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Imagem com fundo amarelo mostra um celular em pé com chapéu de formando com ícones ao seu redor

As vantagens do Google Sala de Aula na formação de educadores

Ferramenta é usada pela BEĨ Educação nas formações de professores que vão aplicar seus projetos. Recursos mais recentes já são adotados pela equipe A ferramenta Google Sala de Aula tem sido cada vez mais usada por educadores para facilitar atividades em suas turmas, promovendo maior interação com os estudantes. O uso intensificado tem sido, inclusive, objeto de avaliações e estudos acadêmicos sobre sua efetividade.  Da mesma forma, o Google Sala de Aula pode ser usado de maneira eficaz para a formação de educadores, como acontece BEĨ Educação.   Conheça um pouco mais sobre essa ferramenta neste artigo.    O que é o Google Sala de Aula    O Google Sala de Aula é uma ferramenta on-line que ajuda o planejamento e a realização de aulas virtuais. Além disso, é um espaço de interação entre educadores e estudantes que possibilita a divulgação de avisos e materiais complementares, bem como a entrega de trabalhos.  É importante destacar que o Google Sala de Aula permite o uso de todos os aplicativos da empresa em sua plataforma. O próprio Google destaca entre as possibilidades de uso, estas, abaixo, apenas para citar funcionalidades para os professores:   iniciar uma videochamada;  criar e gerenciar turmas, atividades e notas on-line sem usar papel;  adicionar materiais às atividades, como vídeos do YouTube, uma pesquisa em um arquivo do Formulários Google e outros itens do Google Drive;  dar feedback direto em tempo real;    gerenciar turmas, atividades e notas on-line sem usar papel.  usar o mural da turma para postar avisos e incentivar a participação dos alunos com discussões baseadas em perguntas.  A ferramenta foi lançada pelo Google em 2014 e desde então começou a ser amplamente adotada.  Todavia, a aplicação ganhou mais destaque em 2020, por causa da paralisação das atividades escolares presenciais devido à pandemia de covid-19. Nessa ocasião, a migração para atividades on-line foi maciça, bem como a adoção dessa ferramenta por diversas escolas.     Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa  Vantagens da ferramenta na formação de educadores  Na BEĨ Educação, o Google Sala de Aula é utilizado nas formações de educadores que irão adotar nossos materiais.   De acordo com Hélio Sales Jr., da área de Tecnologia da BEĨ Educação, foram as vantagens de usar o Google Sala de Aula nas formações que levaram à escolha da ferramenta.  Ele explica que o time pedagógico organiza, em turmas, os professores que participarão da formação. Ao entrar numa turma, esse professor consegue ver comunicados mais recentes e acessar os links do Google Meet para os encontros síncronos. Além disso, a ferramenta permite encontrar todo o material necessário: livros, sites, formulários etc.    “O Google Sala de Aula é a ferramenta que otimiza nossa comunicação e nos ajuda a organizar o diálogo com os educadores, que é sempre muito rico”, afirma Sales Jr., que também é especialista em Google.    “Desde ações mais simples, como divulgação de horários e materiais, até feedbacks e avaliações sobre ideias discutidas em nossas interações, usamos o Sala de Aula para potencializar o alcance de nosso conteúdo”, diz ele.  Leia também: A importância e os desafios do coordenador pedagógico  Capacitação para usar o Google Sala de Aula  Para os colaboradores da BEĨ Educação que precisam usar a ferramenta com mais frequência, Sales Jr. conta que a companhia oferece os cursos de Certificação de Educador Google.   “Esses cursos dão toda base para que nossos profissionais dominem não só o Google Sala de Aula mas também os aplicativos muito usados em conjunto com ele, como o Apresentações, Meet e Docs, por exemplo”, afirma o especialista.   “Além dos cursos mantemos uma rotina periódica de atualizações em que apresentamos todas as funcionalidades que usamos no Google Sala de Aula de maneira muito simples”, conta ele. “A partir de turmas ‘modelo’, adicionamos nossos colaboradores como professores e simulamos o processo de criação, customização e utilização da plataforma, criando avisos, materiais e interações juntos”, diz Sales Jr.   Novos recursos já usados pela BEĨ Educação   A Google lançou algumas novidades para a ferramenta em 2022 que já são usadas pela equipe da BEĨ Educação, segundo o especialista.   Entre elas, está a possibilidade de programar atividades em várias turmas ao mesmo tempo. Além dessa, outra funcionalidade já utilizada pela equipe é ativar os relatórios de originalidade para trabalhos. Essa ferramenta confere se o texto é original comparando o trabalho com textos da internet.  “Acredito que o maior segredo do Google Sala de Aula é entender como usar as possibilidades a seu favor”, diz Sales Jr. “A ferramenta funciona de uma maneira intuitiva e consegue integrar todas as mídias necessárias para uma boa experiência de aprendizagem. Portanto, o foco no conteúdo de qualidade e em profissionais preparados para criar experiências engajadoras é o que faz a aprendizagem realmente acontecer”, finaliza.  A formação continuada dos educadores é uma necessidade que se acentua com a evolução das tecnologias e dos currículos. Neste outro artigo, mostramos como as escolas podem incentivar essa formação continuada.  #beieducação #educação #GoogleSaladeAula #formaçãocontinuada #tecnologiaeeducação #formação #educadores 

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Arte e cultura indígena brasileira ganham evidência

