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A questão indígena pelo olhar da interdisciplinaridade

The standard Lorem Ipsum passage, used since the 1500s “Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.” Section 1.10.32 of “de Finibus Bonorum et Malorum”, written by Cicero in 45 BC “Sed ut perspiciatis unde omnis iste natus error sit voluptatem accusantium doloremque laudantium, totam rem aperiam, eaque ipsa quae ab illo inventore veritatis et quasi architecto beatae vitae dicta sunt explicabo. Nemo enim ipsam voluptatem quia voluptas sit aspernatur aut odit aut fugit, sed quia consequuntur magni dolores eos qui ratione voluptatem sequi nesciunt. Neque porro quisquam est, qui dolorem ipsum quia dolor sit amet, consectetur, adipisci velit, sed quia non numquam eius modi tempora incidunt ut labore et dolore magnam aliquam quaerat voluptatem. Ut enim ad minima veniam, quis nostrum exercitationem ullam corporis suscipit laboriosam, nisi ut aliquid ex ea commodi consequatur? Quis autem vel eum iure reprehenderit qui in ea voluptate velit esse quam nihil molestiae consequatur, vel illum qui dolorem eum fugiat quo voluptas nulla pariatur?” 1914 translation by H. Rackham “But I must explain to you how all this mistaken idea of denouncing pleasure and praising pain was born and I will give you a complete account of the system, and expound the actual teachings of the great explorer of the truth, the master-builder of human happiness. No one rejects, dislikes, or avoids pleasure itself, because it is pleasure, but because those who do not know how to pursue pleasure rationally encounter consequences that are extremely painful. Nor again is there anyone who loves or pursues or desires to obtain pain of itself, because it is pain, but because occasionally circumstances occur in which toil and pain can procure him some great pleasure. To take a trivial example, which of us ever undertakes laborious physical exercise, except to obtain some advantage from it? But who has any right to find fault with a man who chooses to enjoy a pleasure that has no annoying consequences, or one who avoids a pain that produces no resultant pleasure?” Section 1.10.33 of “de Finibus Bonorum et Malorum”, written by Cicero in 45 BC “At vero eos et accusamus et iusto odio dignissimos ducimus qui blanditiis praesentium voluptatum deleniti atque corrupti quos dolores et quas molestias excepturi sint occaecati cupiditate non provident, similique sunt in culpa qui officia deserunt mollitia animi, id est laborum et dolorum fuga. Et harum quidem rerum facilis est et expedita distinctio. Nam libero tempore, cum soluta nobis est eligendi optio cumque nihil impedit quo minus id quod maxime placeat facere possimus, omnis voluptas assumenda est, omnis dolor repellendus. Temporibus autem quibusdam et aut officiis debitis aut rerum necessitatibus saepe eveniet ut et voluptates repudiandae sint et molestiae non recusandae. Itaque earum rerum hic tenetur a sapiente delectus, ut aut reiciendis voluptatibus maiores alias consequatur aut perferendis doloribus asperiores repellat.” 1914 translation by H. Rackham “On the other hand, we denounce with righteous indignation and dislike men who are so beguiled and demoralized by the charms of pleasure of the moment, so blinded by desire, that they cannot foresee the pain and trouble that are bound to ensue; and equal blame belongs to those who fail in their duty through weakness of will, which is the same as saying through shrinking from toil and pain. These cases are perfectly simple and easy to distinguish. In a free hour, when our power of choice is untrammelled and when nothing prevents our being able to do what we like best, every pleasure is to be welcomed and every pain avoided. But in certain circumstances and owing to the claims of duty or the obligations of business it will frequently occur that pleasures have to be repudiated and annoyances accepted. The wise man therefore always holds in these matters to this principle of selection: he rejects pleasures to secure other greater pleasures, or else he endures pains to avoid worse pains.”

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Foto mostra porquinho rosa de plástico com óculos em cima de mesa ao lado de caneca branca com muitos lápis coloridos e um chapéu de formatura por cima

