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metodologias ativas

Entenda o que é a aprendizagem baseada em projetos

Confira ainda dicas de como aplicar essa metodologia ativa de ensino nas escolas   Como engajar os estudantes e tornar sua aprendizagem mais significativa e conectada com seu dia a dia? Esse desafio tem movido educadores a buscarem novas metodologias de ensino. Uma delas é a aprendizagem baseada em projetos. Essa metodologia ativa envolve pesquisa, trabalho em grupo e atividades práticas, que trazem significado real para os conteúdos ensinados.  Descubra neste texto de forma mais detalhada o que é a aprendizagem baseada em projetos, qual sua importância e conheça estratégias para implantá-la.   O que é aprendizagem baseada em projetos  “A aprendizagem baseada em projetos é um modelo de ensino que consiste em permitir que os estudantes confrontem as questões e os problemas da vida real que consideram significativos, determinando como abordá-los e, então, agindo de forma cooperativa em busca de soluções.”   Essa definição é dada pelo educador norte-americano William Bender no livro “Aprendizagem baseada em projetos: Educação diferenciada para o século XXI”. Para ele, essa metodologia “é uma das mais eficazes formas disponíveis de envolver os alunos com o conteúdo de aprendizagem”.  No modelo tradicional de ensino, o estudante é um espectador. Ele apenas recebe os conhecimentos passados pelo educador.   Já nas metodologias ativas, o estudante passa a ser protagonista na construção de seu conhecimento. O educador tem o papel de mediador do processo, e não de transmissor de informações.  E esse protagonismo é uma das características da aprendizagem baseada em projetos. Por meio dessa metodologia, os estudantes se envolvem com tarefas e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que tenha ligação com sua vida fora da sala de aula.  Para isso, eles lidam com questões interdisciplinares, agem sozinhos e em equipe. Com os projetos, são trabalhadas também as habilidades de pensamento crítico e criativo.  Em seu livro, Bender explica que a aprendizagem baseada em projetos não é nova. Ela surgiu nas primeiras décadas do século XX. No entanto, foi aplicada então apenas no ensino de medicina. O autor defende que, hoje em dia, a metodologia é “um caminho para o ensino diferenciado, altamente recomendável para as salas de aula do século XXI”.   Leia também: Por que é importante promover a aprendizagem significativa  Como a aprendizagem baseada em projetos contribui com o desenvolvimento do estudante   Na avaliação de Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação, a aprendizagem baseada em projetos apresenta uma série de benefícios para o desenvolvimento do estudante.  Entre elas, ele destaca: a autonomia, o trabalho em grupo, a pesquisa e várias habilidades socioemocionais.  “Mas eu creio que o ponto central dessa contribuição seja justamente que o estudante assume o protagonismo do processo”, afirma o gerente. “Ele escolhe tema. Ele pesquisa. Ele define critérios de avaliação e avalia a qualidade do que produz.”  Para Nogueira, “quando o estudante deixa de ser um receptor passivo de informações e assume as rédeas de sua aprendizagem, entra num caminho que será central para seu desenvolvimento ao longo de toda sua vida”.   O especialista da BEĨ Educação afirma que essa contribuição se dará em todos os aspectos, começando pela vida profissional, “que é sempre muito valorizada”. Mas ele cita outros pontos que podem ser favorecidos com a experiência: “Escolhas sociais, políticas, familiares, enfim todo o caminho que essa pessoa irá trilhar ao longo da vida”.  Como aplicar a aprendizagem baseada em projetos  Em seu livro, o educador William Bender traz orientações sobre como aplicar a metodologia da aprendizagem baseada em projetos. Uma das ferramentas indicadas pelo autor é a aprendizagem cooperativa.   Como ela tem sido utilizada em salas de aula nas últimas décadas, Bender avalia que os educadores devam estar mais familiarizados com essa ferramenta do que “com muitas alternativas tecnológicas mais novas”.  Outras estratégias mencionadas pelo educador são: brainstorming, agrupar os alunos para o ensino, táticas de investigação dirigidas pelos estudantes e táticas de ensino dirigidas pelos educadores.  A BEĨ Educação adota metodologias ativas de ensino em seus materiais. A aprendizagem baseada em projetos é uma delas. Os educadores das escolas que usam as coleções da empresa recebem orientação sobre como empregar a metodologia.  Áquila Nogueira destaca que toda a bagagem e história de vida dos educadores é levada em conta nessa formação. “Nossa ideia não é, de maneira nenhuma, ensiná-los a dar aulas, até porque isso já faz parte de sua rotina”, ressalta.  Por outro lado, o gerente explica que, no geral, esses educadores têm menos intimidade com a aprendizagem baseada em projetos. “Além disso, mesmo quando já trabalharam projetos com os estudantes, em geral não tinham uma estrutura organizada previamente que pudesse guiá-los”, diz.  Assim, Nogueira afirma que a formação é centrada no Ciclo de Projetos. “Ele é uma forma prática de organizar o desenvolvimento dos projetos, com etapas específicas para os educadores e para os estudantes.”    De acordo com o executivo da BEĨ Educação, essa dinâmica costuma tranquilizar os educadores, ao mesmo tempo em que os motiva.   “Além disso, como nossa formação é continuada, acompanhamos o processo, escutando os educadores e tendo acesso a seus registros, podendo apoiá-los ao longo do desenvolvimento das ações, e isso torna o processo muito mais próximo e personalizado”, diz.   As etapas para elaboração do projeto coletivo   O Projeto Coletivo adotado pela BEĨ Educação passa por seis etapas. São elas:  1 – Definição  O educador define os conteúdos que quer desenvolver e os estudantes definem o tema do projeto que vão construir.  2 – Diagnóstico   O educador conhece o perfil da turma e seus conhecimentos prévios e os estudantes conhecem mais de perto a situação em que querem intervir com seu projeto.  3 – Elaboração da proposta  O educador define seu Planejamento Didático Ativo, organizando as aulas, objetivos de aprendizagem e avaliação, enquanto os estudantes criam seu Plano de Ação para estruturar as ações do Projeto.  4 – Implementação   Tanto o educador quanto os estudantes colocam seus planos em ação, sendo essa a etapa que dura mais tempo, em geral.  5 – Avaliação de resultado   O educador propõe avaliações para a turma, priorizando autoavaliação, rubricas e outras ferramentas

