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Arquitetura e acessibilidade devem estar associadas para garantir cidades mais inclusivas

Assegurar que todos possam transitar por espaços públicos ou privados, frequentar diferentes locais e participar da vida social fortalece a cidadania e enriquece a experiência de viver em áreas urbanas As cidades estruturam a vida social e formam o cenário onde vivemos, moramos, estudamos, trabalhamos e nos relacionamos com as pessoas. Quanto mais acessível e inclusiva for o seu projeto arquitetônico, mais condições ela terá de propiciar o exercício da cidadania de forma plena a todos os seus habitantes. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12,4 milhões de brasileiros, o equivalente a 6,2% da população, possuem algum tipo de deficiência, incluindo dificuldades motoras e sensoriais (auditivas ou visuais). Ainda que a Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/2000) tenha estabelecido regras e critérios para garantir os direitos de locomoção e participação dessas pessoas no contexto social, muitas ainda encontram grandes dificuldades. Esses entraves dizem respeito, sobretudo, à locomoção tanto no espaço urbano, em relação ao uso de vias públicas e transportes coletivos, quanto no ambiente interno de construções e edifícios. A acessibilidade arquitetônica está relacionada à existência de uma série de recursos que propiciam a circulação e a permanência de todos os cidadãos com autonomia e segurança em diferentes espaços, públicos e privados. Ela deve ser considerada desde o momento em que um espaço é projetado até o seu acabamento, no que se refere a sinalizações e revestimentos de objeto e equipamentos urbanos. No caso de pessoas que têm mobilidade comprometida ou reduzida, elevadores e rampas de acesso, bem como a largura adequada de portas e corredores para permitir a passagem de cadeiras de rodas, são alguns desses elementos. Em relação a pessoas com dificuldades sensoriais, audioguias para deficientes auditivos e linguagem braile e pisos táteis para cegos constituem exemplos. Uma cidade acessível e inclusiva é aquela que assegura a toda e qualquer pessoa transitar por espaços públicos ou privados sem que haja barreiras arquitetônicas que impossibilitem o convívio em áreas de acesso, circulação ou permanência. Os projetos arquitetônicos devem atuar no sentido de promover o convívio com a diversidade e oferecer igualdade de oportunidades para que todos os cidadãos participem da vida social.

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Habilidades socioemocionais ajudam estudantes na retomada das aulas presenciais

Adaptar-se a novas regras e lidar com os impactos da pandemia em várias esferas, incluindo a vida escolar, exigem dos jovens resiliência, empatia e autoconfiança A aprendizagem socioemocional vai além da dimensão cognitiva e se refere aos processos de reconhecer e regular as próprias emoções, saber se relacionar de forma saudável com as pessoas e fazer escolhas conscientes. Entre outros aspectos, são trabalhados o autocontrole, a comunicação, a cooperação, a empatia e a tomada de decisões responsáveis. Essas habilidades, que já eram fundamentais para uma educação integral, ganham ainda mais relevância no contexto da retomada das aulas presenciais. Veja como algumas dessas competências podem contribuir para um retorno mais acolhedor e produtivo. Empatia e colaboração Colocar-se no lugar de outra pessoa e experimentar seus sentimentos e pontos de vista — por exemplo, como ela viveu a experiência da quarentena e se perdeu pessoas próximas — é fundamental para dar apoio e oferecer ajuda neste momento. Ter compaixão pelos outros favorece a criação de laços afetivos, e esse “estar junto” torna mais fácil passar por situações delicadas. Os estudantes podem exercitar a empatia, a colaboração e a cooperação com seus colegas de classe, auxiliando aqueles que precisam tanto de amparo emocional como de um suporte para recuperar conteúdos escolares. Resiliência Na volta às aulas, ainda com muitas limitações em relação à frequência à escola, ao uso dos espaços e aos contatos com os colegas, muitas vezes as coisas não vão acontecer como os alunos gostariam. Para suportar frustrações, lidar com as adversidades e manter o equilíbrio em momentos de dificuldade e incerteza, é preciso saber lidar com as emoções e ter autocontrole. Manter a calma e diminuir a impulsividade favorecem atitudes mais positivas e a busca da melhor maneira de resolver os possíveis problemas. Decisões responsáveis Fazer escolhas conscientes significa avaliar as consequências das decisões que tomamos. Ao seguir os protocolos sanitários, os estudantes não estão apenas cuidando da sua saúde, mas respeitando a coletividade e zelando pela integridade de todos. Usar corretamente a máscara, manter o distanciamento social e cumprir as demais medidas adotadas pela escola são maneiras de  demonstrar que estão agindo com responsabilidade e generosidade e fazendo escolhas construtivas que visam ao bem-comum. Autogestão Habilidades como organização, determinação, autoconfiança e persistência são fundamentais para os alunos lidarem com os diferentes impactos provocados pela pandemia na vida escolar. Por exemplo, na recuperação de conteúdos que eventualmente não tenham sido aprendidos de maneira satisfatória. Comunicação As escolas têm organizado atividades de acolhimento e escuta a toda a comunidade — alunos, professores, gestores e familiares. É importante que os estudantes consigam se comunicar com clareza e assertividade e expressar as experiências vivenciadas durante a quarentena, suas necessidades e expectativas futuras. Muitas desses temas podem nortear as ações da escola e levar a um retorno mais satisfatório para todos.