O que é educação financeira e por que aprender na escola

Começar a conhecer a educação financeira desde o ensino básico pode contribuir para uma vida mais estável e organizada. Entenda por quê! O que vem à sua cabeça quando se fala em educação financeira? O conceito, cada vez mais difundido, pode suscitar imagens como teoria, palestras, aulas. Mas é um conceito prático, que se aplica no dia a dia.  Aprender como lidar com o dinheiro, saber quanto se ganha e quanto se gasta, como fazer escolhas melhores, como e quanto poupar, até para fazer um planejamento e alcançar sonhos e metas. Isso tudo é educação financeira e pode melhorar a vida das pessoas. E aprender desde a escola contribui para que as escolhas sejam mais conscientes desde cedo e que tenhamos uma relação melhor e mais saudável com o dinheiro. Confira!   O que é educação financeira  A educação financeira é o aprendizado de como lidar com as finanças. Por meio dela, entendemos melhor como lidar com o dinheiro que ganhamos. Desenvolvemos habilidades para escolher a melhor forma de gastá-lo e aprendemos a planejar ações no presente e no futuro. A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) traz uma definição mais elaborada do conceito. Segundo a entidade, educação financeira é “o processo mediante o qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as competências necessários para se tornarem mais conscientes das oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer escolhas bem-informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades responsáveis, comprometidos com o futuro”.  De uma maneira simplificada, o processo da educação financeira implica saber de quanto dinheiro dispomos, quais nossas necessidades, nossos desejos e nossos sonhos. Também faz parte desse aprendizado conhecer instrumentos de crédito, investimento e proteção. Assim, podemos entender qual a melhor forma de destinar os recursos disponíveis.   Para que serve a educação financeira   A educação financeira serve para ajudar a tomar melhores decisões acerca do dinheiro que temos disponível para nossas necessidades. Essas decisões podem envolver apenas os recursos que ganhamos com nossas atividades ou também a contratação de um crédito. Afinal, dívida nem sempre é ruim, como explicamos nesse texto.  A educação financeira traz  muitos benefícios.  Uma pessoa informada financeiramente consegue:  ter mais conhecimento sobre seu dinheiro  ter mais segurança e conhecimento para tomar decisões  reduzir conflitos causados pelo dinheiro   diminuir episódios de ansiedade e  estresse relacionados às suas finanças    planejar a realização de sonhos e objetivos  melhorar a qualidade de vida.  A educação financeira traz tantos benefícios sociais que a OCDE estimula a adoção de políticas nacionais sobre o tema. Ela é vista como importante para sustentar a estabilidade econômico-financeira e o desenvolvimento social inclusivo. Isso foi reconhecido inclusive por fóruns globais e regionais, tais como o G20 e a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).  O Brasil tem uma Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF) desde 2010. Ela contempla estratégias para chegar a públicos de diversas idades. Há inclusive ações para levar a educação financeira para as escolas.  Leia também: Educação financeira ajuda jovens a praticar consumo consciente  Educação financeira na escola  A introdução da educação financeira nas escolas foi reforçada com a criação da ENEF. O site da plataforma indica que “a escola é o ambiente em que crianças e jovens adquirem não apenas conhecimentos, como também a capacidade de viver em sociedade, fazendo escolhas que influenciarão na realização dos seus sonhos e suas atitudes influenciam na sociedade”.  “O objetivo de ensinar educação financeira na escola é formar cidadãos mais conscientes, evitando um cenário de maior endividamento nas gerações futuras”, diz Natália Alonso, gestora de Projetos Educacionais da BEĨ Educação. Para ela, é importante que esse aprendizado comece cedo. “Assim o estudante começa logo a ter consciência financeira. Acho que faltou isso nas escolas anteriormente, e hoje a gente tem um cenário de quase 80% dos brasileiros endividados”, afirmou.   Esse número consta na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento mostrou que, em abril de 2023, 78,3% dos núcleos familiares do país tinham dívidas. Outro dado da pesquisa dá conta de que 29,8% das famílias estavam com contas em atraso – ou inadimplentes.   Educação financeira na BNCC  Em 2020, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) tornou a educação financeira um assunto obrigatório na Educação Básica. Mas ela não aparece como um componente curricular específico. O documento a apresenta como um dos “temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regional e global” a serem abordados.  E complementa: “preferencialmente de forma transversal e integradora”.  Na área de Matemática para o Ensino Fundamental, a Base orienta o estudo de assuntos como:  Taxas de juros;  Inflação;   Aplicações financeiras;  Impostos.   O documento recomenda “um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro”. O texto dá um exemplo: desenvolver “um projeto com a História, visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da relação entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diversas, do consumo em diferentes momentos históricos, incluindo estratégias atuais de marketing”.  Para o Ensino Médio, a BNCC fala da mudança da sociedade em relação ao empreendedorismo, desde microempreendedores até grandes empresários. Nesta etapa, a Base diz que “cresce a importância da educação financeira e da compreensão do sistema monetário contemporâneo nacional e mundial, imprescindíveis para uma inserção crítica e consciente no mundo atual”.  Leia também: Lidar com o dinheiro de forma responsável é um aprendizado constante e multidisciplinar  Aprendendo a lidar com dinheiro  A BEĨ Educação desenvolveu um programa de educação financeira. Trata-se da coleção Aprendendo a Lidar com Dinheiro, disponível para Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio.   O material possibilita ao educador abordar, na aula de Matemática, conceitos fundamentais desse componente, com situações do dia a dia. Na visão de

