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Entenda o que é uma Cidade Educadora

Conceito está presente na Carta das Cidades Educadoras e prevê que elas desenvolvam essa função de modo paralelo às que já executam O conceito de cidade educadora nasceu em 1990, no I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, em Barcelona. Ele está inscrito na Carta das Cidades Educadoras, documento elaborado nesse evento. Segundo a Carta, “a educação transcende as paredes da escola para impregnar toda a cidade”. Em 1994, foi realizado o III Congresso, em Bolonha, na Itália. Nesse mesmo ano, foi fundada a Associação Internacional das Cidades Educadoras. A Carta foi sendo revista e atualizada em encontros desse tipo até 2004. Em 2016 o comitê-executivo da associação estabeleceu a data de 30 de novembro como Dia Internacional das Cidades Educadoras. Mas você sabe o que significa esse conceito?  O que é uma cidade educadora Segundo a Associação Internacional de Cidades Educadoras (AICE),  toda cidade é educativa por si só; ela se torna educadora quando assume essa “intenção na forma como se apresenta a seus cidadãos, consciente de que suas propostas têm consequências em atitudes e convivências e geram novos valores, conhecimentos e habilidades”.[LA1]  O MEC define que a cidade educadora deve fazer “a integração da oferta de atividades sociais e culturais para potencializar sua capacidade educativa formal e informalmente”. Por sua vez, o Centro de Referências em Educação Integral explica que “a concepção de cidade educadora remete ao entendimento da cidade como território educativo”. A entidade prossegue, dizendo: “Nele, seus diferentes espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, que podem, ao assumirem uma intencionalidade educativa, garantir a perenidade do processo de formação dos indivíduos para além da escola, em diálogo com as diversas oportunidades de ensinar e aprender que a comunidade oferece”. Dessas definições, próximas e complementares, depreendemos que a cidade é um espaço em que a aprendizagem está presente naturalmente. No entanto, para que ela seja considerada educadora, é necessário um passo além: que ela conecte e integre as possibilidades educativas de seu território, de maneira planejada e intencional. Na Carta da AICE, a entidade pondera que a cidade deve exercer e desenvolver sua função educadora de maneira paralela às suas atribuições tradicionais. São elas: funções econômica, social e de política de prestação de serviços. Isso deve ser feito, prossegue a associação, “tendo em vista a formação, promoção e o desenvolvimento de todos os seus habitantes”. Para a AICE, a prioridade deve ser dada a crianças e jovens. Mas “com a vontade decidida de incorporar pessoas de todas as idades, numa formação ao longo da vida”. Cidades educadoras no Brasil No Brasil, há 25 cidades afiliadas à Associação Internacional de Cidades Educadoras. São as listadas abaixo. Araraquara (SP); Camargo (RS); Carazinho (RS); Curitiba (PR); Gramado (RS); Guaporé (RS); Guarulhos (SP); Horizonte (CE); Marau (RS); Mauá (SP); Monte Horebe (PB); Nova Petrópolis (RS); Passo Fundo (RS); Porto Alegre RS); Raul Soares (MG); Santiago (RS); Santo André (SP); Santos (SP); São Bernardo do Campo (SP); São Carlos (SP); São Gabriel (RS); São Paulo (SP); Sarandi (RS); Soledade (RS); Vitória de Santo Antão (PE).  Leia também: Como projetos interdisciplinares podem impactar positivamente a aprendizagem? Experiências das cidades educadoras A rede de cidades educadoras compartilha experiências que são implementadas nos municípios associados. São projetos de saúde, educação, ambiente, mobilidade e cultura, entre outros, que em geral interligam várias dessas áreas e diferentes setores sociais. De Fundão, em Portugal, vem um desses projetos. No “Casas e lugares de sentir”, diversos atores – governo municipal, comunidades rurais, agentes sociais e comunidade educativa – se uniram para recuperar os saberes e as tradições locais. A partir disso, casas e outros locais atuam como museus comunitários, que configuram uma rota turística e educativa para que diferentes públicos possam aprender tais conhecimentos  de maneira vivencial e criativa.  Além disso, o projeto fomenta o acesso equitativo a bens culturais. Outra iniciativa destacada no site da AICE é de Santo André, na Grande São Paulo. Num espaço que antes era inseguro, associado com consumo de drogas, vandalismo e abandono de animais, em 2016 foi implementada a Escola Municipal de Educação Ambiental Parque Tangará (EMEA). Com 50 mil m2 de área com vegetação de mata atlântica, o parque-escola tem o objetivo de que as pessoas aprendam formas de viver na cidade de forma sustentável e integrada com o meio ambiente. O local oferece cursos e oficinas que despertam e incentivam a participação social. Seus temas são planejados, revisados e constantemente revisitados. Eles visam cumprir objetivos ligados a educação ambiental, sustentabilidade, conscientização e ação social. O papel da cidade no processo de aprendizagem escolar A cidade pode ser considerada uma escola. Uma escola de convivência e trocas simbólicas, o locus fundamental de aprendizagem da experiência pública, lugar formador do sentimento da urbanidade.  É preciso ter em mente [LA2] os sentidos primários da cidade como lugar de passagem e ocupação, como território e espaço, introduzindo a hipótese da cidade como lugar de aprendizado e intervenção transformativa. A educação, neste caso, não é prerrogativa da escola, nem de seus educadores ou planejadores. A cidade aparece subtematizada em alguns processos de aprendizagem escolar. Mas é possível pensar em fazer das escolas um lugar potencial a partir do qual a transformação urbana pode ganhar impulso. Para isso, as escolas precisariam sair de seus muros rumo ao aumento de sua potência comunitária. No programa “Aprendendo a Viver na Cidade”, da BEĨ Educação, os estudantes são estimulados a conhecer melhor a história, a geografia, as potencialidades e problemas do meio urbano. E não só de forma teórica. Nos locais onde o programa foi aplicado, várias turmas foram visitar câmaras de vereadores, prefeituras, prédios e monumentos históricos. Além disso, os estudantes devem fazer um projeto de aplicação prático dos conhecimentos. Aqui, cabe lembrar as palavras do economista Edward Glaeser. Segundo ele, a cidade é “a maior invenção da humanidade”. Afinal, ela permite o florescimento da cultura, o debate de ideias, o exercício pleno da política e da cidadania. Se tudo isso é possível, é porque ela representa a realização material de bem comum e, portanto, a

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Ilustração mostra menina lendo livro com engrenagens atrása e uma mulher subindo escada com lâmpada na mão