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Lidar com o dinheiro de forma responsável é um aprendizado constante e multidisciplinar

Matemática é eixo estruturador por envolver a aplicação de cálculos fundamentais, mas outras disciplinas, como história e geografia, também podem trabalhar a questão do comportamento e do consumo consciente Conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a educação financeira é tema transversal obrigatório nas propostas pedagógicas das escolas de todo o Brasil. Embora tenha a matemática como eixo principal, essa abordagem pode ir além dessa disciplina e dialogar com saberes de outros domínios, como história, língua portuguesa, geografia e ciências. Enquanto na matemática financeira os alunos terão conteúdos ligados à porcentagem e cálculo de juros, por exemplo, noções fundamentais para lidar com o dinheiro e planejar os gastos, as outras dimensões vão contemplar a questão comportamental, a relação das pessoas com o consumo e as decisões financeiras, entre outros aspectos. Em história, por exemplo, é possível tratar da evolução das trocas comerciais e da introdução da moeda nas diferentes sociedades, a cobrança de impostos ao longo do tempo e a função do dinheiro. Pode-se chegar até os dias de hoje, tratando de questões como comercialização, consumo e marketing — inclusive considerando os impactos da revolução digital — até chegar em tópicos que envolvem o mercado financeiro e a criação da bitcoin. No caso de Língua Portuguesa, as habilidades relacionadas à leitura e compreensão de texto são fundamentais para o entendimento correto de boletos, faturas e carnês e de termos financeiros e expressões ligadas à economia. Também ajudam a acompanhar o noticiário ece se informar sobre o assunto. Já em ciências, e até dialogando com geografia, o professor pode fazer a ponte, por exemplo, entre o consumo de água e energia e o impacto do uso desses recursos no ambiente natural e no orçamento das famílias. Em geografia, também é possível falar dos processos de produção, circulação e consumo de mercadorias no contexto da globalização e avançar para outros conceitos, como crescimento econômico, Produto Interno Bruto (PIB), importação e exportação. Para ajudar as escolas a realizarem propostas nessa área, a BEĨ Educação desenvolve o material “Aprendendo a lidar com dinheiro”. Por meio da aprendizagem baseada em projetos, trabalha tanto o ensino da teoria como a aplicação prática, considerando os componentes socioemocionais e estimulando nos alunos o protagonismo e o empreendedorismo. O programa já foi adotado em 15 escolas públicas da rede estadual de Goiás.