Exposições no Brasil e no exterior mostram reconhecimento da arte dos povos originários. Mês de agosto marca celebração e luta dos povos indígenas   A arte e cultura indígena brasileira estão ganhando evidência. Essa boa notícia dá alento para encerrar este mês de agosto, em que é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas.   Atualmente, há ao menos três exposições de arte indígena brasileira em cartaz, duas no Brasil e uma na França. Além disso, peças de arte indígena passaram a integrar acervos de museus brasileiros e até de alguns estrangeiros.   Reportagem do site Neofeed deu destaque a esse movimento. O texto informa que instituições de prestígio, como o Centro Georges Pompidou e a Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, ambos na França, adquiriram peças de arte indígena brasileira para integrarem seus acervos. Na avaliação do site, esse fato é um “termômetro do reconhecimento que a arte indígena brasileira começa a ter no mundo”.   Identidade indígena na formação cultural do Brasil   De fato, esse cenário de visibilidade da arte e cultura indígena pode ajudar em um resgate da identidade indígena na formação cultural do Brasil.   “Todos descendem dessa construção histórica, não só no sentido biológico, mas também em tudo o que existe no Brasil: culinária, língua e cultura de um modo geral”, afirma Cristine Takuá, autora do material didático da BEĨ Educação sobre cultura indígena.   Para Cristine, que é filósofa e integra o povo Maxakali, o Dia Internacional dos Povos Indígenas representa a riqueza e a ancestralidade da cultura brasileira como um todo.   “O Dia Internacional dos Povos Indígenas firmou o marco de resistência e luta dos povos indígenas em nome de diversas culturas, identidades e línguas, que, inclusive, fazem parte da construção de todos os países”, explica ela.   Atualmente, mais de 300 etnias indígenas vivem no país. Além disso, mais de 180 línguas são faladas até hoje. Com isso, as culturas dos povos originários se mantêm vivas e enraizadas no Brasil, apesar de inúmeros movimentos diretos e indiretos de invisibilização.     Exposições de arte indígena brasileira no Brasil e no exterior   Atualmente, há pelo menos duas exposições de arte indígena no país e mais uma com obras da mesma temática em Lille, na França.    Uma delas está na Casa de Cultura do Parque, em São Paulo: Mahku – Cantos de Imagem. Ele traz obras do coletivo Mahku – Movimento dos Artistas Huni Kuin, povo indígena de cerca de 14 mil pessoas que vive no estado do Acre e no Peru. O grupo é composto de cinco artistas.   Obras desse coletivo integram ainda os acervos do Masp (Museu de Arte de São Paulo), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do MAR (Museu de Arte do Rio) e da Fundação Cartier, em Paris.    No Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, está em cartaz a exposição Bancos Indígenas do Brasil. Com curadoria de Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, a mostra reúne mais de 200 bancos pertencentes à Coleção BEĨ, provenientes de 40 etnias da Amazônia.    De acordo com os curadores da mostra, a Coleção BEĨ nasceu de um deslumbramento estético com a inequívoca beleza de formas, cores, grafismos e texturas dos bancos indígenas brasileiros. “Sua trajetória parte do encantamento para a compreensão mais profunda de seus significados”, afirma Marisa Moreira Salles.   Outras exposições da Coleção BEĨ estão previstas para este segundo semestre, no Rio de Janeiro, em Cuiabá (MT) e em Araxá (MG).   Outra mostra, esta virtual, reúne vídeos, fotografias, desenhos e músicas de 23 artistas indígenas de diferentes regiões e etnias, do Brasil e do exterior. A Presente Ancestral Indígena está em cartaz na quinta edição da The Wrong Biennale – um dos mais importantes eventos de arte digital do mundo.   A exposição tem curadoria da artista visual e compositora Tassia Mila, que é indígena pataxó-kiriri, de Jequié (BA). Gratuita, ela está disponível neste link.    Mostra com peças indígenas brasileiras em Lille (França)   Além disso, o festival Utopia Lille 3.000 abre espaço para artistas indígenas da América do Sul.    Em entrevista ao site RFI, o diretor artístico do evento, Didier Fusillier, avalia que a exposição é uma oportunidade para o público ver trabalhos que não são comuns nas instituições e museus tradicionais.    “Há trabalhos de comunidades Ianomâmi brasileiras e venezuelanas, há uma grande cena artística da América do Sul”, disse ele ao site. “Temos o Jaider Esbell, que encontramos aqui e na exposição Les Vivants, da Fundação Cartier”, completou ele na reportagem.     Arte e cultura indígena na escola   Cristine Takuá defende a importância do trabalho com o tema nas escolas de forma concreta e institucionalizada. Desde 2008, a Lei n° 11.645 torna obrigatório o ensino da cultura, das histórias e dos saberes indígenas na formação básica.    No entanto, para a filósofa e educadora, “é importante repensar o ambiente escolar e o seu papel dentro da sociedade, considerando uma mudança de currículo para abordar e respeitar essa pluralidade cultural do nosso país de forma consistente e prática”.   Em entrevista à Rádio CBN Amazônia, ela disse: “Eu tenho uma militância muito grande de conversar, de dialogar para a gente mudar o currículo das escolas do Brasil todo, não só das escolas indígenas”.   A jornalista Angela Pappiani, diretora do Ikore – Instituto de Tradições Indígenas – Núcleo de Cultura Indígena –, considera que a arte e as diversas formas de expressão podem ser um caminho de aproximação entre as culturas, pois são capazes de conectar pessoas e povos diferentes.    “Se essa oportunidade de contato com a arte indígena acontece durante a vida escolar de uma criança, a chance de ela se tornar um adulto mais aberto às belezas e às diversidades do mundo, mais conectado com a natureza e com a criatividade, é muito maior”, disse ela neste artigo do Blog da BEĨ Educação.    #beieducação #educação #arteeculturaindígena #povosoriginários #diainternacionaldospovosindígenas #indígenas   

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Dados representando grupos de 3 pessoas cada dispostos em forma de círculo ao redor de um dado representando uma pessoa

