BEĨ Educação

5 prioridades da educação brasileira

Investir na formação de professores, melhorar a gestão e buscar qualidade e equidade são alguns dos grandes desafios do ensino no país

No first de uma série de sete webinários sobre educação que a BEI Educação está realizando em parceria com o Itaú BBA, o tema discutido foi “Educação no Brasil ontem e hoje”. Os participantes – Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco; Claudia Costin, fundadora e diretora do Centro de Excelência e

Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV CEIPE); e Ademir Xavier, diretor do Itaú BBA e responsável pela área de educação – traçaram um panorama histórico dos principais problemas da área e os impactos que eles causam até hoje ao país. Os especialistas também falaram dos avanços conseguidos nas últimas décadas e os desafios que temos pela frente. Para enfrentá-los, alguns pontos são prioritários. Confira alguns deles:

Formação de professores

Um dos fatores que mais incide sobre a aprendizagem dos estudantes é a qualidade do professor. A profissão é uma das mais complexas e importantes para uma sociedade, e o docente precisa ser preparado para os seus desafios profissionais. Além de valorizar e melhorar a atratividade da carreira docente, é preciso oferecer uma formação de excelência, que vá além da teoria, incorporar uma prática e continuar ao longo da carreira.

Condições para a aprendizagem

As escolas devem contar com estrutura física mínima e recursos pedagógicos adequados em termos de currículos, materiais didáticos e sistemas de avaliação de modo a garantir que todos aprendam. Para preparar os alunos para o mundo do trabalho e para darem conta dos desafios do século XXI também são importantes propostas que consideram a aprendizagem por projetos, a solução de problemas, as metodologias ativas, o desenvolvimento de competências e competências diversas e o uso das novas tecnologias .

Gestão

É fundamental que as secretarias estaduais e municipais estejam dedicadas a mobilizar seus recursos, inclusive os orçamentários e financeiros, a serviço de uma educação de qualidade. No Brasil, há casos de estados e municípios, ainda que em cenários de dificuldades, que mostram que a boa gestão traz ótimos resultados. Mas é preciso ampliar essas experiências e ganhar velocidade.

Investimentos públicos

Uma boa gestão não significa, no entanto, a possibilidade de abrir mão de recursos, pois as duas coisas são necessárias. Na história brasileira, a porcentagem dedicada do PIB à educação sempre foi muito baixa — de 1930 a 1970, era cerca de 1% a 3%, enquanto nos Estados Unidos já estava na faixa dos 4% a 4,5%. É preciso superar essa dívida histórica.

Qualidade e equidade

Aumentar a qualidade da gestão para que as crianças que estão na escola permaneçam, como que estão para retornem e todas aprendam os conteúdos dos currículos e as dimensões socioemocionais relacionadas à sociedade do conhecimento XXI é urgente. “O que precisamos hoje é gestão de alta qualidade e investimentos associados para dar conta de produzir uma agenda de excelência com equidade – altas expectativas para todos os estudantes. Para que isso aconteça é preciso que a educação se torne prioridade para todos ”, sintetiza Ricardo Henriques, do Instituto Unibanco.