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6 abordagens pedagógicas para estimular o protagonismo dos alunos

Convidar os estudantes a participarem mais ativamente das aulas favorece não só a aprendizagem cognitiva, mas também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais Conquistar a atenção dos alunos, principalmente dos nativos digitais, é um grande desafio e exige muita criatividade e preparo por parte dos professores. As tradicionais aulas expositivas, com as carteiras enfileiradas, em que o professor é o detentor do conhecimento e os estudantes são meros expectadores, não mais condizem com o cenário atual. Da mesma forma, buscam-se estratégias mais dinâmicas, conectadas com as questões do dia a dia e que proporcionem experiências mais significativas para os estudantes. Confira 6 propostas de práticas pedagógicas que dialogam com o protagonismo dos alunos, aprimoram a aprendizagem cognitiva e desenvolvem habilidades socioemocionais. Ambiente mais interativo Para promover a participação e o engajamento dos alunos, a sala de aula pode ser organizada de diferentes formas, como dispor as cadeiras em círculo, semicírculo ou formar pequenos grupos. Resolução de problemas A partir de uma situação-problema, preferencialmente que faça parte do cotidiano dos estudantes, os alunos são divididos em grupos para buscar uma solução. Nesse processo, eles mobilizam diferentes conhecimentos e a capacidade de reflexão, análise, levantamento de hipóteses e proposição de alternativas. Também são trabalhadas a  comunicação, a argumentação e a tomada de decisão. O professor pode propor que os diferentes grupos interajam ao apresentarem suas soluções e comentarem a dos demais. Aprendizagem por projetos Ao apresentar um tema ou questão motivadora, os alunos são estimulados a elaborar um produto, como uma maquete, um podcast, uma história em quadrinhos ou um aplicativo. Nas diversas etapas do processo, diferentes saberes são acionados e também habilidades, como colaboração, criatividade e planejamento. Visitas externas O que é visto na sala de aula de forma teórica pode ganhar vida por meio de visitas dos alunos a lugares como parques, exposições, museus, locais de interesse geográfico e institutos de pesquisa. Entrar em contato com a realidade social, cultural e ambiental de diversos espaços e trocar percepções com os colegas e professores é uma forma de desenvolver um olhar mais sensível para o objeto de estudo e aproximá-lo da realidade. Sala de aula invertida Focar a aula mais na problematização de questões, esclarecimento de dúvidas e resolução de exercícios e menos na exposição de conteúdos, estimulando uma postura mais ativa dos alunos. Essa é a proposta da sala de aula invertida. Os conteúdos da aula são estudados previamente pelos alunos em casa, por meio de materiais digitais, como videoaulas. Em sala de aula, são resolvidas possíveis dúvidas e ocorre o trabalho efetivo com problemas e questões. Júri simulado A classe é dividida em dois grupos que vão se posicionar sobre determinado assunto, expondo argumentos e treinando a capacidade de persuasão. Um terceiro grupo exerce o papel de juiz, ao comentar, analisar e avaliar as justificativas usadas, considerando critérios como clareza da exposição, articulação das ideias e embasamento científico. Após uma rodada de debate, os grupos podem trocar de posição de modo a experimentar os outros pontos de vista.

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Formação continuada é essencial para melhorar a prática docente e a aprendizagem dos alunos

