BEĨ Educação

beieducacao

Imagem: Freepik / reprodução

Cultura digital e sua influência no modo de ensinar e aprender

O aproveitamento de tecnologias em sala de aula muda a forma como os alunos encaram os estudos Para atender as demandas da geração que já nasceu com computadores, smartphones e tablets ao seu redor, os chamados “nativos digitais”, é preciso incorporar os avanços tecnológicos ao processo de aprendizagem, tornando-o ainda mais significativo. É nesse contexto que surge a importância da cultura digital na educação. Cultura digital consiste em integrar a realidade com o mundo virtual. E quando tratamos especificamente de educação, o objetivo é explorar as tecnologias em práticas pedagógicas. Muito além de slides e vídeos em aula, a ideia é que as escolas incorporem as novas ferramentas no processo de ensino-aprendizagem. Mas também é importante não deixar de lado o olhar crítico sobre os recursos tecnológicos, gerando reflexões sobre o uso indiscriminado e a forma como impactam a sociedade. Dessa maneira, o ambiente escolar, onde o aluno passa boa parte de seu tempo, não se torna tão dissonante do que ele vive no resto do dia. Como esses jovens já nasceram imersos nas tecnologias digitais, eles sentem uma atração natural por esses recursos, além de se sentirem familiarizados e terem facilidade para manuseá-los. E, por esse mesmo motivo, estão acostumados a acessar uma quantidade muito grande de informações em questão de segundos. Enquanto jogam online, conversam com os amigos, respondem uma mensagem dos pais, ficam sabendo do que está acontecendo no mundo e deixam a televisão ligada em uma série. Então, qual é a melhor forma de conseguir prender a atenção deles durante as aulas? Explorar justamente esse anseio por novas descobertas e estímulos. As ferramentas tecnológicas podem otimizar desde a apreensão dos conteúdos até a forma como os trabalhos e avaliações são realizados. A rotina dos professores também se torna mais produtiva, pois eles podem planejar suas aulas de uma forma mais rápida e explorar uma série de recursos que estão à disposição para, por exemplo, facilitar o ensino de temas mais complexos. E por dominarem melhor as plataformas, os estudantes conseguem ter uma postura mais ativa e ousar nas inúmeras possibilidades que as ferramentas tecnológicas oferecem. Assim, seja em uma apresentação, nos estudos do dia a dia ou em uma atividade escolar, os jovens podem ser mais criativos e explorar maneiras mais divertidas e interessantes de aprender tirando proveito de algo que já está no DNA dessa geração: a tecnologia e os recurso digitais.      

Cultura digital e sua influência no modo de ensinar e aprender Read More »

Imagem: Freepik/reprodução

Estimular debates em sala de aula torna a formação do aluno mais completa

Prática também promove o desenvolvimento de habilidades, como oratória, argumentação e reflexão É comum encontrarmos debates polarizados nas redes sociais, argumentos sem embasamento, muita agressividade e as famosas fake news. Entrar em uma discussão pela internet e esperar um resultado positivo, um aprendizado ou a reflexão aprofundada de novas ideias se tornou extremamente raro. E é nesse universo que os jovens passam grande parte do seu tempo. São horas a fio descendo pelo feed e encontrando poucos conteúdos efetivamente enriquecedores. Nesse contexto, a escola exerce um papel fundamental de prepará-los para mudar essa realidade – ou, pelo menos, conviver de forma mais saudável com ela. Quando os professores estimulam debates em sala de aula permitem que os alunos possam desenvolver uma série de habilidades, que ajudam a impactar esse cenário, mas também são úteis para a vida cotidiana. As discussões em si aumentam, inclusive, o engajamento dos estudantes pelos mais diversos conteúdos. As disciplinas tradicionais são fundamentais para a formação, mas quando reflexões mais aprofundadas são adicionadas à aula, aquele conteúdo se torna mais próximo da realidade do estudante e, automaticamente, prende mais a sua atenção. Além disso, quando os jovens são expostos a discussões, acabam colocando em prática certas competências que poderiam ficar inibidas no modelo tradicional de ensino. Confira algumas habilidades que são estimuladas durante um debate: Oratória Como já explicamos em outro post, o desenvolvimento da oratória vai muito além de “aprender a falar bem”. A prática inclui desde o repertório que será utilizado até a linguagem corporal durante a comunicação. Ao treinar essa habilidade desde cedo, no ambiente escolar, ficará muito mais fácil se expressar de uma forma clara, segura e precisa. Argumentação Ser contrariado, ter sua opinião contestada e lidar com posições conflitantes é extremamente enriquecedor para a formação. Além de ajudar a enxergar o outro lado, desenvolvendo a empatia com o próximo, essas atividades ajudam o jovem a se desafiar e tentar encontrar argumentos para validar seu ponto de vista. E no ambiente escolar, com o auxílio dos professores, o estudante vai desenvolver resiliência e aprender a reconhecer quando estava errado ou a conviver com quem pensa diferente – sempre por meio de argumentos que não desrespeitem os direitos do próximo. Reflexão e pensamento crítico Receber um conteúdo “pronto” sobre determinado assunto é importante para o estudante aprender certos temas mais técnicos durante a sua formação. Mas conseguir desenvolver um olhar crítico sobre o que é apresentado, conhecer realidades diferentes da sua, conviver com opiniões, culturas e ideias diversas é fundamental para o desenvolvimento de um pensamento mais aguçado e rico acerca do mundo ao seu redor. Dessa forma, os estudantes saem mais preparados e completos para os desafios que irão encarar na vida adulta – e conseguirão aumentar a qualidade dos debates na internet.