Educação integral: o que é e qual sua importância

A BNCC traz um compromisso com a educação integral em seu texto. Entenda o que ela significa   O conceito de educação integral está cada vez mais presente nas discussões sobre  aprendizagem.   A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que regulamenta as aprendizagens essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver na Educação Básica, diz em seu texto que ela traz um compromisso com a educação integral.  Mas o que significa esse termo? E por que ele tem ganhado mais importância? Vamos responder a essas questões.  O que é educação integral  Na visão do Centro de Referências em Educação Integral, a educação integral “busca garantir o desenvolvimento humano em todas as suas dimensões: intelectual, física, afetiva, social e cultural”. Para que isso seja viabilizado, prossegue a instituição, ela pressupõe “a construção permanente de um projeto educativo compartilhado por gestores, professores, estudantes, famílias e comunidades locais”.  O termo já existia no início do século XX. A história educacional brasileira registra as primeiras referências a ele na década de 1930. As ideias foram inclusive incorporadas ao Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, em 1932. Na visão do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), naquele momento, educação integral era um termo usado numa perspectiva humanizadora, um caminho para a emancipação dos indivíduos.  Mas o conceito foi trazido aos tempos atuais. Ele começou a ser consolidado pouco a pouco, especialmente a partir da década de 1990.  Com isso, chegou-se à explicação do Centro de Referências em Educação Integral. Para a instituição, a “educação integral é uma proposta contemporânea porque, alinhada às demandas do século XXI, tem como foco a formação de sujeitos críticos, autônomos e responsáveis consigo mesmos e com o mundo”.  E, como formação integral, sua proposta pedagógica tem de superar uma ideia, que por muito tempo foi adotada, de fragmentar o conhecimento, dividindo-o em áreas que parecem não se conectar. O conhecimento precisa ser adquirido de forma integrada, possibilitando um desenvolvimento pleno dos indivíduos aprendentes. E, para isso, é necessário observar suas diferentes dimensões. Não só a cognitiva e intelectual, como também a física, a afetiva e a ética.   Por que a educação integral é importante  Em 2019, o IBGE apontava que a taxa de escolarização na faixa dos 6 aos 14 anos alcançava 99,7%, considerado um percentual próximo à universalização. Mas esse acesso à escola não se traduziu em qualidade.   Isso é demonstrado pelo desempenho dos estudantes brasileiros em avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). A edição de 2018 apontou baixa proficiência no Brasil em Leitura, Matemática e Ciências, na comparação com outros 78 países que participaram da avaliação. Segundo o MEC, 68,1% dos estudantes brasileiros, com 15 anos de idade, não possuem nível básico de Matemática, 55% em Ciências e 50% em Leitura.  Na busca por melhoria na qualidade, o MEC começou a implementar em 2007 o programa Mais Educação. Ele previa a ampliação da jornada escolar nas escolas públicas para no mínimo 7 horas diárias. Esse aumento na carga horária se daria por atividades eletivas, nas seguintes áreas: acompanhamento pedagógico; educação ambiental; esporte e lazer; direitos humanos em educação; cultura e artes; cultura digital; promoção da saúde; comunicação e uso de mídias; investigação no campo das ciências da natureza e educação econômica.   A educação integral aparece nesse contexto de melhoria da qualidade como proposta de chegar a uma formação multidisciplinar e mais completa. “A definição de um paradigma contemporâneo de educação integral entende que o território da educação escolar pode expandir-se para além dos muros da escola, alcançando seu entorno e a cidade em suas múltiplas possibilidades educativas”, diz o site do programa.   Leia também: Lugar do encontro, espaço público é importante no exercício da cidadania Como a educação integral aparece na BNCC  A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) revela em sua introdução que faz um compromisso, “de maneira explícita”, com a educação integral. Dessa forma, o texto afirma que “a Educação Básica deve visar à formação e ao desenvolvimento humano global”. Para isso, prossegue, é necessário compreender “a complexidade e a não linearidade desse desenvolvimento, rompendo com visões reducionistas que privilegiam ou a dimensão intelectual (cognitiva) ou a dimensão afetiva”.  Mas o que a BNCC chama de “educação integral”? O texto traz o conceito com o qual está comprometida. Ele se refere “à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade contemporânea”.  A Base traz em seu texto 10 competências gerais que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo da Educação Básica. E, ao comentá-las, Débora Hack, gerente da BEĨ Educação afirma: “a partir da definição das 10 competências gerais da BNCC, a educação no Brasil passa a ter a concepção de educação integral”.   De acordo com a especialista, o conceito abordado é o de uma educação que contempla as diversas dimensões do desenvolvimento humano. Ela as enumera: “cognitivo, social, afetivo, psicomotor e cultural”.  Educação integral e educação em tempo integral são a mesma coisa?  Embora não sejam sinônimos, a educação integral precisa de uma expansão da carga horária, que é a educação em tempo integral.  Em entrevista ao canal Futura, Patrícia Guedes, da Fundação Itaú Social, disse que estudos e experiências dentro e fora do Brasil mostram que a educação integral, para apresentar resultados, se apoia no seguinte tripé:   ampliação de tempo na escola – tanto na rede pública quanto na particular; ampliação de tipos de aprendizagem, com a diversificação de currículo; ampliação dos espaços de aprendizagem, que não fiquem só limitados à escola – e aqui a especialista exemplifica com equipamentos públicos da cidade e atividades oferecidas por organizações sociais. Para alcançar uma aprendizagem mais efetiva, visando a educação integral como foi descrita neste texto, as metodologias ativas de ensino são uma importante ferramenta. Saiba mais sobre elas nesse texto. 

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Lugar do encontro, espaço público é importante no exercício da democracia

Em época de eleições, é crucial lembrar a importância do meio urbano e nosso contato com ele Washington Fajardo, ex-secretário de planejamento urbano do Rio de Janeiro e colaborador da BEĨ Educação, comenta sobre a relação entre “ocupar a cidade” e a cidadania Segundo o material didático “Aprendendo a Viver na Cidade”, da BEĨ Educação, “o espaço público é o lugar do encontro, da convivência e da vida coletiva, podendo ser considerado a ‘alma da cidade’. Afinal, se uma das principais características da cidade é agregar, promover o encontro, é no espaço público que isso acontece”. Em período de eleições, esse espaço e a sua ocupação pelos cidadãos são essenciais para a convivência e a cidadania plena.  Washington Fajardo, arquiteto, ex-secretário de planejamento urbano da cidade do Rio de Janeiro e colaborador da Arq. Futuro, parceira da BEĨ Educação, defende que a cidade tem papel fundamental na democracia.  “Do latim, o radical que dá origem à palavra ‘cidadão’ (civis) é a mesmo de ‘cidade’ (civitas), sendo que a democracia surgiu de uma necessidade da convivência num território comum. Logo, o espaço público deve servir de plataforma para o diálogo, a tolerância e o respeito entre diferentes”, afirma.   Fajardo chama esse aspecto social de “urbanidade”, um termo cunhado por arquitetos e urbanistas para se referir à relação entre as pessoas, baseada na boa convivência no ambiente urbano.  Nas cidades brasileiras, no entanto, essa experiência é muito segmentada devido a renda, classe e etnia da população, fazendo com que, de acordo com ele, a ideia brasileira de convivência também seja muito fragmentada.   Leia também: Mais do que ensinar conteúdos, escola deve visar à formação cidadã  Espaços públicos para diferentes demandas   Nesse contexto, o ex-secretário analisa a juventude urbana e sua forma de aprender sobre e tomar o espaço público, como uma área de troca e expressão culturalmente diversa. Bailes funk, batalhas de slam, os chamados “paredões”: são todos exemplos de ocupações da rua “num improviso de local de encontro”. Logo, há uma necessidade por espaços públicos que possam lidar com diferentes demandas de adolescentes e jovens.  Além disso, ele destaca a importância política dessa faixa etária, que “está em um momento de transição para a vida cidadã, tornando-se uma pessoa política”. Em 2022, o país ganhou 2.042.817 novos eleitores entre 16 e 18 anos, um aumento de 47% em relação a 2018.  Para Washington Fajardo, a juventude “é o motor de grandes revoluções”, dando como exemplo os atos de 2013, em que os jovens se reuniram nas ruas para questionar a qualidade da vida coletiva, em sua mobilidade – com o movimento Passe Livre – e seus serviços públicos.   Assim, com as eleições se aproximando, devemos lembrar do quão imprescindível é a cidade como espaço de atuação política, expressão e reivindicação, como o material da BEĨ Educação defende num de seus capítulos: “o urbanismo tático são intervenções urbanas realizadas pela sociedade em ruas, praças, parques, escolas e até edifícios, ações que têm função essencial na construção e no desenvolvimento da cidade”.  Ainda dentro dessa temática, veja como os espaços urbanos podem favorecer a aprendizagem e a formação de cidadãos atuantes.