Professor precisa se atualizar e buscar novos conhecimentos e estratégias para proporcionar experiências que sejam significativas para os estudantes Ter domínio do conteúdo da disciplina, paixão por ensinar e capacidade de encontrar diferentes estratégias para promover a aprendizagem são fatores fundamentais para que os professores e professoras consigam despertar a atenção e o interesse dos estudantes e engajá-los no processo de ensino e aprendizagem. Mas tudo isso não é suficiente. Um saber que combina conhecimentos e conteúdos à didática e às condições de aprendizagem de diferentes faixas etárias e gerações de estudantes é algo dinâmico, que precisa ser constantemente revisitado e aperfeiçoado. Essa atualização ganha ainda mais relevância frente à revolução digital que está acontecendo, que modifica não só os recursos, as relações e os ambientes de aprendizagem, mas o próprio papel do professor e do aluno. Os professores necessitam de capacitação permanente, que inclua reflexão e problematização sobre as suas práticas, compartilhamento de experiências e construção de novos conhecimentos. Um dos principais desafios hoje — em que as informações são acessíveis a todos, em qualquer lugar e a qualquer momento — é superar o modelo tradicional de educação, no qual o professor é detentor do conhecimento e o aluno recebe passivamente os conteúdos que lhe são transmitidos. Aí entram em cena as metodologias ativas, como a sala de aula invertida e a aprendizagem baseada em problemas, que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem e como protagonista na construção do seu conhecimento. Outra questão que tem sido tema de cursos de formação de professores é o uso de recursos tecnológicos na educação, o que foi impulsionado fortemente pela pandemia. Ensino híbrido, plataformas e ferramentas digitais podem potencializar a aprendizagem, aproximar a escola dos alunos e proporcionar vivências mais significativas. Além de metodologias ativas e a tecnologia na educação, assuntos como personalização do ensino, inclusão e diversidade, desenvolvimento de competências e habilidades e as mudanças trazidas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) também têm estado na pauta do debate atual. Assim como os outros profissionais, os professores não podem parar de aprender e de se atualizar. Realizar cursos livres, de extensão ou de especialização, assistir palestras, participar de grupos de estudo e cursar formações a distância são algumas das maneiras do professor aperfeiçoar sua prática docente e favorecer a aprendizagem dos estudantes, contribuindo assim para a melhoria da qualidade da educação no país.

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Arquitetura das escolas deve ser capaz de traduzir sua proposta pedagógica

Mudanças na educação e novas concepções de ensino — como a introdução de metodologias ativas e o próprio contexto da pandemia — influenciam os espaços escolares Se a relação de ensino e aprendizagem muda, os espaços onde ela ocorre também sofrem transformações. Das concepções de ensino do pós-guerra, passando pelos novos conceitos de educação trazidos pelas metodologias ativas, até as reflexões que a pandemia provocou no ambiente escolar, todas essas questões influenciam os projetos arquitetônicos das escolas. Desde o pós-guerra, com o pensamento moderno na arquitetura e no urbanismo e também com a influência da educação moderna, a concepção dos espaços de ensino nas escolas mudou. Não só a sala de aula é vista como um espaço pedagógico e de educação, mas os espaços livres, a aula fora da sala, os locais de socialização também são valorizados enquanto espaços de aprendizado, influenciando muito a arquitetura escolar do último século. Para Vinicius Andrade, arquiteto e urbanista formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e autor do material de cidades da BEI Educação, o projeto arquitetônico para os espaços de ensino só faz sentido quando repercute um projeto pedagógico. “Ele é uma resposta direta às propostas e práticas previstas na educação”. A introdução das metodologias ativas de ensino, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem, é um exemplo de como os projetos arquitetônicos das escolas já vêm se adaptando, desde a educação infantil até o ensino superior, à flexibilidade na formatação dos espaços. “Nas salas de aula, aquela ideia de ter um palco fixo na frente com as cadeiras disciplinadas, criando uma diferença marcante na função social entre professores e estudantes, começa a ter outras modalidades. Surgem desenhos mais flexíveis, como sentar junto no chão, organizar as cadeiras em outros formatos ou a própria aula prevista em espaços fora da sala”, explica o especialista. Isso pressupõe uma relação em que o aluno não é, como diz a própria origem da palavra, “aquele que não tem luz” e que depende da iluminação do professor. Ele passa a ter maior protagonismo e a atuar em um contexto de colaboração, impactando diretamente no desenho do espaço. “Isso já está sendo incorporado e é um processo, de forma que os projetos pedagógicos precisam avançar nesse sentido também”, destaca Andrade. De acordo com ele, o próprio contexto atual da pandemia também desperta reflexões sobre o espaço escolar. “A questão da quarentena antecipa muitos desses princípios que já estavam incubados nas ideias de arquitetura escolar dos últimos anos e que valorizam a questão do espaço livre e da ventilação e iluminação naturais. Ela fortalece esses elementos, acompanhando um desejo que já estava presente nos projetos pedagógicos e arquitetônicos”, finaliza o professor.