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Entenda a importância de adotar as metodologias ativas

Técnicas colocam o estudante como protagonista de sua aprendizagem. Conheça alguns exemplos A metodologia de ensino é um elemento crucial no processo pedagógico. Isso porque ela direciona o planejamento, as estratégias e as atividades educativas. Durante décadas, a aula expositiva foi a principal ferramenta adotada. Mas a evolução da pedagogia trouxe novas possibilidades de trabalho no ambiente escolar. Entre elas, estão as metodologias ativas.  Ao serem adotadas pelos docentes, essas metodologias podem proporcionar um maior engajamento dos estudantes. Além disso, elas levam a uma aprendizagem com significado.  Neste texto, vamos falar sobre essas metodologias, a importância de sua adoção e seus principais tipos.  O que são as metodologias ativas   As metodologias ativas são técnicas pedagógicas que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem. Ele assume o papel de protagonista na construção de seu conhecimento.    Com a adoção dessas metodologias, o educador passa a ser o mediador do processo, não o fornecedor de informações.   Como sujeito da sua aprendizagem, o estudante deve pensar, criar, estabelecer relações, construir e argumentar. Dessa forma, além do conhecimento cognitivo, são desenvolvidas outras habilidades e competências socioemocionais. Entre elas, podemos mencionar a empatia, a colaboração, a criatividade, a comunicação e o pensamento crítico.  Elas se contrapõem ao modelo convencional de aprendizado, no qual o estudante tem uma postura passiva, em que apenas recebe conhecimentos transmitidos pelo educador. Esse modelo tradicional é mais conteudista, focado em fornecimento de informações, muitas vezes sem mostrar aplicações práticas do que está sendo ensinado.  Essas metodologias podem ser adotadas com as tradicionais?  Sim: é possível mesclar metodologias tradicionais e ativas no processo de aprendizagem.  Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, enfatiza que as escolas, em sua maioria, não aderiram em sua totalidade às metodologias ativas. Dessa forma, segue a gestora, elas ainda aplicam os principais temas em uma perspectiva conteudista.    “O ensino tradicional tem uma sequência didática diferente de um estudo de caso, por exemplo”, afirma Natália.   No entanto, a gestora alerta que a disrupção deve ser trabalhada com cuidado. “Aqueles que estão habituados com o ‘passo a passo’ do ensino tradicional podem não conseguir fazer a imersão completa em um aprendizado autônomo do qual são protagonistas”, afirma.    “O professor pode introduzir algumas práticas ao longo das aulas, como, por exemplo, rotação por estações e uso de diferentes tecnologias”, diz Natália. Além disso, ela cita a possibilidade de personalizar o ensino com diversas possibilidades de apresentar um mesmo tema.  Alguns exemplos de metodologias ativas   Entre as principais metodologias ativas estão a aprendizagem baseada em problemas, a aprendizagem baseada em projetos, o estudo de caso, o uso da abordagem do design thinking na construção de projetos, a sala de aula invertida e a instrução entre pares. Em comum, elas propõem a aprendizagem significativa e a conexão da escola com a vida.  Natália Alonso explicou em mais detalhes aquelas que avalia como mais expressivos e que são os mais usados. Confira abaixo.  