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Entenda o que é a aprendizagem baseada em projetos

Confira ainda dicas de como aplicar essa metodologia ativa de ensino nas escolas   Como engajar os estudantes e tornar sua aprendizagem mais significativa e conectada com seu dia a dia? Esse desafio tem movido educadores a buscarem novas metodologias de ensino. Uma delas é a aprendizagem baseada em projetos. Essa metodologia ativa envolve pesquisa, trabalho em grupo e atividades práticas, que trazem significado real para os conteúdos ensinados.  Descubra neste texto de forma mais detalhada o que é a aprendizagem baseada em projetos, qual sua importância e conheça estratégias para implantá-la.   O que é aprendizagem baseada em projetos  “A aprendizagem baseada em projetos é um modelo de ensino que consiste em permitir que os estudantes confrontem as questões e os problemas da vida real que consideram significativos, determinando como abordá-los e, então, agindo de forma cooperativa em busca de soluções.”   Essa definição é dada pelo educador norte-americano William Bender no livro “Aprendizagem baseada em projetos: Educação diferenciada para o século XXI”. Para ele, essa metodologia “é uma das mais eficazes formas disponíveis de envolver os alunos com o conteúdo de aprendizagem”.  No modelo tradicional de ensino, o estudante é um espectador. Ele apenas recebe os conhecimentos passados pelo educador.   Já nas metodologias ativas, o estudante passa a ser protagonista na construção de seu conhecimento. O educador tem o papel de mediador do processo, e não de transmissor de informações.  E esse protagonismo é uma das características da aprendizagem baseada em projetos. Por meio dessa metodologia, os estudantes se envolvem com tarefas e desafios para resolver um problema ou desenvolver um projeto que tenha ligação com sua vida fora da sala de aula.  Para isso, eles lidam com questões interdisciplinares, agem sozinhos e em equipe. Com os projetos, são trabalhadas também as habilidades de pensamento crítico e criativo.  Em seu livro, Bender explica que a aprendizagem baseada em projetos não é nova. Ela surgiu nas primeiras décadas do século XX. No entanto, foi aplicada então apenas no ensino de medicina. O autor defende que, hoje em dia, a metodologia é “um caminho para o ensino diferenciado, altamente recomendável para as salas de aula do século XXI”.   Leia também: Por que é importante promover a aprendizagem significativa  Como a aprendizagem baseada em projetos contribui com o desenvolvimento do estudante   Na avaliação de Áquila Nogueira, gerente pedagógico e de produtos da BEĨ Educação, a aprendizagem baseada em projetos apresenta uma série de benefícios para o desenvolvimento do estudante.  Entre elas, ele destaca: a autonomia, o trabalho em grupo, a pesquisa e várias habilidades socioemocionais.  “Mas eu creio que o ponto central dessa contribuição seja justamente que o estudante assume o protagonismo do processo”, afirma o gerente. “Ele escolhe tema. Ele pesquisa. Ele define critérios de avaliação e avalia a qualidade do que produz.”  Para Nogueira, “quando o estudante deixa de ser um receptor passivo de informações e assume as rédeas de sua aprendizagem, entra num caminho que será central para seu desenvolvimento ao longo de toda sua vida”.   O especialista da BEĨ Educação afirma que essa contribuição se dará em todos os aspectos, começando pela vida profissional, “que é sempre muito valorizada”. Mas ele cita outros pontos que podem ser favorecidos com a experiência: “Escolhas sociais, políticas, familiares, enfim todo o caminho que essa pessoa irá trilhar ao longo da vida”.  Como aplicar a aprendizagem baseada em projetos  Em seu livro, o educador William Bender traz orientações sobre como aplicar a metodologia da aprendizagem baseada em projetos. Uma das ferramentas indicadas pelo autor é a aprendizagem cooperativa.   Como ela tem sido utilizada em salas de aula nas últimas décadas, Bender avalia que os educadores devam estar mais familiarizados com essa ferramenta do que “com muitas alternativas tecnológicas mais novas”.  Outras estratégias mencionadas pelo educador são: brainstorming, agrupar os alunos para o ensino, táticas de investigação dirigidas pelos estudantes e táticas de ensino dirigidas pelos educadores.  A BEĨ Educação adota metodologias ativas de ensino em seus materiais. A aprendizagem baseada em projetos é uma delas. Os educadores das escolas que usam as coleções da empresa recebem orientação sobre como empregar a metodologia.  Áquila Nogueira destaca que toda a bagagem e história de vida dos educadores é levada em conta nessa formação. “Nossa ideia não é, de maneira nenhuma, ensiná-los a dar aulas, até porque isso já faz parte de sua rotina”, ressalta.  Por outro lado, o gerente explica que, no geral, esses educadores têm menos intimidade com a aprendizagem baseada em projetos. “Além disso, mesmo quando já trabalharam projetos com os estudantes, em geral não tinham uma estrutura organizada previamente que pudesse guiá-los”, diz.  Assim, Nogueira afirma que a formação é centrada no Ciclo de Projetos. “Ele é uma forma prática de organizar o desenvolvimento dos projetos, com etapas específicas para os educadores e para os estudantes.”    De acordo com o executivo da BEĨ Educação, essa dinâmica costuma tranquilizar os educadores, ao mesmo tempo em que os motiva.   “Além disso, como nossa formação é continuada, acompanhamos o processo, escutando os educadores e tendo acesso a seus registros, podendo apoiá-los ao longo do desenvolvimento das ações, e isso torna o processo muito mais próximo e personalizado”, diz.   As etapas para elaboração do projeto coletivo   O Projeto Coletivo adotado pela BEĨ Educação passa por seis etapas. São elas:  1 – Definição  O educador define os conteúdos que quer desenvolver e os estudantes definem o tema do projeto que vão construir.  2 – Diagnóstico   O educador conhece o perfil da turma e seus conhecimentos prévios e os estudantes conhecem mais de perto a situação em que querem intervir com seu projeto.  3 – Elaboração da proposta  O educador define seu Planejamento Didático Ativo, organizando as aulas, objetivos de aprendizagem e avaliação, enquanto os estudantes criam seu Plano de Ação para estruturar as ações do Projeto.  4 – Implementação   Tanto o educador quanto os estudantes colocam seus planos em ação, sendo essa a etapa que dura mais tempo, em geral.  5 – Avaliação de resultado   O educador propõe avaliações para a turma, priorizando autoavaliação, rubricas e outras ferramentas