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Política Nacional de Educação Digital: entenda os principais pontos

Objetivo da nova legislação é garantir o acesso da população brasileira a recursos, ferramentas e práticas digitais, promovendo dessa forma sua inclusão digital Você conhece a Política Nacional de Educação Digital (PNED)? Ela foi instituída por uma lei bem recente, sancionada em janeiro de 2023. O texto traz medidas para promover uma inclusão digital de toda a população.   A política é composta de quatro eixos estruturantes, cada um com objetivos específicos, mas interligados. Um deles é voltado especialmente para o tema nas escolas. Conheça!   O que é a Política Nacional de Educação Digital (PNED)   A PNED é uma política que tem como objetivo garantir o acesso, sobretudo das populações mais vulneráveis, a recursos, ferramentas e práticas digitais. Em resumo, ela visa promover uma inclusão digital da população.   A política foi instituída pela lei 14.533/23, sancionada em janeiro de 2023. Seu texto prevê que ela seja um instrumento para articular programas, projetos e ações de municípios, estados, Distrito Federal e União, de diferentes áreas e setores governamentais. Com essa articulação, a ideia é potencializar e melhorar  os resultados dessas políticas públicas.   Leia também: Que tipo de educação precisamos para um novo pacto de sociedade no Brasil?   Quais os eixos estruturantes da Política Nacional de Educação Digital    A PNED se apoia em quatro eixos. São eles:  a inclusão digital da sociedade; educação digital nas escolas; ações de capacitação do mercado de trabalho; incentivo à inovação, à pesquisa e ao desenvolvimento.    A seguir, vamos detalhar o objetivo de cada um.   Inclusão Digital   Esse é o eixo mais geral, que prevê estratégias para promover entre a população a educação digital. Entre as ações listadas na legislação, podemos destacar:   promoção de competências digitais e sensibilização dos brasileiros sobre sua importância;   promoção de ferramentas que permitam um autodiagnóstico de tais competências;   treinamento nessas competências digitais – e aqui a lei menciona especificamente a inclusão dos “grupos de cidadãos mais vulneráveis”;   promoção de processos de certificação em competências digitais.   Esse eixo prevê ainda que haja implantação de infraestrutura de conectividade para fins educacionais. Essa ação compreende a universalização da conectividade da escola à internet de alta velocidade. Também prevê que estudantes e educadores tenham acesso a equipamentos e dados para acessar a internet nas escolas.     Educação digital escolar   A implantação de infraestrutura física e de dados nos ambientes escolares é crucial para esse eixo, que visa inserir educação digital nas escolas.    O eixo deve seguir pelas seguintes áreas.   Pensamento computacional: definido como “a capacidade de compreender, analisar, definir, modelar, resolver, comparar e automatizar problemas e suas soluções de forma metódica e sistemática”. Então, não é “pensar como um computador”. É, na verdade, aplicar fundamentos da computação para aprimorar a aprendizagem e o pensamento criativo e crítico.  Mundo digital: Esse quesito envolve a aprendizagem sobre  hardware, como computadores, celulares e  tablets. Além dos gadgets, o aprendizado deve ser também sobre o ambiente digital baseado na internet, como sua arquitetura e aplicações.   