1. Sala de aula invertida  Ao adotar essa técnica, o educador adianta aos estudantes quais temas deve abordar nas próximas aulas e pede que façam pesquisas em casa. Dessa maneira, quando o conteúdo for abordado, a turma já terá conhecimentos prévios.  “De maneira mais reducionista, ela é vista como assistir vídeos antes e realizar atividades presenciais depois”, diz Natália. Mas ela destaca que a inversão tem um alcance maior quando é combinada com algumas dimensões da personalização ou individualização, como a autonomia e a flexibilidade.    Assim, a gestora afirma que se trata de uma estratégia ativa e um modelo híbrido, que otimiza o tempo da aprendizagem e do educador. “O conhecimento básico fica a cargo do aluno, com a curadoria do professor, e os estágios mais avançados têm interferência do professor e também um forte componente grupal”, destaca.  2. Aprendizagem baseada em projetos  A gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação explica que essa é uma metodologia em que os alunos se envolvem com tarefas e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que tenha ligação com sua vida fora da sala de aula.   No processo, eles lidam com questões interdisciplinares, tomam decisões e agem sozinhos e em equipe. Por meio dos projetos, são trabalhadas também as habilidades de pensamento crítico e criativo, afirma.  3. Aprendizagem baseada em investigação e problemas   Por meio dessa técnica, explica Natália, os estudantes desenvolvem a habilidade de levantar questões e problemas e procuram, individualmente e em grupo, interpretações coerentes e soluções possíveis.   O processo todo conta com a orientação dos educadores. E, para buscar interpretações e soluções, os estudantes usam métodos indutivos e dedutivos.  Os educadores precisam de formação para usar metodologias ativas?   Na avaliação de Natália Alonso, “a capacitação dos professores é essencial no processo de virada de chave para as metodologias ativas”.  Ela explica que a maioria dos docentes aprendeu por meio do ensino tradicional. Além disso, boa parte dos atuais docentes teve muita dificuldade em entender qual é a melhor maneira para os estudantes aprenderem.  “É essencial, portanto, que os professores possam não somente realizar trocas em momentos síncronos, mas também conhecer novas ferramentas, digitais e analógicas, para que possam replicá-las com seus alunos”, avalia Natália.  Além disso, essa capacitação contribui para que as metodologias ativas deixem de ser um tabu. Também faz com que não sejam vistas como “práticas muito disruptivas, elitistas ou que exijam recursos em demasia”.   A partir de tal capacitação, os educadores podem compreender que as metodologias ativas são acessíveis a todos, de acordo com o diagnóstico de cada turma.  Qual a importância de adotar metodologias ativas   As metodologias ativas são uma importante ferramenta para proporcionar um aprendizado significativo para o estudante. Com elas, ele se torna protagonista do seu próprio aprendizado.   “O professor passa a ser mediador desse processo, fornecendo ferramentas, de modo a tornar o ensino personalizado, alcançando as diferentes formas de aprender do aluno”, afirma Natália.  Já o estudante consegue enxergar sentido nas atividades escolares e conectar conceito e prática à sua própria realidade. Isso acontece, por exemplo, quando, ao contextualizar o tema de um projeto, consegue

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criatividade

Como incentivar a criatividade dos estudantes na escola?