Estimular debates em sala de aula torna a formação do aluno mais completa Read More »

Foto: Freepik/Reprodução

Interpretação de texto: um mergulho na profundidade da mensagem

Interpretar é mergulhar nas entrelinhas da mensagem e permitir-se compreendê-la em sua profundidade, a fim de acessar conhecimento e agregar novos saberes. Vivemos na era da informação e a rapidez para ler e absorver o volume expressivo de tudo o que nos chega, por diversos meios, pode comprometer muito a habilidade de interpretação textual, ou seja, a capacidade de compreender o conteúdo e refletir sobre ele. A interpretação de texto começa a ser aprendida desde a infância e segue por toda a vida, em situações cotidianas verbais e não-verbais. É imprescindível para os estudos, a carreira profissional e o melhor convívio social. Diferentemente de uma leitura rápida e literal, a interpretação textual requer calma e atenção. No processo pedagógico, não se restringe às aulas de português. Ao contrário, abre as portas para o entendimento multidisciplinar, ao favorecer a assimilação de conteúdos e ideias. Se o aluno sabe interpretar o enunciado, pode resolver com mais facilidade uma fórmula matemática, compreender um gráfico de evolução geográfica, analisar uma questão ligada ao aquecimento global, entre tantos universos de temas. Aptidão para ser praticada Fazer da leitura um hábito, reler quantas vezes for necessário, sublinhar as principais ideias contidas na mensagem, consultar o dicionário, trabalhar conexões, identificar detalhes para perceber duplos sentidos, metáforas, analogias, trocadilhos ou outras figuras de linguagem, é um exercício que deve ser constantemente estimulado e praticado para melhorar a capacidade de interpretação de texto. A interpretação não apenas amplia o conhecimento e abastece os alunos de argumentos, como forma cidadãos mais críticos, que enxergam o mundo além da superfície, capazes de traduzir realidades e entender suas múltiplas faces para fazer escolhas mais conscientes. Oferecer livros apropriados para a idade de crianças e jovens, apresentar vários gêneros literários, criar uma rotina de leitura, visitar bibliotecas e livrarias, relacionar histórias com fatos cotidianos, e tornar o momento de ler especial e agradável, contribuirá para aumentar o vocabulário, enriquecer o repertório e resultará em aprendizado aprofundado.

Interpretação de texto: um mergulho na profundidade da mensagem Read More »