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O Novo Enem: exame deve mudar em 2024

O Exame Nacional do Ensino Médio deve ter duas fases, sendo uma de testes e outra com questões dissertativas. Confira o que já se sabe sobre as alterações     Você sabia que o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, vai mudar? O Novo Enem deve ser implementado a partir de 2024, depois de completado o calendário de implantação do novo Ensino Médio.  Muitas das novas regras já foram definidas por um grupo de trabalho, que anunciou o novo formato do exame.   Leia aqui o que já foi divulgado sobre essa nova configuração e acompanhe os próximos passos.  Leia também: Transformação digital: qual a importância de as escolas acompanharem essa tendência?   Por que um Novo Enem?   Em 2022, começou a ser implementado no Brasil o Novo Ensino Médio. Com objetivo de aproximar a escola da realidade do estudante, ele se divide em dois blocos:    Formação Geral Básica: engloba as habilidades e competências específicas previstas na BNCC de cada área do conhecimento. Deve ter, no máximo, uma carga horária de 1.800 horas ao longo das séries do Ensino Médio.   Itinerários Formativos: trilhas para aprofundar os conhecimentos que os estudantes vão percorrer de acordo com seus interesses, com carga horária de no mínimo 1.200 horas.    Desde que esse modelo foi definido, a reformulação do Enem já era esperada. A elaboração de um novo modelo consta inclusive da Resolução nº 3 de 2018, que atualizou as Diretrizes Curriculares Nacionais.   Por isso, foi formado um grupo de trabalho encarregado de elaborar uma proposta para uma forma de avaliação que refletisse esse novo modelo de ensino.   O Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, responsável pela aplicação do Enem, integra esse grupo. Ele conta ainda com representantes de secretarias de estado de educação, MEC, CNE (Conselho Nacional de Educação) e escolas privadas.   Vale lembrar que o Enem é atualmente o principal mecanismo de acesso à educação superior do país. O exame foi instituído em 1998 para avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Em 2009, segundo o Inep, ele teve sua metodologia aperfeiçoada para ser usado como prova para ingresso em cursos de nível superior.   Suas notas podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas são aceitas ainda em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas.   Além disso, participantes do Enem podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).   Em março de 2022, uma prévia de o que será o Novo Enem foi apresentada publicamente.   O que já se sabe sobre o Novo Enem   O Novo Enem deverá ser aplicado em duas fases, com formatos, abordagens e conteúdos diferentes.   A primeira, de acordo com documento do MEC, terá como referência a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com os conteúdos da formação geral básica. Nesta fase, as questões devem ser interdisciplinares. Isso significa que elas abordarão mais de uma área de conhecimento. O foco principal será português e matemática. A prova de inglês também será integrada às demais áreas.    Já a segunda etapa será mais específica e deverá avaliar os conhecimentos mobilizados nos Itinerários Formativos cursados pelos estudantes. Os itinerários são divididos em quatro áreas do conhecimento:   Linguagens e suas Tecnologias;   Matemática e suas Tecnologias;   Ciências da Natureza e suas Tecnologias;   Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.   Pelo que já foi divulgado, no momento da inscrição para o Novo Enem, o estudante deverá indicar a qual dessas áreas está vinculado o curso superior que deseja fazer. Assim, de acordo com o MEC, as provas do exame dessa segunda fase estarão ligadas à área de conhecimento vinculada ao curso superior que o candidato pretende cursar.   Questões discursivas ou dissertativas   Outra novidade do Novo Enem é a possibilidade da implantação de questões discursivas ou dissertativas. Atualmente, o exame é composto por questões de múltipla escolha, que avaliam o conhecimento básico, e uma redação.   De acordo com o que foi divulgado em março de 2022 e reportado pela Agência Brasil, as provas passarão a contar com questões abertas ou discursivas. Esse modelo será adotado especialmente na segunda fase, voltada para áreas específicas.   Avaliação da formação técnica   Além das quatro áreas de conhecimento mencionadas, os itinerários formativos podem também ser voltados para a Formação Técnica e Profissional. Como há 215 cursos técnicos em 13 eixos tecnológicos, não seria possível fazer provas específicas para cada um deles.   Por isso, segundo o MEC informou à Agência Brasil, os estudantes que cursarem itinerários com essa finalidade poderão receber bonificações ao concorrer a vagas no ensino superior pelo Enem.   Eles não ficarão dispensados da prova caso queiram ingressar em um curso superior e deverão realizar as duas fases previstas. No entanto, ao final poderão receber um bônus em suas notas.   A tabela com a sugestão de pontos adicionais ainda está em elaboração pelo MEC.   Quando o Novo Enem deve ser implementado?   O Novo Enem deve ser implementado a partir de 2024. É quando o Novo Ensino Médio deverá estar totalmente em vigor para todas as séries dessa etapa da Educação Básica.   Até lá, o Enem deve continuar sendo aplicado nos mesmos moldes em que é feito atualmente.   Resumo das mudanças   Para ficar mais fácil, resumimos na tabela abaixo as principais diferenças entre o Enem atualmente e como ele deve ficar.  Leia também: Estabelecer metas ajuda o jovem a se preparar para o futuro profissional   O que ainda está em estudo   Além dos pontos já elencados, há outros itens em estudo para o Novo Enem.   Um deles é a aplicação da prova três vezes por ano.  Essa proposta, feita pelo CNE, tem ao menos dois objetivos principais:   reduzir o número de candidatos a cada edição   possibilitar mais chances para os estudantes ingressarem na faculdade com a nota do exame.   Outro ponto que está sendo avaliado é implantar a correção por inteligência artificial. Um dos motivos seria reduzir os custos do processo. Outro é diminuir o tempo para divulgar os resultados. Tudo isso tendo em vista a inclusão de questões

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Imagem com fundo amarelo mostra um celular em pé com chapéu de formando com ícones ao seu redor

