família devem ajudar o estudante a identificar suas forças, superar desafios, tomar decisões responsáveis e traçar planos para o presente e para o futuro Delinear um projeto de vida — o que os estudantes almejam, projetam e definem para si em relação ao futuro e ao mundo do trabalho — é uma forma de despertar os interesses e as potencialidades dos alunos, favorecendo o autoconhecimento, a autonomia e a tomada de decisões responsáveis. Para o jovem, projetar o seu futuro e atuar sobre ele representa uma possibilidade maior de efetivação de seus sonhos e uma forma de dar significado à sua vida e trajetória. A temática integra uma das competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e propõe que os estudantes façam uma reflexão sobre seus desejos e objetivos, mobilizem conhecimentos, estabeleçam metas e busquem com determinação e persistência seus projetos presentes e futuros. Assim como a BNCC estimula o protagonismo do aluno em relação à sua própria aprendizagem, ela incentiva essa mesma postura na construção do seu projeto de vida e na capacidade de gerir a sua existência. Ao se orientar para a elaboração do projeto de vida, a escola assume o compromisso com a formação integral dos estudantes. Isso significa promover seu desenvolvimento pessoal e social, por meio da construção e consolidação de competências e de valores, como liberdade, autonomia e consciência crítica, que incidirão sobre os processos de tomada de decisão ao longo da vida do aluno. Nesse processo, é fundamental valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e possibilitar que o jovem se aproprie de conhecimentos e experiências que permitam entender as relações próprias do mundo das profissões e do trabalho, conectando com conteúdos estudados — por exemplo, entendendo que a revolução tecnológica é responsável por grandes transformações no mundo do trabalho. Atividades práticas, como pesquisar as opções de cursos técnicos, profissionalizantes e de nível superior, trazer para o ambiente escolar profissionais de diferentes áreas para dialogarem com os alunos e visitar locais de trabalho, também podem ser propostas aos estudantes. Outro ponto importante é que o projeto de vida não é algo fechado ou acabado, mas que está sempre sujeito a revisões periódicas, incorporações de aprendizados e reelaborações. Ele deve conectar a história de cada pessoa, o contexto em que vive e suas expectativas futuras, mas ter flexibilidade para absorver os avanços, as descobertas, as mudanças de perspectivas e as escolhas que vão sendo feitas durante a formação acadêmica e também ao longo da vida profissional. Ao considerar esses aspectos, o jovem deve ser capaz, com a ajuda da escola e da família, de fazer escolhas alinhadas ao seu percurso e história de vida, que propiciem a definição de um projeto, tanto no que diz respeito ao estudo e ao trabalho, como no que se refere a um estilo de vida saudável, sustentável, ético e que propicie o exercício pleno da cidadania.

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Escolas fechadas podem representar retrocesso de até quatro anos na aprendizagem

Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) comparou aprendizado de ano típico com o tempo de interrupção das aulas em 2020 e eventuais conhecimentos do ensino remoto, observando maior prejuízo em matemática e português para alunos do Ensino Fundamental 2 Um estudo encomendado pela Fundação Lemann e produzido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra o impacto da suspensão de aulas na pandemia. De acordo com os resultados da pesquisa, o aprendizado não realizado no País em 2020, durante o período de escolas fechadas, pode ser superior à evolução de proficiência dos estudantes observada nos últimos quatro anos, tanto em matemática quanto em língua portuguesa. O estudo utilizou como base parâmetros do aprendizado em língua portuguesa e matemática medido pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) entre 2015 e 2019, e comparou cenários possíveis de alunos do Ensino Médio e Ensino Fundamental 2, do 5º ao 9º ano, durante o modelo de aulas virtuais, uma metodologia baseada em estudo do Banco Mundial. Veja a matéria completa no link (https://patosnoticias.com.br/escolas-fechadas-podem-representar-retrocesso-de-ate-quatro-anos-na-aprendizagem/).

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Como a arte pode ajudar os estudantes a lidarem com questões socioemocionais?

Ao constituírem formas de expressar e compartilhar sentimentos, ideias e desejos, as manifestações artísticas auxiliam a controlar as emoções e a ter mais motivação, resiliência e foco nos estudos As artes em geral, como a música, a pintura, a dança, a literatura e o cinema, são formas de o homem expressar seus sentimentos, visões do mundo, desejos e percepções interiores. Constituem manifestações intrinsecamente humanas, que dão sentido e significado à existência, capazes de unir as pessoas em torno das sensações, dos pensamentos e das emoções que despertam. Durante a pandemia, em que precisamos ficar isolados e sem contato social, assistir a lives e a filmes, ouvir músicas e ver exposições e apresentações virtuais foram maneiras de nos mantermos conectados com outras pessoas, ideias e emoções e lidarmos com o distanciamento, a tristeza e a ansiedade, trazendo um pouco de esperança para o dia a dia. Além de contemplar a arte, a prática de atividades artísticas também ajuda a lidar com as questões socioemocionais, trazendo benefícios diversos, inclusive para a vida escolar e acadêmica. As artes possibilitam mais empatia, abertura a novas experiências e controle emocional, favorecendo relações interpessoais mais saudáveis. Também auxiliam em momentos de relaxamento, que são importantes para conseguir manter o foco e a motivação nos estudos. Tocar um instrumento musical, por exemplo, exige concentração e disciplina. Nas artes plásticas, são acionadas, entre outras habilidades, a criatividade e a imaginação. Na dança ou teatro, a capacidade de trabalhar em grupo, a colaboração, a tolerância e a valorização das diferenças. Além disso, as atividades artísticas, de modo geral, reduzem o stress, melhoram o humor, promovem sensação de bem-estar, desenvolvem a sensibilidade e aumentam a autoestima e a resiliência. Todos esses são fatores fundamentais para o relacionamento com os professores e colegas e para um bom aproveitamento dos estudos.

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