É possível cortar despesas supérfluas e tentar renegociar gastos fixos; também é recomendável não contrair novas dívidas e fugir do cheque especial
Com o avanço da Covid-19, a necessidade de isolamento social é imprescindível para conter a propagação da pandemia. Com a paralisação de uma série de atividades econômicas, no entanto, muitas pessoas tiveram uma diminuição nos seus rendimentos e estão enfrentando dificuldades financeiras. Nesse contexto, é importante conseguir poupar e tentar equilibrar as finanças.
Bruno Giovannetti, economista da plataforma “Por Quê? – Economês com bom português”, da BEI Editora, diz que é fundamental apertar o cinto nesse período, o que significa cortar as despesas supérfluas e tentar renegociar os gastos fixos, como conta de telefone, tarifas bancárias e parcelas de empréstimos bancários já adquiridos. “As grandes empresas estão preparadas nesse momento de crise para renegociações. De economia em economia, você pode, ao final, conseguir gastar bem menos”.
Outra orientação que ele dá é tomar muito cuidado com novos endividamentos a taxas de juros altas. “A tentação para tomar empréstimos neste momento de crise é grande e, se forem empréstimos com altas taxas de juros, certamente haverá problemas futuros. Parcelas altas desses empréstimos vão começar a aparecer daqui a pouco, o que não será nada agradável.”
Fugir do cheque especial e do pagamento mínimo do cartão de crédito também é recomendável, de acordo com o economista, pois os juros dessas modalidades de empréstimo são altíssimos — 150% ao ano para o cheque especial e 300% ao ano para o cartão de crédito.
Giovannetti lembra, ainda, que a plataforma “Por Quê?” está oferecendo um conteúdo específico sobre orientação financeira em tempos de crise, em que é possível enviar dúvidas sobre o assunto para especialistas. Ao se cadastrar, o usuário também tem acesso a respostas de questões já respondidas, por exemplo, como receber o auxílio emergencial de R$ 600,00 e como pagar, se estiver sem trabalho, dívidas que estão prestes a vencer. “Tenha em mente que este é um período passageiro e uma boa organização financeira para passar por ele é muito importante”, finaliza Giovanetti.