As vantagens do Google Sala de Aula na formação de educadores

Ferramenta é usada pela BEĨ Educação nas formações de professores que vão aplicar seus projetos. Recursos mais recentes já são adotados pela equipe A ferramenta Google Sala de Aula tem sido cada vez mais usada por educadores para facilitar atividades em suas turmas, promovendo maior interação com os estudantes. O uso intensificado tem sido, inclusive, objeto de avaliações e estudos acadêmicos sobre sua efetividade.  Da mesma forma, o Google Sala de Aula pode ser usado de maneira eficaz para a formação de educadores, como acontece BEĨ Educação.   Conheça um pouco mais sobre essa ferramenta neste artigo.    O que é o Google Sala de Aula    O Google Sala de Aula é uma ferramenta on-line que ajuda o planejamento e a realização de aulas virtuais. Além disso, é um espaço de interação entre educadores e estudantes que possibilita a divulgação de avisos e materiais complementares, bem como a entrega de trabalhos.  É importante destacar que o Google Sala de Aula permite o uso de todos os aplicativos da empresa em sua plataforma. O próprio Google destaca entre as possibilidades de uso, estas, abaixo, apenas para citar funcionalidades para os professores:   iniciar uma videochamada;  criar e gerenciar turmas, atividades e notas on-line sem usar papel;  adicionar materiais às atividades, como vídeos do YouTube, uma pesquisa em um arquivo do Formulários Google e outros itens do Google Drive;  dar feedback direto em tempo real;    gerenciar turmas, atividades e notas on-line sem usar papel.  usar o mural da turma para postar avisos e incentivar a participação dos alunos com discussões baseadas em perguntas.  A ferramenta foi lançada pelo Google em 2014 e desde então começou a ser amplamente adotada.  Todavia, a aplicação ganhou mais destaque em 2020, por causa da paralisação das atividades escolares presenciais devido à pandemia de covid-19. Nessa ocasião, a migração para atividades on-line foi maciça, bem como a adoção dessa ferramenta por diversas escolas.     Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa  Vantagens da ferramenta na formação de educadores  Na BEĨ Educação, o Google Sala de Aula é utilizado nas formações de educadores que irão adotar nossos materiais.   De acordo com Hélio Sales Jr., da área de Tecnologia da BEĨ Educação, foram as vantagens de usar o Google Sala de Aula nas formações que levaram à escolha da ferramenta.  Ele explica que o time pedagógico organiza, em turmas, os professores que participarão da formação. Ao entrar numa turma, esse professor consegue ver comunicados mais recentes e acessar os links do Google Meet para os encontros síncronos. Além disso, a ferramenta permite encontrar todo o material necessário: livros, sites, formulários etc.    “O Google Sala de Aula é a ferramenta que otimiza nossa comunicação e nos ajuda a organizar o diálogo com os educadores, que é sempre muito rico”, afirma Sales Jr., que também é especialista em Google.    “Desde ações mais simples, como divulgação de horários e materiais, até feedbacks e avaliações sobre ideias discutidas em nossas interações, usamos o Sala de Aula para potencializar o alcance de nosso conteúdo”, diz ele.  Leia também: A importância e os desafios do coordenador pedagógico  Capacitação para usar o Google Sala de Aula  Para os colaboradores da BEĨ Educação que precisam usar a ferramenta com mais frequência, Sales Jr. conta que a companhia oferece os cursos de Certificação de Educador Google.   “Esses cursos dão toda base para que nossos profissionais dominem não só o Google Sala de Aula mas também os aplicativos muito usados em conjunto com ele, como o Apresentações, Meet e Docs, por exemplo”, afirma o especialista.   “Além dos cursos mantemos uma rotina periódica de atualizações em que apresentamos todas as funcionalidades que usamos no Google Sala de Aula de maneira muito simples”, conta ele. “A partir de turmas ‘modelo’, adicionamos nossos colaboradores como professores e simulamos o processo de criação, customização e utilização da plataforma, criando avisos, materiais e interações juntos”, diz Sales Jr.   Novos recursos já usados pela BEĨ Educação   A Google lançou algumas novidades para a ferramenta em 2022 que já são usadas pela equipe da BEĨ Educação, segundo o especialista.   Entre elas, está a possibilidade de programar atividades em várias turmas ao mesmo tempo. Além dessa, outra funcionalidade já utilizada pela equipe é ativar os relatórios de originalidade para trabalhos. Essa ferramenta confere se o texto é original comparando o trabalho com textos da internet.  “Acredito que o maior segredo do Google Sala de Aula é entender como usar as possibilidades a seu favor”, diz Sales Jr. “A ferramenta funciona de uma maneira intuitiva e consegue integrar todas as mídias necessárias para uma boa experiência de aprendizagem. Portanto, o foco no conteúdo de qualidade e em profissionais preparados para criar experiências engajadoras é o que faz a aprendizagem realmente acontecer”, finaliza.  A formação continuada dos educadores é uma necessidade que se acentua com a evolução das tecnologias e dos currículos. Neste outro artigo, mostramos como as escolas podem incentivar essa formação continuada.  #beieducação #educação #GoogleSaladeAula #formaçãocontinuada #tecnologiaeeducação #formação #educadores 

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Arte e cultura indígena brasileira ganham evidência