Freepik/Reprodução

Estabelecer metas ajuda o jovem a se preparar para o futuro profissional

Planejamento, foco e flexibilidade são algumas ferramentas que ele pode usar para se sentir mais preparado ao longo do tempo Ainda nos anos iniciais da escola, algumas crianças já sabem qual profissão querem exercer. Sonham em se tornar médicos, professores, atletas, artistas… e fazem uma série de planos para “quando crescerem”. Mas também existe outra parcela que chega no Ensino Médio sem ter decidido a carreira que irá seguir. Sentem que a decisão é muito complexa, não se imaginam exercendo nenhuma profissão ou gostam de muitas opções e não sabem como fazer a “escolha certa”. A questão é que, mesmo sem ter certos pontos definidos, é importante que o jovem comece a criar algumas metas. Saber aonde se quer chegar ajuda a se preparar para os desafios da vida adulta. E a partir do momento em que o estudante começa a traçar pequenos planos, os maiores se tornam mais fáceis. Por exemplo, se ele não sabe exatamente qual carreira deseja seguir, pode eliminar profissões que não combinam com o seu perfil; pesquisar quais cursos têm disciplinas que acha interessantes; conversar com profissionais que já estão no mercado de trabalho; procurar ajuda de um orientador profissional; visitar universidades; ver vídeos sobre as profissões… enfim, são inúmeros pequenos passos que ele pode dar para estar mais preparado quando tiver que tomar uma decisão. Por mais simples que essas metas pareçam, elas darão as ferramentas necessárias para que o aluno possa exercitar sua autonomia, sua confiança e seu autoconhecimento e se sentir mais seguro para fazer uma escolha. Mas é importante lembrar que as decisões, principalmente quando falamos de carreira, não são definitivas. É possível ajustar a rota, mudar de opinião, achar que determinado plano não faz mais sentido ou simplesmente querer algo diferente. Logicamente, a decisão deve ser analisada com calma e maturidade, mas a flexibilidade deve fazer parte de objetivos a longo prazo. Nesse contexto, a escola tem um papel fundamental e pode ajudar os jovens na criação das metas flexíveis. Oferecer orientação profissional, um serviço interno de psicólogos e até atividades que estimulem o pensamento crítico sobre a escolha da carreira são estratégias que fazem toda a diferença. Dessa forma, um processo que era visto como complexo, longo e árduo, torna-se mais natural, direcionado e até divertido.

Estabelecer metas ajuda o jovem a se preparar para o futuro profissional Read More »

Ensino personalizado

O que é ensino personalizado e quais os seus benefícios?

Modelo aumenta o engajamento e diminui a probabilidade de evasão escolar Algo muito preocupante na educação brasileira é a evasão escolar. Muitos jovens se sentem desmotivados ao se deparar com uma série de conteúdos que não se relacionam com o seu cotidiano, suas habilidades e seus interesses. Para resolver essa situação, os educadores buscam metodologias, tendências e práticas alternativas que tornem a escola um local mais atrativo e estimulante para as novas gerações. Uma possibilidade muito discutida e incentivada atualmente é o ensino personalizado. Ele tem como premissa respeitar e explorar as particularidades de cada estudante, ou seja, seu repertório, interesses, sonhos, cultura, aptidões, conhecimentos adquiridos até então e experiências acumuladas. Para implementar a metodologia, o professor deve fazer uma avaliação de cada estudante, analisando quais as disciplinas em que ele sente mais dificuldade e quais ele tem mais afinidade ou considera mais fáceis. Após identificar os pontos fortes e fracos dos alunos, é possível direcionar as aulas e atividades de modo que cada um consiga progredir respeitando seus limites, dentro do seu próprio ritmo e no estilo de aprendizagem que funciona melhor para o seu perfil. Isso ajuda a aumentar o engajamento, pois diminui a frustração que eles poderiam sentir ao ver que os colegas estão aprendendo “mais rápido” ou tendo desempenhos melhores. Assim, também fica mais fácil entender as necessidades de cada um e definir a maneira como os conteúdos serão abordados em sala de aula. Os professores podem otimizar suas estratégias de ensino, acompanhar a evolução dos estudantes e proporcionar um melhor aproveitamento das aulas, com mais eficácia e engajamento. Isso envolve desde os exercícios que serão cobrados até o tipo de avaliação escolhido. Vale lembrar que o ensino personalizado também busca se manter alinhado com a realidade que os jovens enfrentarão fora sala de aula e as demandas da sociedade contemporânea. Dessa forma, a escola passa a fazer mais sentido para o jovem que cogitava abandoná-la, diminuindo as taxas de evasão e formando cidadãos mais conscientes e preparados para o futuro.

O que é ensino personalizado e quais os seus benefícios? Read More »