Diversos tipos de projetos e atividades práticas na escola podem levar os estudantes a refletirem de forma mais autêntica e desenvolverem a criatividade A criatividade não é um talento com o qual a pessoa nasce ou não, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida e aprimorada com treino e dedicação. Ela não é útil apenas em termos artísticos ou para permitir a criação de ideias mirabolantes, mas é uma característica fundamental no mercado de trabalho e para lidar com os desafios ao longo da vida, ajudando os seres humanos a se adaptarem a diferentes realidades e contextos. Por isso, é importante que a escola dê ferramentas para que os estudantes consigam desenvolvê-la desde cedo. Em primeiro lugar, é importante entender que despertar a criatividade de cada aluno inclui entender suas particularidades e permitir que ele participe ativamente do processo de aprendizagem, explorando seu potencial e criando um ambiente que dê a ele protagonismo e autonomia. Nesse contexto, o professor atua como um mediador, que transmite conhecimento levando em conta a bagagem dos estudantes. Ou seja, existe uma troca intensa nesse processo, no qual tanto o docente quanto o aluno ensinam e aprendem coisas novas. Outras dicas importantes envolvem respeitar o ritmo de aprendizagem de cada um, encorajá-los aos riscos, permitir que os jovens ajudem os colegas e motivá-los, criando um ambiente de confiança e propício ao aprendizado mútuo. Incentivar o pensamento crítico, explorar a ludicidade nas aulas, promover experiências mais práticas, sair do ambiente da sala de aula, relacionar os conteúdos ensinados com o cotidiano dos jovens e uma simples mudança na disposição das carteiras enfileiradas também são atitudes que já podem fazer toda a diferença para eles se sentirem motivados a pensar “fora da caixa”. Todo esse processo envolve erros, acertos, mudanças e tentativas de ambas as partes para funcionar bem. E como o foco é o protagonismo do estudante, abrir um espaço para sugestões no plano de aula e criar tarefas que desenvolvam o autoconhecimento também são caminhos estratégicos. Com uma aprendizagem criativa bem-feita e direcionada, fica mais fácil engajar os alunos com o conteúdo da aula, explorar a resolução de problemas e construir conhecimento de forma ativa. A tendência é que a curiosidade dos estudantes só aumente e a inventividade se torne cada vez mais natural.

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Projetos de empreendedorismo social conectam estudantes a desafios atuais

