Empatia, capacidade de adaptação, resiliência e abertura ao novo, entre outras habilidades, são fundamentais para os professores estabelecerem relações saudáveis com os alunos e lidarem com as transformações no ambiente escolar de forma assertiva
A aprendizagem socioemocional refere-se ao processo de reconhecer e saber lidar com as emoções, favorecendo relações saudáveis, interações com respeito e empatia, a colaboração e a tomada de decisões responsáveis, entre outros aspectos. O trabalho com as competências socioemocionais no contexto escolar é um dos pilares para promover a educação integral — o desenvolvimento global do estudante em suas múltiplas dimensões — física, afetiva, cognitiva, socioemocional e ética.
Mas a importância das competências socioemocionais não se limita aos alunos. Elas são fundamentais para os professores lidarem com os estudantes com amabilidade e entusiasmo, aumentando o engajamento dos alunos nas aulas e atividades, e para trabalharem como foco e persistência, principalmente em um momento desafiador, como o da pandemia. Essas competências também os auxiliam a ter resiliência emocional, protagonismo na autogestão da carreira e abertura ao novo para se adaptar a diferentes cenários e melhorar a prática docente.
Como o processo de ensino e aprendizagem depende em grande parte da relação estabelecida entre professor e aluno, a empatia é uma habilidade-chave para o docente. Ela diz respeito a considerar a perspectiva da outra pessoa, levando em consideração suas necessidades e sentimentos para oferecer o apoio de que necessitam.
Em épocas de ensino remoto e de tantas mudanças causadas pela Covid-19, a capacidade de adaptação, de concentração nas tarefas que precisam ser cumpridas e de superação de obstáculos são outros grandes desafios enfrentados pelos docentes. O foco e a persistência ajudam a manter a atenção nos objetivos a serem alcançados e a seguir em frente.
Nesse contexto, destaca-se também a capacidade de tolerância ao estresse, fundamental para preservar a saúde física e mental, reorganizar rotinas e lidar com o excesso de atividades e tarefas que o ensino remoto nos trouxe. A resiliência emocional contribui ainda para regular a ansiedade e manter o equilíbrio e a autoconfiança diante das adversidades.
No cenário atual de transformações profundas na educação, com o avanço dos recursos tecnológicos e do ensino híbrido, que deve ser uma tendência nas escolas no pós-pandemia, os professores precisam estar preparados para esses novos desafios e para o acolhimento dos alunos na volta às aulas presenciais. As competências socioemocionais podem ser aliadas importantes também nesses momentos, possibilitando que os docentes atuem no ambiente escolar de forma mais assertiva e empática.