Cultura digital: O termo já é previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como uma das competências a serem desenvolvidas pelos estudantes na Educação Básica. Na PNED, ele aparece como “aprendizagem destinada à participação consciente e democrática por meio das tecnologias digitais”.   Direitos digitais: A lei prevê que os estudantes sejam conscientizados sobre o uso e o tratamento de dados pessoais, nos termos da  Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.   Tecnologia assistiva: Aqui, o foco é prover assistência a estudantes com deficiência, para que sejam atendidos em suas necessidades para o aprendizado digital.     Leia também: Uso de tecnologias digitais nas escolas depende de maior formação, mostra pesquisa   Capacitação e especialização digital   Nesse eixo, o foco é promover a capacitação digital das pessoas com idade economicamente ativa. A ideia é aumentar as expertises dos trabalhadores para torná-los aptos a diferentes vagas de emprego.   A PNED ainda fala de implementar cursos relacionados a competências digitais. Essas formações devem cobrir tanto o âmbito da educação profissional quanto o Ensino Superior. Também menciona a implantação de redes que ofereçam cursos de atualização e formação continuada, a ser realizada ao longo da vida profissional.   O serviço público não ficou de fora. A PNED prevê que servidores e funcionários públicos recebam qualificação digital. Ela deve fazer parte de uma “política de gestão de recursos humanos que vise a combater o déficit de competências digitais na administração pública”.   Pesquisa e desenvolvimento em Tecnologias da Informação e Comunicação   O último eixo da Política de Educação Digital tem como objetivo “desenvolver e promover TICs acessíveis e inclusivas”.   Para isso, a PNED prevê que haja um programa de incentivo a pesquisas para desenvolver “TICs acessíveis e inclusivas, com soluções de baixo custo”.   Também há a intenção de promover parcerias entre o Brasil e centros internacionais de ciência e tecnologia em programas direcionados ao surgimento de novas tecnologias e aplicações voltadas para a inclusão digital.   Por fim, a criação de uma estratégia para formação e requalificação de docentes em TICs também faz parte da PNED.   Leia também: O que é cidadania digital e por que ela deve ser tratada na escola   As estratégias prioritárias do eixo Educação Digital Escolar     A PNED prevê que as ações do eixo de educação digital escolar devam seguir das diretrizes da BNCC.   Dito isso, a política elenca algumas estratégias prioritárias para promover a educação digital nos ambientes escolares.    Uma delas prevê o desenvolvimento de competências dos alunos da Educação Básica para a “atuação responsável na sociedade conectada e nos ambientes digitais”. A lei cita que as práticas pedagógicas devem levar ao desenvolvimento da ética aplicada ao ambiente digital, do letramento midiático e da cidadania na era digital.   O domínio da lógica, dos algoritmos e da programação também são foco.   Para que essas metas sejam alcançadas, é necessário que os educadores estejam aptos nesse conhecimento. Por isso, a política tem um ponto específico sobre a formação dos docentes.    Outro ponto central é as escolas terem acesso à internet. Sobre isso, a lei prevê diagnóstico e monitoramento de tal acesso nas redes federais, estaduais e municipais.   Com as