Paulo Freire

100 anos de Paulo Freire: do silêncio ao diálogo

Em setembro de 2021, é comemorado o centenário do célebre educador brasileiro e uma das principais vozes mundiais da pedagogia crítica e inclusiva, aquela que liberta pelo conhecimento. Reverenciado globalmente e reconhecido “Patrono da Educação Brasileira”, o legado de Paulo Freire é incomensurável. Sua visão humanista, com um método próprio de alfabetização – que não apenas ensina a ler e a escrever palavras, mas, por meio delas, emancipa e forma agentes de transformação social – percorreu o mundo. O educador, escritor e filósofo é o brasileiro com mais títulos Doutor Honoris Causa concedidos por universidades da Europa e da América, deu nome a 350 escolas e instituições internacionais, e recebeu diversas honrarias, como o prêmio Educação pela Paz, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco), em 1986. Paulo Freire é o terceiro educador mais citado do mundo em trabalhos acadêmicos da área de ciências humanas, de acordo com levantamento da London School of Economics, por propor uma nova forma de relacionamento entre professor, estudante e sociedade. Nele, o aluno não é aquele que somente aceita o que lhe é transmitido; é também um sujeito ativo, que questiona, argumenta, interage e toma decisões, a partir da compreensão do todo. “Não há saber mais, ou saber menos, há saberes diferentes”, dizia. De contestado a contestador No Brasil, Paulo Freire ainda é alvo de resistência e fake news sobre o que realmente acreditava. Mas isso não é de hoje. Fato é que desenvolveu um método de alfabetização que desperta a criticidade, ao mesmo tempo que respeita diferenças, constrói identidade, promove o diálogo, amplia a consciência e cria oportunidades, com empoderamento e protagonismo. O método de alfabetização, que carrega o seu nome, ganhou repercussão em uma experiência na cidade de Angicos, no Rio grande do Norte, em 1963. Durante 40 horas, um grupo de 300 adultos participou do processo de alfabetização freiriana, em que as pessoas falavam sobre sua realidade de vida, onde estavam as raízes de seus problemas, como buscavam soluções, e ganhavam consciência de si mesmo e do ambiente que as cercava. Nestes diálogos, quando a palavra “terra” ou “enxada”, por exemplo, era construída já fazia todo sentido dentro do contexto de cada um. “A leitura do mundo precede a leitura da palavra” traduzia o seu pensamento. Freire foi convidado a traçar o Plano Nacional de Alfabetização. Porém, por ser rápido e eficaz, o método proporcionaria o letramento de milhares de brasileiros que, na época, passariam a ter condições de votar, o que foi visto como ameaça pelas classes dominantes. Com o golpe militar de 1964, o plano foi cancelado, Freire acabou preso e depois exilado. Muitas obras e contribuições à educação vieram deste período. Uma delas “Pedagogia do Oprimido” o consagrou e, até hoje, é um dos livros mais traduzidos e comentados mundialmente. Paulo Freire retornou ao Brasil em 1980, onde viveu até sua morte em 1997. Projetar possibilidades e esperançar No centenário de seu nascimento, o legado de Paulo Freire reverbera e representa profundas reflexões sobre educação, senso crítico, cidadania, capacidade de diálogo, alteridade, respeito à individualidade, empatia e percepção de mundo para transformar realidades. Em sua pedagogia ativa, há um constante processo de descoberta: “Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”.

100 anos de Paulo Freire: do silêncio ao diálogo Read More »

Proatividade nos estudos

5 estratégias para ser proativo nos estudos

Alunos com essa habilidade socioemocional têm melhor rendimento escolar e estão mais preparados para o futuro no mercado de trabalho Pessoas proativas enxergam oportunidades, concentram-se nos objetivos e tomam decisões. Não se limitam a realizar questões apenas se forem solicitadas. Ao contrário, têm iniciativa, assumem reponsabilidades, saem de sua zona de conforto e agem como protagonistas em busca de soluções. Não é à toa que a proatividade está entre as competências socioemocionais mais valorizadas no mercado de trabalho. Mas como o aluno pode desenvolver, ou melhorar essa habilidade, para incrementar seu aprendizado? 1. Organização, a base do sucesso Estudar sozinho, sem a presença do professor ou de alguém da família, é uma forma de exercitar a autonomia e o grau de comprometimento com o próprio aprendizado. Organizar o tempo dedicado a cada disciplina ou tarefa, separar os materiais que serão utilizados e decidir a melhor maneira de assimilar o conhecimento garantem um ótimo começo para quem procura ser proativo. 2. Prioridade é prioridade Estabelecer uma rotina e manter o foco ajuda a entender quais são os principais objetivos no momento do estudo. Dispersar a atenção em outras atividades, procrastinar ou negligenciar o que é prioritário para o autodesenvolvimento só trará prejuízos depois. O aluno proativo tomará a decisão de priorizar o que é preciso para cumprir prazos, metas e buscar os melhores resultados. 3. Planejamento como chave mestra Durante o processo de aprendizado, uma maneira de ser mais proativo é estipular onde se quer chegar e planejar as etapas para atingir o objetivo. Se o aluno quer melhorar seu desempenho em determinada disciplina, por exemplo, e sabe que haverá uma prova, pode se aprofundar no assunto com antecedência, realizar pesquisas, estudar mais, tirar dúvidas com o educador ou os colegas e, até mesmo, realizar imersões que agreguem conteúdo extra. 4. Solução não é problema A criatividade caminha lado a lado com a proatividade. No estudo, isso se traduz em não culpar os outros pelos problemas, mas ao identificá-los tentar resolvê-los, ou seja, procurar soluções para fazer as coisas acontecerem e, com isso, enriquecer a trajetória educacional, pessoal e social. 5. Aprendizado contínuo No ritmo acelerado de mudanças da sociedade atual, a proatividade está diretamente ligada à busca incessante pelo conhecimento. No conceito de “lifelong learning”, ou aprendizado contínuo, o aluno é protagonista. Áudios, vídeos, livros, cursos, interações, vivências…são inúmeras as possibilidades de tomar a iniciativa e incrementar a formação educacional, cultural e cidadã.

