Confira neste texto dicas de capacitação para aliviar os impactos sobre os educadores
O Novo Ensino Médio traz mudanças tanto para estudantes quanto para educadores. Embora esteja em discussão, é certo que ele vai alterar essa etapa da educação básica. E como os professores podem se preparar para o Novo Ensino Médio?
Entre os pilares fundamentais da nova resolução, podemos destacar dois. O primeiro é a preparação para o tempo integral. O segundo é a definição de uma nova organização disciplinar, mais flexível.
No modelo novo, os docentes são motivados a exercer suas práticas educacionais conforme todas as propostas exigidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e pelos itinerários formativos. Para isso, eles precisarão replanejar as aulas. Isso será necessário para atender o novo currículo integrado e as alterações que incluem as diferentes áreas do conhecimento.
Entenda mais sobre o novo modelo e como os educadores podem se preparar para ele.
O que é o Novo Ensino Médio
É o novo modelo que deve vigorar para essa etapa da Educação Básica. Ele está previsto pela lei nº 13.415/2017. De acordo com o Ministério da Educação, “essa mudança tem como objetivo garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros”. Atualmente, o modelo passa por discussão em todo o país.
O MEC diz ainda que essa nova estrutura deve “aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje, considerando as novas demandas e complexidades do mundo do trabalho e da vida em sociedade”.
Como professores podem se preparar para o Novo Ensino Médio
Para estarem prontos para o Novo Ensino Médio, os educadores precisarão mudar sua visão do ensino. Essa é a avaliação de Natália Alonso, gestora de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação.
“Os professores devem buscar uma visão ampla e disruptiva do ensino, mirando um trabalho integrado entre os componentes curriculares”, diz. Além disso, ela afirma que será necessário aproximar os projetos cada vez mais da realidade do estudante. Para Natália, essa atitude fará com que o ensino “se torne mais real, significativo e, acima de tudo, aplicável no dia a dia do estudante”.
Desta forma, avalia a gestora, “as competências de cada um passarão a ser desenvolvidas para além dos muros da escola”.
Para essa mudança, será necessário que as escolas providenciem formação e capacitação dos materiais e itinerários aplicados aos educadores.
Por sua vez, Natália levanta cinco dicas de capacitação para os educadores se alinharem às mudanças do Novo Ensino Médio. Confira a seguir!
Maior autonomia aos estudantes
O educador deixou de ser o detentor único do saber e passou a ser o mediador de sua turma. Com os itinerários e projetos, o estudante solidifica seu papel de protagonista. Por isso, o educador precisará trabalhar essa competência – o protagonismo – constantemente com seus alunos . Ela, inclusive, faz parte das competências gerais da BNCC, com equilíbrio e entendendo que autonomia envolve também maior responsabilidade. O professor deverá, portanto, introduzir esta prática mais independente de maneira gradativa, de forma a exercitar sua escuta ativa e respeitar a diversidade.
Colocar o conhecimento em prática
A atualização do educador não deve ser apenas teórica: os conceitos devem ser postos em prática. Nesse sentido, metodologias ativas podem e devem ser cada vez mais utilizadas. Elas proporcionam protagonismo, integração entre áreas de conhecimento e maneiras diversas de aprender.
Leitura constante
A leitura de autores consagrados e de novos autores são fatores essenciais para as novas práticas. Temas importantes a serem buscados nas obras são pilares de inovação, introdução do ensino híbrido e trabalho por projetos. É imprescindível que os educadores se atualizem sem deixar para trás o que já foi aprendido. Afinal, é frutífero alinhar diversas ferramentas para desenvolver o trabalho em sala de aula.
Trocas e mais trocas
As formações de educadores realizadas de maneira síncrona são muito importantes para trocas, insights e discussões. E elas podem acontecer tanto on-line quanto presencialmente. Quando colocam a “mão na massa” e exercitam os conceitos já aprendidos, eles podem vivenciar práticas para serem aplicadas também com os estudantes. E isso dá maior sentido à imersão.
Inovação digital
O uso de tecnologias, as chamadas TDICs (Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação), é um grande diferencial nesse processo. Isso deve ser feito na medida do possível, considerando também os recursos disponíveis na escola. As TDICs integram diversas esferas da realidade dos estudantes. Além disso, enriquecerem conteúdos e componentes, permitindo projetos que consolidem diversos conhecimentos.
Nesse sentido, as TDICs podem funcionar como formas diferentes de introduzir um mesmo conteúdo, abarcando as diferentes formas de aprender e proporcionando um aprendizado personalizado.
Para se aprofundar ainda mais, entenda, neste texto, o que é o ensino personalizado e quais são seus benefícios.