A importância e os desafios do coordenador pedagógico

O coordenador pedagógico é o maestro da escola e articulador dos integrantes da comunidade escolar. E ele enfrenta muitos desafios.   Em 22 de agosto celebra-se no país o Dia do Coordenador Pedagógico. Essa função é relativamente recente: foi instituída na década de 1970.    Em 1996, com a promulgação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica), o papel desse profissional ganhou outra dimensão. Em lugar de fiscalizar o trabalho dos docentes, o que o tornava mais um supervisor, ele passou a ter o papel de construir em conjunto com eles o projeto pedagógico da escola e implementá-lo.   No entanto, em muitos locais ainda vemos coordenadores desempenhando várias atividades, mas bastante diferentes daquela que deveria ser a sua atuação fundamental.   Confira neste artigo quais as funções do coordenador pedagógico e os desafios que se colocam a esse profissional.   Quais as atribuições e funções do coordenador pedagógico    Como dissemos, a figura do coordenador pedagógico no Brasil tem cerca de 50 anos. Ao longo desse tempo, suas atribuições foram modificadas.   A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) descreve a função de coordenador pedagógico e suas atribuições.   Segundo o texto da CBO, os coordenadores pedagógicos são aqueles que “implementam, avaliam, coordenam e planejam o desenvolvimento de projetos pedagógicos/ instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a distância”.   Além disso, a definição oficial ainda descreve que esses profissionais “participam da elaboração, implementação e coordenação de projetos de recuperação de aprendizagem, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem”.   De acordo com o texto, eles “atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os níveis de ensino para atender as necessidades dos alunos, acompanhando e avaliando os processos educacionais”.    Outra atribuição dos coordenadores pedagógicos é viabilizar “o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas”.    Qual é a importância do coordenador pedagógico?  O coordenador pedagógico é o maestro da orquestra chamada escola: ele é o responsável por promover a formação dos educadores, o articulador dos diferentes integrantes da comunidade (docentes, estudantes, família, direção) e o agente transformador do ambiente escolar.    É ele o representante da missão e dos objetivos da escola. Além de ajudar a formular o Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, ele participa de sua implementação e zela por seu cumprimento.  E também é responsável por suas revisões.   Esse profissional precisa ainda buscar constante formação e atualização, pesquisando e permanecendo atento a novas teorias e práticas pedagógicas e trazendo tais novidades para a escola. E é ele quem faz a transposição da teoria para a prática escolar, de maneira a tornar mais efetivo o processo de aprendizagem.    Em um artigo para a revista Educação Pública, o especialista em gestão escolar Francisco Lindoval de Oliveira explica que é o coordenador pedagógico quem deve “coordenar e supervisionar todas as atividades relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem junto ao corpo docente, visando sempre à permanência do aluno no ambiente escolar”.   Os desafios do coordenador pedagógico    A Revista Educação elaborou uma reportagem em que ouviu diversos especialistas para saber quais os principais desafios do coordenador pedagógico. Em síntese, os entrevistados focaram em quatro pontos principais:   Estimular e promover a formação continuada própria e dos docentes   Estabelecer a relação com as famílias   Promover a avaliação externa  Lidar com a direção.   Entremeando esses desafios, a reportagem apontou o desvio de função como um dos problemas enfrentados por eles. A demanda para que exerçam outras atividades fora do que seria o escopo “ideal” toma um tempo que acaba não sendo empregado nessas funções-fim.   Essa realidade foi também constatada em uma pesquisa conduzida pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita em 2011, com coordenadores pedagógicos em 13 capitais brasileiras. Alguns exemplos de atividades exercidas pelos entrevistados foram:   – 50% atendem a ligações de pais, da Secretaria de Educação e de pessoas da comunidade todos os dias.  – 72% fazem, também diariamente, o acompanhamento da entrada e de saída dos alunos.  – 55% conferem a organização das salas.  – 62% respondem a solicitações do sistema de ensino todo dia ou mais de uma vez por semana.  – 19% substituem os professores que faltam.   Em outro item da pesquisa, a dedicação a tais atividades mostra seu preço: 26% dos entrevistados admitiram ser insuficiente o tempo dedicado ao projeto político-pedagógico (PPP).   Desafios pós-pandemia para o coordenador pedagógico    Além dos desafios usuais, a pandemia de covid-19 trouxe novos obstáculos aos coordenadores pedagógicos. Escolas fechadas por meses e falta de acesso ao conteúdo por parte dos estudantes que não tinham computador ou internet, além de dificuldades de ordem socioemocional, formaram esse novo “cardápio\” de obstáculos a superar.   A coordenadora pedagógica Denise de Araújo Rizzi, que atua em uma escola em São Paulo, contou ao blog da BEĨ Educação que seu maior desafio atual é “reincorporar a comunidade escolar à rotina escolar”.  Para ela, o período do retorno à normalidade “tem sido uma adaptação para todos, tanto docentes como alunos”.    Em seu depoimento, a coordenadora menciona tanto aspectos de deficiência de aprendizado como socioemocionais.   “A intolerância e a falta de compreensão das regras de convívio, assim como a recuperação das aprendizagens, representam os maiores desafios para nossa rotina”, afirmou ela. Mas, após um semestre de aulas regulares, ela diz que é possível notar “uma leve melhora nesse processo de incorporação à rotina”.   “Porém o desafio da recuperação das aprendizagens persiste e sempre persistirá, já que a importância do conhecimento e do poder da informação deve ser transmitida a essas crianças e jovens como uma grande libertação social”, finalizou a coordenadora.   Uma estratégia adotada para enfrentar esse problema na escola em que Denise atua foi separar as turmas dos terceiros anos do Ensino Fundamental de acordo com a dificuldade de aprendizagem, oferecendo aulas extra duas vezes por semana. Desta forma, conta a coordenadora, “elas conseguem intensificar o processo de alfabetização com aqueles que têm urgência com essa demanda, enquanto a outra docente pode avançar nos conteúdos com os demais”.   Os aspectos