Exposições no Brasil e no exterior mostram reconhecimento da arte dos povos originários. Mês de agosto marca celebração e luta dos povos indígenas   A arte e cultura indígena brasileira estão ganhando evidência. Essa boa notícia dá alento para encerrar este mês de agosto, em que é celebrado o Dia Internacional dos Povos Indígenas.   Atualmente, há ao menos três exposições de arte indígena brasileira em cartaz, duas no Brasil e uma na França. Além disso, peças de arte indígena passaram a integrar acervos de museus brasileiros e até de alguns estrangeiros.   Reportagem do site Neofeed deu destaque a esse movimento. O texto informa que instituições de prestígio, como o Centro Georges Pompidou e a Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, ambos na França, adquiriram peças de arte indígena brasileira para integrarem seus acervos. Na avaliação do site, esse fato é um “termômetro do reconhecimento que a arte indígena brasileira começa a ter no mundo”.   Identidade indígena na formação cultural do Brasil   De fato, esse cenário de visibilidade da arte e cultura indígena pode ajudar em um resgate da identidade indígena na formação cultural do Brasil.   “Todos descendem dessa construção histórica, não só no sentido biológico, mas também em tudo o que existe no Brasil: culinária, língua e cultura de um modo geral”, afirma Cristine Takuá, autora do material didático da BEĨ Educação sobre cultura indígena.   Para Cristine, que é filósofa e integra o povo Maxakali, o Dia Internacional dos Povos Indígenas representa a riqueza e a ancestralidade da cultura brasileira como um todo.   “O Dia Internacional dos Povos Indígenas firmou o marco de resistência e luta dos povos indígenas em nome de diversas culturas, identidades e línguas, que, inclusive, fazem parte da construção de todos os países”, explica ela.   Atualmente, mais de 300 etnias indígenas vivem no país. Além disso, mais de 180 línguas são faladas até hoje. Com isso, as culturas dos povos originários se mantêm vivas e enraizadas no Brasil, apesar de inúmeros movimentos diretos e indiretos de invisibilização.     Exposições de arte indígena brasileira no Brasil e no exterior   Atualmente, há pelo menos duas exposições de arte indígena no país e mais uma com obras da mesma temática em Lille, na França.    Uma delas está na Casa de Cultura do Parque, em São Paulo: Mahku – Cantos de Imagem. Ele traz obras do coletivo Mahku – Movimento dos Artistas Huni Kuin, povo indígena de cerca de 14 mil pessoas que vive no estado do Acre e no Peru. O grupo é composto de cinco artistas.   Obras desse coletivo integram ainda os acervos do Masp (Museu de Arte de São Paulo), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do MAR (Museu de Arte do Rio) e da Fundação Cartier, em Paris.    No Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, está em cartaz a exposição Bancos Indígenas do Brasil. Com curadoria de Marisa Moreira Salles e Tomas Alvim, a mostra reúne mais de 200 bancos pertencentes à Coleção BEĨ, provenientes de 40 etnias da Amazônia.    De acordo com os curadores da mostra, a Coleção BEĨ nasceu de um deslumbramento estético com a inequívoca beleza de formas, cores, grafismos e texturas dos bancos indígenas brasileiros. “Sua trajetória parte do encantamento para a compreensão mais profunda de seus significados”, afirma Marisa Moreira Salles.   Outras exposições da Coleção BEĨ estão previstas para este segundo semestre, no Rio de Janeiro, em Cuiabá (MT) e em Araxá (MG).   Outra mostra, esta virtual, reúne vídeos, fotografias, desenhos e músicas de 23 artistas indígenas de diferentes regiões e etnias, do Brasil e do exterior. A Presente Ancestral Indígena está em cartaz na quinta edição da The Wrong Biennale – um dos mais importantes eventos de arte digital do mundo.   A exposição tem curadoria da artista visual e compositora Tassia Mila, que é indígena pataxó-kiriri, de Jequié (BA). Gratuita, ela está disponível neste link.    Mostra com peças indígenas brasileiras em Lille (França)   Além disso, o festival Utopia Lille 3.000 abre espaço para artistas indígenas da América do Sul.    Em entrevista ao site RFI, o diretor artístico do evento, Didier Fusillier, avalia que a exposição é uma oportunidade para o público ver trabalhos que não são comuns nas instituições e museus tradicionais.    “Há trabalhos de comunidades Ianomâmi brasileiras e venezuelanas, há uma grande cena artística da América do Sul”, disse ele ao site. “Temos o Jaider Esbell, que encontramos aqui e na exposição Les Vivants, da Fundação Cartier”, completou ele na reportagem.     Arte e cultura indígena na escola   Cristine Takuá defende a importância do trabalho com o tema nas escolas de forma concreta e institucionalizada. Desde 2008, a Lei n° 11.645 torna obrigatório o ensino da cultura, das histórias e dos saberes indígenas na formação básica.    No entanto, para a filósofa e educadora, “é importante repensar o ambiente escolar e o seu papel dentro da sociedade, considerando uma mudança de currículo para abordar e respeitar essa pluralidade cultural do nosso país de forma consistente e prática”.   Em entrevista à Rádio CBN Amazônia, ela disse: “Eu tenho uma militância muito grande de conversar, de dialogar para a gente mudar o currículo das escolas do Brasil todo, não só das escolas indígenas”.   A jornalista Angela Pappiani, diretora do Ikore – Instituto de Tradições Indígenas – Núcleo de Cultura Indígena –, considera que a arte e as diversas formas de expressão podem ser um caminho de aproximação entre as culturas, pois são capazes de conectar pessoas e povos diferentes.    “Se essa oportunidade de contato com a arte indígena acontece durante a vida escolar de uma criança, a chance de ela se tornar um adulto mais aberto às belezas e às diversidades do mundo, mais conectado com a natureza e com a criatividade, é muito maior”, disse ela neste artigo do Blog da BEĨ Educação.    #beieducação #educação #arteeculturaindígena #povosoriginários #diainternacionaldospovosindígenas #indígenas   

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Dados representando grupos de 3 pessoas cada dispostos em forma de círculo ao redor de um dado representando uma pessoa