5 estratégias para ser proativo nos estudos Read More »

aprendizagem colaborativa

Aprendizagem colaborativa: entenda a metodologia

Nesse formato, o aluno se torna o protagonista do seu processo de aprendizagem e ajuda no desenvolvimento dos colegas Autonomia, proatividade, trabalho em equipe, autoestima e engajamento. Esses são apenas alguns dos benefícios da aprendizagem colaborativa. A metodologia se baseia no incentivo da participação ativa do aluno em sala de aula, compartilhando ideias e experiências que também contribuam para o desenvolvimento dos outros estudantes. Nesse processo, o professor deixa de ser o protagonista, como no modelo tradicional, e atua como um mediador, incentivando e conduzindo atividades que promovam a interação da turma. Ele fica responsável por fornecer as informações e ferramentas necessárias para que os alunos consigam alcançar novos conhecimentos e desafios. Ao mesmo tempo, ajuda a explorar talentos e respeitar os limites e o tempo de cada um. As aulas costumam ser mais dinâmicas, instigam a participação e ensinam, desde cedo, a importância do trabalho em equipe. Além disso, ajudam a desenvolver características fundamentais para o futuro do jovem. Em primeiro lugar, faz com ele melhore seus relacionamentos interpessoais. Quando o aluno aprende de forma colaborativa, precisa aprender a lidar com ideias diferentes e vivências inéditas, aumentando sua empatia e capacidade de compreensão. Além disso, o estudante entende o quanto o seu esforço está atrelado ao descobrimento de novos conhecimentos, o que aumenta sua proatividade e sua motivação para estudar e correr atrás do aprendizado. Automaticamente, sua autonomia é impulsionada, já que ele é estimulado a procurar novas abordagens e temas para levar à sala de aula. O professor tem um papel importante nesse cenário, dando os meios para todo esse desenvolvimento, guiando o processo e ajudando o aluno a se sentir mais confiante. Outro benefício da aprendizagem colaborativa que merece ser destacado é a melhora na comunicação. Para ajudar os colegas ou contar algo aos professores, os estudantes aprendem a dialogar de forma mais clara e desenvolta, podendo até diminuir a timidez. Com todas essas vantagens, há um outro foco desse método que não pode ficar de fora: o prazer por aprender. A partir do momento que o estudo se torna tão atrelado às características que o aluno explora no seu cotidiano, tudo passa a ser mais natural. As aulas deixam de ser algo distante de sua realidade, como se ele fosse um mero observador do seu processo de aprendizagem, e passam a fazer mais sentido, tornando-se algo estimulante, divertido e enriquecedor.

Aprendizagem colaborativa: entenda a metodologia Read More »

tecnologias, educação, professor

Como as tecnologias na educação irão impactar o papel do professor em sala de aula