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Aprendizagem Significativa

Por que é importante promover a aprendizagem significativa

Entenda o conceito de aprendizagem significativa e confira dicas de como aplicá-la Um dos maiores desafios para os educadores é conseguir proporcionar ao estudante uma aprendizagem efetiva de novos conteúdos. Esse desafio tem sido objeto de estudos que buscam novas metodologias e conceitos. Um deles é a aprendizagem significativa.  Esse conceito, proposto em 1963, tem sido muito aplicado em escolas pelo país. E, inclusive, consta nas discussões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Entenda neste texto o que é a aprendizagem significativa, por que ela é importante e veja ainda algumas formas de como aplicá-la.  O que é aprendizagem significativa?  A Teoria da Aprendizagem Significativa foi proposta pelo psicólogo da educação David Ausubel (1918-2008) em 1963, na obra The Psychology of Meaningful Verbal Learning.   De maneira geral, a obra propõe que, para que o estudante aprenda, é preciso que o novo conhecimento faça sentido, tenha significado para ele. E, para que isso aconteça, essa nova informação deve ser ensinada em relação com conceitos que o estudante já conhece.  Dessa forma, a aprendizagem significativa se caracteriza pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos.   Essa interação é não literal e não arbitrária. Em um artigo sobre o tema, Marco Antonio Moreira, do Instituto de Física da UFRGS, explica os dois termos.   Segundo ele, não literal – ou substantiva – significa que a interação não se dá “ao pé da letra”. É o próprio indivíduo quem atribui significado àquele conceito quando o relaciona com algo que lhe faça sentido.   Moreira explica ainda que não arbitrária quer dizer que “a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende”.  As dimensões do engajamento  Para compreender melhor como se concretiza essa aprendizagem, é importante conhecer as três dimensões do engajamento:   Dimensão comportamental: quando os estudantes tomam a iniciativa durante uma atividade e demonstram capacidade de observar e respeitar regras estabelecidas pelo educador.   Dimensão emocional: quando os estudantes se identificam com colegas que apresentam os mesmos interesses, valores e emoções.   Dimensão cognitiva: quando os estudantes investem tempo e esforço para realizar as atividades usando diferentes estratégias, pesquisando e compreendendo novos conhecimentos; é quando ocorre a aprendizagem.   Por que é importante promover a aprendizagem significativa? Na avaliação de Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, a importância de promover a aprendizagem significativa se dá exatamente pelo fato de ela ser caracterizada pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos.   “Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior estabilidade cognitiva”, afirma.  Débora destaca que a aprendizagem significativa é duradoura, enquanto a memorização é efêmera. Sobre esta última, ela exemplifica: “assim que utilizamos o que memorizamos em uma prova, por exemplo, fatalmente esqueceremos”.    Como aplicar a aprendizagem significativa   De acordo com David Ausubel, há duas condições para que a aprendizagem significativa ocorra:   – o conteúdo a ser ensinado deve ser potencialmente revelador;   – o estudante precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consistente e não arbitrária.   “O novo conhecimento deve se conectar de forma substantiva com os conhecimentos prévios do aprendente”, afirma Débora Hack, da BEĨ Educação.   Na visão da especialista, “ensinar sem levar em conta o que o estudante já sabe é um esforço em vão, pois este novo conhecimento não tem onde se ancorar”.   Ela explica que, na prática, as condições para que ocorra a aprendizagem significativa são a adoção de materiais e estratégias potencialmente criativas, por parte do educador, e a predisposição para aprender, por parte do estudante.   Nesse sentido, Débora explica que todos os materiais de Educação Financeira e Cidades da BEĨ Educação trazem a sugestão da aprendizagem por projetos.   “Nossa proposta é que já no início da elaboração do projeto coletivo o educador realize um diagnóstico com os estudantes para coletar seus interesses e conhecimentos prévios sobre os temas que serão trabalhados nesses materiais”, diz a gerente.   Segundo ela, esse diagnóstico será “o ponto de partida para que o educador problematize certos assuntos propostos no material”. Assim, ele poderá provocar os estudantes a “pensar sobre eles, fazendo com que conectem esses assuntos a sua realidade”.   “Dessa forma ele poderá promover a aprendizagem significativa, conectando o que os estudantes já sabem, e seus interesses, ao novo conhecimento”, explica Débora.   Dicas para implementação  Nos livros das coleções da BEI Educação, os educadores encontram dicas de como implementar uma aprendizagem significativa para os estudantes.   Veja algumas delas:  Pesquise sobre estilos de aprendizagem. Preste atenção no que cada estudante gosta de fazer ou no que ele considera fazer melhor. Com base no diagnóstico e na observação em sala de aula, o educador deve encontrar diferentes estilos de aprendizagem em sua turma. É importante que o educador ofereça tipos variados de atividade para atender a estilos distintos de aprendizagem.   Valorize as manifestações dos estudantes quanto aos temas apresentados em sala de aula. Isso dá pistas para o planejamento de atividades.   Consulte os estudantes: de que maneira eles gostariam de “apresentar” os resultados do trabalho e para quem?   Pesquise sobre gerações. Os estudantes são da geração Z. Isso também pode dar muitas pistas ao educador.   Promova ações de cunho investigativo, que mantenham os estudantes motivados. Jovens adoram desafios.  Outra forma de promover a aprendizagem significativa é adotar metodologias ativas. Conheça neste texto do blog algumas dessas metodologias.  #beieducação #aprendizagemsignificativa #educação #BNCC 

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Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa

Gestora da BEĨ Educação fala sobre a importância da formação digital de educadores   A adoção mais efetiva de tecnologias digitais em atividades de ensino e aprendizagem depende de maior formação dos educadores e de maior conectividade das escolas. Essa constatação está na Pesquisa TIC Educação 2021, feita com educadores de todo o país.   A pesquisa é conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Em 2021, ela foi realizada apenas com professores. A coleta de dados foi realizada por telefone, entre outubro de 2021 e abril de 2022, com perguntas referentes a 2021, o segundo ano da pandemia.    De acordo com o levantamento, 91% dos entrevistados disseram que a escola em que atuam ofereceu aulas e atividades na modalidade híbrida, com estratégias educacionais tanto remotas quanto presenciais. Outros 39% afirmaram que a escola onde lecionam ofereceu aulas totalmente remotas.     Essa alta porcentagem de atividades a distância mostra como as tecnologias digitais assumiram papel-chave na educação básica no período. Mas a adoção de tais ferramentas não foi simples.   “A gente pôde verificar isso logo no primeiro ano da pandemia”, disse Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, em entrevista à TV Educadora. “Muitos professores tinham dificuldades quando a gente realizava formação. Eles tinham dificuldade até para acessar o [Google] Meet ou a ferramenta de interação”, disse ela.   Outro ponto que Natália observou é que as dificuldades independem da rede em que os docentes atuam. “As dificuldades dos professores são as mesmas, sendo professores de rede pública ou privada. A dificuldade inicial com tecnologia a gente encontra em todos os tipos de professores, em todos os lugares”, afirmou.   Dificuldades físicas para adoção das tecnologias    Realizada desde 2010, a pesquisa TIC Educação tem o objetivo de investigar o acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares brasileiras de Educação Básica. Também visa apurar seu uso e apropriação por estudantes e educadores. Até porque, se bem aplicados, os recursos tecnológicos podem ser aliados dos docentes.   A edição 2021 do levantamento mostrou ainda que há dificuldades físicas para que as TICs sejam adotadas de maneira mais intensiva nas atividades escolares.   A baixa velocidade de conexão à internet das escolas, por exemplo, é um fator que “dificulta muito” para 69% dos docentes entrevistados e “um pouco” para 22%. Apenas 6% disseram que essa condição “não dificulta nada” e 2% que na escola em que lecionam isso não acontece.   Outra condição avaliada no levantamento é o número de computadores por aluno. O fato de ele ser insuficiente nas escolas em que atuam dificulta muito o uso de tecnologias para 76% dos docentes entrevistados e um pouco para 14%. Na outra ponta, esse é um fator que “não dificulta nada” para 7% e que não acontece na escola em que atuam para 3% dos educadores que responderam à pesquisa.   Confira alguns dados no infográfico abaixo. Formação de educadores    Na pesquisa, foi questionado qual o nível de conhecimento dos educadores quanto ao uso de tecnologias digitais em atividades de ensino e aprendizagem. A maior parte, 59%, declarou que ele é “intermediário”. Outros 28% disseram ter conhecimento “básico”. Por fim, 13% afirmaram que têm conhecimento “avançado”.   Embora uma grande fatia, 45%, tenha dito que cursou na faculdade alguma disciplina sobre o uso de computador e internet em atividades de ensino e aprendizagem, um percentual maior de entrevistados, 52%, afirmou que não o fez.   Na divulgação do levantamento, Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br, disse: “Os dados revelam proporção alta em realização de atividades com o apoio das tecnologias digitais”. “Em contrapartida”, continuou ele, “os docentes entendem que é necessário aprimorar a conectividade nas escolas e ampliar as estratégias de formação, para que possam adotar efetivamente ferramentas tecnológicas nos processos de ensino e de aprendizagem”.   Na entrevista à TV Educadora, Natália Alonso destacou a importância de manter uma formação continuada dos docentes. “As ferramentas se atualizam, os materiais se atualizam, e é muito importante que a gente continue, que não seja algo pontual apenas por causa da pandemia”, afirmou.   Ela explicou que a BEĨ Educação oferece não apenas os materiais didáticos como também a formação dos educadores. “Além de levar o conteúdo do material, oferecemos um portfólio com diversas ferramentas para os educadores aplicarem junto aos alunos e adaptar, personalizar, de acordo com a turma”, finalizou.   E é importante para o educador entender como fazer bom uso dos recursos digitais. Neste outro texto, explicamos como eles podem aumentar o engajamento dos estudantes. Confira!   #beieducação #ticeducação2021 #formaçãocontinuada  #tecnologianaeducação #educação 

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Entenda a importância de adotar as metodologias ativas

Técnicas colocam o estudante como protagonista de sua aprendizagem. Conheça alguns exemplos A metodologia de ensino é um elemento crucial no processo pedagógico. Isso porque ela direciona o planejamento, as estratégias e as atividades educativas. Durante décadas, a aula expositiva foi a principal ferramenta adotada. Mas a evolução da pedagogia trouxe novas possibilidades de trabalho no ambiente escolar. Entre elas, estão as metodologias ativas.  Ao serem adotadas pelos docentes, essas metodologias podem proporcionar um maior engajamento dos estudantes. Além disso, elas levam a uma aprendizagem com significado.  Neste texto, vamos falar sobre essas metodologias, a importância de sua adoção e seus principais tipos.  O que são as metodologias ativas   As metodologias ativas são técnicas pedagógicas que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem. Ele assume o papel de protagonista na construção de seu conhecimento.    Com a adoção dessas metodologias, o educador passa a ser o mediador do processo, não o fornecedor de informações.   Como sujeito da sua aprendizagem, o estudante deve pensar, criar, estabelecer relações, construir e argumentar. Dessa forma, além do conhecimento cognitivo, são desenvolvidas outras habilidades e competências socioemocionais. Entre elas, podemos mencionar a empatia, a colaboração, a criatividade, a comunicação e o pensamento crítico.  Elas se contrapõem ao modelo convencional de aprendizado, no qual o estudante tem uma postura passiva, em que apenas recebe conhecimentos transmitidos pelo educador. Esse modelo tradicional é mais conteudista, focado em fornecimento de informações, muitas vezes sem mostrar aplicações práticas do que está sendo ensinado.  Essas metodologias podem ser adotadas com as tradicionais?  Sim: é possível mesclar metodologias tradicionais e ativas no processo de aprendizagem.  Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, enfatiza que as escolas, em sua maioria, não aderiram em sua totalidade às metodologias ativas. Dessa forma, segue a gestora, elas ainda aplicam os principais temas em uma perspectiva conteudista.    “O ensino tradicional tem uma sequência didática diferente de um estudo de caso, por exemplo”, afirma Natália.   No entanto, a gestora alerta que a disrupção deve ser trabalhada com cuidado. “Aqueles que estão habituados com o ‘passo a passo’ do ensino tradicional podem não conseguir fazer a imersão completa em um aprendizado autônomo do qual são protagonistas”, afirma.    “O professor pode introduzir algumas práticas ao longo das aulas, como, por exemplo, rotação por estações e uso de diferentes tecnologias”, diz Natália. Além disso, ela cita a possibilidade de personalizar o ensino com diversas possibilidades de apresentar um mesmo tema.  Alguns exemplos de metodologias ativas   Entre as principais metodologias ativas estão a aprendizagem baseada em problemas, a aprendizagem baseada em projetos, o estudo de caso, o uso da abordagem do design thinking na construção de projetos, a sala de aula invertida e a instrução entre pares. Em comum, elas propõem a aprendizagem significativa e a conexão da escola com a vida.  Natália Alonso explicou em mais detalhes aquelas que avalia como mais expressivos e que são os mais usados. Confira abaixo.  1. Sala de aula invertida  Ao adotar essa técnica, o educador adianta aos estudantes quais temas deve abordar nas próximas aulas e pede que façam pesquisas em casa. Dessa maneira, quando o conteúdo for abordado, a turma já terá conhecimentos prévios.  “De maneira mais reducionista, ela é vista como assistir vídeos antes e realizar atividades presenciais depois”, diz Natália. Mas ela destaca que a inversão tem um alcance maior quando é combinada com algumas dimensões da personalização ou individualização, como a autonomia e a flexibilidade.    Assim, a gestora afirma que se trata de uma estratégia ativa e um modelo híbrido, que otimiza o tempo da aprendizagem e do educador. “O conhecimento básico fica a cargo do aluno, com a curadoria do professor, e os estágios mais avançados têm interferência do professor e também um forte componente grupal”, destaca.  2. Aprendizagem baseada em projetos  A gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação explica que essa é uma metodologia em que os alunos se envolvem com tarefas e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que tenha ligação com sua vida fora da sala de aula.   No processo, eles lidam com questões interdisciplinares, tomam decisões e agem sozinhos e em equipe. Por meio dos projetos, são trabalhadas também as habilidades de pensamento crítico e criativo, afirma.  3. Aprendizagem baseada em investigação e problemas   Por meio dessa técnica, explica Natália, os estudantes desenvolvem a habilidade de levantar questões e problemas e procuram, individualmente e em grupo, interpretações coerentes e soluções possíveis.   O processo todo conta com a orientação dos educadores. E, para buscar interpretações e soluções, os estudantes usam métodos indutivos e dedutivos.  Os educadores precisam de formação para usar metodologias ativas?   Na avaliação de Natália Alonso, “a capacitação dos professores é essencial no processo de virada de chave para as metodologias ativas”.  Ela explica que a maioria dos docentes aprendeu por meio do ensino tradicional. Além disso, boa parte dos atuais docentes teve muita dificuldade em entender qual é a melhor maneira para os estudantes aprenderem.  “É essencial, portanto, que os professores possam não somente realizar trocas em momentos síncronos, mas também conhecer novas ferramentas, digitais e analógicas, para que possam replicá-las com seus alunos”, avalia Natália.  Além disso, essa capacitação contribui para que as metodologias ativas deixem de ser um tabu. Também faz com que não sejam vistas como “práticas muito disruptivas, elitistas ou que exijam recursos em demasia”.   A partir de tal capacitação, os educadores podem compreender que as metodologias ativas são acessíveis a todos, de acordo com o diagnóstico de cada turma.  Qual a importância de adotar metodologias ativas   As metodologias ativas são uma importante ferramenta para proporcionar um aprendizado significativo para o estudante. Com elas, ele se torna protagonista do seu próprio aprendizado.   “O professor passa a ser mediador desse processo, fornecendo ferramentas, de modo a tornar o ensino personalizado, alcançando as diferentes formas de aprender do aluno”, afirma Natália.  Já o estudante consegue enxergar sentido nas atividades escolares e conectar conceito e prática à sua própria realidade. Isso acontece, por exemplo, quando, ao contextualizar o tema de um projeto, consegue