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Ilustração em tons de azul mostra 4 estudantes: uma mulher segurando livro, um homem com mochila no ombro direito, uma mulher com bolsa no ombro esquerdo e um homem segurando um caderno com a mão esquerda

A autonomia do estudante: uma competência a ser desenvolvida

O desenvolvimento da autonomia do estudante está previsto na BNCC e permeia a Educação Básica. Veja como!  O desenvolvimento da autonomia do estudante é um objetivo da educação. Afinal, para se tornar um cidadão atuante, ele precisa aprender como fazê-lo a partir de suas experiências e saberes. E, a partir daí, entender como suas decisões e ações afetam a si e aos outros.  A própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclui o termo ou conceito na definição de parte de suas competências gerais. E seu desenvolvimento é previsto, em diferentes graus, em toda a Educação Básica.  Autonomia do estudante  A autonomia do estudante se dá em diferentes níveis, de acordo com a etapa em que ele está. Na Educação Infantil, ela se expressa de forma mais física, com o estímulo do desenvolvimento psicomotor. Com isso, a criança passa a conseguir executar algumas tarefas sozinha ao longo do período.  Quando ela passa para o Ensino Fundamental, esse desenvolvimento se expressa de variadas formas. Arrumar o material, saber e realizar os deveres de casa, escrever textos sozinho… Até atingir níveis mais altos no Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio. Nessas etapas, a autonomia passa por fazer análises, relações e conseguir mobilizar os conhecimentos para respaldá-las.   Um ponto importante a se destacar é: se autonomia significa independência, ela também traz responsabilidade. E essa noção de responsabilidade precisa igualmente ser desenvolvida pelos estudantes.  Como aparece na BNCC  Algumas das competências gerais da BNCC destacam a autonomia como uma expertise a ser desenvolvida pelos estudantes. Na BNCC, competência é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.    Encontramos o termo diretamente nas competências 6 e 10, essa última específica para o tema.  A competência 6 prevê que o estudante desenvolva autogestão ao longo da Educação Básica. No texto da BNCC, ela é definida da seguinte forma:  “Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.   Já a competência 10 é específica sobre o desenvolvimento de autonomia do estudante.   “Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários”.    Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  O desenvolvimento da autonomia na Educação Básica  Para cada etapa da Educação Básica, há um grau de autonomia que se espera que o estudante desenvolva. Começa na Educação Infantil, quando ela é mais relacionada a ações que ele consegue praticar sozinho. E segue sucessivamente para Anos Iniciais e Finais do Fundamental e Ensino Médio.  Mas é importante entender que esse desenvolvimento é transversal às áreas de estudo. Não há um componente curricular denominado “autonomia”. Ela é uma competência cujo desenvolvimento é esperado ao final de cada fase da educação.  Na Educação Infantil  Os primeiros anos da Educação Básica são voltados para o desenvolvimento psicomotor, para que a criança consiga praticar atividades sozinha. Além disso, há a intenção de que ela entenda a si e aos demais colegas como sujeitos do mundo.   Nesse sentido, encontramos nos aprendizados esperados para essa etapa muitos voltados para atividades da vida diária como escovar os dentes, pentear os cabelos, vestir-se, tomar banho, calçar sapatos, alimentar-se etc. Outro ponto destacado na BNCC é que, ao final dessa etapa, o estudante seja capaz de coordenar suas habilidades manuais.  Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental   Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as noções de autogestão passam a ser desenvolvidas em outros aspectos além do psicomotor. Nessa etapa, o estudante passa a ser orientado para, por exemplo, arrumar seu material ou fazer as lições de casa.    A área de Linguagens traz muitos aprendizados esperados que preveem o desenvolvimento de autonomia. Compreender textos cotidianos, como de bilhetes, avisos, convites, receitas, instruções de montagem, faturas, carnês, entre outros, será de grande valia para a vida desse estudante. Além disso, é esperado também que ele possa produzir bilhetes, cartas, avisos e até registros de observação diária. Por isso, aparecem entre as habilidades a serem apreendidas nessa fase, em diferentes graus de complexidade.   Também está presente nesse conjunto de conhecimentos a serem conquistados a compreensão de textos literários, narrativas de ficção e até de piadas e anedotas. Interpretação de texto é um foco bastante presente nesta etapa.  Leia também: Interpretação de texto: um mergulho na profundidade da mensagem   Nos Anos Finais do Ensino Fundamental  Nesta fase da Educação Básica, os desafios passam a ter maior complexidade. Os estudantes precisam se apropriar das diferentes lógicas de organização dos conhecimentos relacionados às áreas.   Para isso, é necessário que haja foco na ampliação de seu repertório. E, por isso, a BNCC destaca como importante fortalecer a autonomia desses adolescentes. Isso se dá ao oferecer a esses jovens “condições e ferramentas para acessar e interagir criticamente com diferentes conhecimentos e fontes de informação”.  No conjunto de aprendizados esperados ao longo desses anos, encontram-se muito as expressões “explicar”, “estabelecer relações”, “analisar”. Não raro, aparece no texto o termo “analisar criticamente”.   Essas expressões demonstram a maior complexidade desta etapa. Não basta compreender os textos e conceitos. É necessário, a partir dos saberes já conquistados, analisar as situações e estabelecer relações entre elas, formando seu próprio ponto de vista.  No Ensino Médio  Na última fase da Educação Básica, há um foco especial em acolher o jovem com sua individualidade e garantir que ele seja protagonista de seu aprendizado.  Para isso, o desenvolvimento de sua autonomia é essencial. Se ele vai construir seu próprio caminho, é necessário que tenha senso crítico, saiba interpretar textos e mobilizar conhecimentos para chegar ao aprendizado efetivo.    “Para formar esses jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que lhes garantam as aprendizagens necessárias

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Cidadania no Dia a Dia é a nova coleção da BEĨ Educação