A importância e os desafios do coordenador pedagógico

O coordenador pedagógico é o maestro da escola e articulador dos integrantes da comunidade escolar. E ele enfrenta muitos desafios.   Em 22 de agosto celebra-se no país o Dia do Coordenador Pedagógico. Essa função é relativamente recente: foi instituída na década de 1970.    Em 1996, com a promulgação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica), o papel desse profissional ganhou outra dimensão. Em lugar de fiscalizar o trabalho dos docentes, o que o tornava mais um supervisor, ele passou a ter o papel de construir em conjunto com eles o projeto pedagógico da escola e implementá-lo.   No entanto, em muitos locais ainda vemos coordenadores desempenhando várias atividades, mas bastante diferentes daquela que deveria ser a sua atuação fundamental.   Confira neste artigo quais as funções do coordenador pedagógico e os desafios que se colocam a esse profissional.   Quais as atribuições e funções do coordenador pedagógico    Como dissemos, a figura do coordenador pedagógico no Brasil tem cerca de 50 anos. Ao longo desse tempo, suas atribuições foram modificadas.   A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) descreve a função de coordenador pedagógico e suas atribuições.   Segundo o texto da CBO, os coordenadores pedagógicos são aqueles que “implementam, avaliam, coordenam e planejam o desenvolvimento de projetos pedagógicos/ instrucionais nas modalidades de ensino presencial e/ou a distância”.   Além disso, a definição oficial ainda descreve que esses profissionais “participam da elaboração, implementação e coordenação de projetos de recuperação de aprendizagem, aplicando metodologias e técnicas para facilitar o processo de ensino e aprendizagem”.   De acordo com o texto, eles “atuam em cursos acadêmicos e/ou corporativos em todos os níveis de ensino para atender as necessidades dos alunos, acompanhando e avaliando os processos educacionais”.    Outra atribuição dos coordenadores pedagógicos é viabilizar “o trabalho coletivo, criando e organizando mecanismos de participação em programas e projetos educacionais, facilitando o processo comunicativo entre a comunidade escolar e as associações a ela vinculadas”.    Qual é a importância do coordenador pedagógico?  O coordenador pedagógico é o maestro da orquestra chamada escola: ele é o responsável por promover a formação dos educadores, o articulador dos diferentes integrantes da comunidade (docentes, estudantes, família, direção) e o agente transformador do ambiente escolar.    É ele o representante da missão e dos objetivos da escola. Além de ajudar a formular o Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, ele participa de sua implementação e zela por seu cumprimento.  E também é responsável por suas revisões.   Esse profissional precisa ainda buscar constante formação e atualização, pesquisando e permanecendo atento a novas teorias e práticas pedagógicas e trazendo tais novidades para a escola. E é ele quem faz a transposição da teoria para a prática escolar, de maneira a tornar mais efetivo o processo de aprendizagem.    Em um artigo para a revista Educação Pública, o especialista em gestão escolar Francisco Lindoval de Oliveira explica que é o coordenador pedagógico quem deve “coordenar e supervisionar todas as atividades relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem junto ao corpo docente, visando sempre à permanência do aluno no ambiente escolar”.   Os desafios do coordenador pedagógico    A Revista Educação elaborou uma reportagem em que ouviu diversos especialistas para saber quais os principais desafios do coordenador pedagógico. Em síntese, os entrevistados focaram em quatro pontos principais:   Estimular e promover a formação continuada própria e dos docentes   Estabelecer a relação com as famílias   Promover a avaliação externa  Lidar com a direção.   Entremeando esses desafios, a reportagem apontou o desvio de função como um dos problemas enfrentados por eles. A demanda para que exerçam outras atividades fora do que seria o escopo “ideal” toma um tempo que acaba não sendo empregado nessas funções-fim.   Essa realidade foi também constatada em uma pesquisa conduzida pelas fundações Carlos Chagas e Victor Civita em 2011, com coordenadores pedagógicos em 13 capitais brasileiras. Alguns exemplos de atividades exercidas pelos entrevistados foram:   – 50% atendem a ligações de pais, da Secretaria de Educação e de pessoas da comunidade todos os dias.  – 72% fazem, também diariamente, o acompanhamento da entrada e de saída dos alunos.  – 55% conferem a organização das salas.  – 62% respondem a solicitações do sistema de ensino todo dia ou mais de uma vez por semana.  – 19% substituem os professores que faltam.   Em outro item da pesquisa, a dedicação a tais atividades mostra seu preço: 26% dos entrevistados admitiram ser insuficiente o tempo dedicado ao projeto político-pedagógico (PPP).   Desafios pós-pandemia para o coordenador pedagógico    Além dos desafios usuais, a pandemia de covid-19 trouxe novos obstáculos aos coordenadores pedagógicos. Escolas fechadas por meses e falta de acesso ao conteúdo por parte dos estudantes que não tinham computador ou internet, além de dificuldades de ordem socioemocional, formaram esse novo “cardápio\” de obstáculos a superar.   A coordenadora pedagógica Denise de Araújo Rizzi, que atua em uma escola em São Paulo, contou ao blog da BEĨ Educação que seu maior desafio atual é “reincorporar a comunidade escolar à rotina escolar”.  Para ela, o período do retorno à normalidade “tem sido uma adaptação para todos, tanto docentes como alunos”.    Em seu depoimento, a coordenadora menciona tanto aspectos de deficiência de aprendizado como socioemocionais.   “A intolerância e a falta de compreensão das regras de convívio, assim como a recuperação das aprendizagens, representam os maiores desafios para nossa rotina”, afirmou ela. Mas, após um semestre de aulas regulares, ela diz que é possível notar “uma leve melhora nesse processo de incorporação à rotina”.   “Porém o desafio da recuperação das aprendizagens persiste e sempre persistirá, já que a importância do conhecimento e do poder da informação deve ser transmitida a essas crianças e jovens como uma grande libertação social”, finalizou a coordenadora.   Uma estratégia adotada para enfrentar esse problema na escola em que Denise atua foi separar as turmas dos terceiros anos do Ensino Fundamental de acordo com a dificuldade de aprendizagem, oferecendo aulas extra duas vezes por semana. Desta forma, conta a coordenadora, “elas conseguem intensificar o processo de alfabetização com aqueles que têm urgência com essa demanda, enquanto a outra docente pode avançar nos conteúdos com os demais”.   Os aspectos

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Aprendizagem Significativa

Por que é importante promover a aprendizagem significativa

Entenda o conceito de aprendizagem significativa e confira dicas de como aplicá-la Um dos maiores desafios para os educadores é conseguir proporcionar ao estudante uma aprendizagem efetiva de novos conteúdos. Esse desafio tem sido objeto de estudos que buscam novas metodologias e conceitos. Um deles é a aprendizagem significativa.  Esse conceito, proposto em 1963, tem sido muito aplicado em escolas pelo país. E, inclusive, consta nas discussões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Entenda neste texto o que é a aprendizagem significativa, por que ela é importante e veja ainda algumas formas de como aplicá-la.  O que é aprendizagem significativa?  A Teoria da Aprendizagem Significativa foi proposta pelo psicólogo da educação David Ausubel (1918-2008) em 1963, na obra The Psychology of Meaningful Verbal Learning.   De maneira geral, a obra propõe que, para que o estudante aprenda, é preciso que o novo conhecimento faça sentido, tenha significado para ele. E, para que isso aconteça, essa nova informação deve ser ensinada em relação com conceitos que o estudante já conhece.  Dessa forma, a aprendizagem significativa se caracteriza pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos.   Essa interação é não literal e não arbitrária. Em um artigo sobre o tema, Marco Antonio Moreira, do Instituto de Física da UFRGS, explica os dois termos.   Segundo ele, não literal – ou substantiva – significa que a interação não se dá “ao pé da letra”. É o próprio indivíduo quem atribui significado àquele conceito quando o relaciona com algo que lhe faça sentido.   Moreira explica ainda que não arbitrária quer dizer que “a interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum conhecimento especificamente relevante já existente na estrutura cognitiva do sujeito que aprende”.  As dimensões do engajamento  Para compreender melhor como se concretiza essa aprendizagem, é importante conhecer as três dimensões do engajamento:   Dimensão comportamental: quando os estudantes tomam a iniciativa durante uma atividade e demonstram capacidade de observar e respeitar regras estabelecidas pelo educador.   Dimensão emocional: quando os estudantes se identificam com colegas que apresentam os mesmos interesses, valores e emoções.   Dimensão cognitiva: quando os estudantes investem tempo e esforço para realizar as atividades usando diferentes estratégias, pesquisando e compreendendo novos conhecimentos; é quando ocorre a aprendizagem.   Por que é importante promover a aprendizagem significativa? Na avaliação de Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, a importância de promover a aprendizagem significativa se dá exatamente pelo fato de ela ser caracterizada pela interação entre conhecimentos prévios e conhecimentos novos.   “Nesse processo, os novos conhecimentos adquirem significado para o sujeito e os conhecimentos prévios adquirem novos significados ou maior estabilidade cognitiva”, afirma.  Débora destaca que a aprendizagem significativa é duradoura, enquanto a memorização é efêmera. Sobre esta última, ela exemplifica: “assim que utilizamos o que memorizamos em uma prova, por exemplo, fatalmente esqueceremos”.    Como aplicar a aprendizagem significativa   De acordo com David Ausubel, há duas condições para que a aprendizagem significativa ocorra:   – o conteúdo a ser ensinado deve ser potencialmente revelador;   – o estudante precisa estar disposto a relacionar o material de maneira consistente e não arbitrária.   “O novo conhecimento deve se conectar de forma substantiva com os conhecimentos prévios do aprendente”, afirma Débora Hack, da BEĨ Educação.   Na visão da especialista, “ensinar sem levar em conta o que o estudante já sabe é um esforço em vão, pois este novo conhecimento não tem onde se ancorar”.   Ela explica que, na prática, as condições para que ocorra a aprendizagem significativa são a adoção de materiais e estratégias potencialmente criativas, por parte do educador, e a predisposição para aprender, por parte do estudante.   Nesse sentido, Débora explica que todos os materiais de Educação Financeira e Cidades da BEĨ Educação trazem a sugestão da aprendizagem por projetos.   “Nossa proposta é que já no início da elaboração do projeto coletivo o educador realize um diagnóstico com os estudantes para coletar seus interesses e conhecimentos prévios sobre os temas que serão trabalhados nesses materiais”, diz a gerente.   Segundo ela, esse diagnóstico será “o ponto de partida para que o educador problematize certos assuntos propostos no material”. Assim, ele poderá provocar os estudantes a “pensar sobre eles, fazendo com que conectem esses assuntos a sua realidade”.   “Dessa forma ele poderá promover a aprendizagem significativa, conectando o que os estudantes já sabem, e seus interesses, ao novo conhecimento”, explica Débora.   Dicas para implementação  Nos livros das coleções da BEI Educação, os educadores encontram dicas de como implementar uma aprendizagem significativa para os estudantes.   Veja algumas delas:  Pesquise sobre estilos de aprendizagem. Preste atenção no que cada estudante gosta de fazer ou no que ele considera fazer melhor. Com base no diagnóstico e na observação em sala de aula, o educador deve encontrar diferentes estilos de aprendizagem em sua turma. É importante que o educador ofereça tipos variados de atividade para atender a estilos distintos de aprendizagem.   Valorize as manifestações dos estudantes quanto aos temas apresentados em sala de aula. Isso dá pistas para o planejamento de atividades.   Consulte os estudantes: de que maneira eles gostariam de “apresentar” os resultados do trabalho e para quem?   Pesquise sobre gerações. Os estudantes são da geração Z. Isso também pode dar muitas pistas ao educador.   Promova ações de cunho investigativo, que mantenham os estudantes motivados. Jovens adoram desafios.  Outra forma de promover a aprendizagem significativa é adotar metodologias ativas. Conheça neste texto do blog algumas dessas metodologias.  #beieducação #aprendizagemsignificativa #educação #BNCC 