Por meio do conhecimento das potencialidades e demandas de seu entorno, escolas podem incentivar os alunos a se reconhecerem como agentes de transformação e buscarem soluções para os problemas da sociedade Na perspectiva de uma educação integral, que se volta cada vez mais para articular os conhecimentos a soluções de problemas da vida real, o empreendedorismo social ganha relevância no processo de ensino e aprendizagem. Ele diz respeito à capacidade dos estudantes de mobilizar conteúdos de diferentes áreas para empreender projetos de impacto social, que possam proporcionar o bem-estar coletivo e responder aos desafios complexos da nossa sociedade, como as desigualdades sociais e os problemas ambientais. Ao incentivar iniciativas nesse sentido, a escola também permite que os alunos desenvolvam competências que serão fundamentais ao longo de toda a vida — como capacidade de trabalhar em equipe, cooperação, criatividade e empatia. E, ainda, que eles reconheçam o seu potencial de transformação e o seu papel de cidadão. A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Novo Ensino Médio propõem o trabalho com essa temática e abordagem. Nos Itinerários Formativos do Ensino Médio, por exemplo, empreendedorismo é um dos quatro eixos estruturantes, ao lado de investigação científica, processos criativos e mediação e intervenção sociocultural. E ele se liga diretamente aos outros três pilares, uma vez que empreender pressupõe uma série de habilidades e atitudes necessárias para realizar uma pesquisa, criar um produto ou um serviço ou desenvolver um projeto de intervenção sociocultural. Na prática, os projetos de empreendedorismo social podem ser trabalhados não só dentro de um itinerário formativo, mas também em uma disciplina eletiva ou mesmo na formação geral básica. Em ciências da natureza, por exemplo, os alunos podem desenvolver um projeto de reciclagem na escola ou no bairro. Um aspecto fundamental para a implementação desses projetos é criar espaços de escuta e participação e ter o envolvimento e o engajamento de toda a comunidade escolar — estudantes, professores, funcionários e famílias. Também é importante o diálogo com moradores e organizações de bairro, que vão ajudar no reconhecimento das demandas e problemas locais. Em relação à dinâmica das aulas, como esses projetos envolvem o desenvolvimento de competências socioemocionais e uma postura de maior protagonismo dos alunos, as metodologias ativas — como a própria aprendizagem baseada em projetos — costumam ser muito utilizadas. Além disso, é importante lembrar que esse tipo de projeto também requer uma avaliação diferenciada, que considere não apenas o produto final, mas a trajetória percorrida pelos estudantes. Ao trabalhar com projetos de empreendedorismo social, a escola coloca o jovem como agente de transformação, alguém capaz de dialogar com a sua realidade e apresentar soluções para os impasses, contribuindo para uma educação mais significativa.

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Ensino híbrido pode favorecer a aprendizagem e o protagonismo dos estudantes

A combinação entre o que é visto em sala de aula presencial e as atividades produzidas no modo virtual permite maior personalização e engajamento dos alunos A adoção do ensino remoto por conta da pandemia da Covid-19 trouxe muitos desafios para a educação, mas também propiciou grandes reflexões e aprendizados. Um dos legados que deve permanecer é a adoção do ensino híbrido ou blended learning, que combina diferentes práticas pedagógicas, como atividades presenciais e a distância. Em geral, nesse modelo de ensino, a interação física entre alunos e professores acontece na sala de aula. São valorizadas as relações interpessoais, com todos compartilhando o mesmo espaço escolar, em projetos que envolvem a turma inteira ou a divisão dos estudantes em grupos. Em outros momentos, cada aluno estuda sozinho, em casa ou em outro ambiente, a partir da orientação dos professores e por meio de equipamentos como celulares, tablets, notebooks e computadores. Além de aulas síncronas (ao vivo) e assíncronas (gravadas), os estudantes podem realizar outras atividades, como pesquisas em sites específicos, leitura de textos, exercícios e acompanhamento de podcasts. O processo de ensino e aprendizagem realizado com o auxílio de recursos tecnológicos pode propiciar um maior engajamento dos nativos digitais. Ele também estimula o uso de metodologias ativas, como a sala de aula invertida, em que os alunos vão para a aula já com os conceitos estudados, sobrando mais tempo para discussões e atividades interativas. Favorece, ainda, o protagonismo dos alunos, que têm controle sobre onde, como e o quê vão estudar, e a personalização da aprendizagem, que pode ocorrer segundo as características, preferências e ritmo de cada estudante. Mas para que tudo isso aconteça de forma efetiva é necessário capacitar os professores para que tenham domínio das ferramentas digitais, conheçam seus recursos e possam usá-las da melhor forma de acordo com seus objetivos pedagógicos. Aos professores também cabe integrar essas possibilidades ao seu planejamento e definir as atividades que serão feitas nos meios presencial e virtual, de forma a potencializar as vantagens de cada formato. Além da mediação da aprendizagem, os docentes também devem agir como mentores e orientar os estudantes em relação a determinados aspectos, como critérios éticos na utilização de conteúdos da internet e o cuidado com as fake news na realização de pesquisas. Outro ponto importante, principalmente no contexto das escolas públicas, é saber de antemão se os alunos dispõem de equipamentos e acesso adequado à internet, de modo a garantir a equidade. Combinar diferentes modos e plataformas de ensino representa uma mudança de paradigma que, se bem trabalhada, pode ajudar na aprendizagem dos estudantes, tornando-a mais instigante, criativa e significativa.

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