A Base Nacional Comum Curricular lista dez competências que os estudantes devem desenvolver na Educação Básica. Confira!
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina quais os conhecimentos e as habilidades essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver. Para isso, são listados parâmetros e orientações. Entre eles, podemos mencionar como das mais importantes as competências gerais previstas na BNCC.
O documento lista dez competências gerais que os estudantes devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Por sua vez, ela é composta de 3 etapas:
- Educação Infantil
- Ensino Fundamental
- Ensino Médio.
Confira no texto a seguir o que são as competências previstas da BNCC, quais são elas e qual sua importância.
O que é a BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que regulamenta o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes do país devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica.
Obrigatória, ela deve ser seguida pelas escolas de todo o país, públicas ou privadas, urbanas ou rurais.
É importante destacar que a BNCC não é um currículo pronto, e sim uma base curricular. Ela funciona como uma orientação para estados e municípios. Porém, as particularidades de cada escola e os aspectos sociais e regionais devem ser levados em conta ao elaborar os currículos locais.
A BNCC contribui para promover a igualdade no sistema educacional do país. Isso se dá exatamente porque ela define um patamar comum de aprendizagens a todos os estudantes na Educação Básica.
O que são as competências previstas na BNCC e qual sua importância
O texto da BNCC define dez competências gerais que devem ser desenvolvidas pelos estudantes ao longo da Educação Básica.
Na BNCC, competência é definida como “a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho”.
De acordo com o documento, o desenvolvimento dessas competências é essencial para assegurar os direitos de aprendizagem de todos os estudantes da Educação Básica.
E qual a importância e evolução na definição dessas competências? Débora Hack, gerente de projetos e produtos educacionais da BEĨ Educação, explica.
“A partir da definição das 10 competências gerais da BNCC, a educação no Brasil passa a ter a concepção de educação integral”, afirma ela. Mas, ressalta Débora, não se está falando aqui de educação em tempo integral.
O conceito abordado é o de uma educação que contempla as diversas dimensões do desenvolvimento humano. Ela as enumera: cognitivo, social, afetivo, psicomotor e cultural.
“Para que essas competências sejam alcançadas, é necessário desenvolver os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que vão capacitar o estudante para tal”, diz a gerente da BEĨ Educação.
Ela dá um exemplo. “Não faz sentido desenvolvermos somente as quatro operações básicas (conhecimento) se não soubermos nem tivermos a atitude de colocar este conhecimento em prática, interagindo com outros contextos e descobrindo novos horizontes por meio deste conhecimento.”
Débora salienta que, “em um mundo repleto de desafios, não basta ‘saber fazer’, ter o conhecimento sobre aquele assunto: é necessário saber como aplicá-lo na transformação de sua realidade”.
Para ela, essa habilidade também implica “ter a disponibilidade de resolver problemas complexos recrutando o conhecimento adquirido”.
Quais são as 10 competências gerais da BNCC
A seguir, vamos listar essas 10 competências gerais da BNCC e explicar cada uma, de acordo com o que está no texto da Base Nacional Comum Curricular.
1. Conhecimento
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre os mundos físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade. Continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Pensamento científico, crítico e criativo
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Senso estético e repertório cultural
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Comunicação
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Cultura digital
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Autogestão
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentação
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável nos âmbitos local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Autoconhecimento e autocuidado
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Empatia e cooperação
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Autonomia
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
A aplicação das competências da BNCC
Na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, as orientações da BNCC já tiveram de ser aplicadas a partir de 2020. Já no Ensino Médio, elas devem ser implementadas até o fim de 2022.
Os materiais da BEĨ Educação priorizam o desenvolvimento das 10 competências gerais. Os estudantes têm oportunidade de levar à prática os conhecimentos adquiridos nas aulas ao seu contexto. Isso é feito por meio de projetos que têm como objetivo trazer ao estudante a oportunidade de ser protagonista de sua aprendizagem.
Débora Hack ilustra essa afirmação com uma forma de desenvolver a Competência 7 (Argumentação) na aplicação do material Aprendendo a Viver na Cidade: Cidade e Sociedade.
“As propostas de atividades e projetos são ótimas oportunidades para que os estudantes pensem de forma coletiva e considerem que a ação de cada um pode causar um efeito em cadeia, ou seja, impactar positivamente e de forma efetiva para o planeta”, afirma a gerente. “A reflexão sobre as ações cotidianas de consumo e descarte por exemplo e, principalmente, sobre a interdependência contribui significativamente para a tomada de consciência sobre os hábitos e sobre a cidadania individual e coletiva”, completa.
Os materiais da BEĨ Educação buscam trazer aos estudantes experiências significativas por meio de projetos que traduzem seus desejos e anseios de transformação da realidade. E isso tudo pautado sempre no desenvolvimento das 10 competências gerais da BNCC.
Formação de educadores pautada na discussão das 10 competências
Além disso, segundo Débora Hack, na implantação de cada um dos projetos da BEĨ Educação, os gestores pedagógicos BEĨ responsáveis pelas instituições de ensino fazem o aprofundamento sobre os temas abordados junto aos educadores e gestores da escola.
E, nessas discussões, o tema das 10 competências é levado para discussão em cada um dos projetos. “A ideia é construirmos juntos esta jornada de desenvolvimento das 10 competências gerais para cada escola, personalizando de fato esse processo”, finaliza a gerente da BEĨ Educação.
Por falar em personalizar, descubra neste texto o que é o ensino personalizado e quais são seus benefícios.
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