Material voltado para o Ensino Médio visa potencializar o aprendizado e a percepção dos jovens sobre a importância do tema para a vida. Conheça!  A BEĨ Educação lança um novo programa escolar voltado aos estudantes do Ensino Médio: o Cidadania no Dia a Dia. Ele estimula a reflexão sobre temas atuais e relevantes para a sociedade. O objetivo é desenvolver a consciência a respeito de assuntos relacionados diretamente com a formação de um cidadão ativo em sua realidade.  A coleção é composta por dois módulos: Convivência e Sociedade. Cada um deles possibilita o desenvolvimento de um conjunto de habilidades e competências das diferentes áreas do conhecimento, com ênfase em:  Linguagens e suas Tecnologias    Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.    O material é alinhado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com metodologia estruturada por projetos. Seu texto se conecta com a realidade dos estudantes. Ao longo dos capítulos, há atividades que promovem a reflexão e práticas autorais e coletivas. Com isso, o programa busca fomentar a participação dos jovens na sociedade como cidadãos conscientes de suas ações.  A coleção convida o estudante a tomar consciência das diversas formas de desigualdade e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, respeitando os direitos humanos. Além disso, o jovem deve compreender as práticas sociais de linguagem e respeitar as diversidades para atuar com base na democracia,  na igualdade e nos direitos humanos, exercitando a empatia, o diálogo e a cooperação e reconhecendo preconceitos.  Conheça mais sobre cada um dos dois módulos a seguir.  Leia também: Método tradicional de ensino e metodologias ativas: conheça as principais diferenças  Módulo Convivência  O módulo Convivência da coleção Cidadania no Dia a Dia é composto de um Livro do Estudante, com o texto e atividades para os jovens, e  de um Caderno do Educador, com reflexões sobre e orientações sobre como conduzir as temáticas.  Esse módulo  é dividido em quatro partes, subdivididas em capítulos temáticos. O texto de cada capítulo ilustra como uma turma de jovens lida com situações relacionadas a cada tema. As reflexões das personagens abrem espaço para discussões teóricas.  Parte 1: Direitos Humanos   A coleção é aberta com capítulos que abordam Direitos Humanos, Racismo e Intolerância Religiosa.  Parte 2: Diversidade    Na segunda parte do material, os capítulos abordam Pessoas com Deficiência, Diversidade Sexual e de Gênero e Povos Originários.  Parte 3: Cyberbullying   Um tema tão atual e presente na vida dos jovens é o que compõe a terceira parte deste módulo. Ela se subdivide em dois capítulos: Cyberbullying e Internet e LGPD.   Parte 4: Liberdade de expressão   Aqui, os capítulos discutem Fake News e Liberdade de Expressão.  Módulo Sociedade  O Módulo Sociedade traz assuntos relevantes para o grupo social como um todo. Ele é dividido em três partes, também subdivididas em capítulos temáticos.  Parte 1: Política e desigualdade   Na primeira parte de Sociedade, o material aborda os temas Cidadania e Participação Política, Ditadura e Direito ao Voto e Desigualdade. Os dois primeiros tratam da participação da população na vida civil de um país. Já o terceiro aborda vários aspectos da desigualdade de uma nação.  Parte 2: Direitos e deveres   A Parte 2 traz a dimensão de que o exercício da cidadania implica direitos e deveres. No primeiro capítulo, o tema é Habitação. A seguir, vem o capítulo sobre Trabalho. Nele, há discussões sobre saúde e educação associadas ao trabalho, legislação trabalhista no Brasil e outros aspectos do tema. Por fim, o capítulo Impostos aborda o pagamento e a destinação de tributos.  Parte 3: Cultura e educação   A última parte do módulo discute os temas Apropriação Cultural, Meio Ambiente e Educação.  Você se interessou em oferecer esse material aos estudantes de sua instituição? Entre em contato conosco! Basta escrever para contato@beieducacao.com.br.

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Ilustração mostra diversas pessoas juntas representando cidadania

