Diversos tipos de projetos e atividades práticas na escola podem levar os estudantes a refletirem de forma mais autêntica e desenvolverem a criatividade
A criatividade não é um talento com o qual a pessoa nasce ou não, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada com treino e dedicação. Ela não é útil apenas em termos artísticos ou para permitir a criação de ideias mirabolantes, mas é uma característica fundamental no mercado de trabalho e para lidar com os desafios ao longo da vida, ajudando os seres humanos a se adaptarem a diferentes realidades e contextos. Por isso, é importante que a escola dê ferramentas para que os estudantes consigam desenvolvê-la desde cedo.
Em primeiro lugar, é importante entender que despertar a criatividade de cada aluno inclui entender suas particularidades e permitir que ele participe ativamente do processo de aprendizagem, explorando seu potencial e criando um ambiente que dê a ele protagonismo e autonomia.
Nesse contexto, o professor atua como um mediador, que transmite conhecimento levando em conta a bagagem dos estudantes. Ou seja, existe uma troca intensa nesse processo, no qual tanto o docente quanto o aluno ensinam e aprendem coisas novas. Outras dicas importantes envolvem respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, encorajá-los aos riscos, permitir que os jovens ajudem os colegas e motivá-los, criando um ambiente de confiança e propício ao aprendizado mútuo.
Incentivar o pensamento crítico, explorar a ludicidade nas aulas, promover experiências mais práticas, sair do ambiente da sala de aula, relacionar os conteúdos ensinados com o cotidiano dos jovens e uma simples mudança na disposição das carteiras enfileiradas também são atitudes que já podem fazer toda a diferença para eles se sentirem motivados a pensar “fora da caixa”.
Todo esse processo envolve erros, acertos, mudanças e tentativas de ambas as partes para funcionar bem. E como o foco é o protagonismo do estudante, abrir um espaço para sugestões no plano de aula e criar tarefas que desenvolvam o autoconhecimento também são caminhos estratégicos.
Com uma aprendizagem criativa bem-feita e direcionada, fica mais fácil engajar os alunos com o conteúdo da aula, explorar a resolução de problemas e construir conhecimento de forma ativa. A tendência é que a curiosidade dos estudantes só aumente e a inventividade se torne cada vez mais natural.