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Por que é importante falar sobre diversidade nas escolas?

Oferecer um momento de reflexão e discussão sobre o tema é uma forma de promover o pensamento crítico dos estudantes e incentivar o engajamento social O ambiente escolar, assim como outros espaços de convívio social, ainda é, infelizmente, palco de muitos atos de discriminação e intolerância.  Com estudantes de diferentes gêneros, classes sociais, etnias, religiões, espectros cognitivos e orientações sexuais, é cada vez mais importante falar sobre diversidade nas escolas e entender seu papel nesse contexto.    Mas como e por que abordar o tema da diversidade em sala de aula?  O que é diversidade?     O significado de diversidade, segundo o dicionário Michaelis, é “qualidade daquilo que é diverso, diferença, dessemelhança, variação, variedade”. O dicionário traz ainda outra definição: “conjunto que apresenta características variadas; multiplicidade”.  Ao olhar ao nosso redor – na rua, no bairro ou na escola –, percebemos as diferenças entre nós e as pessoas que nos cercam. Pode ser de aparência, de pensamento, de religião, de gênero, de etnia, de classe social etc. Diversidade é, portanto, uma característica própria do ser humano. Somos diferentes em alguns aspectos, embora tenhamos semelhanças em outros.     A diversidade na BNCC  O tema da diversidade é tão importante que está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O documento determina os conhecimentos e as habilidades essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver na Educação Básica.  O texto da BNCC define dez competências gerais que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo da Educação Básica. Na competência 9, temas afeitos à diversidade são colocados. Ele diz:  “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.”    Dessa forma, é esperado que os estudantes desenvolvam a competência de respeito e valorização à diversidade, sem preconceitos. O desenvolvimento dessa competência, inclusive, colabora para um ambiente mais acolhedor e pode impactar na redução da ocorrência de episódios de bullying.  Leia também: Entenda a importância da inteligência emocional     A importância de falar de diversidade na escola   É importante que o tema da diversidade seja introduzido na formação escolar, de forma que os alunos aprendam a respeitar e reconhecer as diferenças de cada indivíduo na sociedade. Para que a escola seja um ambiente seguro e inclusivo, as instituições de ensino devem manter o compromisso de oferecer uma educação crítica, humanística e capaz de problematizar os estigmas e preconceitos, promovendo espaços de aprendizagem que valorizem a reflexão e incentivem o engajamento social dos estudantes.  Na prática, no entanto, muitos educadores ficam em dúvida sobre como aplicar esses princípios em sala de aula. Confira algumas dicas de como abordar esse assunto.  Como falar de diversidade na escola   Investir em dinâmicas de integração e socialização entre os alunos pode ser uma alternativa interessante para explorar a questão junto ao projeto pedagógico da escola. Propor atividades coletivas e interativas ajudam na construção da empatia entre os jovens e permitem a troca de experiências.    Uma outra opção é trabalhar filmes, músicas ou livros que abordam a temática. A representatividade de grupos minoritários e socialmente excluídos é fundamental e auxilia no desenvolvimento socioemocional dos alunos para respeitarem as diferenças.  Além disso, também é interessante trabalhar uma abordagem mais teórica e crítica sobre o assunto, apresentando autores contemporâneos que estudam a questão e problematizam, por exemplo, conceitos equivocados como “racismo reverso”.  Oferecer um espaço aberto de diálogo, em que todos os alunos se sintam confortáveis para falar e ouvir diferentes opiniões, deve ser um esforço coletivo por parte da comunidade escolar para formar jovens conscientes dos problemas sociais e que combatam qualquer tipo de intolerância ou discriminação.  Além de abordar a diversidade, colabora também na formação de cidadãos empáticos e aptos para ajudar na construção de uma sociedade justa e tolerante a educação humanizada. Entenda neste texto como ela funciona. 