Como exercer a cidadania em nosso dia a dia

Entender o que é cidadania e o que é ser cidadão pode melhorar nossa vida em sociedade  O que é cidadania? A própria palavra remete a “cidade”. E ela costuma vir acompanhada de outras, como direito, dever e exercer. Falamos cada vez mais desses conceitos, mas será que os compreendemos de verdade?  Mais que isso: como colocá-los em prática? Será possível aprender a exercer a cidadania no dia a dia? Esses são alguns tópicos que vamos abordar neste artigo.  O que é cidadania?  A palavra cidadania tem origem no termo latino civitas, que significa “cidade”. Eram chamados “cidadãos” somente os moradores das cidades, que tinham direitos e deveres por viver em tais locais. No entanto, esse conceito hoje ultrapassa tais limites.  “O respeito ao indivíduo é a consagração da cidadania, pela qual uma lista de princípios gerais e abstratos se impõe como um corpo de direitos concretos individualizados”, define o geógrafo Milton Santos em seu livro “O espaço do cidadão”.  Dessa forma, a cidadania pode ser compreendida como o conjunto de direitos e deveres exercidos por quem vive em sociedade. Isso se traduziria no acesso que o indivíduo tem ou não tem do espaço em que vive e no seu poder de intervenção sobre ele.  Cidadania e direitos humanos  Em seu artigo “Cidadania e Direitos Humanos”, a socióloga Maria Victoria Benevides distingue os dois termos. “Os direitos humanos são universais e naturais”, afirma ela. “Aquilo que é considerado um direito humano no Brasil também deverá sê-lo com o mesmo nível de exigência, de respeitabilidade e de garantia em qualquer país do mundo.”   A cidadania, por sua vez, é definida como uma “ideia eminentemente política”. “Os direitos do cidadão não são direitos naturais, são direitos criados e devem necessariamente estar especificados num determinado ordenamento jurídico”, afirma a socióloga.  Por isso, a cidadania diz respeito, segundo Maria Victoria, a uma determinada ordem jurídico-política de um país. “Uma Constituição define e garante quem é cidadão, que direitos e deveres ele terá em função de uma série de variáveis.” Aqui, ela cita idade, estado civil, condição de sanidade física e mental, entre outras.  Cidadania em construção  Por se referir a direitos e deveres das pessoas, a cidadania não é algo estático. Ao contrário: ela está em permanente construção. E há inclusive situações que a colocam em risco.  Como exemplo, podemos citar regimes de exceção, que tiram direitos da população. Ou que estimulam, até por meios legais, tratamentos diferentes a determinados grupos. Isso se demonstra, por exemplo, em legislações que proíbem mulheres de estudar ou trabalhar.  No Brasil, o período da ditadura militar tirou dos cidadãos brasileiros o direito ao voto direto para presidente. Após mais de 20 anos, a sociedade civil se organizou para recuperar esse direito.  No entanto, nem mesmo leis garantem que todos os cidadãos de um país exerçam sua cidadania. No Brasil, por exemplo, a escravidão foi abolida pela famosa Lei Áurea, em 1888. Mas há frequentes notícias de pessoas encontradas em trabalho análogo à escravidão no país. Pessoas que, portanto, estão impedidas de exercer sua cidadania.  Leia também: A importância da ética na vida em sociedade  A vivência na escola  A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) também aborda o tema. A competência 6, uma das que deve ser desenvolvida ao longo da educação básica, fala dele. Seu texto afirma que “a construção da cidadania é um exercício contínuo, dinâmico e que demanda a participação de todos para assegurar seus direitos e fazer cumprir deveres pactuados por princípios constitucionais e de respeito aos direitos humanos”.    Dessa forma, a BNCC prevê que o estudante, ao final da educação básica, esteja apto a “participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade”.    Leia também: Saiba quais são e para que servem as competências gerais previstas na BNCC  Cidadania no dia a dia  Como dissemos, a cidadania está em permanente construção. E precisa ser exercida no dia a dia.   Esse exercício cotidiano implica direitos e deveres, respeito ao outro e à diversidade, ética nas relações, empatia e diálogo.   Algumas formas de exercer a cidadania são:  Dirigir de maneira defensiva, de modo a proteger os elos mais frágeis do trânsito, como pedestres, ciclistas e motociclistas, conforme o meio de transporte que estiver usando;  Não jogar lixo nas ruas;  Votar com consciência, cobrar as promessas feitas em época de eleição e acompanhar o trabalho das pessoas eleitas para cargos públicos;  Participar de atividades de melhoria do espaço em que se vive, como fazer a zeladoria de uma praça ou recolher lixo de uma margem de rio da cidade;   Não depredar o patrimônio público.    As ações acima trazem, em comum, uma ideia implícita: respeito ao outro e à coletividade. Podemos entender a palavra respeito como chave da construção da cidadania no dia a dia. É por meio de ações cotidianas, levando em conta o respeito, a ética, a empatia e o diálogo, que contribuiremos para construir uma sociedade mais justa e harmoniosa, que promova a convivência entre todos.  Seguindo nesse tema, leia neste texto o que é cidadania digital.

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Foto de carros parados em congestionamento com chuva