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Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa

Gestora da BEĨ Educação fala sobre a importância da formação digital de educadores   A adoção mais efetiva de tecnologias digitais em atividades de ensino e aprendizagem depende de maior formação dos educadores e de maior conectividade das escolas. Essa constatação está na Pesquisa TIC Educação 2021, feita com educadores de todo o país.   A pesquisa é conduzida pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Em 2021, ela foi realizada apenas com professores. A coleta de dados foi realizada por telefone, entre outubro de 2021 e abril de 2022, com perguntas referentes a 2021, o segundo ano da pandemia.    De acordo com o levantamento, 91% dos entrevistados disseram que a escola em que atuam ofereceu aulas e atividades na modalidade híbrida, com estratégias educacionais tanto remotas quanto presenciais. Outros 39% afirmaram que a escola onde lecionam ofereceu aulas totalmente remotas.     Essa alta porcentagem de atividades a distância mostra como as tecnologias digitais assumiram papel-chave na educação básica no período. Mas a adoção de tais ferramentas não foi simples.   “A gente pôde verificar isso logo no primeiro ano da pandemia”, disse Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação, em entrevista à TV Educadora. “Muitos professores tinham dificuldades quando a gente realizava formação. Eles tinham dificuldade até para acessar o [Google] Meet ou a ferramenta de interação”, disse ela.   Outro ponto que Natália observou é que as dificuldades independem da rede em que os docentes atuam. “As dificuldades dos professores são as mesmas, sendo professores de rede pública ou privada. A dificuldade inicial com tecnologia a gente encontra em todos os tipos de professores, em todos os lugares”, afirmou.   Dificuldades físicas para adoção das tecnologias    Realizada desde 2010, a pesquisa TIC Educação tem o objetivo de investigar o acesso às tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas escolas públicas e particulares brasileiras de Educação Básica. Também visa apurar seu uso e apropriação por estudantes e educadores. Até porque, se bem aplicados, os recursos tecnológicos podem ser aliados dos docentes.   A edição 2021 do levantamento mostrou ainda que há dificuldades físicas para que as TICs sejam adotadas de maneira mais intensiva nas atividades escolares.   A baixa velocidade de conexão à internet das escolas, por exemplo, é um fator que “dificulta muito” para 69% dos docentes entrevistados e “um pouco” para 22%. Apenas 6% disseram que essa condição “não dificulta nada” e 2% que na escola em que lecionam isso não acontece.   Outra condição avaliada no levantamento é o número de computadores por aluno. O fato de ele ser insuficiente nas escolas em que atuam dificulta muito o uso de tecnologias para 76% dos docentes entrevistados e um pouco para 14%. Na outra ponta, esse é um fator que “não dificulta nada” para 7% e que não acontece na escola em que atuam para 3% dos educadores que responderam à pesquisa.   Confira alguns dados no infográfico abaixo. Formação de educadores    Na pesquisa, foi questionado qual o nível de conhecimento dos educadores quanto ao uso de tecnologias digitais em atividades de ensino e aprendizagem. A maior parte, 59%, declarou que ele é “intermediário”. Outros 28% disseram ter conhecimento “básico”. Por fim, 13% afirmaram que têm conhecimento “avançado”.   Embora uma grande fatia, 45%, tenha dito que cursou na faculdade alguma disciplina sobre o uso de computador e internet em atividades de ensino e aprendizagem, um percentual maior de entrevistados, 52%, afirmou que não o fez.   Na divulgação do levantamento, Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br|NIC.br, disse: “Os dados revelam proporção alta em realização de atividades com o apoio das tecnologias digitais”. “Em contrapartida”, continuou ele, “os docentes entendem que é necessário aprimorar a conectividade nas escolas e ampliar as estratégias de formação, para que possam adotar efetivamente ferramentas tecnológicas nos processos de ensino e de aprendizagem”.   Na entrevista à TV Educadora, Natália Alonso destacou a importância de manter uma formação continuada dos docentes. “As ferramentas se atualizam, os materiais se atualizam, e é muito importante que a gente continue, que não seja algo pontual apenas por causa da pandemia”, afirmou.   Ela explicou que a BEĨ Educação oferece não apenas os materiais didáticos como também a formação dos educadores. “Além de levar o conteúdo do material, oferecemos um portfólio com diversas ferramentas para os educadores aplicarem junto aos alunos e adaptar, personalizar, de acordo com a turma”, finalizou.   E é importante para o educador entender como fazer bom uso dos recursos digitais. Neste outro texto, explicamos como eles podem aumentar o engajamento dos estudantes. Confira!   #beieducação #ticeducação2021 #formaçãocontinuada  #tecnologianaeducação #educação 

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