Como estimular o protagonismo dos jovens
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Estudar as cidades ajuda a estimular protagonismo e autonomia dos jovens

PUBLICADO EM October 30, 2023

ATUALIZADO EM October 30, 2023

Relacionar o cotidiano dos estudantes com os conteúdos curriculares pode desenvolver o raciocínio crítico e estimular a busca por soluções em temas de seu dia a dia 

Como estimular o protagonismo dos jovens e desenvolver uma atitude mais cidadã e participativa no meio em que vivem? Em um mundo cada vez mais urbanizado, o estudo das cidades pode ser uma das respostas a essa pergunta. 

A população que mora em centros urbanos cresce de maneira constante. De acordo com o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% da população do país vive em concentrações urbanas, representando um acréscimo de mais de 9 milhões de pessoas habitando essas áreas entre 2010 e 2022. Essa urbanização crescente traz questões importantes para o debate na sociedade, do qual os jovens também precisam fazer parte.  

É possível, no estudo de cidades, abordar conteúdos de história, geografia, meio ambiente, sociologia e linguagens. Essa interdisciplinaridade possibilita uma análise contextualizada dos temas, levando ao aprimoramento do raciocínio crítico. 

Protagonismo dos jovens e estudo da cidade 

Mas como o estudo da cidade pode colaborar no desenvolvimento do protagonismo do jovem? A resposta passa pelo desenvolvimento de raciocínio crítico sobre o meio em que vivem os estudantes.

Para Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação, os jovens devem ser estimulados a refletir sobre o seu papel como cidadão na sociedade. “Os jovens devem ser incentivados a buscar melhorias nos espaços urbanos onde vivem”, diz ele. “Afinal, muitas vezes é essa parcela da população que mais sofre com os problemas da cidade”, prossegue. Um dado da Rede Nossa São Paulo, exemplifica isso: quase 2/3 dos paulistanos gastam até 2 horas se deslocando pela cidade diariamente. E essa parcela chega a 71% quando se considera os mais jovens. 

Diante desses dados, Nogueira avalia que as escolas possuem um papel fundamental no desenvolvimento de uma atitude protagonista nos estudantes.  Assim, é importante trabalhar questões como desigualdade social, poluição, trânsito e outros assuntos relacionados à urbanização. Ao desenvolver pensamento crítico sobre tais temas, os jovens podem se tornar cidadãos conscientes e engajados a respeito dos espaços onde vivem. 

Ao se deparar com uma praça poluída, por exemplo, um estudante protagonista não apenas se incomoda, mas intervém de forma ativa. Isso pode ser feito de diversas maneiras.

Uma delas seria dar visibilidade ao problema em suas redes sociais. De um jeito mais ativo, o jovem pode procurar os responsáveis no poder público para cobrá-los de uma solução. Outra forma seria organizar um mutirão de limpeza com amigos e moradores da região. E, até mesmo, elaborando campanha de conscientização sobre o assunto, capaz de mobilizar mais pessoas. “Um jovem protagonista é aquele que, em vez de esperar que alguém tome uma atitude para resolver determinado problema, assume a responsabilidade”, define Nogueira.  

Papel da escola na formação cidadã 

Para que os jovens tenham acesso a uma formação cidadã e desenvolvam o protagonismo, as escolas desempenham um papel fundamental. “As escolas podem promover discussões sobre temas atuais em áreas como Linguagens e Ciências Humanas, além de práticas pedagógicas mais participativas e colaborativas”, diz Nogueira. “Assim, os estudantes vão se tornando mais responsáveis pela sua aprendizagem e adquirem maior autonomia”, acrescenta.  

Como exemplos de atividades participativas, Nogueira cita os grêmios escolares e as eleições de representantes de turma. Outras oportunidades para os estudantes criarem e apresentarem suas descobertas são feiras de ciências, feiras do livro, mostras culturais e festivais de música e teatro.  

No entanto, ele avalia que esse estudo não deve se restringir ao espaço da sala de aula. Para o gerente da BEĨ Educação, é preciso convidar o estudante a vivenciar a cidade. “Saídas pedagógicas em locais do bairro onde haja separação inadequada de resíduos, por exemplo, podem sensibilizar a turma sobre essa temática específica”, exemplifica. Na ocasião, o educador pode atuar como mediador, incentivando que os estudantes façam fotografias e filmagens do local, que servirão como material para uma exposição multimídia na escola. “Dessa forma, toda a comunidade escolar pode pensar em possíveis soluções para o problema.”  

Material estruturado para o estudo de cidades 

Materiais didáticos de qualidade também são uma ferramenta de formação cidadã. Com o intuito de discutir com os jovens sua participação em um mundo cada vez mais urbanizado, a BEĨ Educação desenvolveu a coleção Aprendendo a viver na cidade.  

O projeto propõe discussões sobre o espaço urbano, a mobilidade, a evolução das cidades e outras experiências da vida urbana.  

Com isso, objetivo é que as atividades levem o jovem a assumir responsabilidades, dando ferramentas para que ele crie, coletivamente, alternativas transformadoras para o ambiente em que vive.  O material adota a metodologia de ensino orientada para projetos. 

Para entender melhor essa temática, descubra neste texto como a cidade pode ser uma grande sala de aula

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