Por que trabalhar temática de cidades na escola é importante

. Estudo do espaço urbano deve ser feito de forma integrada, para que estudante compreenda o meio em que vive e saiba como lidar com ele  Cerca de 85% da população brasileira vive em cidades. No entanto, os estudantes não aprendem de forma integrada o espaço urbano, no qual moram. Para que eles compreendam o meio em que habitam e como se relacionar com ele, é importante que as escolas promovam o estudo das cidades.  Estudar cidades é compreender sua história, sua geografia, sua economia, sua cultura, enfim, toda a dinâmica envolvida nelas. Esse estudo também leva a pessoa a entender como pode influir nessa dinâmica. E isso é importante, tendo em vista que ela é uma habitante deste meio.  A importância do estudo das cidades na vida dos estudantes  De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 84,72% dos brasileiros moram em áreas urbanas. Isso mostra que a maior parte dos estudantes mora em cidades – aqui entendida como espaço urbano.   “Entender a dinâmica de desenvolvimento e funcionamento das cidades possibilita lidar melhor com os problemas e desafios pelos quais passamos diariamente”, diz Áquila Nogueira, gestor de projetos educacionais da BEĨ Educação. Essa declaração mostra a importância de estudar as cidades de forma sistematizada. “Se pouco conhecemos, como podemos intervir e modificar os problemas que vivemos?”, questiona ele.  Para Nogueira, o estudo das cidades ainda abre caminho para “pensar, imaginar e sonhar soluções e novas possibilidades de viver e interagir” com elas.  Planejamento urbano e dia a dia dos jovens  A realidade dos alunos é permeada pelas consequências da falta de planejamento urbano. Alguns exemplos são o excesso de engarrafamentos de trânsito e a falta de áreas verdes. Também podemos citar enchentes e deslizamentos, como o que ocorreu em São Sebastião em fevereiro de 2023, deixando dezenas de mortos.  “Qualquer um que teve algumas aulas de Geografia e Ciências que abordam o tema sabe que o desmatamento leva à erosão do solo e isso pode gerar desastres”, diz o gestor da BEĨ Educação. No entanto, ressalta ele, é um conhecimento que chega em geral sem relação com o dia a dia do estudante. “Esse saber descontextualizado não ajuda a explicar como esses desastres seguem acontecendo com regularidade”, prossegue. Ainda nesse exemplo, ele complementa: “É importante entender a especulação imobiliária, os interesses envolvidos e a construção de políticas públicas para saber não só o que pode ser feito, mas o que de fato acontece e as razões por trás das escolhas, até para poder participar no processo decisório e cobrar as instâncias adequadas”.  O exemplo do ocorrido em São Sebastião abarca, além de planejamento urbano, outras questões, como saneamento, moradia e desenvolvimento sustentável. “É importante, ainda, discutir questões como a mobilidade, a economia e a cultura”, afirma o gestor.  Quais componentes curriculares estão associados ao estudo das cidades?  Quando pensamos no estudo das cidades, logo nos vêm à cabeça temas associados às Ciências Humanas.  “A Geografia fala das relações espaciais, bastante presentes no estudo de cidades”, pondera o gestor da BEĨ Educação. “A História discute o desenvolvimento das cidades e da relação entre as pessoas”, prossegue ele. “A Sociologia se debruça sobre essas relações interpessoais”, complementa.   Mas esse estudo envolve outras áreas de conhecimento, diz Nogueira. “As Linguagens são centrais na compreensão dos discursos e mesmo da documentação que pauta essas relações”, afirma. Outra área citada por ele é a das Ciências da Natureza. Isso porque ganham cada vez mais relevância na compreensão das relações humanas com o meio em que vivemos. “Afinal, a percepção de que os recursos naturais são cada vez mais finitos pauta as decisões que tomamos”, afirma.   Na análise de Áquila Nogueira, essa pluralidade de temas e áreas reforça a importância de conectar saberes para poder compreender sua posição e possibilidades no espaço público. Desta forma, diz ele, será possível “ter consciência e responsabilidade, com um papel ativo na construção de uma sociedade mais democrática e participativa”.   Leia também: Estudo das cidades coloca em prática conceitos de geografia, história, biologia e outros componentes curriculares  Aprendizado dentro e fora da sala de aula  Promover debates, assistir a filmes e realizar outros tipos de atividade dentro das escolas são algumas formas de estudar sobre a dinâmica das cidades. No entanto, elas não podem ser as únicas. “É difícil conhecer a cidade sentado em uma sala de aula”, reflete Áquila Nogueira.  “Uma mera volta no quarteirão da escola pode levar a descobertas capazes de mudar a relação dos alunos com o lugar onde vivem e, a partir daí, a caminhos que podem impactar todo o curso de suas vidas”, explica.  Áquila destaca que o educador não consegue oferecer todas essas possibilidades sem o apoio da gestão escolar. Por isso, é importante que ela entenda a ideia e facilite o processo. “É importante que a escola invista em atividades externas, como visitas técnicas e invista em ferramentas tecnológicas ou mesmo em materiais mais físicos, como maquetes”, finaliza.  Aprendendo a viver na cidade  Mas esse estudo da cidade pode cair mais ao gosto dos jovens se apresentar uma abordagem inovadora. Pensando nisso, a BEĨ Educação desenvolveu o material Aprendendo a viver na cidade, que integra diferentes saberes sobre o tema.   Alinhado à BNCC, o material adota a metodologia de ensino orientada para projetos. Ele pode funcionar como uma eletiva ou um itinerário formativo. O material é pensado para educadores de diversas áreas e busca estimular a curiosidade e a autonomia dos estudantes. “Além da exposição de temas como meio ambiente, saneamento, economia e habitação, o material sugere atividades que façam com que a turma pense em como lidar com um problema que seja relevante para ela”, finaliza Áquila Nogueira.

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