O tema direitos humanos faz parte do currículo da sua escola? Essa temática é um dos conteúdos que ajudam na formação cidadã do estudante.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), os direitos humanos regem o modo como as pessoas vivem em sociedade e entre si, bem como sua relação com o Estado e as obrigações que este tem em relação a elas.
O tema pode ser abordado de forma transversal ou direta. Há escolas que não o inserem de forma regular, mas o abordam quando há oportunidade. Qual é o caso da sua instituição?
Por que abordar a temática de direitos humanos na escola
Pensando no âmbito educacional, assuntos voltados aos direitos humanos são relevantes em diversas etapas. Eles, inclusive, marcam presença no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e nos vestibulares. “Esse tema costuma fazer parte de questões de Ciências Humanas e Linguagens”, afirma Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação. “Mas ele marca presença, sobretudo, nas redações”, diz ele.
Em 2021, o tema da redação do Enem foi “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. Três anos antes, os estudantes precisaram produzir um texto sobre os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil.
“Os direitos humanos são centrais em pelo menos duas das competências avaliadas na redação do Enem”, afirma Áquila. A primeira é a elaboração de proposta de intervenção para o tema. “ As propostas de redação citam expressamente a necessidade de respeito aos direitos humanos”, observa o gerente da BEĨ Educação. A segunda competência é a compreensão da proposta de redação, pois os temas das dissertações costumam estar diretamente ligados a essa questão. “Assim, um estudante que ignore o tema dificilmente conseguirá produzir um texto satisfatório para essa avaliação”, ressalta ele.
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Importância de levar a temática às escolas
O gerente da BEĨ Educação elenca mais motivos para que a escola fale de direitos humanos. “Em épocas de grande polarização, é central entender que todas as pessoas têm direitos, não apenas as que concordam ou que se parecem comigo”, explica. Ele enfatiza que, se queremos uma sociedade que respeite essa premissa, precisamos ensinar e discutir esse tema nas escolas. “Isso vai colaborar para a formação de cidadãos conscientes e comprometidos eticamente com a sociedade”, acrescenta.
Para Áquila, a temática pode começar a ser apresentada logo na Educação Infantil. “Focar na igualdade de direitos e oportunidades é fundamental para as crianças, desde pequenas”, diz. À medida que os estudantes crescem, prossegue ele, começam a ter um panorama um pouco mais claro do funcionamento da sociedade. “Ao longo dos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, podemos guiá-las em discussões mais específicas sobre a importância dos direitos humanos no dia a dia”, orienta.
Como fazer
O gerente da BEĨ Educação considera relevante criar espaços de debate tanto para os profissionais da escola quanto para os alunos. Mecanismos de participação também são bem-vindos nesse aspecto. Eventos como debates, congressos, mostras culturais, festivais e feiras também podem estimular a discussão e o engajamento.
Além disso, ele orienta que as escolas tenham atenção à qualidade dos materiais que apoiam a atividade pedagógica. “Materiais didáticos e paradidáticos pautam muito do que será ensinado e discutido em sala de aula”, afirma.
A coleção Cidadania no Dia a Dia, da BEĨ Educação, é um exemplo de material que aborda o tema. Ao longo de seus capítulos, assuntos relacionados aos direitos humanos são tratados de maneira contextualizada. Diversidade, cyberbullying, liberdade de expressão, cultura e educação são alguns deles.
E, já que falamos da importância de selecionar materiais didáticos de qualidade, veja neste texto a importância do livro didático na era digital.