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Trabalhos em grupo favorecem o desenvolvimento de valores fundamentais para a vida social

Participação ativa, comunicação, colaboração, tolerância e respeito às diferenças são algumas das habilidades exercitadas; prática também auxilia e potencializa a aprendizagem Os projetos educacionais que envolvem atividades em grupo são importantes para que as crianças e os adolescentes desenvolvam habilidades essenciais para a sua formação como estudantes e futuros cidadãos. A participação ativa, a comunicação, a colaboração, a cooperação e a tolerância, trabalhadas nas atividades em equipe, são competências que serão demandadas não apenas futuramente, no mundo do trabalho, mas em todos os aspectos da vida social. Durante os trabalhos em grupo, os alunos têm a oportunidade de expor suas ideias, desenvolver a capacidade de argumentar, praticar a escuta dos colegas e o respeito pelas diferentes opiniões e chegar a um consenso. As trocas de experiência e visões distintas ajudam a conhecer outros pontos de vista e formas de pensamento e proporcionam a construção coletiva do conhecimento, favorecendo a aprendizagem. O professor deve mediar o processo, tendo clareza de seus objetivos e metas. A ele cabe promover a interação de todo o grupo e garantir que todos participem. O educador também pode estimular a convivência de alunos não tão próximos e a alternância de parceiros, de modo a propiciar novas relações e levar os estudantes a experimentar papéis distintos. A ideia é que o grupo colabore e seja potencializador da aprendizagem de cada aluno. Um cuidado que o professor deve ter é observar se as singularidades e diferenças entre os alunos estão sendo respeitadas a fim de evitar que alguma forma de opressão ou bullying ocorra. A expansão das mídias digitais e plataformas colaborativas também podem contribuir para as atividades em grupo. Um exemplo são os blogs colaborativos, em que os estudantes fazem postagens e compartilham conteúdos e comentários. As metodologias ativas nas propostas de trabalhos em grupo, como sala de aula invertida e aprendizagem por projetos e resolução de problemas, favorecem ainda o engajamento e o protagonismo dos estudantes.

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5 aplicativos e recursos para ajudar na organização dos estudos

Estudantes que precisam de um auxílio para estruturar a rotina ou que estão se preparando para provas e exames podem contar com essas ferramentas Em tempos de pandemia, para auxiliar na organização dos estudos em casa, a tecnologia pode ser uma boa aliada. Esses recursos também podem ser incorporados posteriormente, na volta às aulas presenciais, para facilitar a rotina, estruturar os processos e melhorar a preparação para provas e exames. Confira alguns aplicativos e ferramentas gratuitas que auxiliam procedimentos e métodos de estudo. Os aplicativos estão disponíveis para iOS e Android. Evernote Funciona como se fosse um caderno virtual, e é possível criar um para cada matéria. Ajuda o estudante a organizar e registrar conteúdos de aula ou estudo, em diversos formatos — pdf, imagens, prints de tela, apresentação de slides e áudios. Também permite montar uma lista de tarefas e compartilhá-la com um grupo, além de listar compromissos, como provas, simulados e aulas extras. Easy Study O aplicativo auxilia na criação de um plano de estudo para se preparar para o vestibular, Enem ou concursos. O estudante informa as matérias que precisa estudar e quantas poderá estudar por dia. É possível visualizar um calendário com todas as atividades ao longo de uma semana ou período e acompanhar a sua evolução e histórico. O sistema também envia notificações sobre o quê e quando estudar. Trello Embora não seja exclusivo para o estudo, ele funciona bem para detalhar e segmentar qualquer atividade por tarefas e período de tempo. O estudante pode estruturar em um check-list, por exemplo, os conteúdos, leituras e exercícios que tem que cumprir de cada disciplina, e consegue visualizar o avanço de cada etapa. O sistema notifica sobre prazos e também permite distribuir e compartilhar tarefas em grupo e anexar arquivos do Google Drive e Dropbox. Aprovado O aplicativo registra as horas de estudo, permite programar um alarme para avisar o término do período e gera gráficos e relatórios para facilitar o acompanhamento e a evolução nos estudos. Com base nesses registros, também aponta as matérias e conteúdos que devem ser reforçados. Possibilita, ainda, compartilhar o desempenho nas redes sociais. Google Drive A ferramenta de armazenamento na nuvem desenvolvida pelo Google pode ser bem útil para criar, compartilhar e organizar arquivos usados para estudo, como documentos, planilhas e apresentações, além de fotos, vídeos e pdfs. Entre as grandes vantagens estão poder acessar os arquivos de qualquer lugar e dispositivo, ter um avançado sistema de busca para localizá-los e permitir a colaboração em tempo real.