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Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC

A Base Nacional Comum Curricular lista dez competências que os estudantes devem desenvolver na Educação Básica. Confira!  A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina quais os conhecimentos e as habilidades essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver. Para isso, são listados parâmetros e orientações. Entre eles, podemos mencionar como das mais importantes as competências gerais previstas na BNCC.     O documento lista dez competências gerais que os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Por sua vez, ela é composta de 3 etapas:   Educação Infantil   Ensino Fundamental   Ensino Médio.     Confira no texto a seguir o que são as competências previstas da BNCC, quais são elas e qual sua importância.   O que é a BNCC     A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que regulamenta o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica.     Obrigatória, ela deve ser seguida pelas escolas de todo o país, públicas ou privadas, urbanas ou rurais.    É importante destacar que a BNCC não é um currículo pronto, e sim uma base curricular. Ela funciona como uma orientação para estados e municípios. Porém, as particularidades de cada escola e os aspectos sociais e regionais devem ser levados em conta ao elaborar os currículos locais.    A BNCC contribui para promover a igualdade no sistema educacional do país. Isso se dá exatamente porque ela define um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes na Educação Básica.        O que são as competências previstas na BNCC e qual sua importância   O texto da BNCC define dez competências gerais que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo da Educação Básica.     Na BNCC, competência é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.   De acordo com o documento, o desenvolvimento dessas competências é essencial para assegurar os direitos de aprendizagem de todos os estudantes da Educação Básica.       E qual a importância e evolução na definição dessas competências? Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, explica.     “A partir da definição das 10 competências gerais da BNCC, a educação no Brasil passa a ter a concepção de educação integral”, afirma ela. Mas, ressalta Débora, não se está falando aqui de educação em tempo integral.    O conceito abordado é o de uma educação que contempla as diversas dimensões do desenvolvimento humano. Ela as enumera: cognitivo, social, afetivo, psicomotor e cultural.    “Para que essas competências sejam alcançadas, é necessário desenvolver os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que vão capacitar o estudante para tal”, diz a gerente da BEĨ Educação.   Ela dá um exemplo. “Não faz sentido desenvolvermos somente as quatro operações básicas (conhecimento) se não soubermos nem tivermos a atitude de colocar este conhecimento em prática, interagindo com outros contextos e descobrindo novos horizontes por meio deste conhecimento.”   Débora salienta que, “em um mundo repleto de desafios, não basta ‘saber fazer’, ter o conhecimento sobre aquele assunto: é necessário saber como aplicá-lo na transformação de sua realidade”.    Para ela, essa habilidade também implica “ter a disponibilidade de resolver problemas complexos recrutando o conhecimento adquirido”.    Quais são as 10 competências gerais da BNCC    A seguir, vamos listar essas 10 competências gerais da BNCC e explicar cada uma, de acordo com o que está no texto da Base Nacional Comum Curricular.    1. Conhecimento   Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre os mundos físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade. Continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.   2. Pensamento científico, crítico e criativo     Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.   3. Senso estético e repertório cultural    Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.   4. Comunicação   Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.   5. Cultura digital  Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.   6. Autogestão    Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.   7. Argumentação    Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável nos âmbitos local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.   8. Autoconhecimento e autocuidado    Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.   9. Empatia e cooperação    Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.   10. Autonomia    Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,

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Itinerários formativos na prática: como implementar?

