Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil? - BEĨ Educação
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Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?

PUBLICADO EM September 22, 2020

ATUALIZADO EM September 10, 2021

Last updated on September 10th, 2021 at 01:33 pm

Para uma formação integral e que diálogo com os desafios do país, é preciso que a aprendizagem seja diminuir e considerar o desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, empatia e responsabilidade social

Para que a educação consiga reduzir as desigualdades históricas do país, formar para a cidadania, fortalecer a democracia e dialogar com os desafios do mundo contemporâneo, um novo acordo é necessário e deve ser construído, em sinergia, por todos os agentes cumpridos no processo: gestores, educadores, alunos e famílias.

Foi isso que abordou o terceiro webinário, realizado em 16/9, de uma série de sete encontros que a BEI Educação está promovendo em parceria com o Itaú BBA. Gina Vieira, professora e autora do projeto Mulheres Inspiradoras; Mozart Ramos, membro do Conselho Nacional de Educação; e Marcelo Costa, secretário municipal de educação de Goiás, respondeu a questão “Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?”. Confira algumas das propostas.

Proporcionar aprendizagens informativas

O que garante a aprendizagem do estudante é ser sujeito ativo no processo de aprendizagem. A construção de saberes mais acontece quando o educador opta por metodologias horizontais e participativas, que propiciam vivências e experiências. Nesse contexto e para responder à geração atual, a escola precisa ser desafiadora, despertar a curiosidade e a postura investigativa das crianças e adolescentes e levar os alunos a aplicar os conhecimentos na prática. Também cabe à escola desenvolver plenamente o potencial dos estudantes e aprender, em conjunto com a família, a definir o seu projeto de vida, entendendo que cada pessoa é única e singular.

Despertar o senso de cidadania e a consciência social

O domínio dos conteúdos é fundamental, assim como construir uma nação que ensina bem e consegue apresentar resultados satisfatórios. Mas a escola também deve garantir as ferramentas para o desenvolvimento da cidadania. “Educação é muito mais do que ter acesso aos conteúdos, é a capacidade de aplicá-los no dia a dia e em favor da sociedade”, diz Marcelo Costa. “Educação é um instrumento para que a gente possa viver e conviver melhor e desenvolver habilidades como o respeito e a empatia”.

Questionar os modelos tradicionais

Uma educação preocupada com o fortalecimento da democracia e com a formação para a cidadania precisa trazer algumas questões cruciais para o debate e colocar determinadas estruturas em cheque. Gina Vieira diz que a escola, originalmente, foi pensada para produzir obediência, confinamento e padronização cultural, valendo-se de um currículo eurocêntrico e branco, que valoriza os saberes dos povos do norte e ignora os do sul. “Temos que ter coragem de nos admitir como escola colonial, autoritária e instrucionista que, durante muito tempo e ainda em grande medida, esteve a serviço de endossar as desigualdades sociais.” Ela reforça a necessidade de uma educação que reconheça a riqueza da diversidade, que fale de sustentabilidade e que questione o modelo de sociedade baseado na exploração indiscriminada dos recursos e das pessoas.

Cuidar da formação dos professores

Para que essas transformações sejam possíveis, é preciso mudar a prática educacional. “A universidade – que faz a formação inicial e boa parte da educação continuada dos docentes – precisa entender que é necessário formar outro professor, mais inspirador, inovador e criativo, para dar conta dessa nova escola e poder avançar. Isso significa que uma universidade vai precisar se integrar à educação básica e fazer convênios com redes de ensino para ajudar na formação dos professores futuros ”, pontua Mozart Ramos. Nesse sentido, Gina Vieira afirma que a educação é o nosso bem mais precioso, e os professores e como professoras são as lideranças mais importantes de um país. “São eles os responsáveis ​​pelo desenvolvimento integral e pleno das crianças e adolescentes por formar cidadãos mais conscientes.”

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