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A educação financeira do cidadão brasileiro: da escola para a vida

Tomar decisões responsáveis relacionadas ao uso do dinheiro é um exercício de cidadania, pois tem impactos positivos não apenas na vida pessoal e profissional, mas no desenvolvimento econômico de um país A educação financeira e a capacidade de planejar e organizar o orçamento pessoal e familiar é importante não apenas para os cidadãos conseguirem ter uma vida mais confortável, empreender e realizar seus sonhos, mas também para o desenvolvimento econômico de um país. Essa foi a premissa do 7º webinário, que aconteceu em 14 de outubro, de uma série de encontros virtuais que a BEI Educação vem realizando em parceria com o Itaú BBA. Mediado por Rafael Parente, CEO da BEI Educação, o evento contou com a participação do economista Armínio Fraga, que já foi presidente do Banco Central do Brasil; do economista Bruno Giovannetti, da plataforma “Por Quê?; e da estudante Maria Beatriz Araújo, aluna da escola de referência em ensino médio Conde Pereira Carneiro (PE), que utilizou o material pedagógico “Aprendendo a lidar com dinheiro”, da BEI Educação. Confira algumas das principais ideias debatidas no encontro. Relevância para cidadãos e nação Conceitos relacionados à organização do orçamento, compra a prazo, taxa de juros e planejamento de despesas são fundamentais para as pessoas terem uma rotina mais tranquila e previsível e maior qualidade de vida. Aqueles que empreendem devem ter ousadia, mas, principalmente, consciência do custo do dinheiro e do retorno do investimento, assim como o controle das receitas e despesas de um negócio, por menor que seja. A médio prazo, isso também está relacionado ao desenvolvimento econômico de um país. Para crescer, uma nação precisa investir em equipamentos, tecnologia e educação, do mesmo modo que a economia como um todo também precisa poupar. Quanto menos analfabetos financeiros o país tiver, melhor será a sua economia como um todo. Conceito de analfabetismo financeiro O conceito está relacionado às pessoas que não têm as ferramentas essenciais e necessárias para tomar as decisões básicas relacionadas a dinheiro no dia a dia. Essas ferramentas incluem compreender o que são juros; juros sobre juros; inflação; e risco. Pesquisas apontam que, no Brasil, seguindo a média mundial, 7 em cada 10 pessoas não dominam, pelo menos, dois desses conceitos. Em países desenvolvidos, essa proporção é de 3 em cada 10. Para combater o analfabetismo financeiro, diferentes estratégias podem ser usadas conforme o público que se deseja atingir. Educação financeira nas escolas Para se tornarem cidadãos conscientes em relação ao uso do dinheiro, os estudantes precisam ter boa base de matemática e de educação financeira nas escolas. A boa notícia é que o tema foi incluído na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como conteúdo transversal obrigatório. A inserção no currículo das escolas pode aumentar a aprendizagem dos conceitos e o engajamento dos alunos com esse conhecimento, na medida em que houver conexão entre o que eles aprendem na sala de aula e a aplicação prática desses conceitos na vida real. Conhecimentos objetivos e práticos para o cidadão Adultos que não tiveram uma formação escolar adequada e nem uma base satisfatória em matemática precisam de algo mais pragmático — as chamadas “regras de bolso”, que são estratégias mais simples, objetivas e diretas e que têm impacto real e imediato no dia a dia. Esses conhecimentos e os conceitos mais importantes devem ser transmitidos de maneira contextualizada, para que essas pessoas consigam usá-los no cotidiano e tomar as melhores decisões relacionadas ao dinheiro.

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