Previstos como um dos blocos do Novo Ensino Médio, os itinerários formativos têm algumas diretrizes para sua implementação. Confira!  Uma das principais novidades do Novo Ensino Médio são os itinerários formativos. Eles estão previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio. E, exatamente por serem uma novidade, ainda existem dúvidas sobre como implementar os itinerários formativos.  As mudanças no Ensino Médio foram estabelecidas na Lei nº 13.415/2017, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a alteração “tem como objetivos garantir a oferta de educação de qualidade a todos os jovens brasileiros e de aproximar as escolas à realidade dos estudantes de hoje”.   A evasão escolar nesse nível de ensino é a mais alta, e as mudanças visam estimular também os estudantes a permanecerem na escola.  Neste texto, vamos explicar algumas regras previstas sobre os itinerários formativos, para auxiliar em sua implementação. Confira!  O que são os itinerários formativos?  Os itinerários formativos são definidos como “um conjunto de situações e atividades educativas que os estudantes podem escolher conforme seu interesse, para aprofundar e ampliar aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional”.  Eles estão previstos no Novo Ensino Médio, que se divide em dois blocos. A ideia com essa divisão é conseguir maior engajamento dos estudantes. Esses blocos são:  – Formação Geral Básica: que engloba as Áreas do Conhecimento e os saberes mais usuais no Ensino Médio. Ela deve ter 1.800 horas no máximo, ao longo dos anos do Ensino Médio;  – Itinerários Formativos: para esses conjuntos de situações e atividades educativas, a determinação é que a carga horária seja de no mínimo 1.200 horas.  Os itinerários formativos estão organizados em quatro eixos estruturantes. São eles:  Investigação Científica;  Processos Criativos;  Mediação e Intervenção Sociocultural;   Empreendedorismo.  O estudante precisa passar por pelo menos um desses eixos, mas o ideal é que passe pelos quatro. Na Portaria 1.432/2018 do Ministério da Educação (MEC), que estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos, o item 3 prevê inclusive que eles sejam integrados.  Ele diz: “Como os quatro eixos estruturantes são complementares, é recomendado que os itinerários formativos incorporem e integrem todos eles, a fim de garantir que os estudantes experimentem diferentes situações de aprendizagem e desenvolvam um conjunto diversificado de habilidades relevantes para sua formação integral” Quantos itinerários formativos a escola deve oferecer     Essa quantidade de itinerários também pode deixar alguns gestores em dúvida. Mas não há um número mínimo por unidade educacional.  As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio dizem: “Os sistemas de ensino devem garantir a oferta de mais de um Itinerário Formativo em cada município, em áreas distintas”.  Na visão de Áquila Nogueira, gestor de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, isso implica uma não obrigatoriedade de oferta de itinerários em todas as áreas numa mesma escola. “Entretanto, à medida que os Itinerários se estabelecerem, creio que uma oferta variada será, cada vez mais, um diferencial na qualidade das escolas”, diz ele.  Além disso, à medida que as implementações forem avançando, “ter poucos itinerários pode ser um problema para captar e manter alunos”, avalia Áquila.  A partir de qual série do Ensino Médio os itinerários formativos devem ser oferecidos?  Não há previsão nas regras do novo Ensino Médio sobre em qual série já deve haver itinerários formativos à disposição dos estudantes.   Mas é importante lembrar que há a obrigatoriedade das 1.200 horas, no mínimo, a serem cursadas pelos estudantes nessas trilhas de aprendizagem.   Áquila Nogueira pondera que, se a escola preferir disponibilizar itinerários apenas na 3ª série, haverá pouco tempo para essa totalização. “Assim, a sugestão é que já pensem nisso a partir da 1ª série”, diz o gestor de projetos educacionais.  Nesse âmbito, a BEĨ Educação oferece as coleções Aprendendo a Lidar com Dinheiro e Aprendendo a Viver na Cidade. Elas adotam a metodologia de ensino orientada por projetos e são alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ao todo, as coleções já foram adotadas por mais de 600 escolas, 1.100 educadores e 80.000 estudantes.  Ainda neste ano, a BEĨ Educação lançará um novo projeto complementar, sobre arte e cultura indígenas.  É obrigatório haver itinerário formativo de formação técnica?    As escolas não têm obrigatoriedade de oferecer itinerários de formação técnica ou profissional. “Inclusive, é possível fazer convênios para que os estudantes cursem esses itinerários em outras instituições”, diz Áquila Nogueira.   Para ele, a procura por esse tipo de itinerário tende a aumentar, pois há previsão de bonificação na pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2024 para quem tiver um diploma técnico.   Essa possibilidade está descrita nos parâmetros de atualização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) . O documento traz novas diretrizes para o exame, a serem aplicadas a partir de 2024. Ele prevê essa bonificação, a ser fixada pelas instituições de ensino superior, na pontuação final utilizada para ingresso.   O texto diz ainda que ela deve ser “proporcional à aderência entre os cursos técnicos e os cursos de graduação a partir de parâmetro de referência a ser desenvolvido pelo Ministério da Educação”.  A escolha dos itinerários formativos deverá ser feita pelo estudante, entre as ofertas que houver. O educador pode ajudar e orientar nessa escolha. Confira neste texto algumas dicas para auxiliar na opção de qual itinerário cursar.   #beieducação #NovoEnsinoMédio #ItineráriosFormativos #NovoENEM 

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Estudantes do Ensino Fundamental conversam

“Aprofundamento curricular nos anos finais do Ensino Fundamental: por que implementar”, por Débora Hack

