De conteudista a mediador, formação continuada para educadores pede atenção das escolas para o sucesso do modelo de ensino que entra em vigor a partir de 2022.
A quarta revolução industrial está em curso e impactou o sistema educacional brasileiro. Para atender as demandas do século XXI, com um perfil de estudante protagonista e uma aprendizagem ativa, educadores terão de assumir um outro jeito de atuar. Com a chegada do novo Ensino Médio no próximo ano letivo, a formação continuada de educadores das redes pública e privada tornou-se uma agenda prioritária e desafiadora.
“O educador não é mais o transmissor de conteúdos e o centro da sala de aula. Na nova proposta, ele passa a ser um mediador e facilitador dentro da trilha de aprendizagem, ampliando as perspectivas do conhecimento. É necessário compreender a complexidade deste papel
e contemplá-la, em profundidade, na formação de educadores do ensino público e privado”, afirma o presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP), Bruno Eizerik, em seminário realizado pela BEĨ Educação sobre o novo Ensino Médio.
Recentemente, o Ministério da Educação (MEC) lançou o Programa LABCRIE (Laboratório de Criatividade e Inovação para a Educação Básica) – espaço voltado à formação continuada de educadores e gestores da rede pública de ensino, com metodologias alinhadas ao conceito de aprendizagem ativa – e diz aguardar a adesão dos Estados.
O secretário da Educação Básica do Ministério da Educação, Mauro Luiz Rabelo, também presente no seminário da BEĨ Educação, comentou que na plataforma AVAMEC estão disponíveis cursos de formação para todos os professores do Novo Ensino Médio, em cinco áreas de conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e Mundo do Trabalho.
Formação continuada
“O importante neste momento disruptivo é manter o foco na formação continuada dos educadores que terão uma grande mudança na maneira de trabalhar os componentes curriculares. Vale lembrar que é um currículo por competências e habilidades, inovador, mais alinhado com o desenho do PISA, o que requer um outro olhar”, ressalta a presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro.
“É um período de experimentação, implementação e de muitas definições”, conclui o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Getúlio Marques.
Confira o Seminário ´Compreendendo o Novo Ensino Médio’, promovido pela BEĨ Educação na
íntegra: acesse aqui