Quando falamos de aprendizagem significativa, estamos falando em considerar os conhecimentos prévios dos estudantes e, a partir disso, dar um sentido ao objeto de conhecimento proposto pelo educador. Quando sugerimos o aprofundamento das habilidades desenvolvidas em aulas regulares, estamos propondo uma aprendizagem significativa por meio da prática do conhecimento adquirido. Neste sentido, é importante trazer aos estudantes uma oportunidade de interagir com o conhecimento, levando em conta seus interesses e estimulando que eles atuem na transformação de sua realidade.
Os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental já estão preparados para isso. É preciso incentivar a ideia de que eles são protagonistas do meio em que vivem e que o conhecimento apresentado na escola será muito útil nas diversas nuances de sua vida, seja na escolha de uma profissão, seja na convivência em sociedade. Dessa forma acreditamos ser importante trazer o aprofundamento curricular por meio do desenvolvimento de projetos, pois assim o estudante será capaz de perceber seu entorno e agir sobre ele, ancorado nas habilidades desenvolvidas nos diversos componentes curriculares.
Como a proposta de trabalhar por projetos se trata de utilizar as habilidades desenvolvidas em sala e colocá-las em prática, não há necessidade de aumentar a carga horária do componente curricular em questão.
Se queremos trazer um projeto de educação financeira para trabalhar com o conceito de empréstimo e amortização, por exemplo, vamos recrutar o conteúdo sobre porcentagem trabalhado nas aulas de matemática. Portanto, podemos encontrar uma forma mais prática de trazer o conteúdo trabalhado para a realidade dos estudantes.
Outro exemplo seria o trabalho com a interpretação de gráficos e tabelas, quando fazemos uma pesquisa de contexto da comunidade local e temos de apresentar os resultados de forma quantitativa. Nesse caso, ainda podemos propor a interdisciplinaridade com a geografia, por se tratar do estudo da comunidade local.
A interdisciplinaridade não é algo obrigatório no desenvolvimento de projetos, porém é importante trazer para os estudantes a ideia de que no nosso dia a dia os componentes curriculares estão conectados e não há como separá-los quando analisamos as diversas situações que vivemos continuamente.
A BEĨ Educação oferece três propostas de aprofundamento por meio de projetos: educação financeira, cidades e arte e cultura indígenas. Cada um deles traz a sugestão do trabalho por projetos ancorado nas habilidades desenvolvidas nos diversos componentes curriculares: matemática, arte, história e geografia.
Esses projetos pretendem colocar em prática os conceitos trabalhados em sala de aula, bem como dar ao estudante a possibilidade de agir sobre sua realidade e, dessa forma, trazer mais sentido à aprendizagem.
As coleções Aprendendo a Lidar com Dinheiro e Aprendendo a Viver na Cidade estão disponíveis do 6º ano até o 9º ano do Ensino Fundamental. Em breve, haverá o lançamento do material de arte e cultura indígenas para essas etapas.
O objetivo da BEĨ Educação com o desenvolvimento dos temas propostos é fazer com que o estudante se torne protagonista de sua realidade a partir da tomada de consciência de seu contexto e da atuação sobre ele por meio da interação com o conhecimento adquirido a respeito dos diversos componentes curriculares.
Débora Hack é gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação.
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