Quando falamos de aprendizagem significativa, estamos falando em considerar os conhecimentos prévios dos estudantes e, a partir disso, dar um sentido ao objeto de conhecimento proposto pelo educador. Quando sugerimos o aprofundamento das habilidades desenvolvidas em aulas regulares, estamos propondo uma aprendizagem significativa por meio da prática do conhecimento adquirido. Neste sentido, é importante trazer aos estudantes uma oportunidade de interagir com o conhecimento, levando em conta seus interesses e estimulando que eles atuem na transformação de sua realidade.   Os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental já estão preparados para isso. É preciso incentivar a ideia de que eles são protagonistas do meio em que vivem e que o conhecimento apresentado na escola será muito útil nas diversas nuances de sua vida, seja na escolha de uma profissão, seja na convivência em sociedade. Dessa forma acreditamos ser importante trazer o aprofundamento curricular por meio do desenvolvimento de projetos, pois assim o estudante será capaz de perceber seu entorno e agir sobre ele, ancorado nas habilidades desenvolvidas nos diversos componentes curriculares.   Como a proposta de trabalhar por projetos se trata de utilizar as habilidades desenvolvidas em sala e colocá-las em prática, não há necessidade de aumentar a carga horária do componente curricular em questão.   Se queremos trazer um projeto de educação financeira para trabalhar com o conceito de empréstimo e amortização, por exemplo, vamos recrutar o conteúdo sobre porcentagem trabalhado nas aulas de matemática. Portanto, podemos encontrar uma forma mais prática de trazer o conteúdo trabalhado para a realidade dos estudantes.   Outro exemplo seria o trabalho com a interpretação de gráficos e tabelas, quando fazemos uma pesquisa de contexto da comunidade local e temos de apresentar os resultados de forma quantitativa. Nesse caso, ainda podemos propor a interdisciplinaridade com a geografia, por se tratar do estudo da comunidade local.   A interdisciplinaridade não é algo obrigatório no desenvolvimento de projetos, porém é importante trazer para os estudantes a ideia de que no nosso dia a dia os componentes curriculares estão conectados e não há como separá-los quando analisamos as diversas situações que vivemos continuamente.   A BEĨ Educação oferece três propostas de aprofundamento por meio de projetos: educação financeira, cidades e arte e cultura indígenas. Cada um deles traz a sugestão do trabalho por projetos ancorado nas habilidades desenvolvidas nos diversos componentes curriculares: matemática, arte, história e geografia.   Esses projetos pretendem colocar em prática os conceitos trabalhados em sala de aula, bem como dar ao estudante a possibilidade de agir sobre sua realidade e, dessa forma, trazer mais sentido à aprendizagem.   As coleções Aprendendo a Lidar com Dinheiro e Aprendendo a Viver na Cidade estão disponíveis do 6º ano até o 9º ano do Ensino Fundamental. Em breve, haverá o lançamento do material de arte e cultura indígenas para essas etapas.   O objetivo da BEĨ Educação com o desenvolvimento dos temas propostos é fazer com que o estudante se torne protagonista de sua realidade a partir da tomada de consciência de seu contexto e da atuação sobre ele por meio da interação com o conhecimento adquirido a respeito dos diversos componentes curriculares.   Débora Hack é gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação.   #beieducacao #educacao #materiaisdeaprofundamento #aprendizagemsignificativa #ensinofundamental #protagonismoestudantil   

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“Cinco dicas ‘escondidas’ do Google Chrome”, por Hélio Sales Jr.

Em 2022 a BEĨ Educação conquistou o título de empresa parceira do Google, num processo que envolveu certificação de funcionários, aplicação de boas práticas e testes para demonstrar os requerimentos necessários para alcançar esse status.    Colaboradores de diferentes áreas da BEĨ Educação são certificados pelo Google. Para este artigo, pedimos a eles dicas sobre o navegador Google Chrome que podem não ser tão conhecidas, mas fazem a diferença em seus fluxos de trabalho. Seguem, abaixo, as dicas compartilhadas.   1. O Chrome também é uma calculadora   Esta dica é útil naqueles momentos em que precisamos fazer uma conta rápida, poupando o tempo de procurar e abrir o aplicativo da calculadora: basta digitar a conta na caixa de busca do navegador:      E não é preciso nem pressionar enter: o resultado aparece automaticamente. Pode-se inclusive digitar equações bem mais complexas, como fatoriais ou raízes quadradas.   2. Agrupar abas   Quem trabalha na frente do computador o dia inteiro acaba precisando abrir várias abas para acessar diferentes conteúdos: e-mail, notícias, buscas etc. Porém, é possível organizar agrupando as abas com conteúdos similares.     É preciso clicar com o botão direito em cima de uma aba, escolher “adicionar guia ao novo grupo” e definir o nome e a cor do conjunto. Desta maneira, é possível organizar os sites visitados por categorias, colocando quantos grupos e abas forem necessários no navegador. De maneira muito intuitiva, é possível expandir e colapsar grupos, retirando ou adicionando abas.     3. Enviar um link para outro dispositivo  Na caixa de busca do Chrome, há um ícone com uma seta ao lado da estrela. Clicando nele, você consegue enviar aquela página para o telefone ou outro dispositivo.     Essa dica pode ser útil quando você precisa continuar uma leitura ou não pode se esquecer de checar algo em algum site: ao abrir o Chrome no dispositivo selecionado, a notificação para acessar o link vai estar lá.   4. Abrir arquivos de áudio e vídeo  Essa dica pode poupar o trabalho de baixar e instalar reprodutores multimídia: basta encontrar o áudio ou filme no computador, e em “abrir com” escolher o Chrome. Apesar de não oferecer ferramentas mais sofisticadas, como de edição, o recurso é muito útil para escutar um podcast ou assistir a um vídeo baixado, por exemplo.        5. Reabrir uma guia fechada por engano  O comando “Control + Shift+ T” abre a última guia fechada. Mas se você fechou mais de uma guia por engano e não consegue se lembrar qual foi, pode repetir o comando que o Chrome continuará abrindo as últimas guias fechadas, da mais recente à mais antiga.        Se você conhece mais alguma dica “escondida” desse navegador, conte para nós em nossas redes sociais! Estamos no Instagram, no Facebook, no LinkedIn e no Twitter, no @beieducacao.  Hélio Sales Jr. é da área de Tecnologia da BEĨ Educação e especialista Google.   #beieducacao #googlechrome #dicasparaogoogle #empresaparceiradogoogle

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