Qual o impacto do coronavírus na dinâmica das cidades? - BEĨ Educação
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Qual o impacto do coronavírus na dinâmica das cidades?

PUBLICADO EM April 1, 2020

ATUALIZADO EM September 10, 2021

Last updated on September 10th, 2021 at 01:36 pm

Especialista comenta os efeitos da pandemia na vida urbana do Brasil e do mundo

A recomendação das autoridades de diversos países é a mesma: isolamento. O aumento dos casos do novo coronavírus (Covid-19) alterou a vida de milhões de pessoas que precisaram adaptar a rotina, o trabalho, o lazer e a forma de se comunicarem. 

De acordo com o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas, em 2018, 55% da população mundial – ou 4,2 bilhões de pessoas – viviam em centro urbanos. E com a pandemia, as cidades, cada vez mais estruturadas para acolher a maior quantidade possível de pessoas, ficaram vazias.

“É na cidade onde as pessoas realizam, por excelência, as trocas. O isolamento é algo completamente atípico, que deve ocorrer apenas em situações específicas, como na atual pandemia ou em guerras”, afirma Evandro César dos Santos, mestre em educação e coordenador da implantação do programa de cidades da BEĨ Educação no Colégio do Carmo.

Segundo o especialista, o vírus está causando um impacto nunca antes visto nas cidades brasileiras, já que o país jamais tinha restringido o acesso ao espaço público – do comércio a áreas destinadas ao lazer. “Em um momento como este, notamos a dinâmica da vida urbana. Levamos nossa rotina de trabalho ou estudos automaticamente e não percebemos a falta que itens básicos do direito à cidade nos fazem”, diz. 

Ele também ressalta que o isolamento tem um impacto no bem-estar das pessoas, principalmente das mais pobres, já que o receio de perder o emprego gera preocupação e agrava quadros de estresse e ansiedade. Por isso, quanto mais cedo todos se conscientizarem, ficando em casa e assim reduzindo a transmissão do vírus, mais rápido as pessoas poderão recuperar seus hábitos. “Durante grandes catástrofes, as pessoas tendem a refletir mais sobre seu papel no coletivo. Afinal, a cidadania se faz na cidade, e em uma cidade onde todos tenham empatia pela situação do outro.”

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