Os recursos tecnológicos deixam de ser uma mera ferramenta e se tornam grandes aliados do trabalho do docente Não é de hoje que a educação se beneficia de avanços tecnológicos. Seja por meio de uma plataforma diferente, aplicativos para estudos, uso de conteúdos audiovisuais ou simplesmente pelo ensino à distância, a inovação permitiu que o setor explorasse novos meios para promover a aprendizagem. Os professores que demonstraram resistência às mudanças aprenderam, ao longo do tempo, que relutar contra todos esses avanços seria em vão. Em grande parte, porque as tecnologias já estavam muito atreladas à vida dos estudantes. Com isso, começaram a explorar os recursos tecnológicos disponíveis e usá-los em sala de aula. Porém, o cenário se transformou de tal forma que, hoje, esses fatores são muito mais do que uma mera ferramenta para engajar os jovens e se tornaram verdadeiros aliados do trabalho dos docentes. Nesse contexto, existem três tipos de tecnologia que estão em alta nas discussões sobre o tema, não apenas por seus diferenciais, mas pelo engajamento e outros benefícios que podem promover para alunos e professores durante o processo de aprendizagem. Confira: Inteligência artificial Com esse recurso, a ideia é que as máquinas consigam ter um desempenho parecido com o dos seres humanos em termos de raciocínio, tomada de decisões e resolução de problemas. E uma de suas funcionalidades na educação está na personalização do estudo por meio de plataformas que identifiquem o perfil de cada estudante. Assim, é possível melhorar o desenvolvimento de seus pontos fracos e ajudar a explorar seus pontos fortes. Holograma Conhecido por conta dos filmes de ficção científica, os hologramas fazem uma espécie de projeção de figuras, sejam objetos ou mesmo pessoas. Com essa tecnologia, um estudante que não conseguisse comparecer à escola, por exemplo, poderia acompanhar uma aula com o professor em sua própria sala de estar, aumentando o engajamento e captando melhor a atenção do jovem. Realidade aumentada Mesclando o mundo virtual com o mundo real, a realidade aumentada permite a interação com objetos virtuais em três dimensões (3D). Imagine o impacto para o aprendizado de um estudante quando uma ilustração “sair” do seu livro de geografia, um elemento da tabela periódica aparecer na sua mesa ou quando ele puder visualizar cenários históricos ao seu redor. Essas são apenas algumas das possibilidades que essas tecnologias permitem. É possível explorá-las de inúmeras maneiras em sala de aula ou à distância para engajar os estudantes e fazer do processo de aprendizagem uma experiência ainda mais significativa.

Como as tecnologias na educação irão impactar o papel do professor em sala de aula Read More »

Folclore Brasileiro: o que cirandas, lendas e tradições nos ensinam sobre cidadania?

Comemorado em 22 de agosto, o Dia do Folclore Brasileiro valoriza a herança da cultura popular, ajuda a formar cidadãos mais conscientes de sua história e fortalece a identidade nacional na sociedade contemporânea Rico em costumes e tradições, nosso folclore traz uma forte relação com a pluralidade e ancestralidade de povos indígenas, africanos e europeus. Uma cultura viva perpetuada de geração em geração que ganha novos contornos, em uma mistura de preservação da memória e adequação para acompanhar as transformações da sociedade. Vai muito além de lendas, brincadeiras, danças, festas ou contação de histórias. Tem impacto social, político e econômico, ao movimentar grupos e reafirmar suas influências. Trabalhar o folclore brasileiro nas escolas de forma ampla e multidisciplinar, a partir de atividades lúdicas ou experiências imersivas, traz importantes lições de cidadania aos estudantes. Contribui em sua formação ao incentivar o respeito à diversidade, promove conexão com outras realidades, enriquece o repertório cultural, estimula o sentimento de pertencer e amplia o campo de visão sobre a sociedade, suas potencialidades e necessidades. Herança compartilhada Por ser uma importante base para as interações ao manter viva a memória dos povos, a herança da cultura popular torna os estudantes mais conscientes de sua história e fortalece a identidade nacional na sociedade atual. A Unesco recomenda o estudo e a preservação do folclore desde 1940 e o reconhece como Patrimônio Cultural Imaterial. Em 1951, durante o I Congresso Brasileiro de Folclore, foi estabelecida a Carta do Folclore Brasileiro que recebeu uma releitura em 1995, ao incorporar as contribuições das Ciências Humanas e Sociais. No documento ficou definido que folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social. A data que celebra o Dia do Folclore Brasileiro foi oficializada em 1965, com a proposta de assegurar proteção às manifestações da cultura popular, realizar estudos sobre comportamento da sociedade, bem como incentivar ações públicas e privadas para manutenção deste legado. Projetos pedagógicos que valorizam a cultura nacional permitem às novas gerações a oportunidade de ressignificar narrativas, estreitar vínculos, propagar a essência de seu povo e agir como protagonistas nas transformações sociais.

Folclore Brasileiro: o que cirandas, lendas e tradições nos ensinam sobre cidadania? Read More »